Na volta de Nelsinho, Sport vence Atlético Tucumán e fatura o tetra na Taça Ariano

Taça Ariano Suassuna 2018: Sport 2 x 0 Atlético Tucumán. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Após quase dez anos, Nelsinho Baptista voltou a comandar o Sport. O retorno foi com o pé direito, vencendo o Atlético Tucumán pela Taça Ariano Suassuna. Apesar da festa pelo tetra na disputa amistosa promovida pelo clube, esta 4ª versão registrou o menor público, cerca de 5 mil torcedores – no geral, média de 11.038. Na visão do blog, reflexo do agendamento tardio, além do cartaz modesto do adversário argentino, que ao menos na bola aparentava ser o mais difícil – mesmo classificado à Libertadores, o ‘decano’ pouco fez na Ilha.

À parte evento, apresentando o elenco do Sport, sem tantas caras novas, o rubro-negro teve uma atuação segura. Naturalmente com o freio de mão puxado, devido à questão física. Tecnicamente, tentou assimilar a saída de Diego Souza, com o meio formado por Anselmo (muito bem), Pedro Castro (discreto) e Marlone (voluntarioso) sendo superior ao dos hermanos. Na vitória por 2 x 0, gols de Sander e Thomás, o leão teve um perfil distinto em relação à Ariano 2017, quando mudou o time inteiro no segundo tempo. Desta vez, a equipe foi mantida por 60 minutos, com apenas quatro mudanças. Sinal claro do estilo do treinador, que prioriza o conjunto. Neste caso, o amistoso serviu de teste visando a estreia no Estadual, contra o Flamengo de Arcoverde. E começou com a primeira vitória na temporada, mantendo a taça no Recife.

Taça Ariano Suassuna 2018: Sport 2 x 0 Atlético Tucumán. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Sobre o Tucumán, vale uma ressalva. Na noite de sexta, o time estava em Salta, a 3.739 km da capital pernambucana. Lá, pelo ‘torneo de verano’ da Argentina, venceu o Talleres nos pênaltis. Depois, encarou uma viagem com duas escalas em aeroportos, mirando o leão na tarde de domingo. O desgaste seria natural, assim como as mudanças durante a partida – só no intervalo foram cinco. Com a bola rolando, o time encontrou dificuldades no passe, como já havia ocorrido na apresentação anterior. Teve apenas duas chances.

As edições da Taça Ariano Suassuna
1ª) 24/01/2015 – Sport 2 x 1 Nacional (URU), 22.356 pessoas
2ª) 24/01/2016 – Sport 2 x 0 Argentinos Juniors (ARG), 8.909 pessoas
3ª) 22/01/2017 – Sport (4) 1 x 1 (2) The Strongest (BOL), 7.956 pessoas
4ª) 14/01/2018 – Sport 2 x 0 Atlético Tucumán (ARG), 4.933 pessoas

Sport vs clubes argentinos (9 jogos; 3V, 1E e 5D; 12 GP e 17 GC)
31/01/1937 – Sport 2 x 7 Atlanta (amistoso)
25/12/1951 – Sport 2 x 3 Vélez Sarsfield (amistoso)
06/01/1953 – Sport 0 x 1 Chacarita Juniors (amistoso)
23/09/2015 – Sport 1 x 1 Huracán (Sul-Americana)
30/09/2015 – Huracán 3 x 0 Sport (Sul-Americana, Buenos Aires)
24/01/2016 – Sport 2 x 0 Argentinos Juniors (Taça Ariano Suassuna, amistoso)
06/07/2017 – Sport 2 x 0 Arsenal de Sarandí (Sul-Americana)
27/07/2017 – Arsenal de Sarandí 2 x 1 Sport (Sul-Americana, Buenos Aires)
14/01/2018 – Sport 2 x 0 Atlético Tucumán (Taça Ariano Suassuna, amistoso)

Taça Ariano Suassuna 2018: Sport 2 x 0 Atlético Tucumán. Foto: Roberto Ramos/DP

A tabela definitiva da Copa do Nordeste de 2018, com 16 times na fase de grupos

Os grupos da Copa do Nordeste de 2018. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A fase preliminar da Copa do Nordeste de 2018 começou ainda no ano passado, em 15 de agosto, acabando apenas em 13 de janeiro, a três dias do início da fase principal do torneio, que distribui R$ 22,4 milhões em cotas. Esta edição marca a reforma promovida pela Liga do Nordeste junto à CBF, após três temporadas com o mesmo formato. Logo, a fase de grupos foi reduzida de 20 para 16 times, com o número de jogos caindo de 60 para 48, visando uma maior competitividade – daí a necessidade de criar uma seletiva.

Com a definição de todos os participantes, confira a tabela definitiva da etapa, que classificará os dois melhores colocados de cada chave às quartas de final, além das observações iniciais do blog sobre a 15ª edição da Lampions.

Grupo A
Santa Cruz (3º lugar no Pernambucano 2017) – R$ 1 milhão de cota
CRB (1º em AL) – R$ 850 mil
Confiança (1º em SE) – R$ 775 mil
Treze (2º na PB) – R$ 750 mil (somando a seletiva)

Sem dúvida, este é o grupo mais equilibrado desta edição, embora aparente ser tecnicamente nivelado por baixo, sendo o CRB o time de divisão nacional mais elevada – está na Série B. Mesmo na condição de cabeça de chave, o tricolor pernambucano, campeão em 2016, entra com um elenco reformulado e uma folha na casa de R$ 250 mil, patamar semelhante ao dos adversários. A chave também conta com as menores distâncias entre as sedes.

