Uma rede gastronômica para torcidas específicas, com projeção no Recife

Redes gastronômicas dos clubes brasileiros via Sportfood

O Grêmio abriu, em 2014, a primeira rede de gastronomia de um clube de futebol no mundo. Em votação popular, “Hamburgueria 1903” foi o nome escolhido para a primeira franquia oficial. Segundo a SportFood, responsável pelo desenvolvimento das lanchonetes, os clubes do país somam 160 milhões de torcedores, dos quais 1/3 têm o costume de comer fora de casa em algum momento da semana. A ideia foi entrar neste nicho usando a paixão clubística, com públicos bem específicos. Afinal, é difícil imaginar um torcedor colorado comendo o sanduíche “10 x 0” do tricolor gaúcho – o nome se refere ao placar do primeiro clássico, vencido pelos gremistas. Em tese, cada clube tem um cardápio distinto. No Vasco, por exemplo, a comida portuguesa entrou na lista. 

O projeto já alcançou sete clubes (de peso), com o Recife no raio do mercado. Diretor da SportFood, Fernando Ferreira revela conversas com Sport e Santa. Se com o rubro-negro o contato não evoluiu, a princípio, com os tricolores a articulação se manteve, ainda sem prazo. O momento do país pesa. Na região, apenas o Bahia licenciou a sua marca, através do nome “Caldeirão Tricolor”.

Sobre o potencial dos clubes pernambucanos, o executivo foi direto:
“Tem mercado e engajamento da torcida.” 

Até hoje, os dois clubes tiveram, no máximo, bares intermitentes.

Segundo o site Franquia & Investimento, o capital total para abrir uma unidade da rede, considerando instalação, início da operação e taxa de franquia, vai de R$ 195 mil a R$ 500 mil, com projeção de faturamento mensal a partir de R$ 120 mil (caso do Bahia). Nos dois primeiros anos, liderança do Grêmio, com quatro filiais. Contudo, pela projeção através do potencial de mercado/torcida, o Timão pode passar de 100 lojas. Com até trinta, o Tricolor da Boa Terra é o espelho possível os times mais populares de Pernambuco, numa soma entre operações em shoppings, centros comerciais, ruas, containers e food trucks.

Potencial de unidades até 2020
130 – Corinthians
90 – Grêmio
73 – Palmeiras
45 – Cruzeiro
30 – Santos
30 – Bahia
* O número do Vasco não foi divulgado

Abaixo, alguns projetos… Confira uma das lojas do Grêmio clicando aqui.

Grêmio (Hamburgueria 1903)

Projeto da rede de fastfood do Grêmio. Crédito: divulgação

Palmeiras (Cantina Palestra)

Projeto da rede de fastfood do Palmeiras. Crédito: divulgação

Cruzeiro (Cruzeiro Esporte Burguer)

Projeto da rede de fastfood do Cruzeiro. Crédito: divulgação

Corinthians (Loucos & Fiéis)

Projeto da rede de fastfood do Corinthians. Crédito: divulgação

Bahia (Caldeirão Tricolor)

Projeto da rede de fastfood do Bahia. Crédito: divulgação

A camisa preta do Sport para 2016/2017, com o template do Middlesbrough

Camisa 2 do Sport para a temporada 2016/2017. Crédito: reprodução

A camisa 2 do Sport para a temporada 2016/2017 será preta. Usando o novo template da Adidas, com as três listras na lateral do modelo, em vez do ombro.

A novidade no padrão, que vazou nas redes sociais, como de praxe, é o “V” em degradê vermelho. Lembra a camisa branca da seleção alemã, mas na verdade o template é idêntico ao do Middlesbrough da Inglaterra, que já lançou a camisa (azul, para os jogos fora de casa) da próxima temporada. Por sinal, outros clubes patrocinados devem usar o modelo, num formato comum de produção das fornecedoras, com peças exclusivas para os primeiros uniformes.

Seguindo a linha monocromática da marca alemã, que no padrão 1 usou calção e meias vermelhas, agora o calção e as meias devem ser pretos. Ou seja, por enquanto, uma pausa nas cores alternativas no Leão. Entretanto, vale lembrar que a linha completa ainda prevê um terceiro uniforme…

Rubro-negro, o que você achou do possível segundo padrão? 

