Podcast – Análise das vitórias de Náutico, Santa e Sport. Semana 100% no Brasileiro

Uma semana 100% para o Trio de Ferro. Pela 12ª rodada das Séries A e B do Brasileiro, todos venceram, sem sofrer gols. Começou com o alvirrubro, que arrancou o primeiro resultado nesta segundona lá em Natal. Na arena, Givanildo Oliveira estreou no tricolor com goleada. Finalmente na segunda-feira, na fria Curitiba, o leão também goleou e entrou no G6, a zona da Liberta. O 45 minutos analisou os três jogos em gravações exclusivas, nas questões técnica e tática, além de análises individuais. Ao todo, 112 minutos. Ouça!

04/07 – ABC 0 x 1 Náutico (36 min)

07/07 – Santa Cruz 3 x 0 Brasil de Pelotas (30 min)

10/07 – Coritiba 0 x 3 Sport (46 min)

Sport goleia o Coritiba no Couto Pereira, chega a 3 vitórias seguidas e entra no G6

Série A 2017, 12ª rodada: Coritiba 0 x 3 Sport. Foto: Joka Madruga/Futura Press/Estadão conteúdo

O confronto valia o “G6” após 12 rodadas. Em Curitiba, o vencedor da peleja entraria na zona da Libertadores, com o empate mantendo o Cruzeiro lá. Sem Diego Souza, num imbróglio com o “sai-não-sai”, o time pernambucano precisou ser rearrumado, com Everton Felipe assumindo (bem) o meio. O Sport já havia vencido dois jogos sem DS87, contra Grêmio e Fla. E repetiu diante do Coritiba, com a terceira vitória seguida na Série A, sem sofrer gols.

O futebol apresentado pelo leão nos 20 primeiros minutos foi excelente, com transições rápidas, abusando do lado esquerdo, sempre produtivo. Foram cinco chances reais. Nas três primeiras, o goleiro Wilson salvou o mandante. Em seguida, já aos 17, finalmente o gol. De garçom nos primeiros lances, Mena (de ponta esquerda) foi o finalizador. Recebeu e marcou um belo gol. E olhe que Rithely, em outra trama pela esquerda, ainda bateu por cima na sequência. Vaiado, o Coritiba demorou a entrar no jogo. Se ofensivamente o leão estava bem, na marcação havia espaço, sobretudo na cabeça de área. Por ali, o Coxa arriscou ao menos três vezes – em um desses arremates, de Galdezani, ex-Sport, Magrão fez grande defesa. Porém, houve a cobrança de Luxemburgo, com o visitante, bem distribuído em campo, passando a valorizar mais a posse. Diminuiu o ritmo e segurou a vantagem até o intervalo.

No segundo tempo, a proposta leonina foi mais defensiva, com Ronaldo Alves e Henríquez rasgavam tudo lá atrás (seguindo o revezamento de duplas no setor). A pressão do Coxa aconteceu, sobretudo com Kléber e Henrique, num volume de jogo esperado. Ligado demais, o Sport conseguiu conter e articulou inúmeros contragolpes, esticando bastante as jogadas, até obter sucesso, com Rogério, que acabara de entrar. Aos 39, o atacante ampliou ao finalizar de primeira um cruzamento de Mena, o melhor em campo. Nos descontos, com a partida definida, um gol contra do Coxa, em outro cruzamento (este da direita), transformou a vitória leonina em goleada no Couto Pereira, 3 x 0.

Coritiba x Sport em Curitiba, pelo Brasileiro
8 vitórias do Coxa
5 empates
3 vitórias do Leão (2012, 2014 e 2017)

Série A 2017, 12ª rodada: Coritiba 0 x 3 Sport. Foto: Joka Madruga/Futura Press/Estadão conteúdo

Sport vence Arsenal com 2 gols de André e abre vantagem rumo às oitavas da Sula

Sul-Americana 2017, 2ª fase: Sport 2 x 0 Arsenal (ARG). Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

