Quatro jogos, um empate, três derrotas e apenas um gol. Lanterna. O início do Sport em 2016 já é o pior do clube na era dos pontos corridos da Série A, em pontos, colocação e gols marcados. Consolida a má preparação para a competição, com um futebol sem consistência desde os primeiros torneios do ano, estadual e regional. No âmbito nacional, com uma demanda técnica muito maior, o time rubro-negro vem sendo inofensivo ofensivamente.
Contra o Corinthians, fez um bom primeiro tempo, e só. No calor das 11h, gastou logo todo todo o fôlego. Teve algumas boas chances, incluindo uma bola no travessão de Edmílson – de tão contestado, acabou tendo uma estreia decente, bem acima do antecessor. O aplauso no intervalo era justo. Até ali.
Na segunda etapa, o campeão brasileiro, inteiro, esperou o erro do Leão para matar o jogo. Aconteceu, com Everton Felipe cercado por três e errando o passe no meio-campo. Segundos depois Lucca já estava cabeceando sem chances para Magrão, então com duas grandes defesas. O golaço de Marquinhos Gabriel logo na sequência só consolidou o óbvio, que não haveria reação, 2 x 0.
Antes do primeiro gol vale destacar a passividade de Oswaldo de Oliveira, que podia ter dado fôlego. Só mexeu em desvantagem. Cabisbaixo, o time não conseguiu finalizar – Diego Souza esteve abaixo. Por sinal, esse abatimento precoce deixa o Sport em alerta máximo. Na vez anterior em que não venceu na largada o rendimento se manteve, com a última colocação. É cedo para este paralelo? Talvez. Sem reforços, talvez seja difícil é dizer outra coisa…
Dos vinte clubes inscritos no Brasileirão de 2016, apenas seis respeitaram, em suas respectivas estreias como mandantes, ao artigo 15 do regulamento da competição, que estipula um preço mínimo para o ingresso, de R$ 40 para a inteira e R$ 20 para a meia. Seja por promoções ou descontos para sócios, os demais times baratearam os valores de alguma forma. Desconsiderando os programas de acesso livre (que o texto não especifica como deve agir), o ingresso mais barato custou R$ 7,50, do plano de sócios “Sou Mais Vitória”. Ao todo, 6.003 bilhetes foram vendidos no primeiro jogo do leão baiano no Barradão.
Em Salvador, o borderô apontou 12.417 espectadores. Em Porto Alegre, Grêmio e Inter atenderam à norma, com dados semelhantes, 12.092 torcedores no Beira-Rio e 15.976 na Arena. Na visão do blog, essa norma da CBF é descabida, ignorando realidades econômicas distintas, além de tirar do mandante a decisão de avaliar situações de jogo. Deveria haver, sim, um preço mínimo para o visitante, para evitar abuso, com preços distorcidos em setores equivalentes.
Entretanto, como o regulamento não detalha a consequência, os clubes vêm driblando a situação. Não por acaso, a regra foi criada em 2015, com inúmeras promoções na ocasião. Inclusive do Sport, que após a estreia nesta temporada com apenas seis mil espectadores, bancando os valores mínimos, consultou a confederação e realizou uma venda promocional na segunda partida na Ilha do Retiro, contra o Corinthians. Com o alinhamento, a tendência deve se manter, até que ocorra algum posicionamento definitivo da entidade. Abaixo, a situação de cada clube, segundo o borderô publicado no site da CBF e os sites oficias dos clubes (São Paulo e Colorado). Entre os pernambucanos, o blog analisou a venda de ingressos dos dois primeiros jogos de cada um.
Obs. No caso de ingressos de sócio de acesso livre, os clubes lançam valores na renda bruta, para efeitos de descontos de INSS, ISS e do IRRF.