O segundo padrão do Middlesbrough, da Inglaterra para a temporada 2016/2017. Crédito: divulgação

Linha de uniformes do Náutico para a temporada 2016/2017, via Topper

Os uniformes do Náutico para a temporada 2016. Crédito: Topper/facebook

O Náutico oficializou a Topper como fornecedora de material esportivo em 4 de maio. Quase um mês depois, em 1º de junho, finalmente a linha principal de uniformes foi apresentada, em um evento na sede nos Aflitos. A estreia da marca, que volta ao clube após 32 anos, será na sexta rodada da Série B, contra o Joinville, na Arena Pernambuco, substituindo o material da Umbro, cujo contrato foi rescindido. A mudança foi motivada mesmo pelo lado financeiro, pois a linha anterior tinha a aprovação da torcida. A nova camisa alvirrubra vem com o número azul, uma tradição do clube nas décadas de 70 e 80. O contrato com a Topper vai até o fim de 2019.

Confira os detalhes dos dois padrões clicando aqui e aqui.

Torcedor alvirrubro, o que você achou do novo padrão?

Fornecedores de material esportivo do Timbu
1981/1982 – Rainha

1983/1984 – Topper
1985/1987 – Dell’erba
1987/1991 – Finta

1991 – Campeã
1991/1995 – Kyalami
1996 – Finta
1997/2000 – Penalty
2001/2005 – Finta
2006/2008 – Wilson (EUA)
2009 – Champs
2009/2010 – Lupo
2011/2014 – Penalty
2014 – Garra
2014/2016 – Umbro (Inglaterra)
2016/2019 – Topper

Lançamento do uniforme do Náutico, pela Topper, para a temporada 2016. Foto: Náutico/instagram (nauticope)

A audiência das finais da Champions League no Brasil, segundo o Ibope

A audiência das finais da Liga dos Campeões na tevê aberta, em São Paulo, de 2010 a 2016. Arte: Cassio Zirpoli, via Infogram

A decisão da Liga dos Campeões da Uefa voltou à transmissão aberta no Brasil, via Globo e Band, em 2010. Considerando o mercado da Grande São Paulo, o principal polo de audiência, o acompanhamento da finalíssima de 2016, entre Real Madrid e Atlético, chegou a 5,1 milhões de telespectadores, no terceiro aumento consecutivo na praça, que também conta com exibição na tevê por assinatura. Paga-se caro pelos direitos, mas o retorno parece consolidado.

O site Máquina do Esporte divulgou os dados do Ibope das últimas sete finais, somando os pontos dos dois canais. A partir disso, o blog calculou o peso de cada ponto, uma vez que o número é atualizado anualmente após as projeções lançadas pelo IBGE, cujo último censo data de 2010. Num breve resumo, um ponto do Ibope corresponde em cada região estudada a 1% das casas e 1% da população – que não necessariamente crescem na mesma ordem.

Várias regiões metropolitanas contam com o serviço, inclusive o Recife. Contudo, para o viés de patrocínios e alcance real de público, usa-se bastante o resultado da metrópole paulista, onde existem 750 casas com o aparelho Peoplemeter, que capta o canal sintonizado 24 horas por dia.

2010 – Internazionale 2 x 0 Bayern de Munique (20 pontos, 3.559.800)
2011 – Barcelona 3 x 1 Manchester United (21 pontos, 3.852.920)
2012 – Chelsea (4) 1 x 1 (2) Bayern de Munique (19 pontos, 3.515.026)
2013 – Bayern de Munique 2 x 1 Borussia Dortmund (18 pontos, 3.344.652)
2014 – Real Madrid 4 x 1 Atlético de Madri (23 pontos, 4.445.463)
2015 – Barcelona 3 x 1 Juventus (25 pontos, 4.954.050)
2016 – Real Madrid (5) 1 x 1 (3) Atlético de Madri (26 pontos, 5.143.164)

