Após observações nos jogos pelo país e no exterior e conversas com técnicos, começou o trabalho efetivo de Tite na Seleção Brasileira, com o anúncio dos 23 convocados, incluindo sete campeões olímpicos. A lista visa os confrontos contra Equador (01/09, Quito) e Colômbia (06/09, Manaus), ambos pelas Eliminatórias da Copa 2018. Em seguida, um vídeo com viés nordestino.
Goleiros – Alisson (Roma), Grohe (Grêmio) e Weverton (Atlético-PR) Zagueiros – Gil (Shandong Luneng), Maquinhos (PSG), Miranda (Internazionale), Rodrigo Caio (São Paulo) Laterais – Daniel Alves (Juventus), Fagner (Corinthians, Filipe Luis (Atlético de Madrid), Marcelo (Real Madrid) Meias – Casemiro (Real Madrid), Giuliano (Zenit), Lucas Lima (Santos), Paulinho (Guangzhou Evergrande), Phelippe Coutinho (Liverpool), Rafael Carioca (Atlético-MG), Renato Augusto (Beijing Guoan), Willian (Chelsea) Atacantes – Gabigol (Santos), Gabriel Jesus (Palmeiras), Neymar (Barcelona), Taison (Shakhtar Donetsk)
À parte da lista, chamou a atenção a resposta de Tite ao ser questionado pelo jornalista Kilmer de Campos, da Rádio Assunção, de Fortaleza, sobre convocações do futebol nordestino. Começou com “busco ser extremamente isento “, sem ter a pretensão de ter um olhar com mais cuidado para um ou outro (centro). No fim, revelou que há um jogador no Nordeste sendo monitorado.
“Já estava aqui relutando, mas não posso falar o nome dele, que todos os técnicos que trabalharam com ele no Nordeste falam bem também. Não vou falar, mas a gente fica acompanhando essa evolução independentemente do local onde esteja.”
Considerando os principais clubes, onde estaria esse nome, no Recife, em Salvador ou em Fortaleza? Em tempo, no século XXI apenas três jogadores foram chamados para a seleção principal atuando em clubes da região…
Na ponta do Brasileirão, o Palmeiras quebrou a invencibilidade do Atlético-PR como mandante e abriu três pontos sobre o segundo colocado. Na próxima rodada, apenas o Santos terá a chance de tomar a liderança. Entre os pernambucanos, um fim de semana positivo nesta 19ª rodada. Ao menos desta vez, os rivais das multidões cumpriram bem a “cartilha da permanência”, com vitória em casa, Sport 1 x 0 Flamengo, e empate fora, Vitória 2 x 2 Santa Cruz.
Enquanto o Leão agora tem cinco pontos de vantagem sobre o Z4, subindo um posição (agora em 11º), o Tricolor segue na mesma, em penúltimo. No próximo fim de semana, adversários cariocas, invertendo os mandos de campo. Sobre a briga contra o descenso, vamos às contas. São duas projeções no blog, uma com 46 pontos, a margem mínima com 100% de segurança (até hoje).