5 times respeitaram a norma plenamente
9 times atenderam parcialmente a norma (com público geral ou sócios)
6 times não atenderam à norma
Situação dos clubes pernambucanos: Sport 2ª rodada (situação: ok) Público geral – R$ 40 (meia a R$ 20) Sócio – R$ 20
A 246ª edição do 45 minutos começou com a goleada do Santa Cruz sobre o Cruzeiro, na impressionante arrancada coral, com dez gols marcados em três jogos. Analisamos as mudanças de Milton Mendes, acionando João Paulo e Wallyson, o rendimento do time e a postura da torcida, ainda devendo. Em seguida, o Sport, que segue sem chutar a gol. Não por acaso, segue no Z4, com 1 golzinho na Série A. Por fim, o Náutico, que até finaliza, mas não consegue balançar as redes como visitante, com duas derrotas no Sul, já a quatro pontos do G4 da Série B. Claro, já projetamos as próximas partidas do Trio de Ferro.
Neste podcast, estive ao lado de Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
Impondo mais uma goleada no Arruda, o Santa Cruz manteve a liderança do Brasileirão, com dez gols marcados em três jogo, tendo Grafite como artilheiro isolado. Por sinal, nos pontos corridos, ninguém jamais havia marcado tantos gols em tão pouco tempo como o camisa 23. É o cara da competição até o momento, destaque no 4 x 1 do Tricolor sobre o Cruzeiro.
No Beira-Rio, o oposto – sim, você leu isso na última postagem sobre a classificação, mas o cenário segue o mesmo. Sem poder ofensivo, com apenas um chute na barra, o Sport perdeu do Inter, afundando na zona de rebaixamento do Brasileiro, num mau início que condiz com a montagem do time.
A 4ª rodadas dos representantes pernambucanos:
28/05 (21h00) – Chapecoense x Santa Cruz (Arena Condá, em Chapecó) Sem histórico de jogos na elite
29/05 (11h00) – Sport x Corinthians (Ilha do Retiro) Histórico no Recife pela elite: 9 vitórias do Leão, 4 empates e 6 derrotas
Em um cruzamento colorado da esquerda, por baixo, Renê desviou para as próprias redes. Em péssima fase, o lateral-esquerdo não tem sombra no elenco, numa lacuna que não condiz com a competição. Em Porto Alegre, a infelicidade deixou a situação quase irreversível para o Sport. O jogo ainda corria aos 12 minutos do segundo tempo, à tarde, mas o poder de reação dos rubro-negros é baixíssimo. Em toda a partida, o time finalizou apenas uma vez contra a meta do ex-leonino Danilo Fernandes, com Serginho, ainda na primeira etapa.
As outras sete tentativas foram sem direção, inclusive do próprio Renê, que no fim da partida teve a chance de se redimir, mas bateu de canela. Um retrato de um problema crônico no elenco. A falta de ataque do Sport, hoje, é sinal de irresponsabilidade. Do baixo nível técnico de que vem entrando em campo, de Falcão, que indicou parte dessa trupe, e da direção, que deu aval a isso tudo, incluindo a liberação cada vez mais inexplicável de Hernane Brocador. Hoje dependendo de Edmílson, está aguardando a abertura da janela internacional, em 20 de junho. Até lá, o time parece sem perspectiva ofensiva.
A derrota para o Inter, por 1 x 0, manteve o time pernambucano na zona de rebaixamento. A primeira metade do jogo no Beira-Rio foi aceitável. Pela primeira vez, neste Brasileirão, se viu uma organização tática, com atuação firme na defesa e uma busca por espaços no ataque. Mas, a não ser que a barra fique aberta, ninguém chuta. Substituído na segunda etapa – numa mudança tripla de Oswaldo de Oliveira -, Vinícius Araújo completou 213 minutos sem finalizar. Trata-se do centroavante do time. Não existe. Aliás, existe. Infelizmente.
O atual contrato de transmissão do Campeonato Pernambucano tem duração de quatro temporadas, até 2018. O acordo, junto à Rede Globo, prevê um repasse anual aos clubes de R$ 3,84 milhões. Em 2019, seguindo o caminho lógico, com dezenove temporadas consecutivas, a emissora deve renovar o contrato. No entanto, há outro ator em cena. O mesmo de outras disputas nacionais, como o Brasileirão, Paulista, Carioca etc. A onipresente concorrência do Esporte Interativo vem alavancando as cifras, independentemente da escolha dos clubes. E aí está a chance de um incremento na cota do Estadual.
