Seleção Brasileira faturou R$ 70 milhões como mandante nas Eliminatórias de 2018

Eliminatórias da Copa 2018, em 10/10/2017: Brasil 3 x 0 Chile. Foto: divulgação

A Canarinha encerrou as Eliminatórias da Copa de 2018 com dez pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o Uruguai. Na última rodada, no Allianz Parque, o moderno estádio do Palmeiras, a Seleção goleou o Chile, deixando o atual bicampeão da Copa América fora do Mundial da Rússia. A tranquila vitória manteve o país como o único sul-americano invicto como mandante no qualificatório e também estabeleceu a maior renda do futebol no Brasil. O dado desconsidera o Mundial de 2014, pois a Fifa não divulgou os borderôs.

Com R$ 15 milhões, o jogo superou a final da Libertadores de 2013, entre Atlético-MG e Olimpia do Paraguai. Na ocasião, a partida em Belo Horizonte proporcionou uma arrecadação de R$ 14 mi. Essa renda recorde mostra o quanto a participação nas Eliminatórias, utilizando apenas as arenas com “Padrão Fifa”, turbinou o caixa da CBF. A entidade faturou R$ 70 milhões! Embora não detalhe o percentual repassado a cada operador dos estádios, é possível aferir um desconto de 8%, o valor entregue ao Corinthians na apresentação anterior em São Paulo. Ou seja, a confederação teria ficado com 92%, ou R$ 64,4 milhões líquidos. E, de fato, o torcedor pagou caro para produzir esta receita. No Allianz Parque, com valores semelhantes aos da Copa do Mundo realizada no país, o tíquete médio foi de R$ 368.

A gestão desse recurso, lembrando, fica a cargo de Marco Polo Del Nero…

Público total: 371.897 (média de 41.321 torcedores) 
Renda total: R$ 70.073.561 (média de 7.785.951 reais) 
Tíquete médio: R$ 188,42
Campanha: 9 jogos; 8 vitórias, 1 empate e nenhuma derrota; 26 GP e 4 GC

Eis o ranking de bilheteria nos jogos da Seleção nas Eliminatórias de 2018.

Balanço da Seleção Brasileira nas Eliminatórias da Copa 2018 jogando no Brasil. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Seguindo com a evolução cronológica dos públicos da Canarinha, com a taxa de ocupação dos estádios. A maior foi em São Lourenço da Mata, com 98,17% dos 45.845 cadeiras vermelhas ocupadas – curiosamente, no único empate no país. A menor ocorreu em Fortaleza, com índice de 60,98%.

Evolução dos públicos nos jogos da Seleção Brasileira como mandante nas Eliminatórias da Copa 2018. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A escalada cronológica sobre o preço dos ingressos vai da média de R$ 69 na estreia até R$ 368 na despedida do qualificatório da Fifa. As quatro menores rendas foram no Nordeste. Por outro lado, as maiores bilheterias foram registradas com a Seleção em grande fase, já sob comando de Tite.

Evolução das bilheterias nos jogos da Seleção Brasileira como mandante nas Eliminatórias da Copa 2018. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Islândia na Copa do Mundo, mesmo com população menor que Olinda, Caruaru…

Islândia vence o Kosovo e se classifica para a Copa do Mundo de 2018. Foto: Fifa/site oficial

O território da Islândia é quase do mesmo tamanho de Pernambuco, com 103.001 km² x 98.149 km². Demograficamente, porém, há uma enorme diferença, com 9,4 milhões de habitantes no estado e apenas 334 mil no país insular, espalhados em cidades pequenas no litoral, bem afastadas da Europa. Lá, num cenário frio e quase deserto, o futebol vive. Apesar da população menor que 5 municípios locais (Olinda tem 56 mil pessoas a mais!) ou abaixo de 79 cidades brasileiras, a ilha é capaz de formar uma seleção competitiva, que fez história na Eurocopa 2016 e fará história na Copa do Mundo de 2018.

