A Arena Pernambuco foi escolhida para o primeiro “Camp” do Barcelona na região. Trata-se de uma escolinha de verão. Em dezembro de 2016, o palco será utilizado durante cinco dias por crianças e adolescentes de 6 a 14 anos, num projeto já estabelecido nos Estados Unidos, com nove camps anuais. O Recife já havia recebido um projeto semelhante do Milan, mas fechado em um resort. O evento do Barça, o primeiro num estádio, deve contar com 192 inscritos, divididos em vagas pagas (cerca de R$ 1.000) e vagas sociais.
Como ocorre nos outros camps blaugranas pelo mundo, sob plena influência de Lionel Messi e Neymar, os participantes ganham camisas, calções e meias, com a escolinha aberta a meninos e meninas – a inscrição ainda será divulgada. A programação terá turnos na manhã e à tarde, num cenário de imersão, com dois instrutores da base do clube coordenando treinos técnicos e táticos. No último dia, provavelmente um sábado, todos devem participar juntos.
No Brasil, existem quatro escolas fixas do Barça, sendo duas em São Paulo, uma no Rio e outra em Santa Catarina. Em outras localidades, ações pontuais, através dos camps. Tudo sob a vistoria do pentacampeão Edmílson, ex-jogador do clube e embaixador do projeto no país, que esteve no estado para o evento solidário Jogo do Bem, na própria arena. A concorrência do Barcelona com os times locais, em termos de preferência infantil, já começava a ficar forte na televisão. Agora, torna-se presencial, com possíveis efeitos a longo prazo. Por outro lado, mostra in loco o trabalho a ser feito com a faixa etária.
Saiba mais sobre o Barcelona Soccer Camp clicando aqui.
A decisão da Liga dos Campeões da Uefa voltou à transmissão aberta no Brasil, via Globo e Band, em 2010. Considerando o mercado da Grande São Paulo, o principal polo de audiência, o acompanhamento da finalíssima de 2016, entre Real Madrid e Atlético, chegou a 5,1 milhões de telespectadores, no terceiro aumento consecutivo na praça, que também conta com exibição na tevê por assinatura. Paga-se caro pelos direitos, mas o retorno parece consolidado.
O site Máquina do Esporte divulgou os dados do Ibope das últimas sete finais, somando os pontos dos dois canais. A partir disso, o blog calculou o peso de cada ponto, uma vez que o número é atualizado anualmente após as projeções lançadas pelo IBGE, cujo último censo data de 2010. Num breve resumo, um ponto do Ibope corresponde em cada região estudada a 1% das casas e 1% da população – que não necessariamente crescem na mesma ordem.
Várias regiões metropolitanas contam com o serviço, inclusive o Recife. Contudo, para o viés de patrocínios e alcance real de público, usa-se bastante o resultado da metrópole paulista, onde existem 750 casas com o aparelho Peoplemeter, que capta o canal sintonizado 24 horas por dia.
2010 – Internazionale 2 x 0 Bayern de Munique (20 pontos, 3.559.800) 2011 – Barcelona 3 x 1 Manchester United (21 pontos, 3.852.920) 2012 – Chelsea (4) 1 x 1 (2) Bayern de Munique (19 pontos, 3.515.026) 2013 – Bayern de Munique 2 x 1 Borussia Dortmund (18 pontos, 3.344.652) 2014 – Real Madrid 4 x 1 Atlético de Madri (23 pontos, 4.445.463) 2015 – Barcelona 3 x 1 Juventus (25 pontos, 4.954.050) 2016 – Real Madrid (5) 1 x 1 (3) Atlético de Madri (26 pontos, 5.143.164)
Após a decisão alemã de 2013, com 18 pontos, onde a Globo, com apenas 12, teve seu pior resultado, os números voltaram a subir. Em 2016, o crescimento da emissora, aliás, sufocou a concorrente Band. Em relação às maiores audiências, Real ou Barcelona aparecem sem surpresa entre os (quatro) maiores jogos. A influência de Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar é real perante o público brasileiro. Até que ponto trata-se de entretenimento ou “paixão clubística”, aí já é outra questão. Que também vale ser mensurada…
O Ibope mensura audiência televisiva desde a década de 1950. Inicialmente, com visitas pessoas. No fim da década de 1960 surgiu o primeiro medidor, o Setmeters. Após várias versões, ampliando o relatório para todas as faixas horárias, veio o Peoplemeter, implementado em 1996. Considerando a volta da final da Champions League à televisão aberta, a medição do Ibope registrou na Grande São Paulo, de 2010 a 2016, um aumento de 9.553 casas (15,9%) e 19.824 telespectadores (11,1%) a cada ponto.