Pitaco do blog sobre os classificados: CRB (1º) e Santa Cruz (2º)

Tabela do grupo A

16/01 (19h00) – Treze x CRB (Amigão)
16/01 (21h45) – Confiança x Santa Cruz (Batistão)
01/02 (19h00) – CRB x Confiança (Rei Pelé)
06/02 (21h45) – Santa Cruz x Treze (a definir)
15/02 (19h00) – Confiança x Treze (Batistão)
20/02 (20h45) – Santa Cruz x CRB (Arruda)
10/03 (16h00) – CRB x Santa Cruz (Rei Pelé)
12/03 (19h15) – Treze x Confiança (PV)
20/03 (19h00) – Confiança x CRB (Batistão)
22/03 (19h00) – Treze x Santa Cruz (PV)
29/03 (21h15) – CRB x Treze (Rei Pelé)
29/03 (21h15) – Santa Cruz x Confiança (Arruda)

Grupo B
Vitória (1º lugar no Baiano 2017) – R$ 1 milhão de cota
ABC (1º no RN) – R$ 850 mil
Ferroviário-CE (2º no CE) – R$ 775 mil
Globo-RN (2º no RN) – R$ 750 mil (somando a seletiva)

Tentando aumentar o seu recorde, de quatro conquistas, o Vitória entra com mudanças em relação ao que disputou o Brasileiro, dispensando alguns medalhões e vendendo David (R$ 8 milhões). Como terminou em 16º na Série A nos últimos dois anos, a medida é compreensível. Na briga pela segunda vaga, o ABC tem mais lastro (técnico e financeiro), apesar do descenso à terceirona – Ferrim (de volta após 19 anos) e Globo correm bem por fora.

Pitaco do blog sobre os classificados: Vitória (1º) e ABC (2º)

Tabela do grupo B

16/01 (21h45) – Globo x Vitória (Manoel Barretto)
17/01 (19h00) – Ferroviário x ABC (Presidente Vargas)
31/01 (19h00) – ABC x Globo (Frasqueirão)
01/02 (21h15) – Vitória x Ferroviário (Barradão)
10/02 (16h00) – ABC x Vitória (Frasqueirao)
21/02 (18h00) – Ferroviário x Globo (Presidente Vargas)
10/03 (18h15) – Globo x Ferroviário (Manoel Barretto)
11/03 (19h00) – Vitória x ABC (Barradão)
20/03 (22h00) – Globo x ABC (Manoel Barretto)
21/03 (19h00) – Ferroviário x Vitória (Presidente Vargas)
27/03 (22h00) – Vitória x Globo (Barradão)
27/03 (22h00) – ABC x Ferroviário (Frasqueirão)

Grupo C
Bahia (2º lugar no Baiano 2017) – R$ 1 milhão de cota
Botafogo (1º na PB) – R$ 850 mil
Altos (1º no PI) – R$ 775 mil
Náutico-PE (4º em PE) – R$ 750 mil (somando a seletiva)

Com o maior orçamento da região em 2018, R$ 119 milhões, o Bahia entra como franco favorito ao título regional – com o tetra, se igualaria ao rival. O tricolor vendeu algumas de suas principais peças (Jean e Juninho Capixaba) e juntou a mais dinheiro, com a formação em andamento. Na briga pela segunda vaga, uma possível disputa polarizada entre Botafogo e Náutico, futuros adversários na Série C. O time paraibano trouxe algumas peças de maior experiência e técnica, como o meia Marcos Aurélio.

Pitaco do blog sobre os classificados: Bahia (1º) e Botafogo (2º)

Tabela do grupo C

17/01 (19h00) – Náutico x Altos (Arena PE)
18/01 (21h15) – Bahia x Botafogo (Fonte Nova)
30/01 (21h45) – Altos x Bahia (a definir)
08/02 (19h00) – Botafogo x Náutico (Almeidão)
22/02 (18h00) – Botafogo x Altos (Almeidão)
22/02 (20h15) – Bahia x Náutico (Fonte Nova)
10/03 (16h00) – Náutico x Bahia (Arena PE)
12/03 (21h30) – Altos x Botafogo (a definir)
20/03 (22h00) – Bahia x Altos (Fonte Nova)
22/03 (21h15) – Náutico x Botafogo (Arena PE)
27/03 (22h00) – Altos x Náutico (a definir)
27/03 (22h00) – Botafogo x Bahia (Almeidão)

Grupo D
Ceará (1º lugar no Cearense 2017) – R$ 1 milhão de cota
Sampaio Corrêa (1º no MA) – R$ 850 mil
Salgueiro (2º em PE) – R$ 775 mil
CSA-AL (2º em AL) – R$ 750 mil (somando a seletiva)

De volta ao Brasileirão, o Vozão só deve investir pesado neste ano a partir de abril, no início do nacional. Ainda assim deve ter, no mínimo, a terceira maior folha desta Lampions, com o reforço de nomes como Felipe Azevedo (atacante) e Juninho (volante). Ao carcará, com boa sequência de participações, a missão é difícil após a drástica mudança do elenco – manteve a base por anos. Com dois acessos seguidos, o CSA aparece bem cotado.