Indo contra qualquer lógica, o país se classificou ao torneio europeu e ainda eliminou a Inglaterra nas oitavas de final. Do exótico ao resultado prático. Em nova disputa nas Eliminatórias, agora ao Mundial, a seleção islandesa garantiu a 1ª colocação no Grupo I, vencendo o Kosovo por 2 x 0 na capital Reykjavik. Conseguiu a vaga direta para o Mundial da Rússia, na sua estreia no maior torneio do futebol. Será, sem surpresa, o país menos populoso a disputar a Copa em todos os tempos. Na Islândia, segundo a federação nacional de futebol, a “Knattspyrnusamband Islands” (KSI), fundada em 1947, existem apenas três mil adultos jogando bola, com 100 profissionais!

Islândia vence o Kosovo e se classifica para a Copa do Mundo de 2018. Foto: Fifa/site oficial

Fazendo uma relação entre a população masculina, com cerca de 167 mil islandeses, e os 23 convocados da seleção, 1 em cada 7,2 mil será chamado para a Copa do Mundo. No estado, essa conta ficaria em torno de 1 em 198 mil. Mesmo na relação municipal, considerando o top 5, o material humano local seria, em tese, mais factível na montagem de um time competitivo. Pois é, absolutamente tudo sobre a Islândia parece ficção, incluindo a sua torcida. Na Euro realizada na França, 5% do país esteve nas arquibancadas. Ou seja, o envolvimento para o sucesso é geral… Mesmo num território escasso.

As 10 cidades pernambucanas mais populosas x Islândia
1.633.697 – Recife (IBGE, estimativa de 2017)

695.956 – Jaboatão
390.771 – Olinda
356.128 – Caruaru
343.219 – Petrolina

334.252 – Islândia

328.353 – Paulista
204.653 – Cabo
156.361 – Camaragibe
138.642 – Garanhuns
137.578 – Vitória

A classificação final do Grupo I das Eliminatórias da Uefa para o Mundial de 2018. Crédito: Fifa/site oficial

As probabilidades de rebaixamento e acesso a 10 rodadas do fim da Série B

As projeções de campanha para acesso e rebaixamento na Série B de 2017 após 28 rodadas. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Faltando apenas dez rodadas para o fim da Série B do 2017, chegou a hora de reapresentar as probabilidades sobre acesso e descenso de cada um dos vinte participantes. Considerando as 280 partidas disputadas na competição de acesso à elite do futebol nacional, vamos às estatísticas de três sites especializados no assunto: Chance de GolInfobola e UFMG, através do departamento de matemática da universidade mineira.

A partir de cálculos sobre o desempenho em casa, histórico em confrontos e campanha atual, o Chance de Gol e a UFMG também projetam as pontuações finais necessárias, com os percentuais que dão mais “garantia” a cada opção. Na segunda divisão, a média histórica de pontuação para o acesso (4º lugar), considerando as onze edições nos pontos corridos, é de 63 pontos. Nesta temporada, essa campanha tem, na pior das hipóteses, 76% de confiança. Em relação ao rebaixamento, o índice histórico para escapar, na 16ª posição, é de “45,18″. Arredondando para 45, significaria 83% de chance de sucesso.

Veja as classificações da Série B após a 28ª rodada clicando aqui.

Náutico
Acesso: 0% a 0,009%
Rebaixamento: 93,3% a 95,2%

Santa Cruz
Acesso: 0% a 0,009%
Rebaixamento: 76,4% a 76,5%

Decisão da Série C entre CSA e Fortaleza garante título nacional ao NE após 4 anos

CSA x Fortaleza, a final da Série C de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Após quatro temporadas, o futebol nordestino volta a conquistar uma das cinco taças nacionais disputadas anualmente. Um triunfo antecipado, através da final da Série C entre CSA e Fortaleza. Curiosamente, na última vez foi num cenário semelhante, com a final nordestina entre Santa Cruz e Sampaio.