Após a decisão alemã de 2013, com 18 pontos, onde a Globo, com apenas 12, teve seu pior resultado, os números voltaram a subir. Em 2016, o crescimento da emissora, aliás, sufocou a concorrente Band. Em relação às maiores audiências, Real ou Barcelona aparecem sem surpresa entre os (quatro) maiores jogos. A influência de Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar é real perante o público brasileiro. Até que ponto trata-se de entretenimento ou “paixão clubística”, aí já é outra questão. Que também vale ser mensurada…

A audiência das finais da Liga dos Campeões na tevê aberta, em São Paulo, de 2010 a 2016. Arte: Cassio Zirpoli, via Infogram

O Ibope mensura audiência televisiva desde a década de 1950. Inicialmente, com visitas pessoas. No fim da década de 1960 surgiu o primeiro medidor, o Setmeters. Após várias versões, ampliando o relatório para todas as faixas horárias, veio o Peoplemeter, implementado em 1996. Considerando a volta da final da Champions League à televisão aberta, a medição do Ibope registrou na Grande São Paulo, de 2010 a 2016, um aumento de 9.553 casas (15,9%) e 19.824 telespectadores (11,1%) a cada ponto.

Evolução da medição da audiência televisiva, via Ibope na Grande São Paulo. Arte: Cassio Zirpoli, via Infogram

O descabido artigo 15 do regulamento da Série A, quase ignorado pelos clubes

Regulamento sobre o preço dos ingressos na Série A de 2016. Crédito: CBF

Dos vinte clubes inscritos no Brasileirão de 2016, apenas seis respeitaram, em suas respectivas estreias como mandantes, ao artigo 15 do regulamento da competição, que estipula um preço mínimo para o ingresso, de R$ 40 para a inteira e R$ 20 para a meia. Seja por promoções ou descontos para sócios, os demais times baratearam os valores de alguma forma. Desconsiderando os programas de acesso livre (que o texto não especifica como deve agir), o ingresso mais barato custou R$ 7,50, do plano de sócios “Sou Mais Vitória”. Ao todo, 6.003 bilhetes foram vendidos no primeiro jogo do leão baiano no Barradão.

Em Salvador, o borderô apontou 12.417 espectadores. Em Porto Alegre, Grêmio e Inter atenderam à norma, com dados semelhantes, 12.092 torcedores no Beira-Rio e 15.976 na Arena. Na visão do blog, essa norma da CBF é descabida, ignorando realidades econômicas distintas, além de tirar do mandante a decisão de avaliar situações de jogo. Deveria haver, sim, um preço mínimo para o visitante, para evitar abuso, com preços distorcidos em setores equivalentes.

Entretanto, como o regulamento não detalha a consequência, os clubes vêm driblando a situação. Não por acaso, a regra foi criada em 2015, com inúmeras promoções na ocasião. Inclusive do Sport, que após a estreia nesta temporada com apenas seis mil espectadores, bancando os valores mínimos, consultou a confederação e realizou uma venda promocional na segunda partida na Ilha do Retiro, contra o Corinthians. Com o alinhamento, a tendência deve se manter, até que ocorra algum posicionamento definitivo da entidade. Abaixo, a situação de cada clube, segundo o borderô publicado no site da CBF e os sites oficias dos clubes (São Paulo e Colorado). Entre os pernambucanos, o blog analisou a venda de ingressos dos dois primeiros jogos de cada um.

Obs. No caso de ingressos de sócio de acesso livre, os clubes lançam valores na renda bruta, para efeitos de descontos de INSS, ISS e do IRRF.

5 times respeitaram a norma plenamente
9  times atenderam parcialmente a norma (com público geral ou sócios)
6 times não atenderam à norma

Situação dos clubes pernambucanos:
Sport
2ª rodada (situação: ok)
Público geral – R$ 40 (meia a R$ 20)
Sócio – R$ 20

4ª rodada (situação: não atendeu)
Público geral – R$ 15 (geral, antecipado)
Sócio – R$ 10 (antecipado)

Santa Cruz
1ª rodada (situação: não atendeu)
Público geral – R$ 15 (anel superior)
Sócio – R$ 15

3ª rodada (situação: apenas para o sócio)
Público geral – R$ 15 (anel superior)
Sócio – R$ 20

