Uma vitória importantíssima para o Leão seguir no pelotão de cima, podendo sonhar um pouco mais e distante do fantasma do rebaixamento. Com 28 pontos, supera a campanha de 2008, quando fez 27 pontos nas 18 primeiras rodadas. Agora, ierá enfrentar o São Paulo no Morumbi, o seu maor algoz como visitante.
Na liderança, o Cruzeiro ampliou a vantagem, de 7 para 8 pontos. Já tem assegurado o simbólico título do turno, que vale o Troféu Osmar Santos.
A 18ª rodada do representante pernambucano
07/09 – São Paulo x Sport (16h00)
Jogos em Sampa pela elite: 15 jogos e 15 vitórias tricolores…
O Sport venceu o Criciúma neste domingo no intervalo, numa mexida.
Saída de Zé Mário e entrada de Patric.
O improdutivo meia havia sido acionado aos 9 minutos de jogos após uma (preocupante) lesão muscular de Diego Souza.
Não havia qualquer meritocracia naquela modificação. O jogador quase nada fez nas partidas nas quais entrou com a camisa rubro-negra.
Lento, facilmente desarmado e com pouco poder de finalização.
Para a surpresa de ninguém na Ilha, com 12 mil presentes (exceto na visão do técnico Eduardo Batista, claro), Zé Mário voltou a atuar mal.
No finzinho do primeiro tempo, o Tigre ainda mandou duas bolas na trave, deixando a torcida da casa ainda mais tensa. A vaia não foi pequena.
No intervalo, a bronca necessária e o reconhecimento tático. Tirar um jogador que já entrou no decorrer da partida é quase um tabu no futebol. Como se o atleta ficasse “queimado” por causa desse contexto.
Neste domingo, o treinador não podia ficar preso a esse estigma. E não ficou, optando por Patric, preterido para a entrada de Vitor na direita. Só que Patric voltou numa nova função…
Não é o jogador mais inteligente do mundo, mas tem volume de jogo e muita força. Faltava isso ao Sport, nada vibrante até ali.
Na volta para o segundo tempo, um novo perfil. Em dez minutos, jogo decidido.
Dois gols seguidos, com Neto Baiano (aleluia) e Danilo, 2 x 0.
No fim, aplausos. Foi a primeira vez que o Sport venceu por dois gols de diferença neste Brasileirão. Uma vitória construída no vestiário, com convicção.
A Série B é conhecida pelo seu equilíbrio técnico. Jogos de muita força, com algum lampejo de técnica sendo decisivo nas partidas. Não por acaso, é comum um time ficar entre o acesso e o descenso faltando dez rodadas.
Num campeonato no qual os jogos parecem iguais, técnica e fisicamente, vale enxergar com mais cuidado os números de cada um.
Em 2014, Náutico e Santa Cruz terminaram o turno com 27 pontos, a seis da zona de classificação à elite. No caso tricolor, falta uma partida, que pode fazer com que a campanha seja 27, 28 ou 30 pontos. Historicamente, o último integrante do G4 sempre chegou à metade da competição na casa dos 30 pontos (o que mostra a importância de Santa x Bragantino).
O 4º lugar da segundona na 19ª rodada:
2014 – 33 pontos, 57,8% e 1 ponto de vantagem
2013 – 31 pontos, 54,3% e nenhum ponto de vantagem
2012 – 34 pontos, 59,6% e 1 ponto de vantagem
2011 – 30 pontos, 52,6% e 1 ponto de vantagem
2010 – 31 pontos, 54,3% e nenhum ponto de vantagem
2009 – 33 pontos, 57,8% e 3 pontos de vantagem
2008 – 32 pontos, 56,1% e nenhum ponto de vantagem
2007 – 30 pontos, 52,6% e nenhum ponto de vantagem
2006 – 30 pontos, 52,6% e 1 ponto de vantagem
Por outro lado, nem sempre o 4º colocado conquistou o acesso após as 38 rodadas. É normal o arranque de uma equipe no returno. A recuperação recorde ocorreu logo na primeira edição do atual formato da Série B, com pontos corridos, com o América de Natal saltando do 12º lugar para a primeirona. Havia somado apenas 25 pontos no turno inicial.