Entre 1989 e 1994, o aurinegro ASEC Abidjan estabeleceu uma sequência sem precedentes no futebol, com uma invencibilidade de 108 partidas no campeonato nacional da Costa do Marfim. Foram 96 vitórias (uma delas por 11 x 0) e 12 empates, ganhando quatro vezes a competição no período. A marca só seria quebrada em 19 de junho de 1994, num revés diante do Armée, por 2 x 1, na capital Yamoussoukro. A marca passou à margem do mundo, com os olhos voltados para a Copa do Mundo nos EUA, que naquele mesmo dia viu o empate entre Suécia e Camarões, no Rose Bowl. No país africano, não. Lá, a turma acompanhou o Les Mimosas, até porque o clube tem um domínio absoluto da torcida, com 8 milhões de torcedores entre os 20 milhões de habitantes (40%).
Já tinha ouvido falar deste recorde? Talvez bata a dúvida devido à presença do Steaua, com 106 partidas, com uma cobertura mais efetiva, e compartilhada, devido ao CEP na Europa. Com mais de 150 anos de bola rolando, detalhar as maiores invencibilidades não é uma tarefa fácil. Por causa do desencontro de informações, pela pluralidade de critérios, pelo alcance mundial do esporte, com sequências em lugares remotos. Portanto, as listas abaixo (separadas entre campeonatos nacionais, jogos oficiais e absoluta, incluindo amistosos) não são definitivas, mas apenas uma tentativa de aproximar a realidade sobre as maiores sequências sem derrota dos clubes.
Para elaborar o ranking, o blog fez um apanhado do site RSSSF, de onde se faz presente o recorde do ASEC, dos jornalistas Celso Unzelte/ESPN, Fernando Olivieri/Yahoo e Rodolfo Rodrigues/Uol, do site oficial da Uefa, além de pesquisa pessoal, cruzando dados. O levantamento desconsiderou marcas ainda em análise. O Santos, por exemplo, busca o reconhecimento de uma sequência de 1960 a 1963, que somaria 54 jogos. Seria o recorde nacional.
Saindo da fronteira, o recordista ASEC perdeu algumas pelejas na Liga dos Campeões da África, como nas oitavas em 1991, e nas semifinais em 1992 e 1993. Idem com os romenos do Steaua, que conseguiram ficar invictos de fato, no período, por no máximo 29 jogos, ao somar os jogos da Champions.
As maiores invencibilidades entre as maiores ligas*, com todos os torneios
1º) Juventus (Itália) – 43 partidas (2011/2012)
2º) Milan (Itália) – 42 partidas (1992/1993)
3º) Nottingham Forest (Inglaterra) – 40 partidas (1978)
4º) Barcelona (Espanha) – 39 partidas (2015/2016)
5º) Milan (Itália) – 36 partidas (1991/1992)
6º) Real Madrid (Espanha) – 34 partidas (1988/1999)
7º) Manchester United (Inglaterra) – 33 partidas (1998/1999)
8º) Arsenal (Inglaterra) – 28 partidas (2007)
O Top 5 da Europa, em nível técnico e investimento, é formado por Alemanha, Espanha, França, Inglaterra e Itália. Nesta conta “geral”, entram a liga nacional, copa nacional, supercopa nacional, Liga dos Campeões da Uefa, Liga Europa, Supercopa da Europa e Mundial/Intercontinental.