A vitória por 2 x 0 é, historicamente, uma boa vantagem em mata-matas com a regra do gol qualificado. Por isso, o Sport irá à Sarandí numa condição favorável para confirmar a vaga às oitavas de final da Copa Sul-Americana, onde chegou em 2013 e 2015. À parte do resultado consolidado, portanto, fica a ressalva sobre score modesto pelo jogo visto na Ilha do Retiro. Usando quase a força máxima no torneio – poupando apenas Ronaldo Alves e desconsiderando Osvaldo, que não pôde ser inscrito -, o leão chegou com extrema facilidade ao campo ofensivo, tamanha a fragilidade técnica e tática do Arsenal, esfacelado após o fim da temporada 2016/2017 na Argentina.

Marcando mal, com até quatro jogadores cercando um leonino – deixando buracos enormes no restante do campo -, os hermanos acabaram aliviados devido aos erros no “último passe” do Sport. Explorando a ponta direita, Everton Felipe levou pânico à zaga argentina, ganhando no drible, na velocidade. Se Diego Souza puxou a cadência desta vez, sobretudo quando ficou adiantado, Everton fez grande partida, sendo parado apenas no sarrafo. Não por acaso, três marcadores receberam amarelo após faltas violentas nele – com bastante complacência do árbitro boliviano. Após cruzamentos na linha de fundo, rasteiros e por cima, as finalizações não se equipararam ao volume no setor. O primeiro tempo em branco, sob aplausos, já era injusto.

Sul-Americana 2017, 2ª fase: Sport 2 x 0 Arsenal (ARG). Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

No segundo tempo, com o gás do retraído Arsenal acabando, a troca de passes do Sport enfim deu resultado. Duas vezes com André. Na primeira, um gol feioso, embora o mantra de Dadá Maravilha seja verdadeiro. Na segunda, ótima linha de passes entre EF e Mena, vindo da Copa das Confederações. Cruzamento na medida e testada sem chances. Neste lance, vale a observação de que o chileno acabara de entrar no lugar do atacante Rogério, que não foi bem, sem encaixe coletivo e com erros nas finalizações. Com Sander/Mena, o lado esquerdo melhorou. E a vantagem foi ampliada.

Saindo para o jogo depois disso, o Arsenal até chegou perto de diminuir, com Magrão fazendo uma grande defesa. À parte disso, apenas bolas aéreas, com Durval soberano. Enquanto isso, o Sport ia desperdiçando contragolpes, dois deles excelentes – e que merecem cobrança. Sobre o Arsenal, foi muito pouco para um time que passou com duas vitórias na fase anterior, agregando 8 x 1 sobre o Juan Aurich, do Peru. Até a volta, terá 21 dias para tentar se qualificar. Até lá também espera-se que o Sport siga evoluindo. Hoje, soma quatro vitórias seguidas, sem sofrer gols. Na Argentina, esse desempenho será determinante para uma possível classificação. Pela ida, encaminhou.

Cotas do Sport na Copa Sul-Americana
1ª fase – US$ 250 mil (vs Danubio-URU)
2ª fase – US$ 300 mil (vs Arsenal-ARG)
Oitavas – US$ 375 mil?

Sul-Americana 2017, 2ª fase: Sport 2 x 0 Arsenal (ARG). Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

10 anos depois, nova ação para anular um jogo do Estadual. Não deve progredir…

Pernambucano 2017, final: Sport 1x1 Salgueiro. Imagem: Rede Globo/reprodução

O Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) de Pernambuco irá julgar o pedido de impugnação da final do Campeonato Pernambucano de 2017, numa petição impetrada pelo goleiro Luciano, reserva do Salgueiro. Saiba mais aqui.

A princípio, não significa uma mudança efetiva no título conquistado pelo Sport, mas basicamente o regimento normal do tribunal. De toda forma, entramos em mais uma discussão sobre “erro de fato” e “erro de direito” no futebol, um vez que o artigo 84 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, o CBJD, prevê a anulação (em qualquer fase) em caso de erros de direito.

Sobre a diferença dos erros, alguns exemplos:

Erro de fato
Interpretação equivocada dos lances, não das regras. Exemplos: não enxergar um impedimento ou se a bola entrou ou não no gol, em lances ajustados.