Pitaco do blog sobre os classificados: Ceará (1º) e CSA (2º)

Tabela do grupo D

16/01 (21h45) – Salgueiro x Ceará (Cornélio de Barros)
18/01 (21h15) – CSA x Sampaio Corrêa (Rei Pelé)
30/01 (21h45) – Ceará x CSA (Castelão-CE)
07/02 (19h00) – Sampaio Corrêa x Salgueiro (Castelão-MA)
15/02 (21h15) – CSA x Salgueiro (Rei Pelé)
20/02 (21h00) – Sampaio Corrêa x Ceará (Castelão-MA)
10/03 (16h00) – Ceará x Sampaio Corrêa (Castelão-CE)
10/03 (20h30) – Salgueiro x CSA (Cornélio de Barros)
20/03 (22h00) – CSA x Ceará (Rei Pelé)
22/03 (19h00) – Salgueiro x Sampaio Corrêa (Cornélio de Barros)
29/03 (19h00) – Ceará x Salgueiro (Castelão-CE)
29/03 (19h00) – Sampaio Corrêa x CSA (Castelão-MA)

Ranking Feminino da CBF em 2017 com Vitória (2º), Sport (22º) e Náutico (30º)

Ranking Nacional Feminino de 2017, com pontuação válida para 2018. Crédito: CBF/reprodução

A CBF divulgou a 6ª versão do ranking de clubes do futebol feminino, cuja lógica é a mesma do masculino, pontuando as últimas cinco temporadas, com pesos distintos, com vantagem para os anos mais recentes. A lista conta com 82 clubes – ou 138 a menos que a lista masculina. É interessante ressaltar a diferença uma vez que a confederação brasileira criou a Licença de Clubes, um documento que chancela as participações dos clubes em competições oficiais – com prazos escalonados, sendo o primeiro na Série A, em 2018. No Trio de Ferro, apenas o Santa Cruz ainda não atende à exigência, com o Sport presente na 1ª divisão feminina de 2018 e o Náutico na 2ª divisão. No entanto, voltando ao ranking feminino, a melhor posição é a da Acadêmica Vitória, vice-líder há quatro temporadas, sempre atrás do São José, de São Paulo.

Confira os critérios de pontuação do ranking feminino clicando aqui.

Líderes do ranking
2012 – 6.100 pontos (São Francisco-BA)
2013 – 9.800 pontos (São José-SP)
2014 – 12.560 pontos (São José-SP)
2015 – 14.520 pontos (São José-SP)
2016 – 15.440 pontos (São José-SP)
2017 – 13.040 pontos (São José-SP)

Top Ten do Nordeste em 2017 (lista válida para 2018)
1º) Vitória-PE (11.882 pontos; 2º lugar geral)
2º) São Francisco-BA (11.594 pts; 3º)
3º) Caucaia-CE (7.872 pts; 11º)
4º) Viana-MA (6.780 pts; 15º)
5º) Tiradentes-PI (6.136 pts; 17º)
6º) Vitória-BA (4.444 pts; 21º)
7º) Sport-PE (4.264 pts; 22º)
8º) Botafogo-PB (4.256 pts; 23º)
9º) União-AL (3.020 pts; 28º)
10º) Náutico-PE (2.792 pts; 30º)

A evolução no ranking das principais forças pernambucanas:

Vitória
2012 – 3º (5.370), campeão PE
2013 – 3º (9.200), Série A1 (5º) e campeão PE
2014 – 2º (11.768), Série A1 (7º) e campeão PE
2015 – 2º (13.070), Série A1 (14º) e campeão PE
2016 – 2º (13.752), Série A1 (10º) e campeão PE
2017 – 2º (11.882), Série A1 (13º) e vice PE

Sport
2012 – 37º (880), vice PE
2013 – 22º (2.200), vice PE
2014 – 15º (4.760), Série A1 (19º) e vice PE
2015 – 20º (3.728)
2016 – 27º (2.696)
2017 – 22º (4.264), Série A1 (9º) e campeão PE

Náutico
2012 – não aparece na lista
2013 – não aparece na lista
2014 – 27º (2.280), Série A1 (17º)
2015 – 28º (2.324), vice PE
2016 – 31º (2.268)
2017 – 30º (2.792), Série A2 (15º)

Leia sobre a decisão do último título pernambucano da categoria aqui.

Evandro Carvalho: “Nós temos estádios no interior em ótimas condições”

Evandro Carvalho, o presidente da FPF em 2018. Foto: FPF/site oficial

Ao site da FPF, o presidente da entidade, Evandro Carvalho, deu um depoimento sobre a expectativa para o Campeonato Pernambucano de 2018, programado entre 17 de janeiro e 8 de abril, com 63 partidas.

A seguir, as aspas do dirigente e em negrito as observações do blog.

“Tenho certeza de que esta será uma das edições mais emocionantes do campeonato. Primeiro porque nós conseguimos restabelecer e restaurar, devido a nova interpretação da legislação, a disponibilidade de datas.”
A tal interpretação da legislação foi a única saída para possibilitar jogos com intervalos abaixo de 66 horas, o recomendado pela CBF. Como consequência forçou o calendário. O blog já detalhou a agenda do Trio de Ferro, com apresentações em menos de 24 horas ou até duas partidas – de torneios diferentes – agendadas para o mesmo dia! 

“Então, poderemos fazer um campeonato com datas que permite que o Trio de Ferro visite o interior, que essas equipes joguem com as cidades do interior do estado. Segundo, nós temos uma dado importantíssimo e que orgulha o nosso Pernambucano, nós temos estádios no interior em ótimas condições.
Ao menos os times da capital voltam, de fato, a pegar a BR-232, mas o otimismo do dirigente acerca dos campos soa exagerado. O Vitória, por exemplo, não jogará no Carneirão, em péssimo estado – deve mandar seus jogos na Arena Pernambuco. O Belo Jardim corre contra o tempo para deixar o Mendonção em condições, o que não conseguiu em 2017. Nos demais palcos no interior (5), pequenas reformas e gramados irrigados entre outubro e janeiro.