O detalhe básico: todas as equipes neste contexto foram superiores no returno.
Lista de times que subiram com a pior campanha na primeira fase:
2013 – Figueirense (8º com 29) / 31 pontos – 60 pts (4º)
2012 – Atlético-PR (6º com 32) / 39 pontos – 71 pts (3º)
2011 – Sport (5º com 29) / 32 pontos – 61 pts (4º)
2010 – América-MG (6º com 30) / 33 pontos – 63 pts (4º)
2009 – Ceará (4º com 33) / 35 pontos – 68 pts (3º)
2008 – Barueri (6º com 30) / 33 pontos – 63 pts (4º)
2007 – Ipatinga (9º com 28) / 39 pontos – 67 pts (2º)
2006 – América-RN (12º com 25) / 36 pontos – 61 pts (4º)
Ano -Time (colocação e pontuação no turno) / pontos no returno – pontuação geral (colocação final)
Confira uma análise do primeiro turno de 2006 a 2014 clicando aqui.
O formato atual da segunda divisão nacional, com vinte clubes, quatro vagas para o acesso e outras quatro para o descenso está em vigor desde 2006.
Neste modelo, cada clube enfrenta os 19 adversários como mandante e visitante, totalizando 38 partidas.
Confira todas as classificações após o primeiro turno, com a análise sobre as equipes que futuramente conseguiriam o acesso à elite nacional.
2014 – O primeiro turno da segundona “acabou” faltando um jogo. Santa Cruz x Brangantino segue sem data, devido à campanha paulista na Copa do Brasil. Contudo, o jogo não mudaria o G4. Ao mesmo tempo em que a zona de classificação à elite apresenta um equilíbrio, a sua margem foi mais alta em relação ao ano passado.
4º lugar na 19ª rodada: 33 pontos, 57,8% e 1 ponto de vantagem
2013 – O Palmeiras terminou o primeiro turno na liderança com 73,6% de aproveitamento. Foi ainda melhor no returno, ficando a 6 pontos do baita recorde do Corinthians, em 2008 (85 pontos). O Sport manteve a regularidade – acima dos 30 pontos – e subiu. A surpresa foi o Figueirense, saindo do 8º lugar para o G4. Uma pontuação incrível? Nada disso. Somou 31 pontos. Contou com o nível parelho da competição.
Do G4 na 19ª rodada subiram: Palmeiras, Chapecoense e Sport
4º lugar na 19ª rodada: 31 pontos, 54,3% e nenhum ponto de vantagem
4º lugar na 38ª rodada: 60 pontos, 52,6% e 1 ponto de vantagem
Posição final (colocação no 1º turno): pontuação no returno – pontuação total
1º) Palmeiras (1º): 37 pontos – 79 pts
2º) Chapecoense (2º): 32 pontos – 72 pts
3º) Sport (4º): 32 pontos – 63 pts
4º) Figueirense (8º): 31 pontos – 60 pts
2012 – Com 71 pontos, o São Caetano destruiu todas as projeções conhecidas na Série B até então. O Azulão terminou o torneio em 5º lugar, com uma pontuação acima dos “65 pontos”, apontada anteriormente como margem de segurança. Curiosamente, Atlético-PR e Vitória também somaram 71, mas ambos com uma vitória a mais. Já o Goiás saltou do 5º lugar para o título.