Erro de direito
Ir de encontro às regras do jogo, como não enxergar um time com 12 jogadores em campo, quatro substituições de um mesmo time, três cartões amarelos para um mesmo atleta etc.

A ação sertaneja sobre a anulação é baseada no livro de regras da CBF, que determina que o assistente esteja alinhado “atrás da bandeira do escanteio, no prolongamento ideal da linha de meta”. O auxiliar Marcelo Van Gasse não estava nesse posicionamento no Cornélio. Contudo, o “alinhamento” também pode ser subjetivo, a partir do melhor ângulo do assistente.

Sobre a decisão de um tribunal acerca de um resultado, esta é a segunda vez que isso ocorre no Estadual, dez anos depois. Em 18 março de 2007, o Central venceu o Vera Cruz por 2 x 1. Porém, o visitante chegou a empatar, através de Rivelino. No chute aos 39/2T, de fora da área, a bola furou a rede. E o árbitro Wilson Souza não viu! Deu tiro de meta. Então, o clube de Vitória de Santo Antão entrou com uma ação alegando erro de direito. E ganhou em primeira instância. Em 4 de abril, no TJD, teve 4 x 2 a favor, mudando o jogo para 2 x 2. Ocorre que a patativa recorreu e o caso chegou ao STJD, onde a decisão anterior caiu por unanimidade – com isso, o Central acabou sendo vice-campeão pernambucano, assegurando vaga na Copa do Brasil de 2008. Na decisão superior, o seguinte texto:

“Por unanimidade de votos, rejeitada preliminar de intempestividade (com a ressalva do Dr. Auditor Paulo Valed Perry , que existe nos autos, prova do requerimento tempestivo da lavratura do acórdão), para no mérito, dar-lhe integral provimento, declarando improcedente a impugnação de partida , mantendo o resultado obtido em campo entre as equipes: Central Sport Club x Vera Cruz Futebol Club.”

Neste novo caso local não seria alteração do placar, mas a anulação completa do jogo. Além da questão sobre o posicionamento do assistente, pesa a definição se a bola saiu ou não após a cobrança de escanteio. É preciso ter certeza, pois trata-se de um lance objetivo – mesmo com a utilização, em tese no país, do árbitro de vídeo. Por sinal, após a final no Cornélio de Barros, o blog foi contatado pela FPF, que também ouviu outros três jornalistas. Em todos os casos foram feitas duas perguntas, anexadas ao relatório sobre o árbitro de vídeo, encaminhado à Fifa. Reproduzo o meu caso:

1) Com o recurso das imagens da transmissão (ângulos distintos e replay), você diria que a bola saiu?
Acho que a bola não saiu. 

2) Com as imagens exibidas sobre o lance, você cravaria que a bola não saiu?
Não, não cravo.

A incerteza se estendeu aos demais.

Portanto, embora considere que o Salgueiro (ou Luciano) tenha o direito de buscar os seus direitos na justiça desportiva, o êxito neste caso é improvável. No TJD e sobretudo no STJD, pouco afeito a jurisprudências do tipo.

Pernambucano 2007, 2º turno: Central 2 x 1 Vera Cruz. Crédito: Rede Globo/reprodução

O impacto do Nordestão nas receitas, distinto entre cotistas e não cotistas

Comparativo "cotas do Nordestão 2018 x faturamento anual (2016)". Crédito: Tiago Nunes/twitter (@TiagoJNunes)

A Copa do Nordeste voltou ao calendário oficial em 2013, após longa batalha judicial, e desde então tornou-se a principal competição para os clubes da região até o início do Brasileiro, em maio. Com cotas ascendentes ano a ano, chegou a R$ 14,8 milhões em 2016. Por que este recorte? Para traçar um comparativo com os últimos balanços financeiros divulgados pelos clubes, do chamado “G7”, com os relatórios sobre 2016 divulgados em abril.

