O Santa Cruz chegou a 40 gols marcados no Campeonato Brasileiro. Em 36 rodadas disputadas, tem o melhor desempenho entre os integrantes da zona de rebaixamento e também marcou mais vezes que Atlético-PR (5º lugar) e São Paulo (13º). Diante do time misto do Galo (focado na final da Copa do Brasil), os dois principais atacantes corais balançaram as redes. De pênalti, Grafite chegou a onze gols. De fora da área, batendo colocado, Keno chegou a dez. Quantos times do país têm uma dupla com 21 gols na elite? Contexto que não bate de forma alguma com a colocação do clube pernambucano, já rebaixado.
Os gols comprovaram, outra vez, o quanto o desnivelamento técnico do elenco foi crucial para o destino, com uma defesa remendada a todo momento (Néris se machucou demais), sendo a mais vazada da competição. Se marcou três vezes no Arruda (o lateral Vítor também deixou o dele), também sofreu três – um deles de Fred, agora artilheiro isolado, com 14 gols. Ao todo, o Santa sofreu 63 gols. Para se ter ideia, o lanterna tomou 55. Nos pontos corridos, costumeiramente os times da parte de cima da classificação contam com defesas melhores que os respectivos ataques. Uma “cozinha” consistente é algo básico.
Após virar o placar, tomar o empate e ficar outra vez em vantagem, os poucos corais presentes (3.221) tiveram que amargar outro tropeço em casa. Numa saída estabanada de Tiago Cardoso, com Hyuri completou, 3 x 3. O goleiro teve um desempenho muito ruim na competição, mas está longe de ser o maior culpado – a (não) qualificação, sim. No geral, o sistema defensivo do campeão nordestino não deu segurança em momento algum. Nos dois jogos restantes, ainda sob comando interino, o tricolor deve começar a fazer testes. Haja vaga…
Dois jogos seguidos jogando muito mal, contra Cruzeiro e Atlético-PR. Duas derrotas e nenhum gol marcado. A situação tranquila, estabelecida após a goleada sobre o Grêmio, já não se faz presente. No gramado sintético da Arena da Baixada, o Sport cochilou no primeiro tempo, com 2 x 0 se mantendo na volta do intervalo, apesar do lampejo de reação. Na partida contra o Furacão, atual 5º colocado, com um pé na Libertadores, o time pernambucano iniciou numa apatia sem sentido. Errando muitos passes e sem uma recomposição eficaz.
Ligado, diante de um ótimo público, o melhor mandante desta Série A (87%!) invadiu a área pelas laterais. Sem cobertura, Samuel Xavier e Renê foram ultrapassados várias vezes. O primeiro gol saiu com 22 minutos, num cruzamento da esquerda, com André Lima completando. Magrão até espalmou, mas a bota bateu no atacante e entrou. Depois, com o visitante ainda sem levar perigo à meta de Wéverton, o Atlético ampliou num pênalti cobrado por Thiago Heleno, aos 34. Após jogada pela direita, o Atlético exigiu outra grande defesa de Magrão, com a zaga dormindo e Ronaldo cortando o rebote com o braço.
Sobre o ataque, vale “destacar” Everton Felipe, o pior em campo (já vinha mal), e Rogério, fora do tom na área. Já Diego Souza, infiltrado na marcação, pouco produziu. Na retomada, Daniel Paulista voltou a insistir em Túlio de Mello. Como na Ilha, o grandalhão foi nulo. Quase não toca na bola com os pés e de cabeça não ganhou uma. Que o técnico pense em outros nomes num próximo momento de dificuldade. Até porque nas rodadas finais, obrigado a vencer um jogo, o Leão enfrentará os rebaixados América (fora) e Figueirense (casa). Se tecnicamente não renderam, financeiramente devem chegar motivados por malas brancas de Porto Alegre e Salvador. Ao Sport, será preciso voltar a se impor, com a bola no chão, como no seus melhores (mas, infelizmente, poucos) momentos.
Na 37ª rodada da Série B, o Náutico venceu o Tupi, fora de casa, e se manteve vivo na briga pelo acesso à elite de 2017. Está em 5º lugar, sendo o único time fora do G4 ainda com chances. Como Atlético e Avaí já se classificaram de forma antecipada, briga com Bahia e Vasco. Três times, duas vagas.