Demais clubes…

Situação ok:
Botafogo (situação: ok)
Público geral – R$ 60 (meia a R$ 30)
Sócio – R$ 30

Santos (situação: ok)
Público geral – R$ 40 (meia a R$ 20)
Sócio – R$ 20

Internacional (situação: ok)
Público geral – R$ 60 (meia a R$ 30)
Sócio – R$ 20 (antecipado)

Grêmio (situação: ok)
Público geral – R$ 50 (meia a R$ 25)
Sócio – R$ 20

Coritiba (situação: ok)
Público geral – R$70 (meia a R$ 20)
Sócio – R$ 20

Atenderam apenas de forma parcial:
Corinthians (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 50 (meia a R$ 25)
Sócio – embutido na mensalidade

Palmeiras (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 80 (meia a R$ 40)
Sócio – embutido na mensalidade

Ponte Preta (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 40 (meia a R$ 20)
Sócio – R$ 10

Cruzeiro (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 40 (meia a R$ 20)
Sócio – embutido na mensalidade

América-MG (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 80 (meia a R$ 40)
Sócio – embutido na mensalidade

Atlético-PR (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 100 (meia a R$ 50)
Sócio – R$ 10

Vitória (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 100 (meia a R$ 50)
Sócio – R$ 7,5

Figueirense (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 40 (meia a R$ 20)
Sócio – R$ 10

Chapecoense (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 60 (meia a R$ 30)
Sócios – R$ 10

Não atenderam ao artigo:
Flamengo (situação: não atendeu)
Promocional – R$ 10 (antecipado)
Sócio – R$ 10 (meia)

Fluminense (situação: não atendeu)
Público geral – R$ 20 (promocional)
Sócio – não divulgado

São Paulo (situação: não atendeu)
Público geral – R$ 20 (meia a R$ 10)
Sócio – R$ 10

Atlético-MG (situação: não atendeu)
Público geral – R$ 30 (meia a R$ 15)
Sócio – embutido na mensalidade

Concorrência à vista pela transmissão do Campeonato Pernambucano em 2019

Possível duelo pela transmissão do Pernambucano a partir de 2019: Rede Globo x Esporte Interativo. Arte: Cassio Zirpoli/DP

atual contrato de transmissão do Campeonato Pernambucano tem duração de quatro temporadas, até 2018. O acordo, junto à Rede Globo, prevê um repasse anual aos clubes de R$ 3,84 milhões. Em 2019, seguindo o caminho lógico, com dezenove temporadas consecutivas, a emissora deve renovar o contrato. No entanto, há outro ator em cena. O mesmo de outras disputas nacionais, como o Brasileirão, Paulista, Carioca etc. A onipresente concorrência do Esporte Interativo vem alavancando as cifras, independentemente da escolha dos clubes. E aí está a chance de um incremento na cota do Estadual.

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, cujos contratos acabaram em 2016, a proposta do EI fez com que a Globo se mexesse, tendo que aumentar entre 60% e 66% para se manter como emissora oficial em 2017, como mostra o jornalista Rodrigo Mattos, do Uol. Ou seja, com esses índices, o torneio local ficaria entre 6,144 mi e 6.374 milhões de reais (projeções abaixo). No estado, claro, o aumento poderia ser menor proporcionalmente, mas ainda assim além da média do futebol local. Sobretudo pelo interesse da concorrente, ouvida pelo blog.

Em reserva, o discurso é de “respeitar os contratos”, com alguma manifestação em meados de 2018. Pelo histórico dos clubes, uma mudança efetiva é difícil. Basta ver no Brasileiro, com o Trio de Ferro sondado, mas renovando com a Globo até 2024. Mas a contraproposta deve chegar, nem que seja apenas para a tevê paga. A última vez foi em 2000, quando a própria Globo adquiriu os direitos junto ao locutor Luciano do Valle, que exibira o torneio, com sucesso, na TV Pernambuco. A negociação, por quatro edições, saiu por R$ 1,92 milhão…

Campeonato Pernambucano
2015-2018

Cotas anuais
Grandes (3 times): R$ 950 mil (cada)
Pequenos (9 times): R$ 110 mil (cada)