E terceiro, nós temos um modelo de competição inusitado – nós teremos uma única partida nas quartas de final e nas semifinais. Então, um clube grande que não for bem pode perder a chance de ir para a final.”
Pela primeira vez na história o torneio local terá a fase quartas de final. Embora a fórmula com mais disputas eliminatórias possa ser uma alternativa para os Estaduais, por outro a edição de 2018 classificará 8 dos 11 participantes. É muita coisa, podendo comprometer a intensidade das equipes nas 11 rodadas do turno – a vantagem seria terminar no G4, restando, na prática, uma vaga.

Podcast – Especial Treinadores com Júnior Rocha, do Santa Cruz

Júnior Rocha, técnico do Santa Cruz em janeiro de 2018. Foto: Rafael Brasileiro/DP

Em 1h20 de gravação, em Aldeia, onde o Santa Cruz vem fazendo a preparação para a temporada de 2018, Júnior Rocha analisou o seu início de trabalho e as metas do tricolor, sendo o segundo nome anunciado ma gestão de Constantino Júnior, presidente no triênio 2018-2020. Abrindo o terceiro ano da série do podcast 45 minutos com os treinadores dos grandes clubes da capital, o gaúcho de 36 anos detalhou a transição (atacante/técnico), a montagem do elenco coral com recurso escasso e as suas propostas de jogo.

A entrevista com Júnior Rocha foi conduzida pelos jornalistas João de Andrade Neto, Lucas Fitipald e Rafael Brasileiro. Ouça!

O balanço dos clássicos na Arena PE de 2013 a 2017, com média de 10 mil pessoas

Náutico 1 x 1 Santa (29/01), Náutico 2 x 1 Sport (05/03) e Náutico 1 x 0 Santa (12/03); Náutico 1 x 1 Sport (23/04), Náutico 1 x 2 Santa (06/05) e Náutico 0 x 0 Santa (15/07). Fotos: Ricardo Fernandes e Paulo Paiva, ambos do DP

Desde abertura oficial da Arena Pernambuco, em junho de 2013, já foram realizados 22 clássicos pernambucanos no local, considerando o período até 2017. Os duelos ocorreram em quatro competições distintas: Pernambucano, Nordestão, Série B e Copa Sul-Americana, com públicos entre 2,5 mil (ou 5,6% de ocupação da capacidade) e 30 mil (65,5%). Precisamente, o borderô registrou a entrada de 235.200 torcedores. Em cinco temporadas de clássicos, portanto, a média é de 10.690 – 23,3% de ocupação. Em relação à bilheteria bruta, os dados são levemente melhores (por causa do preço aplicado no estádio), com R$ 5.145.815, registrando um índice de R$ 233.900.

Para 2018, apenas um clássico está garantido, com mando do Náutico. Jogo válido pelo Estadual, contra o rubro-negro (24/01). Caso avance ao mata-mata local, o timbu deverá continuar na arena. A partir de abril, porém, deve voltar aos Aflitos, com a reforma em andamento. Assim, ocorreriam lá o Clássico das Emoções pela Série C e os possíveis jogos pelo Nordestão e Copa do Brasil. Ou seja, o governo do estado passa a negociar a agenda pontual do empreendimento com o Sport, o Santa e, também, o Náutico.

A seguir, um resumo de cada clássico no local entre 2013 e 2017.

Santa Cruz x Náutico
Com oito gols, o primeiro duelo, vencido pelos corais, é o recorde de tentos na arena, considerando os clássicos. Apesar da média menor em comparação a Náutico x Sport, O Clássico das Emoções tem uma média menor em comparação a Náutico x Sport, mas é o duelo com mais jogos acima de 10 mil espectadores (6). Por outro lado, três partidas não chegaram sequer a 5 mil, incluindo a menor assistência num clássico. Apenas 2.592 pessoas presenciaram a decisão de 3º lugar do Estadual 2017.

11 jogos (10 mandos alvirrubros e 1 tricolor)
4 vitórias do Santa Cruz (36%)
4 empates (36%)
3 vitórias do Náutico (27%)

110.303 torcedores, média de 10.027
R$ 2.310.910 de renda absoluta, média de R$ 210.082

Os clássicos das Emoções na Arena Pernambuco entre 2013 e 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Náutico x Sport
O primeiro clássico da história da Arena foi logo um inédito confronto internacional, pela Copa Sul-Americana de 2013. Apesar da derrota, os leoninos avançaram nos pênaltis. Embora tenha sido mandante só uma vez, o rubro-negro venceu a maioria dos jogos. Sobre os públicos, cinco foram abaixo de 10 mil, com a média se mantendo acima disso graças à final do campeonato estadual 2014, com 30 mil, ainda recorde em clássicos.

9 jogos (8 mandos alvirrubros e 1 rubro-negro)
3 vitórias do Náutico (33%)
2 empates (22%)
4 vitórias do Sport (44%)

112.810 torcedores, média de 12.534
R$ 2.660.980 de renda absoluta, média de R$ 295.664

s clássicos dos Clássicos na Arena Pernambuco entre 2013 e 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Sport x Santa Cruz
O inédito Clássico das Multidões pela Sula, no centenário do confronto, em 2016, acabou ocorrendo integralmente na Arena depois que os dois rivais se acertaram com o governo do estado. Ou seriam os dois jogos ou nenhum. Se salvou apenas a festa tricolor, avançando às oitavas, pois a presença das torcidas foi frustrante nos dois jogos, com os menores públicos do clássico nesta década. Desde então, mais cinco clássicos, nenhum em São Lourenço.