O segundo cálculo deveria considerar a campanha do 16º lugar, mas a tabela tem dois jogos a menos, envolvendo justamente clubes na briga contra o descenso – Flu x Figueira (03/09) e Botafogo x Grêmio (04/09). Por isso, o blog utilizou o 16º aproveitamento, no caso, o do Figueirense (36,8%). Ao final de 38 rodadas. esse índice (arredondado para cima) resultaria em 42 pontos – baixou 1 ponto em relação à rodada passada. Veja o que é preciso no returno…
Sport – soma 26 pontos em 20 jogos (43,3%)
Para chegar a 46 pontos (margem segura): Precisa de 20 pontos em 18 rodadas …ou 37,0% de aproveitamento Simulações: 6v-2e-10d, 5v-5e-8d, 4v-8e-6d
Para chegar a 42 pontos (rendimento atual do 16º): Precisa de 16 pontos em 18 rodadas …ou 29,6% de aproveitamento Simulações: 5v-1e-12d, 4v-4e-10d, 3v-7e-8d
Santa Cruz – soma 19 pontos em 20 jogos (31,6%)
Para chegar a 46 pontos (margem segura): Precisa de 27 pontos em 18 rodadas …ou 50,0% de aproveitamento Simulações: 9v-0e-9d, 8v-3e-7d, 7v-6e-5d
Para chegar a 42 pontos (rendimento atual do 16º): Precisa de 23 pontos em 18 rodadas …ou 42,5% de aproveitamento Simulações: 7v-2e-9d, 6v-5e-7d, 5v-8e-5d
A 21ª rodada dos representantes pernambucanos
20/08 (21h00) – Botafogo x Sport (Mário Helênio, Juiz de Fora-MG) Histórico com mando do Bota: 1 vitória leonina, 3 empates e 6 derrotas
21/08 (16h00) – Santa Cruz x Fluminense (Arruda) Histórico no Recife pela elite: 1 vitória coral, 3 empate e 5 derrotas
Uma deficiência do Santa Cruz no primeiro turno do Brasileirão foi a falta de reação da equipe ao sofrer um gol. Foi quase sempre batido após ficar em desvantagem. A última vez onde buscou algo foi contra o Fluminense, na segunda rodada! Na ocasião, abriu o placar, mas tomou a virada. No finzinho, Grafite marcou e garantiu um pontinho no Rio. Desde então, a campanha ruiu. Não se entregar no campeonato significa, obviamente, não se entregar durante os jogos. Em Salvador, enfim, a torcida coral viu isso.
No empate em 2 x 2 contra um concorrente direto na briga contra o descenso, o Vitória, o time pernambucano ficou atrás duas vezes, no comecinho do primeiro tempo e no comecinho do segundo. Devolveu na mesma moeda, reagindo na reta final dos dois tempos. Nada de Grafite, Keno ou João Paulo. Desta vez, nomes improváveis, como o lateral-esquerdo Tiago Costa, num chutaço de fora da área (acertou o ângulo esquerdo do goleiro), e o estreante Matías Pisano. Com apenas 1,66m, o meia argentino marcou de cabeça, dentro da pequena área, entre os zagueiros baianos. O jogador, cujo primeiro passe deixou o Grafa em condições de finalizar, tende a suprir uma enorme carência no elenco tricolor. Ao menos deixou uma boa impressão para Doriva, o novo técnico, que observou a peleja em um camarote no Barradão.
O treinador inicia o trabalho com o campeão nordestino em 19º lugar, há cinco rodadas sem vitória. Terá nove jogos em casa e nove fora. Além de trabalhar a confiança da equipe (e esse pontinho ajuda), deve procurar um sistema com um armador efetivo. Que o gringo (atuou poucos minutos, é verdade) seja este jogador, dando fôlego a João Paulo e mais opções à frente. Após um início arrasador (fazendo 4 x 1 no mesmo Vitória, diga-se), o setor ofensivo foi tornando-se previsível e escasso. Hoje, entre os vinte clubes, o Santa tem o 7º pior ataque, com 22 tentos em 20 jogos (média de 1,1). Os lances de Tiago e Pisano foram fora da curva, tudo o que o Tricolor precisa ser a partir de agora. E já fizeram alguma diferença.
Legenda: pontos (P), jogos (J), vitórias (V), empates (E), derrotas (D), gols a favor (GP), gols sofridos (GC) e colocação no turno (C)
O formato vigente do Campeonato Brasileiro, disputado em pontos corridos e com vinte clubes participantes, foi implantado em 2006, após um período de transição. Mais enxuto, e bem mais difícil, a Série A teve 28 participações do Nordeste de 2006 a 2016. Foram oito clubes distintos, de quatro estados (PE 14, BA 10, CE 3 e RN 1). Encerrada a participação de Sport, Vitória e Santa no primeiro turno desta temporada, o blog compilou todas as campanhas na primeira metade da competição, traçando um ranking de desempenho. Vale lembrar que cada turno vale uma taça, oferecida pelo jornal Lance!, sendo o Troféu Osmar Santos no 1º turno e o Troféu João Saldanha no 2º turno.