Já classificados à segundona de 2018, os finalistas saíram em vantagem no primeiro jogo da semi. Na volta, o tricolor cearense abriu o placar no Castelão (de São Luís), praticamente assegurando a vaga. Tomou a virada do Sampaio, mas ainda assim avançava. Nos descontos, empatou e festejou. Cobrando um pênalti, o São Bento venceu no Rei Pelé aos 45 do 2º tempo, devolvendo o revés na ida. Porém, o azulão alagoano se garantiu na disputa de pênaltis.

Agora, uma decisão inédita, com a ida em Fortaleza e a volta em Maceió.

O vencedor será o 8º clube da região a conquistar um campeonato nacional, independentemente da divisão. E olhe que os dois já tentaram bastante, com quatro vices para cada um. Chegou a hora de um deles mudar essa história…

Campanhas na Série C de 2017
CSA – 22 jogos; 11V, 8E e 3D; 25 GP e 13 GC
Fortaleza – 22 jogos; 9V, 7E e 6D; 25 GP e 18 GC

Os oito vice-campeonatos nacionais…

Fortaleza
1960 – Taça Brasil (vs Palmeiras-SP)
1968 – Taça Brasil (vs Botafogo-RJ)
2002 – Série B (vs Criciúma-SC)
2004 – Série B (quadrangular)

CSA
1980 – Série B (vs Londrina-PR)
1982 – Série B (vs Campo Grande-RJ)
1983 – Série B (vs Juventus-SP)
2016 – Série D (vs Volta Redonda-RJ)

Podcast – A análise das derrotas de Náutico e Santa Cruz na Segundona

Série B 2017, 28ª rodada: Goiás 2 x 0 Náutico (Goiás/facebook) e Santa Cruz 0 x 1 América Mineiro (Santa Cruz/site oficial)

Nenhum gol marcado, duas derrotas e a presença no Z4. Valendo pela 28ª rodada da Série B, alvirrubros e tricolores perderam partidas essenciais. Um num confronto direto e o outro atuando como mandante. O 45 minutos comentou as duas apresentações em gravações exclusivas, nas questões técnica e tática, se estendendo às análises individuais. Terminando, claro, com as respectivas situações na tabela. Ao todo, 48 minutos de podcast. Ouça!

06/10 – Goiás 2 x 0 Náutico (24 min)

07/10 – Santa Cruz 0 x 1 América-MG (24 min)

Classificação da Série B 2017 – 28ª rodada

A classificação da 28ª rodada da Série B de 2017. Crédito: Superesporte2

Os dois representantes pernambucanos já estavam no Z4 do Campeonato Brasileiro, mas as derrotas na 28ª rodada potencializaram bastante a situação já delicada, com o fantasma da Série C cada vez mais assustador. No sábado, o alvirrubro perdeu um confronto direto no Serra Dourada. Ainda na vice-lanterna, o time estava a 8 pontos do 16º colocado, o primeiro fora da zona. Agora está a 11. No dia seguinte, o tricolor perdeu no Arruda, resultando num aumento considerável para sair da atual situação. Manteve-se em 18º, mas agora a 5 pontos do do 16º. Ou seja, o time precisa de, no mínimo, duas rodadas perfeitas para deixar a zona de rebaixamento. Faltam apenas dez.

No G4, o Ceará foi a novidade na semana, trocando de lugar com o Vila Nova. Graças à vitória no confronto direto, em jogo disputado no Castelão.

Resultados da 28ª rodada
Ceará 2 x 0 Vila Nova
Paraná 1 x 0 Internacional
Brasil 1 x 0 Juventude
Boa 1 x 2 Paysandu
CRB 1 x 0 ABC
Goiás 2 x 0 Náutico
Oeste 3 x 0 Guarani
Criciúma 2 x 1 Londrina
Luverdense 3 x 0 Figueirense
Santa Cruz 0 x 1 América 

Balanço da 28ª rodada
8V dos mandantes (16 GP) e 2V dos visitantes (4 GP)