2 jogos (1 mando 1 rubro-negro e 1 tricolor)
0 vitória do Sport (0%)
1 empate (50%)
1 vitória do Santa Cruz (50%)

12.087 torcedores, média de 6.043
R$ 173.925 de renda bruta, média de R$ 86.962

Os clássicos das Multidões na Arena Pernambuco entre 2013 e 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/D

Flamengo de Arcoverde goleia o Íbis e ganha a inédita Taça Evandro Carvalho

Taça Evandro Carvalho 2018: Flamengo de Arcoverde x Íbis. Foto: FPF/twitter (@fpfpe)

Mais uma taça erguida na pré-temporada sertaneja. Após a Taça Aderval Viana, conquistada pelo Salgueiro, em Afogados da Ingazeira, foi a vez de Arcoverde contar uma disputa do tipo. Na reabertura do estádio Áureo Bradley, com nova pintura, novas saídas para os vestiários e gramado ampliado para o padrão 105m x 68m, o Flamengo atropelou o Íbis.

O duelo rubro-negro na tarde de domingo terminou em 6 x 0 a favor do mandante, que estreia no Campeonato Pernambucano dentro de dez dias, no mesmo local e contra outro rubro-negro, justamente o atual campeão Sport.

Com a vitória, o Flamengo de Arcoverde levou a Taça Evandro Carvalho. Isso mesmo, o troféu simbólico faz homenagem ao presidente da FPF. Ao menos não foi uma auto-homenagem, pois foi o próprio clube que ofereceu o troféu, celebrando os seus 59 anos de fundação. Como na noite de sábado, o dirigente esteve presente no amistoso, a 256 km do Recife

Quanto ao pássaro preto, que no segundo semestre irá disputar novamente a segundona do futebol local, fica a má atuação, como nos seus velhos tempos de ‘pior time do mundo’, com direito à pênalti cobrado na lua.

Taça Evandro Carvalho 2018: Flamengo de Arcoverde x Íbis. Foto: FPF/twitter (@fpfpe)

Estreando a iluminação em Afogados, o Salgueiro ganha a Taça Aderval Viana

Taça Aderval Viana 2018: Afogados (2) 1 x 1 (4) Salgueiro. Foto: FPF/instagram (@fpfpe)

O primeiro troféu da temporada pernambucana foi erguido no sertão, embora ainda no contexto de ‘pré-temporada’, no duelo sertanejo entre Afogados e Salgueiro. O amistoso foi simbólico, marcando o primeiro jogo profissional noturno da história de Afogados da Ingazeira, a 386 quilômetros do Recife.

Como a Coruja – apelido do time da casa – havia disputado apenas a segunda divisão e a primeira fase do Estadual, sem os grandes clubes da capital, até então não havia a exigência de refletores por parte da FPF. Porém, com o novo regulamento, agora com turno único envolvendo todos os participantes, a prefeitura precisou adequar o Estádio Municipal Valdemar Viana, o Vianão.

Taça Aderval Viana 2018: Afogados (2) 1 x 1 (4) Salgueiro. Foto: Afogados/instagram (@afogadosfcoficial)

A obra ocorreu após o aporte de R$ 590 mil junto ao Ministério do Esporte. O novo sistema tem seis torres e 108 lâmpadas de LED. Com o investimento também foi possível reformar os dois vestiários e os bancos de reservas.

Num campo cheio, 1 x 1, com Roger abrindo o placar para o Afogados, no 1T, e Maurício empatando para o Salgueiro, no 2T. Como estava em disputa a amistosa Taça Aderval Viana, em homenagem a um desportista local, os times encararam os pênaltis – experiência interessante a ambos, pois o Estadual de 2018 conta com três fases eliminatórias e penalidades em caso de igualdade. E o atual vice-campeão pernambucano venceu por 4 x 2. Começou copeiro…

Taça Aderval Viana 2018: Afogados (2) 1 x 1 (4) Salgueiro. Foto: FPF/instagram (@fpfpe)

Tour da FPF leva a taça do Pernambucano de 2018 aos sete municípios do interior

O troféu de campeão do Campeonato Pernambucano de 2018. Foto: FPF/site oficial

Há alguns anos a Liga do Nordeste promove o “tour da taça”, levando a orelhuda às cidades envolvidas na competição regional. Para isso, conta com o simbolismo do troféu dourado do Nordestão, com modelo fixo. Não é o que ocorre em Pernambuco, mas, por outros caminhos, a FPF também resolveu adotar o “tour da taça” na versão local. Alguns pontos colaboram para a ideia no Campeonato Pernambucano de 2018. O primeiro é a definição prévia do troféu, pois há bastante tempo as peças eram apresentadas já na reta final das competições. Desta vez, o design da taça foi revelada durante o conselho arbitral, em 3 de outubro. Passados dois meses, com a finalização da obra, o troféu será levado às sete cidades do interior nesta edição.

Segundo a entidade, o projeto é realizar exposições públicas do troféu de campeão estadual, título jamais conquistado pelo interior  – até hoje, quatro vices. A própria federação reconhece o distanciamento causado pela edição de 2017, com vários campos vetados fora do Grande Recife.