As maiores invencibilidades do Brasil, somando todos os jogos
1º) Botafogo – 52 partidas (21/09/1977 a 20/07/1978)
1º) Flamengo – 52 partidas (22/10/1978 a 27/05/1979)
3º) Desportiva – 51 partidas (1967/1968)
4º) Santa Cruz – 48 partidas (1978/1979)
4º) Bahia – 48 partidas (1982)
4º) Grêmio – 48 partidas (1931/1933)
7º) São Paulo – 46 partidas (1975)
8º) Grêmio – 42 partidas (1981)
9º) Sport – 40 partidas (1960)
10º) Internacional – 39 partidas (1984)
11º) Internacional – 38 partidas (1975)
11º) Botafogo – 38 partidas (1960/1961)
Renato Sá é um personagem marcante nas marcas brasileiras. Coube ao ponta-esquerda por fim nas duas maiores sequências, de Botafogo e Flamengo. Em 1978, defendendo o Grêmio, ajudou na goleada por 3 x 0, brecando o alvinegro, então com 52 jogos. Acabou se transferindo para a própria estrela solitária, onde marcou o gol da vitória no clássico contra o Fla, que teve na partida a chance de superar a marca. Um jogo diante de 139.098 torcedores no Maracanã.
As maiores invencibilidades da Série A do Brasileiro
1º) Botafogo – 42 partidas (16/10/1977 a 16/07/1978)
2º) Santa Cruz – 35 partidas (7/12/1977 a 23/07/1978)
3º) Palmeiras – 26 partidas (13/12/1972 a 18/11/1973)
4º) Internacional – 23 partidas (06/08/1978 a 23/12/1979)
5º) Atlético-MG – 22 partidas (16/10/1977 a 29/03/1978)
6º) Cruzeiro – 21 partidas (20/09/1987 a 25/09/1988)
7º) Grêmio – 19 partidas (04/06/1978 a 03/10/1979)
7º) Corinthians – 19 partidas (17/10/2010 a 20/07/2011)
9º) América-MG – 18 partidas (20/10/1973 a 20/1/1974)
9º) Bangu – 18 partidas (24/03/1985 a 31/07/1985)
9º) Atlético-PR – 18 partidas (28/07/2004 a 17/10/2004)
9º) São Paulo – 18 partidas (20/08/2008 a 07/12/2008)
9º) Sport – 18 partidas (02/11/2014 a 05/07/2015)
Considerando a marca dentro de uma mesma edição, a maior pertence ao Santa Cruz, com 27 dos 35 jogos realizados em 1978, quando acabou em 5º lugar, sofrendo a primeira derrota apenas nas quartas de final, para o Inter.
As maiores invencibilidades no Campeonato Pernambucano
1º) Sport – 49 partidas (1997/1999)
2º) Sport – 48 partidas (2008/2010)
3º) Náutico – 42 partidas (1974/1975)
4º) Náutico – 36 partidas (1963/1965)
5º) Náutico – 35 partidas (1966/1968)
5º) Santa Cruz – 35 partidas (1973)
7º) Tramways – 29 partidas (1936/1937)
8º) Santa Cruz – 24 partidas (1932/1933)
8º) Santa Cruz – 24 partidas (1978/1979)
Todas séries locais foram marcadas por períodos de títulos. O único ano sem taça foi em 1975, com o Náutico, que no fim perderia a decisão para o Sport.
As seis ligas nacionais mais tradicionais (e ricas) no futebol europeu têm características bem distintas quanto à (verdadeira) briga pelo título. Na Espanha, como se sabe, a disputa é polarizada entre Barça, dominante nos últimos dez anos, e o Real. O Atlético conseguiu se intrometer uma vez no período, e só. Idem na Itália, com o outrora imbatível Milan assumindo um papel de coadjuvante, ganhando apenas um scudetto, entre as enormes sequências de Inter e Juve. Por outro lado, na Ligue 1, da França, foram seis campeões no período. E a lista até poderia ser maior, mas o Paris Saint-Germain ensaiou uma hegeomonia, ganhando as últimas quatro competições. Na temporada mais recente, apenas o Leicester não ganhou o título de forma consecutiva. Nas demais, Juventus pentacampeã, Bayern tetra, PSG tetra, Benfica tri e Barça bi
O OneFootball fez um levantamento com os últimos dez campeões nacionais nas ligas, da temporada 2006/2007 a 2015/2016, e o blog ampliou o debate, traçando um paralelo com o Campeonato Brasileiro, num período disputado sempre com o mesmo formato, pontos corridos e vinte participantes.