2019*
Grandes (3): R$ 1,52 milhão a R$ 1,577 milhão (cada)
Pequenos (9): R$  176 mil a R$ 182 mil (cada)
*Estimativa de 60% a 66% de acréscimo, no Paulista e no Carioca

Campeonato Paulista (total)
2016 – R$ 100 milhões
2017 – R$ 160 milhões (60%)

Campeonato Carioca (total)
2016 – R$ 60 milhões
2017 – R$ 100 milhões (66%)**
** Em negociação

O patrimônio dos clubes pernambucanos, com estádios, CT, imóveis e terrenos

Aflitos, Ilha do Retiro e Arruda. Crédito: Google Maps 13/11/2015

Os estádios dos Aflitos, Ilha do Retiro e Arruda são os principais pilares dos patrimônios sociais de Náutico, Sport e Santa Cruz. Entretanto, as propriedades dos clubes vão bem além disso. Sede, ginásios, parque aquático, centros de treinamento, terrenos etc. A partir dos balanços financeiros de 2015, publicados em abril no site da federação pernambucana de futebol, o blog elencou os clubes locais com patrimônios acima de R$ 1 milhão. A lista surpreende bastante, sobretudo pelo Central, tomando do Tricolor o lugar no pódio.

Localizado num bairro nobre de Caruaru, Maurício de Nassau, o estádio alvinegro é alvo, há anos, da especulação imobiliária. Só o Lacerdão valeria R$ 88 milhões, já acima do valor estipulado pelo balanço coral, de R$ 63 milhões. Um comparativo no papel, pois em muitos casos as direções “congelam” os valores das propriedades nos relatórios fiscais. Ou seja, em valor de mercado o metro quadrado de cada local (inclusive do Arruda) pode variar bastante (para mais). Como critério, o blog seguiu os dados oficiais, fornecidos pelos clubes.

A lista considerou apenas imóveis. A ressalva é necessária pois alguns clubes informam maquinário, equipamentos eletrônicos e veículos. O Sport, por exemplo, soma R$ 8 milhões só neste quesito. Em tempo: nada está à venda.

Patrimônio social
1º) Sport, R$ 165.480.870 (Ilha do Retiro e clube)
2º) Náutico, R$ 134.489.197 (Aflitos e clube)
3º) Central, R$ 96.400.000 (Lacerdão e terreno)
4º) Santa Cruz, R$ 63.739.000 (Arruda e clube)
5º) Sete de Setembro, R$ 18.000.000 (Gigante do Agreste e terreno)
6º) América, R$ 1.700.319 (imóvel)
7º) Porto, R$ 1.361.656 (CT e imóveis)

Observações:
1) No caso de Sport e Náutico, os respectivos centros de treinamentos, em Paratibe e na Guabiraba, não foram listados nos balanços.

2) A lista milionária poderia ser maior caso Centro Limoeirense e Ypiranga, proprietários dos estádios José Vareda e Limeirão, detalhassem seus balanços.

3) O casarão na Estrada do Arraial é alvo de disputa pelo América, que perdeu o imóvel em 2012 num leilão para abater uma dívida. O clube tenta anular o processo. De toda forma, em 2015, passou a ser classificado como Imóvel Especial de Preservação (IEP) e não pode mais ser demolido.

Área dos clubes
1º) Ilha do Retiro, 110 mil m²
2º) Arruda, 57 mil m²
3º) Aflitos, 41 mil m²

Área dos centros de treinamento
1º) Wilson Campos, 49 hectares
2º) Ninho do Gavião, 20 hectares
3º) José de Andrade Médicis, 8,4 hectares

Santa Cruz x Vasco, a hora da decisão. Copa do Brasil ou Sul-Americana?

Santa Cruz em 2016: Copa do Brasil ou Copa Sul-Americana?

Após eliminar Rio Branco e Vitória da Conquista, o Santa Cruz enfrentará o Vasco na terceira fase da Copa do Brasil. Chegou a hora de uma importante decisão: disputar ou não a Copa Sul-Americana de 2016. Ao conquistar a Lampions, o Tricolor obteve a vaga para o torneio internacional, mas com uma bizarra condição imposta pela CBF, em vigor desde 2013. Precisa ser eliminado da copa nacional até o terceiro mata-mata. Logo, está no limite.