Ideia do físico Tiago Nunes, que elaborou um quadro com a representatividade de cada cada companha possível no regional, vencido pelo Santa Cruz, sobre as receitas operacionais anuais. Fica claro que no caso de Bahia, Sport e Vitória, com contratos vultosos com a Rede Globo, nem mesmo o título mudaria muita coisa – a não ser, claro, a honra de erguer a orelhuda dourada. Nos três casos, a cota pela conquista não teria alcançado 2%. Nos demais, há impacto, com a jornada até a semi significando 3% e a final em pelo menos 5%. Obviamente, existem outras (importantes) variáveis na Lampions League, como bilheteria, baixo custo (viagens, hospedagens e arbitragem pagas), além de ganhos intangíveis, como visibilidade da marca. Campeã, a cobra coral faturou R$ 3,5 milhões na competição, com 66% oriundo da premiação.

Reforçando: trata-se de um debate baseado da desfiliação de Sport e Náutico na Liga do Nordeste, que saíram reclamando justamente das “cotas” de 2018.

Faturamento absoluto dos clubes em 2016
R$ 129.850.000 – Bahia
R$ 129.596.886 – Sport
R$ 111.976.212 – Vitória
R$ 36.854.071 – Santa Cruz
R$ 28.456.481 – Ceará
R$ 23.383.609 – Fortaleza
R$ 16.723.513 – Náutico

Premiação no Nordestão 2016*
R$ 2.385.000 – Santa Cruz (6,47%), campeão
R$ 1.385.000 – Bahia (1,06%), semi
R$ 1.385.000 – Sport (1,06%), semi
R$ 935.000 – Ceará (3,28%), quartas
R$ 935.000 – Fortaleza (3,99%), quartas
* Vitória e Náutico não participaram

Abaixo, o quadro de 2015, com percentuais mais representativos, uma vez que os balanços anuais do trio não tiveram o impacto das luvas dos Nacional. Impressiona o caso tricolor, que, curiosamente, sequer disputou a Lampions.

Comparativo "cotas do Nordestão 2015 x faturamento anual (2015)". Crédito: Tiago Nunes/twitter (@TiagoJNunes)

O racha entre os 16 fundadores da Liga do Nordeste, exposto via notas oficiais

O racha entre os fundadores da Luga do Nordeste. Arte: Cassio Zirpoli/DP

No dia seguinte à desfiliação de Sport e Náutico da Liga do Nordeste, 11 fundadores se manifestaram a favor da associação, mantendo o formato deliberado para a Copa do Nordeste de 2018, com fase preliminar, 16 clubes na fase principal e os recursos originais de participação. Anúncios feitos através das notas oficiais de Bahia, que divulgou o entendimento de outros nove times, e Vitória. Entretanto, três clubes não se manifestaram. Dois deles, Sergipe e Fortaleza, sequer se classificaram à próxima edição do regional, num indício de agendas livres, sujeitas a convites. Já o terceiro clube pode ser o personagem realmente decisivo neste imbróglio, na visão do blog.

Assegurado na pré, o Santa pode herdar a vaga na fase de grupos com a desistência leonina. Por outro lado, caso também saia da liga – e a decisão coral será tomada no Conselho Deliberativo – , o Nordestão perderia o mercado pernambucano, concentrado no Grande Recife, cenário das maiores audiências na tevê aberta. Em 2017, três jogos passaram de 1 milhão de telespectadores, as duas finais e a volta do Clássico das Multidões pela semi.

Obviamente, nenhum patrocinador (nem detentor dos direitos de TV) relevaria a saída dos clubes mais populares do estado. E o exemplo vem de uma das maiores fontes de captação. No sinal aberto, os jogos são sublicenciados pelo Esporte Interativo à Rede Globo. Sem o Recife, essa verba ficaria em xeque – e parece claro o duelo entre os dos canais, cujos clubes à frente já têm contratos assinados no Brasileiro 2019, Sport (Globo) e Bahia (EI). Até que saia a escolha coral, o quebra-cabeças está formado na Associação dos Clubes de Futebol do Nordeste (ACFN), fundada em 30 de outubro de 2000. Com 16 fundadores, a liga mais tradicional do país vive o seu maior racha…

Atualização em 05/07: o Fortaleza também emitiu nota de apoio à liga.