Os jogos decisivos da 38ª rodada: 26/11 (16h30) – Náutico x Oeste (Arena Pernambuco, São Lourenço) 26/11 (16h30) – Atlético-GO x Bahia (Olímpico, Goiânia) 26/11 (16h30) – Vasco x Ceará (São Januário, Rio de Janeiro)
Para o acesso do Náutico 1) Precisa vencer o Oeste e torcer por empate/derrota do Vasco contra o Ceará ou derrota do Bahia contra o Atlético
Para o acesso do Bahia 1) Empate ou vitória sobre o Atlético 2) Em caso de derrota, torce para que Vasco ou Náutico não vençam
Para o acesso do Vasco 1) Vitória sobre o Ceará 2) Em caso de empate ou derrota, torce para que o Náutico não vença
Ao todo, existem 27 combinações possíveis. À parte do nível técnico de cada jogo (como enfrentar o já campeão Atlético Goianiense, um Ceará sem pretensões e o Oeste brigando para não cair), vamos às possibilidades.
Abaixo, os clubes classificados em cada cenário, de acordo com os resultados. Há a ressalva de que o Vasco poderia tomar o lugar do Bahia em caso de empate no Rio e derrota baiana em Goiás. Entretanto, o blog desconsiderou a hipótese uma vez que o time carioca teria que tirar 12 gols de saldo.
Cenário 1 – Náutico (63 pontos) e Bahia (63 pts)
Náutico x Oeste (vitória do Náutico)
Atlético-GO x Bahia (derrota do Bahia)
Vasco x Ceará (derrota do Vasco)
Cenário 2 – Náutico (63 pontos) e Bahia (63 pts) Náutico x Oeste (vitória do Náutico) Atlético-GO x Bahia (derrota do Bahia) Vasco x Ceará (empate)
Cenário 3 – Vasco (65 pontos) e Náutico (63) Náutico x Oeste (vitória do Náutico) Atlético-GO x Bahia (derrota do Bahia) Vasco x Ceará (vitória do Vasco)
Cenário 4 – Bahia (64 pontos) e Náutico (63) Náutico x Oeste (vitória do Náutico) Atlético-GO x Bahia (empate) Vasco x Ceará (derrota do Vasco)
Cenário 5 – Bahia (64 pontos) e Náutico (63 pts) Náutico x Oeste (vitória do Náutico) Atlético-GO x Bahia (empate) Vasco x Ceará (empate)
Cenário 6 – Vasco (65 pontos) e Bahia (64 pts) Náutico x Oeste (vitória do Náutico) Atlético-GO x Bahia (empate) Vasco x Ceará (vitória do Vasco)
Cenário 7 – Bahia (66 pontos) e Náutico (63 pts) Náutico x Oeste (vitória do Náutico) Atlético-GO x Bahia (vitória do Bahia) Vasco x Ceará (derrota do Vasco)
Cenário 8 – Bahia (66 pontos) e Náutico (63 pts) Náutico x Oeste (vitória do Náutico) Atlético-GO x Bahia (vitória do Bahia) Vasco x Ceará (empate)
Cenário 9 – Bahia (66 pontos) e Vasco (65 pts) Náutico x Oeste (vitória do Náutico) Atlético-GO x Bahia (vitória do Bahia) Vasco x Ceará (vitória do Vasco)
Cenário 10 – Bahia (63 pontos) e Vasco (62 pts) Náutico x Oeste (empate) Atlético-GO x Bahia (derrota do Bahia) Vasco x Ceará (derrota do Vasco)
Cenário 11 – Bahia (63 pontos) e Vasco (63 pts) Náutico x Oeste (empate) Atlético-GO x Bahia (derrota do Bahia) Vasco x Ceará (empate)
Cenário 12 – Vasco (65 pontos) e Bahia (63 pts) Náutico x Oeste (empate) Atlético-GO x Bahia (derrota do Bahia) Vasco x Ceará (vitória do Vasco)
Cenário 13 – Bahia (64 pontos) e Vasco (62 pts) Náutico x Oeste (empate) Atlético-GO x Bahia (empate) Vasco x Ceará (derrota do Vasco)
Cenário 14 – Bahia (64 pontos) e Vasco (63 pts) Náutico x Oeste (empate) Atlético-GO x Bahia (empate) Vasco x Ceará (empate)
Cenário 15 – Vasco (65 pontos) e Bahia (64 pts) Náutico x Oeste (empate) Atlético-GO x Bahia (empate) Vasco x Ceará (vitória do Vasco)
Cenário 16 – Bahia (66 pontos) e Vasco (62 pts) Náutico x Oeste (empate) Atlético-GO x Bahia (vitória do Bahia) Vasco x Ceará (derrota do Vasco)
Cenário 17 – Bahia (66 pontos) e Vasco (63 pts) Náutico x Oeste (empate) Atlético-GO x Bahia (vitória do Bahia) Vasco x Ceará (empate)