Em todos os anos ao menos um nordestino esteve presente, tendo no máximo três times. Na maioria das vezes, numa briga contra o descenso. Ao fim do campeonato, em apenas três vezes os representantes da região terminaram entre os dez primeiros colocados, sendo duas vezes com o Vitória, em 2008 (10º) e 2013 (5º), e uma com o Sport, em 2015 (6º).
O resumo do 1º turno do Campeonato Brasileiro de 2006 a 2016
Participações 7 – Sport 6 – Vitória 5 – Náutico 4 – Bahia 2 – Ceará e Santa Cruz 1 – Fortaleza e América-RN
Fora do Z4 (17 vezes) Sport (5), Vitória (5), Bahia (3), Ceará (2) e Náutico (2)
No Z4 (11 vezes) Náutico (3), Santa (2), Sport (2), América (1), Bahia (1), Fortaleza (1) e Vitória (1)
Melhor colocação 5º lugar, com o Vitória em 2008
Pior colocação Lanterna (5 vezes), com Santa (2006), América (2007), Sport (2009), Náutico (2013) e Vitória (2014)
Obs. Em 2016, Sport e Vitória ainda podem ser ultrapassados pelo Figueirense, que tem um jogo a menos, mas não mudaria o quadro sobre o descenso.
Que a Copa do Nordeste é um torneio mais rentável que os nove campeonatos estaduais, não há discussão. De 2013 a 2016, a movimentação financeira do regional passou de R$ 16 milhões para R$ 26 milhões. Cotas maiores, públicos maiores, alcance maior. Para discordar disso, somente sentado na cabeceira de uma federação. Por isso, os clubes vêm tentando ampliar o regional. Não necessariamente com mais participantes, mas visando o nível técnico, num formato corrido, com mais clássicos, com acesso e rebaixamento…
Em maio, no Recife, os sete maiores clubes se reuniram para discutir a reformulação da Copa do Nordeste, a partir de 2018. O objetivo era reduzir o torneio de 20 para 12 clubes, com a entrada, somente no primeiro ano, do G7, via ranking histórico. Dois meses depois, outra vez na capital, um novo encontro com o grupo (Náutico, Santa, Sport, Bahia, Vitória, Ceará e Fortaleza) e três convidados (América de Natal, ABC e Botafogo de João Pessoa). Foi a primeira reunião após a divulgação do calendário da CBF para 2017, que enxugou o regional (de 12 para 8 datas) e esticou os estaduais (de 14 para 18).
Entretanto, como o documento da confederação deixava aberta a possibilidade de negociação de datas, as federações devem ceder, ao menos no próximo ano, mantendo os mesmos formatos e regulamentos, tanto no Nordestão (fase de grupo, quartas, semi e final) quanto no Pernambucano (hexagonal, semi e final). Até porque os 20 clubes da Copa do Nordeste de 2017 já estão definidos. Com o imbróglio resolvido, o foco avançou a 2018, ganhando força a ideia de Séries A e B, com doze clubes cada. A segunda divisão seria composta pelas vagas oriundas dos estaduais, além do (dos) rebaixado (s) da primeirona. Inicialmente, ainda em abril, se discutiu a implantação de um torneio de acesso no formato de grupos. Hoje, as duas competições seriam idênticas, com turno completo.
Entre os locais, participaram Emerson Barbosa e Toninho Monteiro, diretores do Náutico, Arnaldo Barros, vice-presidente do Sport, e Alírio Moraes, mandatário do Santa Cruz. O dirigente coral ilustrou o desejo dos clubes e os obstáculos…
” A pauta na verdade foi a construção de uma proposta para ser levada às presidências da Liga (do Nordeste), federações estaduais e CBF quanto ao modelo de campeonato em 2018. Há um entendimento entre os clubes (da região) que devemos ter uma Série A e uma Série B, cada qual com 12 clubes. Nesse contexto, os campeonatos estaduais perderiam importância e espaço. Ou seja, muitas discussões à vista.”