Fundadores favoráveis à continuidade da Copa do Nordeste*
ABC, Bahia, Botafogo-PB, Ceará, Confiança, CRB, CSA, Fluminense de Feira, Treze e Vitória, América-RN e Fortaleza (este, dois dias depois)
* Seguindo a decisão da assembleia geral, ocorrida em 24 de março

Fundadores que se desfiliaram da Liga do Nordeste
Náutico e Sport

Fundadores que ainda não se posicionaram
Sergipe e Santa Cruz

Os demais clubes da região com histórico na Lampions, como Campinense (campeão em 2013), Sampaio Corrêa e Salgueiro (vice estadual e classificado para 2018), são considerados “ouvintes” nas reuniões da liga. Neste embate, devem virar alvos dos subgrupos. Tendo que optar entre a consolidação do Nordestão e a promessa de mais receita a curto prazo em outro torneio.

Qual deveria ser a posição do seu clube? Opine.

Cota absoluta de participação no Nordestão
2013 – R$ 5,6 milhões
2014 – R$ 10,0 milhões (+78%)
2015 – R$ 11,1 milhões (+11%)
2016 – R$ 14,8 milhões (+33%)
2017 – R$ 18,5 milhões (+25%)
2018 – R$ 23,0 milhões* (+24%)
* Previsão

Videocast – As maiores derrotas da história de Náutico, Santa Cruz e Sport

Centenários, os grandes clubes pernambucanos colecionam histórias que fomentam as suas torcidas, através de vitórias expressivas, resultados improváveis e conquistas. Naturalmente, também já foram antagonistas de outros clubes, tendo que amargar derrotas dolorosas, inesquecíveis. A partir disso, o 45 minutos resolveu debater as maiores de derrotas do Trio de Ferro. Em cada vídeo, pelo menos oito exemplos, com o veredito no fim do vídeo. O que pesa mais? Uma goleada, uma derrota para o rival no finzinho ou em casa, uma eliminação, uma “pipocada”? Jogos apenas no profissionalismo? Dependendo do torneio? São várias nuances, devidamente consideradas.

Até hoje, foram 1.355 derrotas do Náutico, 1.310 do Santa e 1.224 do Sport.

Estou na produção. Assista e opine sobre a maior derrota do seu clube…

Náutico (35 min)

Santa Cruz (33 min)

Sport (41 min)

Números da Ilha do Retiro em 80 anos

Ilha do Retiro 1955 e 2016

Em 4 de julho de 1937, Sport e Santa Cruz disputaram o amistoso inaugural da Ilha do Retiro. A manhã chuvosa no Recife reservou um clássico de onze gols (!), com o leão vencendo por 6 x 5. Autor de quatro tentos, o rubro-negro Artur Danzi teve a honra de marcar o primeiro. Entrou na história. Já o gol da vitória foi de Haroldo Praça, que hoje dá nome à sala de imprensa do estádio.

Durantes décadas, a Ilha também foi utilizada pelos rivais, Náutico e Santa, com algumas de suas principais partidas por lá na condição de mandantes! Daí, as centenas de clássicos e jogos decisivos no estádio, incluindo 28 finais estaduais, com quatro campeões. O local também abrigou um jogo da Copa do Mundo, uma exclusividade na região até 2014, além de finais das principais competições nacionais. Curiosamente, já recebeu até um Fla-Flu, em 1947.