Cenário 18 – Bahia (66 pontos) e Vasco (65 pts) Náutico x Oeste (empate) Atlético-GO x Bahia (vitória do Bahia) Vasco x Ceará (vitória do Vasco)
Cenário 19 – Bahia (63 pontos) e Vasco (62 pts) Náutico x Oeste (derrota do Náutico) Atlético-GO x Bahia (derrota do Bahia) Vasco x Ceará (derrota do Vasco)
Cenário 20 – Bahia (63 pontos) e Vasco (63 pts) Náutico x Oeste (derrota do Náutico) Atlético-GO x Bahia (derrota do Bahia) Vasco x Ceará (empate)
Cenário 21 – Vasco (65 pontos) e Bahia (63 pts) Náutico x Oeste (derrota do Náutico) Atlético-GO x Bahia (derrota do Bahia) Vasco x Ceará (vitória do Vasco)
Cenário 22 – Bahia (64 pontos) e Vasco (62 pts) Náutico x Oeste (derrota do Náutico) Atlético-GO x Bahia (empate) Vasco x Ceará (derrota do Vasco)
Cenário 23 – Bahia (64 pontos) e Vasco (63 pts) Náutico x Oeste (derrota do Náutico) Atlético-GO x Bahia (empate) Vasco x Ceará (empate)
Cenário 24 – Vasco (65 pontos) e Bahia (64 pts) Náutico x Oeste (derrota do Náutico) Atlético-GO x Bahia (empate) Vasco x Ceará (vitória do Vasco)
Cenário 25 – Bahia (66 pontos) e Vasco (62 pts) Náutico x Oeste (derrota do Náutico) Atlético-GO x Bahia (vitória do Bahia) Vasco x Ceará (derrota do Vasco)
Cenário 26 – Bahia (66 pontos) e Vasco (63 pts) Náutico x Oeste (derrota do Náutico) Atlético-GO x Bahia (vitória do Bahia) Vasco x Ceará (empate)
Cenário 27 – Bahia (66 pontos) e Vasco (65 pts) Náutico x Oeste (derrota do Náutico) Atlético-GO x Bahia (vitória do Bahia) Vasco x Ceará (vitória do Vasco)
O destino do Náutico em 2017 só será decidido somente em 26 de novembro, na última rodada da Série B. Em Juiz de Fora, no interior mineiro, o alvirrubro fez a sua parte. Venceu o Tupi e estendeu a acirrada disputa pelo acesso. Com a classificação antecipada do Avaí, neste sábado, restam apenas duas vagas, com três candidatos. Além do time pernambucano, Vasco e Bahia.
Se concentrar no jogo no Mário Helênio, num deserto com 429 testemunhas (e alvirrubros presentes), não seria simples. Além da vitória, o time precisava contar com a sorte. Ao menos o jogo começou a ser definido rapidamente. Com 14 minutos, Rodrigo Souza roubou a bola e cruzou da direita para Rony abrir o placar, chegando a onze gols na Série B. A vitória parcial colocava o Náutico no G4, pressionando os adversários logo no início da tarde – só sairia após os gols do Bahia, em jogo iniciado uma hora depois. Pouco antes do intervalo, aos 42, Bergson recebeu de Esquerdinha e finalizou mal, mas ampliou. Os mineiros, já rebaixados, se queixaram dos tentos, com uma falta no primeiro e uma mão na bola no segundo. Na visão do blog, reclamação válida só no segundo lance.
Na retomada, o dono da casa seguiu tentando algo. Conseguiu diminuir aos 11 e criou boas chances. E o jogo administrável tornou-se tenso durante quinze minutos, até o inacreditável pênalti cometido pelo goleiro (num carrinho que lembrou Junior Baiano em seus piores dias). O zagueiro Rafael Pereira encheu o pé e definiu a vitória. No descontos, num contragolpe, Léo Santos transformou a vitória em goleada, 4 x 1. Instantes após o apito final, a notícia da derrota do Vasco em Criciúma, aumentando um pouquinho a possibilidade de acesso…
Quatro meses após a inédita conquista da Eurocopa, a Federação Portuguesa de Futebol divulgou um vídeo de bastidores, com o discurso de Cristiano Ronaldo no vestiário do Stade de France, após a vitória sobre os donos da casa, na prorrogação. O craque do Real Madrid apontou aquele momento, aquele triunfo, como o momento mais feliz de sua carreira. Assista.