Em caso de igualdade no número de clubes, fica à frente a liga com o maior campeão que tenha menos títulos (ou seja, “menor concentração” de taças):
1º) França (6 campeões) PSG (4), Lyon (2), Bordeaux (1), Marseille (1), Lille (1) e Montpellier (1)
2º) Brasil (5 campeões) São Paulo (3), Fluminense (2), Cruzeiro (2), Corinthians (2) e Flamengo (1).
3º) Inglaterra (4 campeões) Manchester United (5), Manchester City (2), Chelsea (2) e Leicester (1)
4º) Alemanha (4 campeões) Bayern de Munique (6), Borussia Dortmund (2), Stuttgart (1) e Wolfsburg (1)
5º) Itália (3 campeões) Juventus (5), Internazionale (4) e Milan (1)
6º) Espanha (3 campeões) Barcelona (6), Real Madrid (3) e Atlético de Madri (1)
7º) Portugal (2 campeões) Porto (6) e Benfica (4)
De 2006 a 2015, cinco clubes ganharam a Série A. Justifica a alcunha de “campeonato mais competitivo do mundo”? Nem tanto. Ao menos em relação aos vencedores. Expandindo a análise, até o G4, a Série A se mostra a mais rotativa. Neste caso, apenas como os melhores colocados – o que não significa classificados à Champions, pois o número de vagas varia de duas a quatro por país -, Alemanha, Espanha, Inglaterra e Portugal têm times com 100% de aproveitamento. No Brasil, quem mais chegou foi o São Paulo, sete vezes.
1º) Brasil (13 clubes no G4) São Paulo (7), Grêmio (6), Cruzeiro (5), Corinthians (4), Fluminense (4), Flamengo (3), Inter (3), Atlético-MG (2), Santos (2), Atlético-PR (1), Botafogo (1), Vasco (1) e Palmeiras (1)
2º) França (13 clubes no G4) Lyon (9), Marseille (7), PSG (6), Lille (4), Monaco (3), Nice (2), Bordeaux (2), Toulouse (2), Saint-Étienne (1), Montpellier (1), Auxerre (1), Nancy (1) e Rennes (1)
4º) Itália (9 clubes no G4) Juventus (7), Internazionale (6), Milan (6), Roma (6), Fiorentina (5), Napoli (4), Lazio (3), Udinese (2) e Sampdoria (1)
5º) Espanha (9 clubes no G4) Barcelona (10), Real Madrid (10), Atlético de Madri (6), Valencia (5), Villarreal (3), Sevilla (3), Athletic Bilbao (1), Real Sociedad (1) e Málaga (1)
6º) Portugal (8 clubes no G4) Porto (10), Benfica (10), Sporting (9), Braga (7), Estoril (1), Paços Ferreira (1), Nacional (1) e Vitória de Guimarães (1)
7º) Inglaterra (7 clubes no G4) Arsenal (10), Manchester United (8), Chelsea (8), Manchester City (6), Liverpool (4), Tottenham (3) e Leicester (1)
Os museus do Barcelona e do Real Madrid são experiências indispensáveis nas visitas às cidades, inseridas em qualquer roteiro turístico. Vai muito além da exibição de taças – e são muitas, sabemos -, com exposição audiovisual, com gols, narrações, passo a passo fotográfico da história. O Camp Nou Experience, num espaço de 3.500 metros quadrados, recebe mais de 1,6 milhão de visitantes por ano. Trazendo a discussão para o Recife, o Sport tem o projeto de um “memorial” desde 2008. Inicialmente, ampliaria o espaço da já apertada sala de troféus, com a visita terminando na loja oficial, como ocorre nos clubes espanhóis. Apesar das 1.700 peças catalogadas, a ideia ficou no papel.
Oito anos depois, celebrando o 111º aniversário, o clube montou uma exposição no salão nobre. Juntou os maiores títulos (Série A, Copa do Brasil, Série B, tri do Nordestão e Torneio N-NE) a uniformes dos anos 70, 80 e 90, emprestadas por um torcedor – o clube já vem tentando comprar padrões antigos -, um sistema de áudio com narrações históricas (“É cacete!”) e vídeo com os melhores momentos das finais nacionais de 1987 e 2008. Por fim, um mural com ídolos. Nos campos (Magrão, Dadá, Manga) e na vida social, como o fundador Guilherme de Aquino e o torcedor Zé do Rádio. Com um mês de duração, a exposição dá uma ideia do que poderia (poderá?) ser feito num memorial na Ilha.