“O objetivo do tour da taça do Pernambucano 2018 é aproximar os torcedores dos clubes e da competição Estadual, que este ano sofreu modificações no regulamento e terá jogos do trio de ferro no interior do Estado”

Rota do Estadual 2018 no interior
50 km – Vitória de Santo Antão
130 km – Caruaru
187 km – Belo Jardim
215 km – Pesqueira
256 km – Flamengo
386 km – Afogados da Ingazeira
518 km – Salgueiro

Curiosamente, as primeiras exibições ocorrem paralelamente a outras taças. No primeiro fim de semana do ano, dois amistosos com taças em disputa. No dia 6, Afogados x Salgueiro, inaugurando os refletores do estádio Vianão. Ao vencedor, a Taça Aderval Viana. No dia 7, Flamengo x Íbis no Áureo Bradley, celebrando os 59 anos do rubro-negro sertanejo. Ao vencedor, a Taça Evandro Carvalho. Quem sabe a taça principal também não fica por lá…

As cotas de TV dos maiores Estaduais de 2018, com R$ 306 milhões para 119 times

Os principais campeonatos estaduais de 2018: Paulistão, Carioca, Gaúcho, Mineiro, Catarinense, Pernambucano, Paranaense, Paraense, Baiano e Cearense. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Os dez principais campeonatos estaduais de 2018 somam R$ 306 milhões em cotas de transmissão na televisão e premiações oficiais, numa receita distribuída em 119 clubes. Repasses a partir de R$ 103 mil até R$ 17 milhões. Sem surpresa, a verba está concentrada no eixo Rio-SP, com 212 milhões, ou 69%. Os clubes do chamado ‘G12’ recebem pelo menos 12,3 mi, o que acaba sendo um indicativo importante para o contexto mais amplo, do Brasileirão, com receitas ainda maiores. Como exemplo, o hiato entre Botafogo e Sport, que salta de 25 mi (Série A) para 39 milhões de reais (Estaduais + Série A). Ou seja, o mercado real é bem mais apertado. E estenda isso às demais divisões. Na Série C, o Volta Redonda, possível adversário de alvirrubros e tricolores na briga pelo acesso, chega capitalizado pela receita do Carioca.

Naturalmente, a audiência de cada competição justifica, em tese, o investimento da tevê. O alerta serve apenas como base para reflexão, uma vez que a grana depositada nos estaduais vai bem além do dia 8 de abril, a data reservada pela CBF para as decisões. Para este levantamento, com a análise de cada torneio e os dados de todos os times envolvidos, o blog reuniu as informações mais atuais (jornais, rádios e canais de outros estados) sobre as principais competições, três delas no Nordeste (Pernambucano, Baiano e Cearense). Por sinal, essas três apresentam valores bem abaixo, expondo a importância do Nordestão, que distribui R$ 22,4 milhões.

Dos números conhecidos, a diferença máxima entre as torneios é de R$ 118,3 milhões (SP x CE). Em dez casos, os acordos envolvem a Rede Globo e suas afiliadas. De acordo com a atualização do atlas de cobertura da emissora, existem 200.970.636 telespectadores potenciais. Logo, somando o alcance do Paulista e do Carioca (com 16 estados, considerando a transmissão do ano anterior), chega-se a 101.647.809, ou 50,5% do país.

Obs. O blog só considerou as verbas dos clubes, sem os custos operacionais.

Ranking de cotas absolutas nos campeonatos estaduais de 2018. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Paulista (Paulistão Itaipava)
O estado mais rico do país também conta, naturalmente, com o campeonato estadual mais valorizado. Em relação ao Rio, o centro mais próximo, a vantagem na distribuição de receitas é de 29,5 milhões de reais. Além de pagar mais em cotas fixas, com os menos abastados recebendo 3,3 milhões – perto do que se paga ao Pernambucano inteiro -, o Paulistão também tem a melhor distribuição de prêmios, tanto em números absolutos quanto no número de contemplados (14 dos 16 participantes). Em caso de título, um grande termina acumulando R$ 22 milhões. Exibida em três plataformas, a competição ainda tem mais um ano de contrato no atual modelo.

Contrato: Globo SP (2016-2019), inclui SporTV e pay-per-view
Alcance da TV aberta: SP (44,2 milhões de telespectadores)
16 clubes (de 12 a 18 jogos para qualquer participante)

Cota: R$ 109,3 milhões
Premiação: R$ 11,79 milhões
Total: R$ 121,09 milhões

Cota 1 (4 times) – R$ 17 milhões (Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo)
Cota 2 (1 time) – R$ 5 milhões (Ponte Preta)
Cota 3 (11 times) – R$ 3,3 milhões (Botafogo, Bragantino, Ferroviária, Ituano, Linense, Mirassol, Novorizontino, Red Bull, Santo André, São Bento e São Caetano)

Premiações: campeão estadual (5 milhões), vice estadual (1,65 milhão), 3º (1,1 milhão), 4º (880 mil), 5º (485 mil), 6º (430 mil), 7º (375 mil), 8º (325 mil), 9º (270 mil), 10º (215 mil), 11º (190 mil), 12º (165 mil), 13º (135 mil), 14º (110 mil), campeão do interior (360 mil), vice do interior (100 mil)

Carioca
O contrato firmado em 2017 elevou bastante o patamar do campeonato do Rio de Janeiro. Os quatro grandes passaram a ganhar valores próximos dos quatro grandes de São Paulo (15 mi x 17 mi), com os demais participantes escalonados em outros quatro níveis, incluindo quatro times que largam numa seletiva. No topo da pirâmide dos times pequenos, surpreende os R$ 4 milhões para equipes sem apelo popular – exceção feita ao Voltaço. Em relação à premiação, o Rio privilegia o seu formato de várias taças (ao todo, três no mesmo campeonato), com bônus nos mata-matas. Um grande clube pode terminar com até 20,5 milhões de reais – caso vença os dois turnos e o título.