“Eu poderia repetir isso 100 vezes. Eu estou muito feliz. Esse é o troféu que estava faltando.”
Mania na Copa do Mundo, os copinhos colecionáveis, exclusivos em cada jogo do torneio, voltaram nos Jogos do Rio de Janeiro, com modelos de todos os esportes presentes. Na compra de cerveja ou refrigerante, uma lembrança do evento, com torcedores colecionando os copos. Na Olimpíada, aliás, foram 42 tipos diferentes, cada um custando R$ 13. Ou seja, a coleção completa saiu por R$ 546. Com dois fortes exemplos, em 2014 e 2016, esse mercado passou a mirar nos clubes de futebol, que licenciaram colecionáveis de norte a sul.
Como no Mundial, existem copos exclusivos para cada jogo, em “lembranças oficiais” de rodadas do Brasileirão e de fases decisivas de outros campeonatos. Até a Seleção Brasileira entrou na onda, com copos nas Eliminatórias. Porém, também foram criadas versões a partir da história de cada clube. Aí, são incontáveis caminhos. Acima, alguns exemplos, como o título mundial do Inter, em 2006, o aniversário de 113 anos do Grêmio, e o tri do Palmeiras na Copa do Brasil. No Recife, alvirrubros, tricolores e rubro-negros já contam com seus primeiros modelos, lançados em situações (e objetivos) bem distintos.
Qual partida e/ou título você gostaria ver em um colecionável do seu clube?
Colecionável para ajudar os Aflitos O Náutico lançou o primeiro modelo no jogo contra o Atlético-GO, em 28 de outubro. Na Arena Pernambuco, o copo de 550 ml saiu por R$ 20, o mais caro no Recife. Parte da arrecadação da primeira edição colecionável, produzida pela Gift Way, foi destinada à reforma dos Aflitos, através da campanha “Voltando pra casa”, estampada no copo.
Estrelas douradas nos copos da Ilha O Sport lançou logo dois modelos de uma vez, ambos por R$ 10. Baseado em seus principais títulos, “87 é nosso” e “2008 também”, os copos começaram a ser vendidos na Ilha do Retiro em 5 de outubro. No duelo contra o São Paulo. Os modelos foram produzidos pela M&L Sport Innovation, que já havia licenciado modelos de Grêmio, Cruzeiro, Palmeiras, Atlético-PR e Bahia.
Na quarta-feira, tricolores e rubro-negros saíram frustrados. Em Curitiba, o Santa perdeu do Coritiba e consumou o seu quinto rebaixamento no Brasileirão. Na Ilha, diante de 25 mil pessoas, o Sport foi superado pelo Cruzeiro, com Diego Souza desperdiçando uma penalidade. Em ambos os jogos, 1 x 0.
No caso coral, o descenso já era questão de tempo. A chance de escapar era de 1%. Agora, o clube precisa juntar os cacos para tentar voltar já em 2018. Já os leoninos acabaram ajudados no complemento da rodada, quinta-feira, com a derrota do Vitória, na Vila Belmiro, e o empate do Internacional, no Beira-Rio. Assim, mesmo perdendo, o clube conseguiu melhorar a sua probabilidade de permanência. Restando três jogos, precisa na prática, de uma vitória. Com isso, só cairia caso Vitória e Inter vençam os seus três jogos, o que parece improvável. Já para a Sula, a chance, calculada apenas pelo departamento de matemática da Universidade Federal de Minas Gerais, é de 42,5%.