Formato proposto pelos clubes*
Série A – 12 clubes, com turno único, semifinal e final (15 datas)
Série B – 12 clubes, com turno único, semifinal e final (15 datas)
*Acesso e descenso de uma ou duas equipes por ano, ainda em discussão
Composição das divisões em 2018 (adaptação) Série A – 7 clubes via ranking histórico e mais 5 vagas vias estaduais Série B – 12 vagas via campeonatos estaduais (PE, BA e CE com 2 times)
Composição das divisões a partir de 2019 Série A – 11 (ou 10) melhores da A de 2018 e o campeão (ou 1º e 2º) da B Série B – 12º lugar (ou 11º e 12º) da A 2018 e 11 (ou 10) vagas via estaduais**
** A definir quais estados teriam duas vagas
Na prática, a Lampions teria não só que evitar a redução (de 12 para 8), como aumentar a agenda (de 12 para 15). Um formato divisional com oito datas soa inviável. Com doze, poderia haver um turno e decisão em jogo único, até mesmo em estádios pré-definidos. Porém, haveria risco sobre o interesse do público devido ao duríssimo critério de classificação, para apenas duas equipes.
Na visão do blog, levando em consideração o respeito aos critérios técnicos de composição, o formato sugerido pelos clubes é o avanço natural (também em termos de transmissão e patrocínios), lembrando a edição de 2001, que deixou o formato grupos e mata-mata e partiu para o turno único (na ocasião com 16 clubes), semifinal e final. Deu tão certo que o Nordestão de 2001 foi considerado pela imprensa nacional como o torneio regional de maior sucesso na época.
Curiosamente, no ano seguinte houve a implantação de uma divisão de acesso. Sim, o projeto atual não é inédito. Em 2002 o lanterna Confiança foi rebaixado, com 1 vitória, 1 empate e 13 derrotas. No segundo semestre a liga organizou um torneio seletivo com seis clubes – uma segunda divisão de fato, mas sem esse nome -, com vitória do Corinthians Alagoano. Tudo ok, caso a CBF não tivesse tirado o regional do calendário oficial em 2003, num processo (judicial) com sequelas até hoje. Não por acaso, os clubes estão tentando emular o passado.
Difícil será dobrar as federações sobre essa “independência” do Nordestão…
Atualização em 18/07: O Ibope incluiu mais seis clubes no gráfico. Entre eles, Remo e Paysandu, citados pelo blog, na postagem original, com ausências na lista, apesar da grande quantidade de seguidores. Também foi atualizada a conta do Santa no youtube, com a TV Coral.
O Ibope fez um levantamento sobre as redes sociais com 30 clubes tradicionais do país, sendo 20 da Série A, 8 da Série B e 2 da Série C. A lista computa os perfis oficiais no facebook, twitter, instagram e youtube até 18 de julho de 2016. É preciso frisar que a lista, divulgada pelo diretor-executivo do Ibope-Repucom, José Colagrossi, não é necessariamente um ranking nacional, pois ignorou alguns clubes com dados suficientes para o recorte escolhido, como América de Natal (348 mil) e ABC (317 mil). Tanto que a divulgação tratou como “principais clubes brasileiros”, também numa colocação subjetiva.
Do Nordeste, sete clubes estão presentes, com liderança do Sport, com 138 mil usuários a mais que o Bahia. Uma margem, hoje, segura. No geral o time encontra-se à frente do Botafogo, considerando a antiga casta. Por sinal, apenas onze clubes têm dois perfis com mais de um milhão de pessoas, incluindo o rubro-negro pernambucano. No cenário local, destaque também para o Santa, que revitalizou o seu departamento de mídias sociais, criando até uma identidade visual específica, inspirada na Literatura de Cordel. De fevereiro, quando o blog fez um levantamento semelhante, até agora, um acréscimo de 210 mil torcedores em seus perfis, agora verificados oficialmente.