Do G4 na 19ª rodada subiram: Criciúma e Vitória
4º lugar na 19ª rodada: 34 pontos, 59,6% e 1 ponto de vantagem
4º lugar na 38ª rodada: 71 pontos, 62,2% e nenhum ponto de vantagem
Posição final (colocação no 1º turno): pontuação no returno – pontuação total
1º) Goiás (5º): 45 pontos – 78 pts
2º) Criciúma (2º): 31 pontos – 73 pts
3º) Atlético-PR (6º): 39 pontos – 71 pts
4º) Vitória (1º): 27 pontos – 71 pts
2011 – A Lusa, comandada pelo técnico Jorginho, fez uma campanha brilhante, com 81 pontos (71%), liderando do começo ao fim. Enquanto isso, a Ponte desacelerou no returno, conquistando somente 28 pontos, a menor quantidade de um clube que alcançou o acesso. O Sport, única novidade no G4 no fim da competição, melhorou o seu índice e se aproveitou da baixa no Guaratinguetá.
Do G4 na 19ª rodada subiram: Portuguesa, Ponte Preta e Náutico
4º lugar na 19ª rodada: 30 pontos, 52,6% e 1 ponto de vantagem
4º lugar na 38ª rodada: 61 pontos, 53,5% e 1 ponto de vantagem
Posição final (colocação no 1º turno): pontuação no returno – pontuação total
1º) Portuguesa (1º): 43 pontos – 81 pts
2º) Náutico (3º): 30 pontos – 64 pts
3º) Ponte Preta (2º): 28 pontos – 63 pts
4º) Sport (5º): 32 pontos – 61 pts
2010 – O Náutico chegou a liderar a competição. A boa arrancada deixou o Timbu em 5º lugar, com a mesma pontuação do 4º lugar. O time não manteve a regularidade e fez apenas 17 pontos no returno, terminando a segundona com 48, em 13º lugar. Já o Coritiba subiu o rendimento, somando 33 (57,8%) e 38 (66,6%) pontos nos turnos. A crescente resultou no bicampeonato da Série B.
Do G4 na 19ª rodada subiram: Figueirense, Coritiba e Bahia
4º lugar na 19ª rodada: 31 pontos, 54,3% e nenhum ponto de vantagem
4º lugar na 38ª rodada: 63 pontos, 55,2% e 1 ponto de vantagem
Posição final (colocação no 1º turno): pontuação no returno – pontuação total
1º) Coritiba (3º): 38 pontos – 71 pts
2º) Figueirense (1º): 31 pontos – 67 pts
3º) Bahia (4º): 34 pontos – 65 pts
4º) América-MG (6º): 33 pontos – 63 pts
2009 – Pela primeira vez, os quatro clubes que terminaram o primeiro turno no G4 conseguiram se manter no pelotão após mais 19 rodadas. Três deles com mais de 35 pontos (61,4%) no returno. Somente o Atlético-GO destoou, com 29 pontos. A queda de rendimento tirou o time da vice-liderança para o 4º lugar. Apesar disso, a margem sobre o 5º lugar se manteve a mesma nos turnos.
Do G4 na 19ª rodada subiram: Vasco, Atlético-GO, Guarani e Ceará
4º lugar na 19ª rodada: 33 pontos, 57,8% e 3 pontos de vantagem
4º lugar na 38ª rodada: 65 pontos, 57,0% e 3 pontos de vantagem
Posição final (colocação no 1º turno): pontuação no returno – pontuação total
1º) Vasco (1º): 37 pontos – 76 pts
2º) Guarani (3º): 35 pontos – 69 pts
3º) Ceará (4º): 35 pontos – 68 pts
4º) Atlético-GO (2º): 29 pontos – 65 pts
2008 – Rebaixado pela primeira vez em sua história, o Corinthians foi soberano durante a sua passagem na segunda divisão nacional, ao estabelecer a melhor campanha da história do campeonato. No primeiro turno, com 39 pontos (68,4%), ainda se manteve próximo aos concorrentes. Com 85 pontos no fim (74,5%), descolou, ficando 17 pontos à frente do vice-campeão.