As sete maiores probabilidades de rebaixamento após 35 rodadas
As projeções de sucesso nas pontuações finais para evitar o rebaixamento
Sport – soma 43 pontos em 35 jogos (41,0%)
Para chegar a 46 pontos (margem segura): Precisa de 3 pontos em 3 rodadas …ou 33,3% de aproveitamento Simulações mínimas: 1v-0e-2d e 0v-3e-0d
Permanência: 99.06% (UFMG), 98.7% (Chance de Gol) e 98.0% (Infobola)
A 36ª rodada dos representantes pernambucanos
20/11 (16h00) – Atlético-PR x Sport (Arena da Baixada) Histórico em Curitiba pela elite: 1 vitória leonina, 5 empates e 6 derrotas
20/11 (18h30) – Santa Cruz x Atlético-MG (Arruda)
Histórico no Recife pela elite: 3 vitórias corais, 5 empates e 1 derrota
A Sul-Americana começará durante a fase final do Campeonato Pernambucano, o Nordestão acabará com o Brasileiro já em andamento e um time da região poderá jogar até CINCO competições oficiais no primeiro semestre.Pelo calendário oficial, um clube nordestino poderá jogar, de janeiro a maio, até 37 partidas, somando Estadual (12), Nordestão (12), Copa do Brasil (8), Brasileiro (3) e Sula (2). Podendo chegar até 39 considerando o “regulamento pernambucano” (detalhes a seguir). Quem estaria neste contexto? Hoje, o Santa Cruz. Sport, Náutico, Bahia, Vitória e Fortaleza jogarão ao menos quatro – e olhe que o Leão da Ilha também pode chegar a cinco. Complicado?
Calendário mínimo (janeiro-maio) 22 jogos, Santa – PE (10), NE (6), Brasileiro (3), Sula (2) e Copa do Brasil (1) 20 jogos, Sport – PE (10), NE (6), Brasileiro (3), Copa do Brasil (1) 20 jogos, Náutico – PE (10), NE (6), Brasileiro (3), Copa do Brasil (1)
Após o anúncio do novo calendário, a CBF divulgou os ajustes no Nordeste, tanto no regional quanto nos estaduais (acima, a agenda completa). Nesse buruçu, há um ponto positivo: apesar da redução da Lampions League anunciada na versão original do documento, com quatro datas a menos, foi mantida a estrutura dos últimos anos, com doze datas. Assim, teremos a fase de grupos* (6 jogos), quartas de final (2 jogos), semifinal (2 jogos) e final (2 jogos). Partidas entrelaçadas no calendário. Das quartas à semi, por exemplo, quase um mês de distância. Por sinal, trabalhar o “foco” das equipes será essencial.
*As chaves do Nordestão 2017 A – Náutico, Santa Cruz, Campinense e o 2º representante do Ceará (a definir) B – Bahia, Fortaleza, Moto Club e Altos-PI C – Sport, Sampaio Corrêa, River e Juazeirense-BA D – ABC, CRB, CSA e Itabaiana E – Vitória, América de Natal, Botafogo e Sergipe
A diretoria de competições da confederação brasileira, ressaltando o “caráter transitório” do novo calendário (modificado após as mudanças da Conmebol, que ampliou a Libertadores e a Sul-Americana), já traz a solução para a tradicional rodada de carnaval. Que no Nordeste, sobretudo no Recife e em Salvador, não costuma ocorrer por motivos de segurança, com a polícia militar ocupada nas festas populares. O torneio será adequado às datas vagas na Copa do Brasil (a segunda fase desta será em jogo único, mas como conta com jogos em duas semanas, poderia abrir mão de uma). Nota-se que o calendário será “orgânico”, ganhando forma à medida em que os clubes avançam de fase, com mata-matas em quatro dos cinco torneios presentes no semestre.
Para os estaduais da região, a CBF liberou 12 datas para os estaduais, ao contrário das 18 para os certames das outras regiões. Ocorre que em Pernambuco a FPF realizou o conselho arbitral com 14 datas na fase principal (hexagonal, com dez, semifinal e final, ambas em ida e volta). Como opção, respeitando o período de férias e pré-temporada, o calendário nacional ainda dispões de três datas extras entre os dias 15 e 22 de janeiro. Entretanto, o início da fase principal do Campeonato Pernambucano de 2017 está marcado para 29 de janeiro, com o clássico entre Náutico e Santa Cruz, na Arena Pernambuco. Vamos, então, a algumas possibilidades.
Situações hipotéticas para a formatação do Pernambucano 1) A FPF anteciparia o hexagonal, o que causaria desgaste com o Trio de Ferro 2) A FPF utilizaria outras brechas no calendário (Copa do Brasil e Sula) para realizar o torneio com 14 datas e no período da CBF. Mas quase sem folgas 3) A FPF teria que mudar o regulamento, o que parece bem improvável…
Para ficar claro como será complicado, basta dizer que o dia 3 de maio, uma data extra dada pela CBF, poderá ser utilizada no Estadual desde que o clube envolvido na reta final do torneio não esteja envolvido simultaneamente nas oitavas de final da Copa do Brasil e na primeira fase da Sul-Americana… Como controlar esse desempenho? No cenário local, isso poderia ocorrer de forma dupla, com Santa e Sport. E boa sorte à FPF para encontrar a solução.