Já o Náutico aparece na lista com apenas três contas, ausente no youtube, assim como o Vozão. No geral, aparece abaixo de Chape e Ponte, clubes com torcidas bem menores segundo as pesquisas tradicionais. Focando o topo da lista, o Corinthians desbancou o Flamengo, com 1,4 milhão a mais. Como o Fla inverte o quadro em levantamentos tradicionais, é possível enxergar a diferença no acesso à internet na população brasileira (Nordeste/Sudeste)…
Clubes nordestinos com mais usuários nas redes sociais* 1º) Sport (2.318.402) 2º) Bahia (2.179.795) 3º) Vitória (1.290.719) 4º) Ceará (910.950) 5º) Fortaleza (753.130) 6º) Santa Cruz (735.130) 7º) Náutico (308.207)
* Uma pessoa pode ter contas em diferentes plataformas, com a lista contando cada uma delas. Inclusive, pode seguir perfis rivais, também contabilizados.
O pay-per-view é a receita de maior potencial de crescimento nas cotas de transmissão do Brasileiro. Vem sendo assim há três temporadas, com a evolução em 2013 (R$ 280 mi), 2014 (R$ 300 mi) e 2015 (R$ 450 mi). Como a divisão deste bolo atende diretamente ao quesito audiência, proporcional ao número de assinantes com pacotes de PPV, a mensuração desse público é prioridade, tanto para a tevê (Globo/Premiere) quanto para os clubes. A partir de 2018, segundo o Blog do Ohata, do Uol, deve entrar em vigor o ranking de assinantes com o cadastro do próprio cliente. E o Trio de Ferro do Recife está lá.
Acredite, apesar do serviço digital, a apuração atual é feita em uma pesquisa em conjunto entre Ibope e Datafolha, com dez mil pessoas. Entretanto, existem mais de dois milhões de assinantes do Premiere, o canal responsável pela exibição dos 760 jogos das duas principais divisões. Logo, a queixa de muita gente sobre o método. Agora, o próprio canal vem divulgando o novo formato.
Ao inserir o login e a senha da sua operadora de tevê por assinatura – com dez opções, incluindo as maiores, Net e Sky – o titular tem 45 opções de clubes. A lista inclui, em ordem alfabética, os quarenta das Séries A e B de 2016, quatro da C (Botafogo-SP, Guarani, Juventude e Remo) e um da D (Caxias). A única ressalva é não contabilização dos assinantes de pacotes básicos, SD.
Com contrato com a Rede Globo (em cinco plataformas, incluindo o PPV) até 2024, o trio recifense está na lista com mais cinco representantes nordestinos: Bahia, Ceará, CRB, Náutico, Sampaio Corrêa, Santa Cruz, Sport e Vitória. Entre os tradicionais, a maior ausência foi o Fortaleza, sobretudo pelo mercado da capital cearense (só pode ser escolhido em “outros”). Na região, o rubro-negro baiano foi o primeiro a lançar campanha nas redes sociais junto ao seu torcedor para massificar a adesão. Os times pernambucanos deveriam seguir a ideia.
Como corais e alvirrubros sequer figuravam na lista elaborada pelos institutos de pesquisa, contemplando apenas os 18 clubes “cotistas” até então, a única lista aberta de torcedores/assinantes foi a produzida pela Sky, que trouxe em 2016: Sport 1,41%, Santa Cruz 0,60% e Náutico 0,57%. Com auditoria, espera-se um quadro definitivo, com a ação do próprio torcedor, sem margem para dúvidas.
Uma péssima rodada para os times pernambucanos, derrotados e na zona de rebaixamento do Brasileiro. Pior, perderam para concorrentes diretos (em potencial). Na quarta, o Sport perdeu de virada para o Vitória. Na quinta, o Santa foi goleado pela Ponte. Outra coincidência local foi o trabalho equivocado de Oswaldo de Oliveira e Milton Mendes, com mexidas sem nexo nos jogos.
O leão até chegou a sair do Z4 no domingo, ao golear a Chape, mas já voltou ao último pelotão – presente lá em 10 das 12 rodadas. Já o Santa desceu mais um degrau, agora figurando na penúltima posição, à frente apenas do já combalido América Mineiro. Na ponta, o Palmeiras, já abrindo três pontos de vantagem. Na segunda-feira vem ao Recife estrear o novo horário, diante do Sport.