Do G4 na 19ª rodada subira: Corinthians e Santo André
4º lugar na 19ª rodada: 32 pontos, 56,1% e nenhum ponto de vantagem
4º lugar na 38ª rodada: 63 pontos, 55,2% e 5 pontos de vantagem
Posição final (colocação no 1º turno): pontuação no returno – pontuação total
1º) Corinthians (1º): 46 pontos – 85 pts
2º) Santo André (3º): 35 pontos – 68 pts
3º) Avaí (2º): 32 pontos – 67 pts
4º) Barueri (6º): 33 pontos – 63 pts
2007 – Após a falha no returno da temporada anterior, o Coritiba teve uma campanha consistência, quase idêntica ao do primeiro turno. A regularidade, com 60,5% de aproveitamento rendeu o primeiro título da Série B ao alviverde paranaense. Já o Criciúma, líder do primeiro turno, caiu bastante. Terminando na 7ª colocação geral, somando apenas 16 pontos na retomada.
Do G4 na 19ª rodada subiram: Coritiba e Vitória
4º lugar na 19ª rodada: 30 pontos, 52,6% e nenhum ponto de vantagem
4º lugar na 38ª rodada: 59 pontos, 51,7% e 3 pontos de vantagem
Posição final (colocação no 1º turno): pontuação no returno – pontuação total
1º) Coritiba (2º): 34 pontos – 69 pts
2º) Ipatinga (9º): 39 pontos – 67 pts
3º) Portuguesa (7º): 34 pontos – 63 pts
4º) Vitória (4º): 29 pontos – 59 pts
2006 – O Coritiba virou o turno na primeira colocação, com 61,4% de aproveitamento, o mesmo percentual do Náutico, vice-líder. A queda de rendimento na segunda metade da competição, terminando a segundona com índice de 51,7%, custou o acesso ao Coxa. O Galo, por sua vez, somou 42 pontos no returno do Brasileiro e saltou do 5º para o 1º lugar.
Do G4 na 19ª rodada subiram: Náutico e Sport
4º lugar na 19ª rodada: 30 pontos, 52,6% e 1 ponto de vantagem
4º lugar na 38ª rodada: 61 pontos, 53,5% e nenhum ponto de vantagem
Posição final (colocação no 1º turno): pontuação no returno – pontuação total
1º) Atlético-MG (5º): 42 pontos – 71 pts
2º) Sport (3º): 34 pontos – 64 pts
3º) Náutico (2º): 29 pontos – 64 pts
4º) América-RN (12º): 36 pontos – 61 pts
O Náutico encerrou o primeiro turno da Série B na zona intermediária, com 8 vitórias, 3 empates e 8 derrotas. Após a boa largada com Dado Cavalcanti, vencendo nas três rodadas anteriores, o Timbu caiu em Campinas quando parecia ter o controle do jogo.
O revés por 2 x 0 neste sábado aconteceu justamente quando o time pernambucano ficou com um jogador a mais em campo.
Após um primeiro tempo equilibrado, mas com o time paulista chegando mais, a segunda etapa começou com o zagueiro Tiago Alves sendo expulso após uma entrada violenta em Marinho. Bem postado em campo, cabia ao Náutico tranquilidade para fazer a bola correr o campo, cansar o adversário e a partir disso usar a velocidade de Marinho e Sassá (Tadeu, novamente apagado, foi substituído).
Contudo, o mandante logo se adaptou à estratégia dos contragolpes, matando a partida. Rafael Costa e Cafu marcaram os gols da Ponte, numa tarde que terminou como num passado não muito distante, sem reação alvirrubra.
Com 27 pontos na classificação, o Náutico vê de relance o G4. Vale o mesmo em relação ao Z4. Para buscar algo mais no returno, será obrigado a fazer uma campanha superior nos 19 jogos restantes. É questão matemática, técnica à parte.
Foram ouvidas 7.005 pessoas na pesquisa nacional de torcidas realizada pelo Ibope, em parceria com o Lance!. No país, o índice de 2014 é um dos maiores da história. No entanto, ao dividir por estado, ampliando o quadro de números, o estudo acaba revelando um dado inferior a outros levantamentos. Alguns estados tiveram suas estatísticas reveladas. Entre eles, Pernambuco, com 300 entrevistados, de todas as classes de renda, escolaridade e idade.