Áudios disponíveis: Durval (Sport 3 x 1 Inter, nas quartas da Copa do Brasil 2008) Bala e Luciano Henrique (Sport 2 x 0 Corinthians, final da Copa do Brasil 2008) Marco Antônio (Sport 1 x 0 Guarani, final do Brasileirão de 1987) Bruno Mineiro (Vila Nova 0 x 1 Sport, acesso à Série A, em 2011)
O Camp Nou e o Santiago Bernabéu estão no topo entre os maiores estádios particulares do futebol, com recomendação de cinco estrelas por parte da Uefa. Não por acaso, já receberam finais da Champions League, sendo duas na casa catalã e quatro palco madridista. Os donos são, também, os clubes mais ricos do mundo. E a sede de domínio no esporte não para. Tanto que ambos apresentaram projetos de reforma, transformando estádios decanos em arenas moderníssimas, nos mesmos gramados onde muitos craques desfilaram.
Em janeiro de 2014, o Real Madrid apresentou o Nuevo Santiago Bernabéu, com previsão de mais nove mil lugares. Orçado em 400 milhões de euros, o projeto esbarrou na justiça, por não atender às questões de urbanismo. Deve começar somente em 2017. Agora, em abril de 2016, foi a vez do Barcelona divulgar a sua nova casa, o New Camp Nou, algo como “novo campo novo”.
O clube blaugrana deve ter um gasto ainda maior que o rival merengue, 200 milhões a mais, mas com uma estrutura muito além do estádio, remodelando todo o complexo do clube. Dentro, um novo anel inferior de arquibancada, já que o atual tem pontos cegos, e o complemento do terceiro anel, aumentando ainda mais o status de maior estádio da Europa. Confira os dois vídeos, ambos bem produzidos, com projeções em 3D mostrando o passo a passo das obras.
Em 2022, um novo tempo para os gigantes espanhóis. Cada vez maiores?
New Camp Nou Capacidade atual: 99.254 Ampliação: 105.000 Conclusão: 2022 Gasto: 600 milhões de euros
Nuevo Santiago Bernabéu Capacidade atual: 81.044 Ampliação: 90.000 Conclusão: 2021 Gasto: 400 milhões de euros
Melhor do mundo, Lionel Messi deu sequência à forma excepcional e marcou os dois gols da vitória do Barcelona sobre o Arsenal, por 2 x 0, nas oitavas da Champions League. Acabou estabelecendo uma marca impressionante para o clube. O segundo gol em Londres foi simplesmente o tento de número 10.000 da história blaugrana, desde 20 janeiro de 1901, quando George Girvan tornou-se o pioneiro goleador catalão. Sem surpresa, Messi é o maior responsável, com 441 gols. Para tanto, o Barça precisou de 4.375 partidas, todas em torneios oficiais, resultando numa média de 2,28, segundo as contas do próprio clube.
Raro, o gol 10 mil já foi alcançado por nove clubes brasileiros, de acordo com o levantamento do site Futebol 80, com os dados de 2016 atualizados pelo blog até esta data, considerando jogos oficiais e amistosos. O maior destaque é o Santos, o primeiro a chegar lá, em 20 de janeiro de 1998, quando Jorginho (hoje treinador) marcou no 4 x 3 sobre o Villa Nova, em Minas Gerais, pela Copa do Brasil. O time da baixada também lidera a artilharia nacional, com mais de 12 mil gols, com uma baita colaboração do Rei Pelé, autor de 1.091 (recorde mundial).