A 13ª rodadas dos representantes pernambucanos:
03/07 (16h00) – Botafogo x Santa Cruz (Mário Helênio, Juiz de Fora-MG) Histórico como visitante na elite: 2 vitórias corais, nenhum empate e 5 derrotas
04/07 (20h00) – Sport x Palmeiras (Ilha do Retiro) Histórico no Recife pela elite: 6 vitórias leoninas, 5 empates e 7 derrotas
O Sport terminou o jogo no Barradão com dois a menos, destemperado. Derrotado pelo Vitória por 3 x 2, o rubro-negro pernambucano desperdiçou uma grande chance para pontuar como visitante. Enfrentou um adversário bem desfalcado, sem os atacantes Kieza (suspenso) e Marinho (machucado), e que não atuou bem. Tanto que saiu vaiado, apesar do resultado. Após a pressão inicial do mandante, o Leão da Ilha ainda abriu o placar com Matheus Ferraz. O zagueiro foi lançado por Rodney, matou no peito e fuzilou. Belo gol, aos 17. Cinco minutos depois, Everton Felipe, inocente além da conta, deu um carrinho e tomou o segundo amarelo. Ainda que se discuta se era falta pra cartão, ele estava pendurado e foi imprudente, sobrecarregando os companheiros.
Sobretudo Edmílson, deslocado para a ponta, tendo que descer para recompor o tempo todo. Obviamente, não deu conta, com o Vitória usando bem o seu lado. Enquanto isso, Oswaldo de Oliveira só fazia reclamar e não se preocupava em enxergar o jogo. Também foi expulso. Ainda assim, o time quase foi para o vestiário em vantagem. Aos 44, Samuel Xavier escorreu num cruzamento e Vander empatou. O gol só acelerou a necessidade de mudança, para estabilizar o time defensivamente e oferecer a chance de um contragolpe. Limitando-se à defesa, o time não suportou.
Quando o treinador (ou o auxiliar, na beira do campo) resolveu mexer, a escolha foi equivocada. Trocou Gabriel Xavier por Lenis. Se Edmilson estava sacrificado, o volante Ronaldo (no lugar de Rithely, uma lacuna imensa) era o pior em campo. Marcou mal e tocou errado o quanto pôde. Num instante, Oswaldo viu dois gols baianos e o colombiano ser expulso de forma irresponsável. Aí, finalmente, fez o óbvio de uma hora antes, Edmílson por Rogério. Mesmo com o cenário totalmente adverso, o atacante recém-contratado foi agudo, ganhando o escanteio que gerou o segundo gol, outra vez com Matheus. No fim, no desespero, o time tentou o empate. Mas aí, com Vinícius Araújo em campo, não havia muita esperança. Derrota na conta do técnico.
Na 4ª rodada do Brasileirão, o Santa abriu 7 pontos diferença sobre Sport (8 x 1), afundado na lanterna. Sete rodadas depois, com os corais perdendo seis jogos e os leoninos somando onze pontos, o cenário se inverteu, com o rubro-negro à frente (12 x 11). Custou o lugar fora da zona de rebaixamento. Na noite de sábado, o Santa Cruz perdeu do Corinthians, passando mais uma rodada sem pontuar. Encerrando a rodada, na noite de domingo, o Sport goleou a Chapecoense, fazendo o resultado necessário para deixar o Z4.
Vitória e Ponte, que se enfrentaram no domingo, num empate em Salvador, são os próximos adversários, em confrontos diretos nesta luta atual contra o descenso. Em relação à liderança, o Palmeiras tem agradecer ao Botafogo. Derrotado pelo Cruzeiro no sábado, de virada, precisou torcer por uma improvável derrota do Inter no Beiro-Rio. Dito e feito.
A 12ª rodadas dos representantes pernambucanos:
29/06 (19h30) – Vitória x Sport (Barradão) Histórico na Bahia pela elite: 2 vitórias leoninas, 2 empates e 5 derrotas
30/06 (19h30) – Santa Cruz x Ponte Preta (Arruda) Histórico no Recife pela elite: nenhuma vitória coral, 4 empates e 2 derrotas