Inúmeras pesquisas já foram feitas por aqui, mas nem sempre em todo o estado. Alguns institutos optam apenas pelo Recife. Outros vão um pouco mais longe, cobrindo a região metropolitana e seus 14 municípios. Numa abrangência máxima, poucos casos. Nas últimas três décadas, o blog encontrou sete pesquisas estaduais com a quantidade explícita de entrevistados. E a pesquisa do Ibope em 2014 foi, neste contexto, a de menor amostragem. Onze vezes menor que o levantamento do Instituto Maurício de Nassau, feito há cinco anos.
O novo estudo ficou abaixo até de pesquisas só na capital. Ponto fora da curva com isso? Não exatamente, mas quanto menor a amostragem, maior a chance de falha. Agora, a principal surpresa é a suposta força paulista, com o Corinthians à frente do Náutico e São Paulo e Palmeiras com mais torcedores do que o Flamengo. Historicamente, esses dados não batem. Na dianteira, uma maior e incomum aproximação do Santa em relação ao Sport.
Ibope / Pernambuco 2014
Período: 05/12/2013 a 14/02/2014
Público: 300 (nº de municípios não divulgado)
Margem de erro: 1,0%
População estimada (IBGE/2013): 9.208.551
1º) Sport – 26,3% (2.421.848)
2º) Santa Cruz – 24,0% (2.210.052)
3º) Corinthians – 7,3% (672.224)
4º) Náutico – 5,3% (488.053)
5º) São Paulo – 4,0% (368.342
6º) Palmeiras – 3,3% (303.882)
7º) Flamengo – 2,3% (211.796)
Sem clube – não divulgado
Outros times – não divulgado
Eis as pesquisas de torcida com amostragens divulgadas em Pernambuco.
Nos últimos três anos também foram realizadas quatro pesquisas no Recife e no Grande Recife, variando de 500 a 2.837 pessoas entrevistadas.
Enfim, a amostragem do Ibope com 300 pessoas foi baixa, mas como nem todas as pesquisas divulgam os seus dados estaduais, é provável que já tenha ocorrido um índice até inferior…
Cinco jogos sem sofrer um gol sequer na Série B. Nas primeiras partidas desta série, mais acaso do que evolução prática em campo.
Mas após cinco rodadas, com mais de 450 minutos disputados, é possível dizer que a defesa coral também passou a fazer a sua parte. Ainda que em cima da hora, já na última rodada do primeiro turno.
Na noite desta sexta, o sistema de marcação foi mais eficiente em casa, com Tiago Cardoso tendo uma jornada bem mais tranquila em relação àquela contra o Avaí.
As constantes mudanças táticas de Sérgio Guedes em busca de um equilíbrio (mais por teste do que por convicção) vão dobrando a desconfiança da torcida.
Na vitória sobre o Atlético Goianiense por 2 x 0, o meia Wescley marcou aos sete minutos e chegou a quatro gols na segundona, enquanto Pingo, também num rebote, fechou a conta nos descontos. Tamanha precaução defensiva se viu nos últimos cinco minutos, com o time mal ultrapassando o meio-campo. Após o apito final, Wescley conseguiu a proeza de ser expulso. Uma pena.
O resultado positivo – deixando o time coral com 27 pontos – reaproximou o clube do G4. Ainda de forma virtual, com base no jogo adiado deste turno, o duelo contra o Bragantino, no Mundão, ainda sem data.
De certa forma, essa partida vai virando uma “carta na manga” para a reta final do campeonato, no qual o povão espera ver a equipe enfim equilibrada. Defensivamente, vai encontrando um caminho…
Uma estratégia comum no mercado futebolístico para alavancar a venda de produtos oficiais é a criação de modelos alternativos.