Em reserva, o discurso é de “respeitar os contratos”, com alguma manifestação em meados de 2018. Pelo histórico dos clubes, uma mudança efetiva é difícil. Basta ver no Brasileiro, com o Trio de Ferro sondado, mas renovando com a Globo até 2024. Mas a contraproposta deve chegar, nem que seja apenas para a tevê paga. A última vez foi em 2000, quando a própria Globo adquiriu os direitos junto ao locutor Luciano do Valle, que exibira o torneio, com sucesso, na TV Pernambuco. A negociação, por quatro edições, saiu por R$ 1,92 milhão…
Campeonato Pernambucano
2015-2018 Cotas anuais Grandes (3 times): R$ 950 mil (cada) Pequenos (9 times): R$ 110 mil (cada)
2019* Grandes (3): R$ 1,52 milhão a R$ 1,577 milhão (cada) Pequenos (9): R$ 176 mil a R$ 182 mil (cada) *Estimativa de 60% a 66% de acréscimo, no Paulista e no Carioca
Campeonato Paulista (total) 2016 – R$ 100 milhões 2017 – R$ 160 milhões (60%)
Campeonato Carioca (total) 2016 – R$ 60 milhões 2017 – R$ 100 milhões (66%)** ** Em negociação
Os vinte participantes da Copa do Nordeste de 2017 estão definidos, pela terceira vez com a presença dos nove estados da região, sendo três times de Pernambuco e Bahia e dois dos demais estados. O formato é o mesmo, com cinco grupos de quatro clubes, avançando os líderes e os três melhores vice-líderes. O sorteio das chaves, dirigido, será em setembro, em João Pessoa. São quatro potes, com cada um indicando um participante de cada grupo.
A divisão dos potes seguiu o Ranking da CBF em vigor, ou seja, a lista de dezembro de 2015. Isso acaba gerando um cenário controverso, com o atual campeão, o Santa Cruz, no segundo pote. Por este motivo, há 40% de chance de ter um grupo com dois grandes clubes do Recife (Sport/Santa ou Náutico/Santa). Quanto às cotas de premiação, que em 2016 totalizaram R$ 14,8 milhões, o montante só deve ser definido no conselho da liga, na Paraíba.
Pote 1: Bahia (18º), Sport (19º), Vitória (20º), Náutico (25º) e ABC (26º) Pote 2: América (29º), Santa (35º), Sampaio (39º), CRB (40º) e Fortaleza (42º) Pote 3: Botafogo (56º), Campinense (72º), River (79º), Moto (97º) e CSA (103º) Pote 4: Sergipe (137º), Itabaiana (164º) Juazeirense (174º), Uniclinic/Altos (s/r)
Entre os times tradicionais, a ausência fica por conta do o ex-campeão Ceará.
Classificações via estadual e histórico no regional (1994-2016)
Alagoas CRB (campeão alagoano): 12 participações, com 1 vice CSA (vice): 10 participações, com 2 semifinais
Bahia Vitória (campeão baiano): 12 participações, com 4 títulos, 3 vices e 1 semifinal Bahia (vice): 12 participações, com 2 títulos, 3 vices e 3 semifinais Juazeirense (3º lugar): 1 participação, com 1 fase de grupos
Maranhão Moto Club (campeão maranhense): 1 participação, com 1 fase de grupos Sampaio Corrêa (vice): 2 participações, com 2 fases de grupos
Paraíba Botafogo (finalista do estadual): 12 participações, com 1 semifinal Campinense (finalista do estadual): 4 participações, com 1 título e 1 vice
Pernambuco Santa (campeão pernambucano): 10 participações, com 1 título e 2 semis Sport (vice): 11 participações, com 3 títulos, 1 vice e 4 semifinais Náutico (3º lugar): 8 participações, com 2 semifinais
Piauí River (finalista do estadual): 2 participações, com 2 fases de grupos Altos (finalista do estadual): estreante
Rio Grande do Norte ABC (campeão potiguar): 11 participações, com 1 vice e 1 semifinal América (vice): 13 participações, com 1 título e 2 semifinais
Sergipe Sergipe (campeão sergipano): 9 participações, com 1 semifinal Itabaiana (vice): 1 participação, com 1 fase de grupos
O Sport encomendou uma pesquisa para saber a opinião de sua torcida sobre os principais empecilhos para assistir aos jogos do clube na Ilha do Retiro. Produzida pela Prime Brasil, que ouviu 2.095 pessoas, entre sócios e torcedores em geral, a violência apareceu como o maior problema, disparado (66%). O estudo foi realizado em março de 2016, na Região Metropolitana do Recife e em Vitória de Santo Antão. Com os dados detalhados em mãos, desbancando outros motivos especulados, como preço do ingresso, nível técnico do time e concorrência da televisão, o clube rubro-negro vem se articulando com a Polícia Militar para discutir a segurança no entorno do estádio.