Nesse tempo todo, o Estádio Adelmar da Costa Carvalho passou por inúmeras reformas e ampliações. Apesar da estrutura de concreto intacta, acabou sendo “reduzido” após novas e necessárias normas de segurança. Agora, a Ilha, incólume aos projetos de demolição para uma nova arena, chega aos 80 anos de história. Há tempos, é um dos principais palcos do futebol no país…

Desempenho do Sport no estádio (desde 1937*)
2.136 jogos
1.315 vitórias (61,56%)
468 empates (21,91%)
353 derrotas (16,52%)
* Torneios oficiais e amistosos até 04/072017, via Carlos Celso Cordeiro

28 decisões do Campeonato Pernambucano
Sport (15 títulos) – 1948, 1961, 1962, 1981, 1988, 1991, 1992, 1994, 1996, 1998, 1999, 2000, 2003, 2006 e 2010
Santa (10) – 1940, 1946, 1957, 1971, 1973, 1986, 1987, 2012, 2013 e 2016
Náutico (2) – 1954 e 1965
América (1) – 1944

Finais nacionais de elite
20/12/1967  Náutico 1 x 3 Palmeiras (Taça Brasil, ida)
07/02/1988  Sport 1 x 0 Guarani (Série A, volta*)
26/08/1989  Sport 0 x 0 Grêmio (Copa do Brasil, ida)
11/06/2008 – Sport 2 x 0 Corinthians (Copa do Brasil, volta)

* Jogo válido pela edição de 1987

Jogos internacionais de clubes
10 na Taça Libertadores (1968, 1988 e 2009)
5 na Copa Sul-Americana (2013, 2014, 2015 e 2017)

Copa do Mundo
02/07/1950 – Chile 5 x 2 Estados Unidos

Jogos da Seleção Brasileira
01/04/1956 – Brasil 2 x 0 Seleção Pernambucana
13/07/1969 – Brasil 6 x 1 Seleção Pernambucana

Os 10 maiores públicos
56.875 – Sport 2 x 0 Porto (07/06/1998, Estadual)
53.033 – Sport 0 x 2 Corinthians (12/09/1998, Série A)
50.106 – Sport 4 x 1 Santa Cruz (29/03/1998, Estadual)
48.564 – Sport 1 x 1 Cruzeiro (27/09/1998, Série A)
48.328 – Sport 5 x 0 Grêmio (20/09/1998, Série A)
46.018 – Sport 1 x 1 Grêmio (03/12/2000, Série A)
45.697 – Sport 3 x 0 Náutico (15/12/1991, Estadual)
45.399 – Sport 2 x 1 Botafogo (24/10/1998, Série A)
45.151 – Sport 1 x 0 São Paulo (16/08/1998, Série A)
44.346 – Sport 2 x 0 Santa Cruz (31/07/1988, Estadual)

Evolução da capacidade de público*
1950 – 20.000 lugares
1960 – 36.000 (+16.000), ampliação da cadeira central e da arquibancada
1984 – 45.000 (+9.000), construção da geral e a ampliação da cadeira central
1998 – 50.000 (+5.000), construção da ‘curva especial’ 
2001 – 45.000 (-5.000**)
2005 – 32.500 (-12.500**)
2006 – 30.520 (-1.980**)
2007 – 34.500 (+3.980), construção da ‘curva da ampliação’
2012 – 34.200 (-300**)
2013 – 32.983 (-1.217**)
2015 – 27.435 (-5.548**)
2017 – 29.000 (+1.565), autorização dos bombeiros

* Após as obras para a Copa do Mundo de 1950
** Redução por medida de segurança, por orientação dos bombeiros

Classificação da Série A 2017 – 11ª rodada

A classificação da 11ª rodada da Série A de 2017. Crédito: Superesportes

Com as duas vitórias seguidas, o Sport deixou a zona de rebaixamento (17º) e entrou na zona de classificação à Sul-Americana (12º) entre a 9ª e a 11ª rodada. Com apenas uma derrota nas últimas cinco apresentações, a equipe volta a ganhar tranquilidade. Em três desses jogos não sofreu gols – como no domingo, na vitória leonina sobre o furacão. Sintomático.

Na briga pelo título, o Timão ganhou mais uma, sendo beneficiado pela segunda derrota seguida dos gremistas. Com isso, a vantagem na liderança subiu para 7 pontos. É muita coisa, ainda mais diante de uma equipe organizada defensivamente – não toma gol há cinco jogos.