Terceiro padrão, camisa para apenas um jogo, quarto padrão…
Seja pelo resgate histórico, pelo abuso do desing por um cor realmente diferente, de vez em quando o marketing passa da conta…
O caso mais recente é o do Independiente, conhecido como Rojo, vermelho. Pois bem, a Puma, fornecedora do clube, lançou um padrão azul.
Porém, azul é a cor do Racing, o outro time de Avellaneda. Ainda que tenha ficado parecida com o padrão reserva do rival, a ideia foi incompreensível ( elaboração e aprovação). Acredite, existem outros capítulos. Até no Recife…
Antes, ainda vale lembrar outro caso na Argentina, com o maior clássico do país.
Comemorando o centenário do Boca Juniors em 2005, a Nike lançou uma série de uniformes antigos. O de 1907, com a faixa diagonal, deixou a torcida nervosa na Bombonera. Como não ligar la banda àquela tradicional do River?
Na ocasião, a torcida do River disse: “A imitação é o maior elogio que existe”.
No clássico pernambucano das multidões, um “vacilo” de cada lado.
Em 1999, a Topper resgatou um padrão utilizado pelo Sport na década de 1970, quando a camisa branca tinha duas faixas horizontais, uma vermelha e outra preta. Com uma rivalidade bem mais acirrada, a nova versão boiou no mercado.
Mais recente, em 2010, a Penalty exagerou no tamanho da listra branca, quase invisível. Não por acaso, da arquibancada parecia outro time jogando…
Erros em 1999, 2005, 2010 e 2014. Não se engane. Vem mais por aí…
O futebol virou um negócio milionário. Tratar o clube como empresa é o caminho para não só sobreviver no difícil meio (mercado?), como crescer.
Existem inúmeros formatos para gerir um clube, no Brasil e no exterior.
Contudo, algumas diretrizes parecem básicas.
A Pluri Consultoria criou um gráfico simples com o círculo virtuoso de gestão. Não parece muito diferente do modelo apresentado para um “superclube”, abaixo.
No fim, o básico realmente tem espaço, desde que trabalhado de forma racional. É a grande dificuldade no país, num desculpa passional para manter velhos costumos.
Portato, é preciso atrair patrocinadores, montar de times competitivos e contar com o engajamento da torcida.
Vamos a alguns questionamentos ao torcedor…
Dos seis tópicos apresentados, qual é a maior lacuna do seu time?
Qual é o tópico principal?
É possível gerir o clube com alguma “lacuna” no círculo virtuoso?
Separada por uma grade, a poucos metros do campo, uma torcedora gremista gritava “macaco” para o goleiro santista, Aranha.
O goleiro avisou, mas o árbitro fez vista grossa e até repreendeu o atleta. E os xingamentos continuaram na geral.
As câmeras de tevê captaram outros torcedores no mesmo setor imitando macacos.
E assim voltamos à estaca zero.
Relembrando alguns textos já publicado no blog sobre o assunto, já passamos das bananas arremessadas em campo, com uma senhora resposta do jogador brasileiro, ao racismo nas redes sociais e campanhas de conscientização.
Apesar disso tudo, o cenário não parece mudar, nem no exterior nem aqui, até porque já está bem enraizado em alguns…
A punição de mando de campo ao clube não basta, a proibição no estádio (bebidas e bandeiras) também não.
Pois, desta forma, as partidas vão se moldando à violência e seguimos empurrando o problema para debaixo do tapete.
A solução não é simples, mas é incrível que até hoje o infrator tenha penas tão brandas, como se o crime dentro de um estádio de futebol tivesse um peso menor do que nas ruas. Como se tivesse uma liberdade de 90 minutos para apresentar o pior de si.
É óbvio que não tem. Se não há controle, isso, sim, precisa ser melhorado. Investigação e punição, nas esferas cível e penal.
A palavra dita pela torcedora estava na garganta dela faz tempo… presa.
Afinal, esse processo é bem mais longo. É cultural, infelizmente.
Ao ser proferida a palavra, que aguente as consequências. Aliás, que as consequências existam.