Já que o foco da direção leonina foi a redução de público, vale citar os dados dos doze jogos do Sport como mandante na Ilha no Nordestão e no Estadual desta temporada. Foram contabilizados 148.645 torcedores, proporcionando uma média de 12.387. Um índice apenas razoável. Entretanto, o número,c om 45% de ocupação, foi turbinado com quatro jogos de mata-mata, que costumam puxar pra cima. A arrecadação bruta neste recorte foi de R$ 2.721.098.
Eis os percentuais da pesquisa divulgada pelo Sport…
Presença nos jogos do Sport nos últimos cinco anos: 47,7% – Frequência reduzida 36,0% – Frequência ampliada 16,3% – Frequência mantida
Entre os que responderam sobre a redução na frequência, eis os motivos: 66,7% – Medo da violência em geral
18,9% – Falta de tempo
5,2% – Falta de dinheiro
3,3% – Torcidas organizadas
1,7% – Preço/valor do ingresso
0,8% – Horário dos jogos
0,7% – Fim do Todos com a Nota
0,5% – Assinatura do PFC
0,2% – Falta de companhia
2,0% – Outros motivos
Segurança interna na Ilha do Retiro 1,5% – Muito satisfeito
46,2% – Satisfeito
19,3% – Indiferente
28,6% – Insatisfeito
4,4% – Muito Insatisfeito
A 245ª edição do 45 minutos teve quase duas horas de duração, debatendo o Trio de Ferro após a segunda rodada do Brasileiro. Começamos com o Santa, líder na Série A, com o Cruzeiro na próxima rodada. Como fica a situação sem João Paulo e, possivelmente Uillian Correia? O volante foi emprestado pelo time mineiro. Analisamos a situação, sobre a visão deturpada do STJD. No Sport, a pauta foi a carência técnica no ataque, que já custa o início na competição, com perspectiva baixa nas cinco próximas rodadas. Por fim, o Náutico, com a volta da discussão sobre os Aflitos, cujo orçamento mínimo de reforma seria de R$ 2,5 milhões. É a saída necessária? Sim. Toda a mesa justificou a opinião.
Neste podcast, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
O Tricolor é o líder do Brasileirão. No sábado, o Santa Cruz empatou com o Fluminense, mantendo o nível de competitividade da temporada. Ajudado pelos dois gols de Grafite, o time permaneceu lá em cima na tabela. Para confirmar a colocação, esperou 24 horas. Com os demais resultados no domingo, terminou uma rodada da elite na liderança pela primeira vez na era dos pontos corridos. Astral lá nas alturas para o decorrer da longa competição.
Situação totalmente inversa na Ilha do Retiro, onde o Sport empatou com o Botafogo. Um ponto também? Porém, o pífio desempenho em casa, debaixo de vaias, manteve o time na zona de rebaixamento, num retrato da desorganização vista nos últimos cinco meses. E a sequência é dura.
A 3ª rodadas dos representantes pernambucanos:
25/05 (21h45) – Santa Cruz x Cruzeiro (Arruda) Histórico no Recife pela elite: 3 vitórias da Cobra Coral, 2 empates e 3 derrotas
26/05 (16h00) – Internacional x Sport (Beira-Rio) Histórico em Porto Alegre pela elite: 2 vitórias do Leão, 6 empates e 8 derrotas