Agenda da 29ª rodada
09/10 (20h00) – Internacional x Brasil (Beira-Rio), SporTV*
13/10 (19h15) – Paysandu x CRB (Curuzu), SporTV*
13/10 (20h30) – Paraná x Criciúma (Durival Britto)
13/10 (21h30) – Juventude x Londrina (Alfredo Jaconi), SporTV*
14/10 (16h30) – Figueirense x Santa Cruz (Orlando Scarpelli), Globo*
14/10 (16h00) – América x Luverdense (Independência)
14/10 (16h30) – Vila Nova x Goiás (Serra Dourada), SporTV*
14/10 (16h30) – ABC x Boa (Arena das Dunas)
14/10 (19h00) – Oeste x Ceará (Arena Barueri)
14/10 (19h00) – Náutico x Guarani (Lacerdão)
* Considerando as transmissões para o Recife, fora o Premiere (PPV)

Com gol mal anulado, Santa Cruz perde do América-MG e fica a 5 pontos do 16º

Série B 2017, 28ª rodada: Santa Cruz 0 x 1 América-MG. Foto: Daniel Hott/América

A vitória sobre o América era a porta de saída da zona de rebaixamento. Durante a semana, Martelotte incutiu isso no grupo do Santa, precisando transformar o futebol agora minimamente competitivo em pontos. Contava com alguns resultados paralelos, mas sobretudo com uma reação no Arruda.

Embora não tenha feito má partida, o tricolor foi superado pelo Coelho, de volta à vice-liderança da Série B após duas derrotas. E há de se lamentar, desta vez, a arbitragem, que anulou um gol de Anderson Salles aos 25/2T, quando o placar ainda estava em branco – o zagueiro coral cabeceou para as redes em posição legal. Sete minutos depois, o jovem camisa 10 do time mineiro, Matheusinho, acertou um chute de longe e fez 1 x 0. No primeiro turno, o meia também foi o carrasco. No último lance, Salles ainda acertou a trave numa cobrança de falta, deixando aquela sensação de “foi por um triz”.

Série B 2017, 28ª rodada: Santa Cruz 0 x 1 América-MG. Foto: Daniel Hott/América

Os corais chegaram a quatro jogos sem vitória, enfrentando um verdadeiro ‘corredor polonês’, com Ceará, Inter e América, todos no G4, e o Londrina, recém-campeão da Primeira Liga. Exceção feita ao jogo diante do colorado, o Santa jogou de igual para igual com os demais, mas ganhou apenas dois pontos em nove possíveis. Num contexto mais amplo, o time tem apenas 1 vitória em 13 rodadas. Não por acaso, afundou na zona de rebaixamento.

Pois é. Se antes da rodada o pensamento era sair, agora está a cinco pontos do 16º colocado, o primeiro fora da zona. Consequência de uma combinação terrível de resultados, obrigando a equipe a fazer frente ao Figueirense no próximo sábado, em Floripa. Na verdade, prrecisa de ao menos 5 vitórias…

Tricolor sob o comando de Martelotte (1v-3e-2d)
09/09 – Santa Cruz 0 x 0 ABC (Arena das Dunas, Natal)
15/09 – Santa Cruz 3 x 0 Goiás (Arruda)
22/09 – Santa Cruz 1 x 1 Londrina (Estádio do Café, Londrina)
26/09 – Santa Cruz 0 x 0 Ceará (Arruda)
30/09 – Santa Cruz 0 x 2 Internacional (Beira-Rio, Porto Alegre)
07/10 – Santa Cruz 0 x 1 América-MG (Arruda)

Série B 2017, 28ª rodada: Santa Cruz 0 x 1 América-MG. Foto: Daniel Hott/América

Náutico perde do Goiás no Serra Dourada, na 5ª derrota consecutiva como visitante

Série B 2017, 28ª rodada: Goiás 2 x 0 Náutico. Foto: Marcos Souza/Nascimento Souza Press/Estadão conteúdo

O Náutico sofreu a 17ª derrota em 28 apresentações na Série B. No Serra Dourada, diante de 12.347 barulhentos torcedores, o alvirrubro foi bem burocrático, sem conseguir levar perigo ao Goiás. Já o alviverde, o segundo time de maior receita da competição, construiu o resultado a partir da qualidade técnica individual, num golaço do atacante Carlos Eduardo, com 8 tentos no Brasileiro. Na reta final do segundo tempo, Jefferson, que fazia mais uma boa partida, espalmou mal e Tiago Luís definiu o 2 x 0.