Clubes brasileiros com mais de 10 mil gols marcados
12.298 gols – Santos (5.961 jogos) – média de 2,06 11.902 gols – Flamengo (5.959 jogos) – média de 1,99 11.229 gols – Vasco (5.801 jogos) – média de 1,94 11.218 gols – Palmeiras (5.802 jogos) – média de 1,93 10.657 gols – Corinthians (5.632 jogos) – média de 1,89 10.638 gols – Internacional (5.283 jogos) – média de 2,01 10.547 gols – Fluminense (5.442 jogos) – média de 1,93 10.539 gols – Botafogo (5.476 jogos) – média de 1,92 10.358 gols – Atlético-MG (5.384 jogos) – média de 1,92
No futebol pernambucano, a estatística só é possível devido à pesquisa de Carlos Celso Cordeiro. Alguns jogos não têm resultados conhecidos na era amadora – o que ocorre em outros clubes -, mas no geral é possível enxergar o dado como oficial. Assim, o clube com mais gols é o Tricolor, que pode ser o primeiro a chegar ao 10.000º, caso alcance um índice de 64 gols nas próximas sete temporadas. Factível. O blog tentou estabelecer um ranking nordestino, mas os dados de Bahia, Vitória, Ceará e Fortaleza estão incompletos.
Número de gols dos clubes pernambucanos
9.550 gols – Santa Cruz (4.902 jogos) – média de 1,94 9.232 gols – Sport (4.916 jogos) – média de 1,87 8.461 gols – Náutico (4.610 jogos) – média de 1,83
Pelo custo apresentado pelo consórcio que administra o empreendimento, a CBF não achou “vantajoso” (repito, à parte da indiscutível estrutura). Em 12 de janeiro surgiu a notícia de que a confederação estaria considerando a hipótese de indicar o Arruda, devido à maior capacidade de venda (50 mil x 38 mil, fora as gratuidades). Duas semanas depois, a especulação tornou-se realidade após a vistoria oficial nos dois estádios do Grande Recife. No fim das contas, a pressão deu certo e o consórcio refez a planilha de custos, reduzindo a pedida. A transferência do mando seria um golpe duríssimo para a arena, já marcada pelos balanços negativos, e, sobretudo, para o governo do estado, cuja gestão atual, de Paulo Câmara, é uma sequência de Eduardo Campos, mentor do projeto. E a própria CBF teria trabalho para explicar a decisão de preterir um estádio que abrigou a Copa do Mundo há dois anos, diga-se.
O jogo marca a estreia da Seleção Brasileira no Arena, substituindo o Mundão, que recebeu todos os jogos desde 1978. Ao todo, será a 18ª partida da seleção principal no estado, sendo o segundo clássico contra os uruguaios na terrinha, 31 anos após o amistoso vencido pelos brasileiros, com gols de Careca e Alemão. Em relação à fase classificatória para o Mundial, a última apresentação foi em 2009, contra o Paraguai. Em partidas oficiais, ou seja, contra seleções nacionais, a Canarinha jamais perdeu em Pernambuco.
Em relação à venda de ingressos (de R$ 50 a R$ 300), confira aqui.
Avenida Malaquias (5 jogos) 27/09/1934 – Brasil 5 x 4 Sport (público não divulgado) 30/09/1934 – Brasil 3 x 1 Santa Cruz (n/d) 04/10/1934 – Brasil 8 x 3 Náutico (n/d) 07/10/1934 – Brasil 5 x 3 Seleção Pernambucana (n/d) 10/10/1934 – Brasil 2 x 3 Santa Cruz (n/d)
Ilha do Retiro (2 jogos) 01/04/1956 – Brasil 2 x 0 Seleção Pernambucana (n/d) 13/07/1969 – Brasil 6 x 1 Seleção Pernambucana (26.929 torcedores)
Arruda (10 jogos) 13/05/1978 – Brasil 0 x 0 Seleção Pernambucana (42.621) 19/05/1982 – Brasil 1 x 1 Suíça (59.732) 02/05/1985 – Brasil 2 x 0 Uruguai (59.946) 30/04/1986 – Brasil 4 x 2 Iugoslávia (54.249) 09/07/1989 – Brasil 2 x 0 Paraguai (76.800, Copa América) 29/08/1993 – Brasil 6 x 0 Bolívia (96.990, Eliminatórias) 23/03/1994 – Brasil 2 x 0 Argentina (90.400) 29/06/1995 – Brasil 2 x 1 Polônia (24.000) 10/06/2009 – Brasil 2 x 1 Paraguai (55.252, Eliminatórias) 10/09/2012 – Brasil 8 x 0 China (29.658)
Arena Pernambuco (1 jogo) 25/03/2016 – Brasil x Uruguai (Eliminatórias)
Pela 11ª temporada consecutiva o Real Madrid foi apontado como o clube de futebol de maior faturamento no mundo, somando a bilheteria das partidas no Santiago Bernabéu, os direitos de transmissão (televisão, internet etc) e o comércio de produtos oficiais. Os merengues tiveram uma receita de 577 milhões de euros em 2014/2015, num crescimento de 109% em relação a 2004/2005, quando registrou 275,7 milhões, assumindo a liderança do levantamento feito há 19 anos pela consultoria Deloitte, cujo no estudo foi lançado recentemente. Já o maior rival, o Barcelona, subiu duas posições e chegou à vice-liderança do ranking, deixando claro o significado de “espanholização”, agora em escala global. Completando o pódio, o Manchester United, outrora líder. O maior campeão inglês foi o ponteiro de 1996/1997, no primeiro ano do relatório “Football Money League”, até 2003/2004.