Contrato: Globo Rio (2017-2024), inclui SporTV e pay-per-view
Alcance da TV aberta: RJ, ES, TO, SE, PB, RN, PI, MA, PA, AM, RO, AC, RR, AP e DF (56,8 milhões de telespectadores)
16 clubes (de 11 a 18 jogos para os grandes)

Cota: R$ 83,6 milhões
Premiação: R$ 7,9 milhões
Total: R$ 91,5 milhões

Cota 1 (4 times) – R$ 15 milhões (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco)
Cota 2 (4 times) – R$ 4 milhões (Boavista, Madureira, Nova Iguaçu e Volta Redonda)
Cota 3 (2 times) – R$ 2 milhões (Bangu e Portuguesa)
Cota 4 (2 times) – R$ 800 mil (Macaé e Resende)
Cota 5 (4 times) – R$ 500 mil (América, Bonsucesso, Cabofriense e Goytacaz)

Premiações: Campeão estadual (3,5 milhões); vice estadual (1,5 milhão); Taça Guanabara, 1º (1 milhão), 2º, (150 mil), 3º (150 mil) e 4º (150 mil); Taça Rio, 1º (1 milhão), 2º, (150 mil), 3º (150 mil) e 4º (150 mil)

Gaúcho (Gauchão Ipiranga)
Em 2017, os clubes gaúchos acertaram um contrato pontual. Na ocasião, a dupla Gre-Nal recebeu R$ 22 milhões. Com o novo acordo para 2018, colorados e tricolores dividem 25 mi, segundo o colunista Luiz Zini, do Zero Hora. Aos demais, as mesmas cotas, com vantagem para Brasil e Juventude, que participam da Série B. Quanto à premiação, bancada por patrocinadores, o cenário é bem curioso. Há bonificação para o campeão do interior (o melhor time fora da final), mas não há para o campeão estadual. Pois é. No último ano, aliás, o campeão foi o Novo Hamburgo, que não ganhou bônus algum…

Contrato: RBS TV (2018), inclui pay-per-view
Alcance da TV aberta: RS (11,2 milhões de telespectadores)
12 clubes (de 11 a 17 jogos para qualquer participante)

Cota: R$ 36 milhões
Premiação: R$ 1 milhão
Total: R$ 37 milhões

Cota 1 (2 times) – R$ 12,5 milhões (Grêmio e Internacional)
Cota 2 (2 times) – R$ 1,5 milhão (Brasil de Pelotas e Juventude)
Cota 3 (8 times) – R$ 1 milhão (Avenida, Caxias, Cruzeiro, Novo Hamburgo, São Luiz, São José, São Paulo e Veranópolis)

Premiações: os oito classificados às quartas de final (R$ 100 mil); campeão do interior (R$ 200 mil)

Mineiro (Mineiro Sicoob) – atualizado em 12/01, via Vinícius Dias, do UAI
Apesar de ser o segundo estado mais populoso do país, Minas Gerais aparece em 4º lugar na lista, considerando a soma de todas as cotas de transmissão dos Estaduais. O contrato atual, de quatro temporadas, prevê um ajuste anual. No caso dos gigantes mineiros, R$ 300 mil a mais para cada. Dado semelhante aos gaúchos. Já o piso é menor, ficando abaixo de R$ 1 milhão por participante – os clubes ainda negociavam um aumento de 850 mil para 875 mil. Aqui, porém, o patamar intermediário é mais robusto, com o América recebendo mais que o Paraense, o Baiano e o Cearense. Em 2018 o torneio ganhou uma data a mais, com a implantação das quartas de final.

Contrato: Globo Minas (2017-2021), inclui pay-per-view
Alcance da TV aberta: MG (20,7 milhões de telespectadores)
12 clubes (de 11 a 16 jogos para qualquer participante)

Cota: R$ 35,15 milhões
Premiação: nada
Total: R$ 35,15 milhões

Cota 1 (2 times) – R$ 12,3 milhões (Atlético-MG e Cruzeiro)
Cota 2 (1 time) – R$ 2,9 milhões (América)
Cota 3 (9 times) – R$ 850 mil (Boa Esporte, Caldense, Democrata, Patrocinense, Tombense, Tupi, Uberlândia, URT e Villa Nova)

Catarinense – atualizado em 15/01, via Blog Rodrigo Goulart
Em 2015, Santa Catarina emplacou quatro clubes no Brasileirão, à frente do Rio. Em 2018 terá apenas um representante, a Chape. Coincidência ou não, essa queda é paralela à redução do investimentos da Globo no torneio local. Neste ano sai de cena o pay-per-view, restando apenas a tevê aberta, com 19 partidas – uma por rodada e mais a final, em jogo único. O montante foi dividido em duas frentes, com 65% para os clubes mais tradicionais, aqueles que já disputaram Série A nesta década, e 35% para os demais.

Contrato: NSC TV (2018-2021)
Alcance da TV aberta: SC (6,8 milhões de telespectadores)
10 clubes (de 18 a 19 jogos para qualquer participante)

Cota: R$ 5 milhões
Premiação: nada
Total: R$ 5 milhões

Cota 1 (5 times) – R$ 650 mil (Avaí, Chape, Criciúma, Figueirense e Joinville)
Cota 2 (5 times) – R$ 350 mil (Brusque, Concórdia, Hercílio Luz, Inter de Lages e Tubarão)

As cotas dos clubes da Série A de 2018 nos campeonatos estaduais de 2018. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Paranaense – atualizado em 12/01, via jornal Gazeta do Povo
Em 2017 a dupla Atletiba comprou a briga com a Globo ao não concordar com a proposta de transmissão do Estadual – acabaram exibindo o clássico no youtube. Na ocasião, a receita de televisão já havia caído de 8 mi para 6 milhões, ficando sem o pay-per-view. Em 2018 apenas o Furacão bateu o pé, com o valor total seguindo abaixo – o Atlético, aliás, é o único time da elite nacional que disputa o Estadual sem ganhar cota alguma. Com a assinatura pontual do Coxa, o Estadual ultrapassou o PE, uma vez que as demais cotas paranaenses também foram recalculadas.