Assim, sob o comando do técnico Roberto Fernandes, foi a 5ª derrota seguida como mandante. Nenhum gol marcado até aqui – sem surpresa, pois ofensivamente o timbu produz muito pouco desde a saída de Erick. No Z4 desde a segunda rodada, sem conseguir deixar a vice-lanterna desde a 21ª, o Náutico agora só tem dez partidas até o desfecho, entre a permanência e o rebaixamento. São cinco partidas como mandante e cinco como visitante.

Série B 2017, 28ª rodada: Goiás 2 x 0 Náutico. Foto: Goleada Info/twitter (@goleada_info)

Em qualquer conta factível, considerando a 16ª colocação, o time, hoje com 23 pontos, projeta cinco vitórias em casa (15 pontos) e ao menos duas (6 pontos) fora. Isso mesmo, 7 triunfos em 10 rodadas. Para entrar na briga. Mas, como se não bastasse o enorme aproveitamento necessário, o desempenho fora da Arena (ou do Lacerdão) vai minando a esperança.

Em Goiânia, num ‘confronto direto’, a organização no campo adversário foi escassa, com o Náutico tendo dificuldades para trocar três passes verticais. Tanto que passou logo a tentar chegar via lançamentos. No segundo tempo, a equipe de Hélio dos Anjos (3 vitórias em 4 jogos) ofereceu a bola, marcando bem no meio-campo. Travou o jogo, numa armadilha que o alvirrubro terá que desarmar nas próximas viagens. Ou então não restará conta alguma…

Timbu como visitante com Roberto Fernandes (0v-0e-5d)
20ª) Náutico 0 x 1 América (Independência, Minas Gerais)
22ª) Náutico 0 x 1 Ceará (PV, Ceará)
24ª) Náutico 0 x 1 Oeste (Arena Barueri, São Paulo)
26ª) Náutico 0 x 3 Paraná (Durival Britto, Paraná)
28ª) Náutico 0 x 2 Goiás (Serra Dourada, Goiás)

Série B 2017, 28ª rodada: Goiás 2 x 0 Náutico. Foto: Marcos Souza/Nascimento Souza Press/Estadão conteúdo

Um golaço pela vida na 6ª divisão da Argentina, o Prêmio Puskas de 2017?

Lulo Benítez...

O Central de Larroque é um time de futebol de uma pequena cidade de mesmo nome, na província argentina de Entre Ríos. Representando os sete mil moradores, disputa as divisões inferiores do país vizinho. Nunca foi longe, ganhando no máximo a “Liga Departamental de fútbol de Gualeguaychú”, um torneio regional com status de sexta divisão na Argentina, semiamadora, como ocorre em outras províncias longe da capital. Mas, ainda assim, o alvirrubro tornou-se motivo de orgulho nacional. A partir de um gesto além dos gramados praticado por Alejandro “Lulo” Benítez, um atacante de 30 anos.

Ele era símbolo do pequeno Central, quando passou por um drama familiar. O seu sobrinho de 9 meses, Milo, precisava com urgência de um transplante de fígado. Após exames, só a mãe (irmã de Lulo) e o atleta eram compatíveis. Caso aceitasse ser o doador, precisaria encerrar a carreira, uma vez que o órgão não se regenera 100%, além da recuperação demorada. Com a irmã operada no coração, em janeiro de 2017, Alejandro não pensou duas vezes.

“Era uma questão de vida ou morte, e eu não podia falhar”, disse ao Olé.

Antes da estreia na “Federal C”, a quinta divisão, falou com o time e entrou na sala de cirurgia para uma operação de 12 horas, simultaneamente ao bebê. Hoje, já estão saudáveis e simbolizados na luta pela doação de órgãos, até no Brasil. Tanto que a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) criou uma campanha para levar o ‘gol’ de Lulo Benítez ao Prêmio Puskas, da Fifa, que elege anualmente o tento mais bonito. Na tag, #puskasparalulo.