O crescimento dos times mais poderosos vem na curva ascendente sobre a participação do “comércio e marketing”, contemplando patrocínios, produtos licenciados e merchandising. Já é a maior fonte dos cinco primeiros colocados, com expansão internacional das vendas, até no Brasil. Enquanto isso, aqui, a venda de direitos de transmissão na tevê ainda é a maior receita, com alguns clubes tentando alavancar a participação de sócios-torcedores no bolo. Vale ressaltar que essa visão se aplica a uma parcela mínima do futebol brasileiro, presente na elite, pois a maioria (dos 684 clubes profissionais, segundo o Bom Senso FC) ainda vive de renda de jogos, e olhe lá.
Apesar do domínio dos gigantes espanhóis, o destaque também vai para a força da Premier League, com 17 clubes entre os 30 mais ricos do mundo – nenhum time sul-americano, sem surpresa. A divisão mais equânime da receita de televisão na terra da rainha tem um papel fundamental, com a verba chegando a 2 bilhões de euros. Surpresa na atual temporada, o Leicester City está longe de ser um pobre coitado, sendo o 24º mais rico do mundo – na Inglaterra, contudo, é o 12º. A análise geral, com os balanços oficiais, só não levou em conta a receita oriunda da transferência de jogadores e impostos. Convertendo as receitas para a moeda brasileira, doze clubes já ultrapassaram a barreira de R$ 1 bilhão de faturamento anual. Concorrência cada vez mais pesada.
Confira a íntegra do relatório, em inglês, clicando aqui.
1º) Real Madrid (Espanha)
Renda dos jogos: 22% (129,8 milhões de euros)
Comércio/marketing: 43% (247,3)
Direitos de transmissão: 35% (199,9)
2º) Barcelona (Espanha)
Renda dos jogos: 21% (116,9)
Comércio/marketing: 43% (244,1)
Direitos de transmissão: 36% (199,8)
3º) Manchester United (Inglaterra)
Renda dos jogos: 22% (114,0)
Comércio/marketing: 51% (263,9)
Direitos de transmissão: 27% (141,6)
4º) Paris Saint-Germain (França)
Renda dos jogos: 16% (78,0)
Comércio/marketing: 62% (297,0)
Direitos de transmissão: 22% (105,8)
5º) Bayern de Munique (Alemanha)
Renda dos jogos: 19% (89,8)
Comércio/marketing: 59% (278,1)
Direitos de transmissão: 22% (106,1)
Ainda que o mundo esteja tentando driblar a crise, no futebol as cifras só aumentam. No último ano, as transferências globais envolveram US$ 4,18 bilhões (R$ 17,1 bi), com média de 308 mil dólares por jogador. De acordo com o relatório, o destaque anual é a óbvia expansão chinesa, com reflexo direto no Brasil, com 16 jogadores (entre os melhores da Série A) negociados para o país asiático. Segundo a avaliação, aliás, o mercado brasileiro estaria em declínio.
O TMS engloba 6,5 mil clubes, incluindo o Trio de Ferro. Entre os principais exemplos locais, a venda de Joelinton, do Sport para o Hoffenheim por 2,4 milhões de dólares, a contratação de Grafite, do Al-Sadd do Catar para o Santa, e a saída de Josimar, liberado pelo Náutico para o Al Fateh, da Arábia Saudita.
Em 2016, as duas janelas brasileiras serão de 23/01 a 16/04 e de 22/06 a 21/07.