As alterações possíveis na Copa do Nordeste, segundo a CBF
As alterações possíveis no Campeonato Pernambucano, segundo a CBF
O jogo contra o Cruzeiro poderia ter sido o da permanência para o Sport, que chegaria a 46 pontos em caso de vitória. Aliviaria 2016. Assim, animados pela goleada em Porto Alegre, os leoninos esgotaram os ingressos com bastante antecedência. Mais de 25 mil torcedores, no segundo maior público do clube no Brasileirão. Entretanto, esse público saiu da Ilha do Retiro bastante frustrado. Pela derrota, 1 x 0, e pelo péssimo futebol apresentado, sobretudo no segundo tempo, lembrando a capenga equipe dirigida por Falcão.
Possivelmente pelo abalo psicológico causado no fim da primeira etapa. Do 1 x 0 ou 0 x 1 em menos de dois minutos. Aos 41, pênalti em Diego Souza. Artilheiro do campeonato, o meia partiu pra cobrança, no seu estilo característico, e acertou o travessão, com a bola quicando rente à linha. Enquanto o camisa 87 se mantinha perplexo (e era um dos melhores até ali), o lance seguiu, com o contragolpe celeste, resultando em mais um escanteio cedido por Matheus Ferraz, mesmo sem ser tão acossado. Após a cobrança, Henrique pegou a sobra e acertou o cantinho, no único espaço entre três rubro-negros.
Na volta do intervalo, o time mineiro obedeceu bem as ordens de Mano, com quase todos os azuis atrás da linha da bola. Uma barreira que o Sport não conseguiu furar em momento algum – no máximo, com Rogério em chutes rasteiros. Com a atuação piorando e a torcida já inquieta, Daniel Paulista mexeu. Lenis e Túlio de Mello. O colombiano ciscou pela esquerda, mas pouco produziu. O segundo, brigando pelo alto, fez menos ainda. Lembraram um Sport que parecia já distante. Porém, o revés, deixando o temor, mostra que o grupo segue com limitações. E nem sempre será possível depender de DS87…
Desde que o Brasileirão passou a contar com o sistema de acesso e rebaixamento, em 1988, esta foi a sexta participação coral, com o quinto rebaixamento. E só não caiu em 2000 porque a competição não teve degola. Ainda assim, foi o lanterna na ocasião. O quadro, de quase três décadas, mostra o distanciamento do clube em relação à elite no período, num reflexo de gestões irresponsáveis num passado não tão distante. Em reconstrução, o clube teria, no segundo semestre de 2016, o ponto alto de uma caminhada iniciada há cinco anos. O bicampeonato pernambucano e o inédito título nordestino alavancaram a confiança, turbinada pelo início arrasador, com goleadas no Arruda e a liderança.
Sem a devida qualificação técnica, uma lacuna nítida, a equipe não deu conta da competição, acumulando longos jejuns sem vencer e tropeços em casa, além da inoperância como visitante, como nesta quarta, diante do Coritiba. Após desperdiçar quatro excelentes chances durante a partida (Grafite, Léo Moura, João Paulo e Jádson), o tricolor acabou sofrendo o único gol da noite aos 29 do segundo tempo, com Leandro tocando na saída de Tiago Cardoso. E o descenso foi consumado no Couto Pereira, 1 x 0, com o primeiro rebaixado desta edição. Antes, a chance de escapar era apenas 1%.
Em relação ao desempenho de sempre acabar rebaixado é algo que pesa no Arruda. Diminui o clube, um mamute do tamanho de sua torcida, de seu estádio, mas que há pelo menos três décadas não se comporta de maneira digna na elite. Somando todas as participações, incluindo a Copa João Havelange, foram 161 partidas no período, com apenas 28,3% de aproveitamento…
Campanhas na Série A (na era com acesso/descenso) 1988 – 22º lugar entre 24 clubes (rebaixado) 1993 – 23º lugar entre 32 clubes (rebaixado) 2000 – 29º lugar entre 29 clubes* 2001 – 25º lugar entre 28 clubes (rebaixado) 2006 – 20º lugar entre 20 clubes (rebaixado) 2016 – 19º lugar entre 20 clubes (rebaixado, em andamento) *A Copa João Havelange foi a única edição sem rebaixamento no período
Desempenho coral na elite (1988-2016)* 161 jogos 34 vitórias 35 empates 92 derrotas 166 gols marcados 282 gols sofridos -116, o saldo * Até a 35ª rodada de 2016