Em Entre Ríos, não há dúvida sobre o merecimento…

Vencedores do Prêmio Puskas da Fifa
2009 – Cristiano Ronaldo (Portugal)
2010 – Altıntop (Turquia)
2011 – Neymar (Brasil)
2012 – Miroslav Stoch (Eslováquia)
2013 – Ibrahimovic (Suécia)
2014 – James Rodríguez (Colômbia)
2015 – Wendell Lira (Brasil)
2016 – Mohd Faiz Subri (Malásia)

Assista aos dez gols candidatos ao Prêmio Puskas de 2017 clicando aqui.

As maiores goleadas dos clássicos em Pernambuco, do Ca-Fé ao Trio de Ferro

Pernambucano 2017, Série A2: Ferroviário do Cabo 0 x 9 Cabense. Crédito: FPF/mycujooo

No Gileno de Carli, em jogo válido pela segunda divisão estadual de 2017, ocorreu a maior goleada já vista num clássico local. Em mais uma edição do “Clássico Ca-Fé”, no Cabo, a Cabense goleou o Ferroviário por 9 x 0, em jogo transmitido pela FPF, que confirmou o resultado, também, como a vitória mais elástica nos 22 anos de história do clube – superando um 7 x 1 sobre o Íbis.

A partir do placar pra lá de incomum, e com o vencedor como “visitante”, vamos às maiores goleadas envolvendo o Trio de Ferro, estendendo também aos principais duelos do interior, com Caruaru, Vitória de Santo Antão e Petrolina. Todos os jogos (oficiais) ocorreram no Campeonato Pernambucano, em suas duas divisões. Entre os grandes, como curiosidade, o blog também listou os jogos apenas no período profissional, iniciado em 1937.

Dados atualizados até 04/10/2017, considerando os clubes em atividade

Clássico dos Clássicos
Geral
01/10/1916 – Sport 8 x 0 Náutico (Ponte d’Uchoa, A1)
31/03/1935 – Náutico 8 x 1 Sport (Avenida Malaquias, A1)

Na era profissional
19/10/1941 – Sport 8 x 1 Náutico (Aflitos, A1)
27/10/1974 – Náutico 5 x 0 Sport (Aflitos, A1)

Clássico das Multidões
Geral
15/08/1934 – Santa Cruz 7 x 0 Sport (Avenida Malaquias, A1)
25/05/1986 – Sport 5 x 0 Santa Cruz (Ilha do Retiro, A1)

Na era profissional
28/05/1976 – Santa Cruz 5 x 0 Sport (Arruda, A1)
25/05/1986 – Sport 5 x 0 Santa Cruz (Ilha do Retiro, A1)

Clássico das Emoções
Geral (e profissional)
09/07/1944 – Náutico 5 x 0 Santa Cruz (Aflitos, A1)
06/10/1991 – Santa Cruz 5 x 0 Náutico (Arruda, A1)

Clássico Matuto – Caruaru
Geral (e profissional)
26/03/2014 – Central 5 x 0 Porto (Lacerdão, A1)
20/03/2011 – Porto 4 x 0 Central (Lacerdão, A1)

Clássico Vi-Ver – Vitória de Santo Antão
Geral (e profissional)
13/06/2004 – Vitória 4 x 1 Vera Cruz (Carneirão, A2)
11/04/2010 – Vera Cruz 4 x 1 Vitória (Carneirão, A1)

Clássico de Petrolina – Petrolina
Geral (e profissional)*
13/06/2010 – Petrolina 3 x 1 1º de Maio (Paulo Coelho, A2)
21/03/1999 – 1º de Maio 4 x 3 Petrolina (Paulo Coelho, A2)
* Nunca houve uma goleada

Clássico Ca-Fé – Cabo de Santo Agostinho
Geral (e profissional)*
04/10/2017 – Cabense 9 x 0 Ferroviário (Gileno de Carli, A2)
18/09/2016 – Ferroviário 2 x 1 Cabense (Gileno de Carli, A2)
* O Ferroviário nunca goleou