Contrato: RPC (2018-2019)
Alcance da TV aberta: PR (10,8 milhões de telespectadores)
12 clubes (de 11 a 17 jogos para qualquer participante)

Cota: R$ 4,7 milhões
Premiação: nada
Total: R$ 4,7 milhões

Cota 1 (2 times) – R$ 600 mil (Coritiba e Paraná)
Cota 2 (1 time1) – R$ 500 mil (Londrina)
Cota 3 (8 times) – R$ 375 mil (Cascavel, Cianorte, Foz do Iguaçu, Maringá, Prudentópolis, Rio Branco, Toledo e União)
Sem cota (1 time) – em aberto (Atlético-PR )

Pernambucano
No cenário local, o contrato de quatro anos com a Globo (a detentora dos direitos desde 2000!) prevê um reajuste anual através do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). Assim, por mais que o valor-base, de janeiro de 2015, seja de R$ 950 mil para o Trio de Ferro, na prática cada um ganhará R$ 1.119.690 em 2018. Logo, a 104ª edição do Estadual, com 11 em vez de 12 clubes, conta com um aporte líquido de 4,4 milhões – contudo, por uma questão de padronização do blog, todos os estaduais apresentam os valores originais. Entre os principais campeonatos da região, o PE é o único que terá um novo contrato de tevê em 2019 – espera-se que fique menos defasado.

Contrato: Globo Nordeste (2015-2018), inclui pay-per-view
Alcance da TV aberta: PE (9,2 milhões de telespectadores)
11 clubes (de 10 a 14 jogos para qualquer participante)

Cota: R$ 3,730 milhões
Premiação: nada
Total: R$ 3,73 milhões

Cota 1 (3 times) – R$ 950 mil (Náutico, Santa Cruz e Sport)
Cota 2 (8 times) – R$ 110 mil (Afogados, América, Belo Jardim, Central, Flamengo de Arcoverde, Pesqueira, Salgueiro e Vitória)

Paraense (Banparazão)
Com Remo e Paysandu, os clubes mais populares do Norte, o campeonato é o único desta lista que não é exibido pela Globo. Pelo 10º ano seguido a transmissão ocorre na TV Cultura, uma emissora estatal. O sinal chega a 110 dos 144 municípios do Pará, o que corresponde a 71% da população, hoje estimada em 8,2 milhões. Há cinco anos a receita é a mesma: R$ 2,9 milhões, segundo dados da Secretaria de Esporte e Lazer do Pará. Com a premiação, a cota dos grandes pode chegar a R$ 1,01 milhão.

Contrato: TV Cultura (2018)
Alcance da TV aberta: PA (5,9 milhões de telespectadores)
10 clubes (de 10 a 14 jogos para qualquer participante)

Cota: R$ 2,396 milhões
Premiação: R$ 560 mil
Total: R$ 2,956 milhões

Cota 1 (2 times) – R$ 786 mil (Paysandu e Remo)
Cota 2 (8 times) – R$ 103 mil (Águia, Bragantino, Cametá, Castanhal, Independente, Paragominas, Parauapebas e São Raimundo)

Premiações: campeão estadual (224 mil), vice estadual (168 mil), 3º (112 mil) e 4º (56 mil)

Baiano (Baianão)
A temporada 2018 também marca a redução do Campeonato Baiano, mas de 11 para 10 clubes. Em relação à transmissão, as cifras do contrato de cinco temporadas foram reveladas pelo balancete do Bahia. O tricolor recebeu R$ 893.401 em 2016, numa correção monetária sobre o valor-base de R$ 850 mil (nos mesmos moldes do Pernambucano). A cota é a mesma paga ao rival Vitória. No contrato anterior (2011-2015), a dupla Ba-Vi recebeu R$ 750 mil. Portanto, um mísero aumento de 13% para o torneio atual.

Contrato: Rede Bahia (2016-2020), inclui pay-per-view
Alcance da TV aberta: BA (14,5 milhões de telespectadores)
10 clubes (de 9 a 13 jogos para qualquer participante)

Cota: R$ 2,604 milhões
Premiação: nada
Total: R$ 2,604 milhões

Cota 1 (2 times) – R$ 850 mil (Bahia e Vitória)
Cota 2 (8 times) – R$ 113 mil (Atlântico, Bahia de Feira, Fluminense de Feira, Jacobina, Jacuipense, Jequié, Juazeirense e Vitória da Conquista)

Cearense
O certame alencarino é único, entre os dez, com uma divisão de transmissão – e não compartilhamento, como a Globo costuma fazer com a Band. Isso porque o Esporte Interativo também adquiriu os direitos de uma plataforma (tevê fechada). Após 2015-2016, renovou por outro biênio, encerrando neste ano. Além disso, a Verdes Mares (a Globo cearense) também cede o sinal à TV Diário. As cotas foram aproximadas a partir de informações do jornalista Mário Kempes e do jornal O Povo.

Contrato: Verdes Mares (2016-2019) e Esporte Interativo (2017-2018)
Alcance da TV aberta: CE (8,8 milhões de telespectadores)
10 clubes (de 9 a 15 jogos para qualquer participante)

Cota: R$ 2,56 milhões/ano
Premiação: nada
Total: R$ 2,56 milhões

Cota 1 (2 times) – R$ 800 mil (Ceará e Fortaleza)
Cota 2 (8 times) – R$ 120 mil (Ferroviário, Floresta, Guarani de Juazeiro, Horizonte, Iguatu, Maranguape, Tiradentes e Uniclinic)

As cotas dos clubes da Séries B e C de 2018 nos campeonatos estaduais de 2018. Arte: Cassio Zirpoli/DP