Resultados da 11ª rodada
Palmeiras 1 x 0 Grêmio
Atlético-GO 1 x 1 Santos
Vitória 0 x 0 Bahia
Corinthians 1 x 0 Botafogo
Flamengo 2 x 0 São Paulo
Atlético-MG 3 x 1 Cruzeiro
Sport 1 x 0 Atlético-PR
Avaí 0 x 0 Ponte Preta
Coritiba 2 x 2 Vasco
Fluminense 3 x 3 Chapecoense 

Balanço da 11ª rodada
5V dos mandantes e 5E. 14 gols dos mandantes e 7 dos visitantes

Agenda da 12ª rodada
08/07 (16h00) – Atlético-GO x Vitória (Olímpico)
08/07 (18h00) – Vasco x Flamengo (São Januário)
08/07 (19h00) – Corinthians x Ponte Preta (Arena Corinthians)
09/07 (11h00) – Chapecoense x Atlético-PR (Arena Condá)
09/07 (16h00) – Botafogo x Atlético-MG (Nilton Santos)
09/07 (16h00) – Bahia x Fluminense (Fonte Nova)
09/07 (16h00) – Cruzeiro x Palmeiras (Mineirão)
09/07 (19h00) – Santos x São Paulo (Vila Belmiro)
09/07 (19h00) – Grêmio x Avaí (Arena do Grêmio)
10/07 (20h00) – Coritiba x Sport (Couto Pereira)

Histórico de Coritiba x Sport no Paraná, pelo Brasileiro (15 jogos)
2 vitórias leoninas, 5 empates e 8 derrotas

As possíveis vagas pernambucanas no Nordestão de 2018. Do campeão ao 6º

Sorteio da Copa do Nordeste. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

A notícia sobre a desfiliação de Sport e Náutico na Copa do Nordeste pode mudar bastante a composição pernambucana na competição. Por sinal, paralelamente ao anúncio houve o sorteio da fase preliminar do regional, na CBF, com Santa x Itabaiana valendo um lugar na fase principal do torneio. À parte de possíveis adesões ao movimento de saída idealizado pelos clubes do Recife, veja os quatro cenários locais para o regional de 2018. Até porque, independentemente da escolha dos filiados, a FPF tem direito a três vagas.

Em todos os cenários, apenas um clube estaria garantido: o Salgueiro.

Sport e Náutico fora
Os dois clubes formalizaram o pedido de desfiliação da Liga do Nordeste em 30 de junho, último dia do prazo para desistências do Nordestão 2018. A CBF ainda irá consultar os clubes sobre o ato. Na prática, apenas a saída do Sport mudaria a composição local.

Fase de grupos: Salgueiro (vice no PE) e Santa Cruz (3º no PE)
Pré: Belo Jardim (5º no PE)

Sport fora, Náutico dentro
O presidente leonino, Arnaldo Barros, afirmou que desfiliação significa a saída do leão do torneio no “modelo atual”. No caso alvirrubro, a decisão foi tomada pelo presidente executivo, Ivan Brondi. Contudo, o conselho deliberativo do timbu entende que o ato também deveria ter a aprovação do órgão. Impasse.

Fase de grupos: Salgueiro (vice em PE) e Santa Cruz (3º no PE)
Pré: Náutico (4º no PE)

Sport, Náutico e Santa fora
Na coletiva, com dirigentes rubro-negros e alvirrubros, foi dito que o Santa havia solicitado à CBF a retirada de seu nome do sorteio da fase Pré – o que não ocorreu. Em nota oficial, o tricolor informou que ainda irá submeter a ideia de desfiliação da liga ao conselho (sem data). Ao considerar esta hipótese, é preciso ignorar o prazo dado pela CBF para desistências (até 30/06).

Fase de grupos: Salgueiro (vice em PE) e Belo Jardim (5º no PE)
Pré: Central (6º no PE)

Sport e Náutico dentro
Caso a desfiliação não seja suficiente – juridicamente falando – para a saída da próxima Lampions League, as três vagas locais seguiriam com o pódio do último Campeonato Pernambucano. E o timbu seguiria fora.

Fase de grupos: Sport (campeão em PE) e Salgueiro (vice no PE)
Pré: Santa Cruz (3º no PE)