Criada em 1994, num curto torneio realizado em Maceió, a Copa do Nordeste foi inserida de vez no calendário da CBF três anos depois. Com a evolução do regional, surgiu o óbvio interesse da televisão, que comprou os direitos de transmissão de toda a competição pela primeira vez em 2000. Na ocasião, a Rede Globo pagou R$ 2 milhões, num rateio entre 16 clubes. A virada na história do Nordestão aconteceu em 2001, com a Associação de Clubes de Futebol do Nordeste (ACFN), atualmente conhecida como Liga do Nordeste.
A organização negociou diretamente os contratos e conseguiu, com a devida chancela, uma tabela maior, passando de 62 para 123 jogos. Com a consultoria de marketing da TopSports, o acordo de tevê passou a englobar os canais por assinatura, via DirecTV, subindo para R$ 8 milhões, com mais R$ 3 milhões de patrocinadores. O “produto” tornara-se alvo de concorrência. Tanto que foram quatro patrocínios fechados em 2002, com um faturamento de R$ 15 milhões. Como se sabe, a CBF, contrariando os clubes, retirou o regional do calendário em 2003, na implantação dos pontos corridos na Série A.
Iniciou-se, então, uma longa briga na justiça, com a liga exigindo R$ 25 milhões de indenização. No período, ocorreram duas edições esvaziadas, lideradas (e vencidas) pelo Vitória, com cotas bem modestas. A “volta” em 2013, após o acordo entre a liga e a confederação, com a garantia de dez torneios, com os direitos do Esporte Interativo, marcou um novo crescimento econômico. Em 2015, a maior cota e o recorde de movimentação financeira, chegando a R$ 29 milhões. Em 2016 foi firmada uma parceria com a Caixa, que dividirá um aporte de R$ 16,5 milhões entre Nordestão, Copa Verde e Brasileiro Feminino. O presidente da liga, Alexi Portela, projeta a maturidade em 2018, com um faturamento de R$ 50 milhões e média próxima a 20 mil espectadores…
Cotas de TV (de todo o torneio)
2000 – R$ 2 milhões
2001 – R$ 8 milhões*
2002 – R$ 8,75 milhões
2003 – R$ 1,5 milhão**
2010 – R$ 3,75 milhões***
2013 – R$ 5,6 milhões
2014 – R$ 10 milhões
2015 – R$ 11,14 milhões
2016 – R$ 14,82 milhões
* Primeira edição da liga, com os sete maiores clubes
** Bahia, Sport, Santa Cruz, Náutico e Fortaleza não quiseram participar
*** Sport não quis participar
Cotas de TV por clube*
2000 – R$ 125 mil (16 clubes)
2001 – R$ 500 mil (16 clubes)
2002 – R$ 546 mil (16 clubes)
2003 – R$ 125 mil (12 clubes)
2010 – R$ 250 mil (15 clubes)
2013 – R$ 350 mil (16 clubes)
2014 – R$ 625 mil (16 clubes)
2015 – R$ 557 mil (20 clubes)
2016 – R$ 741 mil (20 clubes)
* Valor médio, somando todos os valores pagos a cada fase
Faturamento do torneio*
2001 – R$ 11 milhões
2002 – R$ 15 milhões
2013 – R$ 20 milhões
2014 – R$ 23 milhões
2015 – R$ 29 milhões
* Cotas de TV, patrocinadores e despesas pagas pela CBF (arbitragem, viagens e hospedagens)
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Além das cotas, o campeão ainda teve direito a vagas na Copa Conmebol (1997-1999), Copa dos Campeões (2000-2002) e Sul-Americana (2014-2016).