Na Copa do Brasil, o Santa Cruz já arrecadou R$ 1,56 milhão. Em caso de nova classificação, diante do atual campeão carioca, o time pernambucano receberia mais R$ 840 mil. Fora o contexto histórico. Nas 21 participações anteriores o melhor desempenho coral foi justamente as oitavas de final, em sete oportunidades (1990, 1991, 1994, 1997, 2004, 2005 e 2010).

Por outro lado, o ganho técnico também se faz presente na outra opção, pois a Sula representaria uma inédita participação internacional. Financeiramente, renderia ao menos US$ 150 (R$ 526 mil) na primeira fase, considerando o valor da última edição – a quantia deve subir este ano. Sobre a escolha, os dois maiores rivais já passaram por situação semelhante, com o Náutico em 2013 e o Sport de 2013 a 2016. Chegou a vez do Santa.

Qual escolha o Santa deve fazer na 3ª fase da Copa do Brasil de 2016?

  • Sair para ir à Sula (fase nacional) (56%, 1.268 Votes)
  • Seguir na Copa do Brasil (oitavas) (35%, 792 Votes)
  • Tanto faz (10%, 224 Votes)

Total Voters: 2.284

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As milionárias receitas e dívidas de Sport, Santa Cruz e Náutico de 2011 a 2015

Finanças de Sport, Santa Cruz e Náutico. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Direitos de transmissão, bilheteria, premiações, patrocinadores, quadro de sócios, venda de jogadores, parcelamentos, empréstimos etc. Somando todas as receitas possíveis em 2015, os três grandes clubes do Recife registraram um faturamento de R$ 121 milhões, de acordo com os balanços financeiros apresentados por Náutico, Santa Cruz e Sport em 29 de abril de 2016. Numa primeira análise, um volume considerável de grana. No entanto, a dívida segue aumentando numa velocidade incrível, subindo pelo terceiro ano seguido.

Por uma questão de padronização, o blog usa a expressão “passivo”, somando o circulante e o não circulante – dados presentes em todos os balanços. O passivo não é um “sinônimo” de dívida, pois na questão contábil alguns números entram como receitas futuras, que não podem ser contabilizadas no último balanço. Aconteceu com o Sport em 2015, com R$ 18 milhões da cota de tevê, numa bonificação pela temporada de 2019, já paga pela Globo.

Receita operacional agregada
2011 – R$ 83.296.759
2012 – R$ 134.030.496 (+50.733.737, ou +60%)
2013 – R$ 116.488.865 (-17.541.631, ou -13%)
2014 – R$ 93.257.832 (-23.231.033, ou -19%)
2015 – R$ 121.173.612 (+27.915.780, ou +29%)

Passivo (soma dos passivos circulante e não circulante)
2011 – R$ 177.496.391
2012 – R$ 170.898.306 (-6.598.085, ou -3%)
2013 – R$ 182.045.072 (+11.146.766, ou +6%)
2014 – R$ 283.488.245 (+101.443.173, ou +55%)
2015 – R$ 348.163.829 (+64.675.584, ou +22%)

Curiosidade: caso a receita tivesse sido dividida de forma igualitária, cada um teria recebido no ano passado exatamente R$ 40.391.204.

Confira a íntegra dos balanços financeiros: SportSanta Cruz e Náutico.

Abaixo, um gráfico com a variação das cifras de cada um, de 2011 a 2015.

Sport faz um novo contrato com a Globo, agora até 2024. Mais luvas milionárias

Rede Globo e Sport

Em menos de um ano, o Sport firmou dois contratos com a Rede Globo. O primeiro acordo sobre a venda dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro iria até 2020. Agora, uma ampliação até 2024. Com bônus. O presidente leonino, João Humberto Martorelli, anunciara em fevereiro o primeiro prolongamento da parceria, sucedendo o contrato vigente, até 2018. Segundo o dirigente, contrariando notícias da imprensa paulista, a cota teria subido para o futuro período. O balanço financeiro de 2015, divulgado em abril, trouxe o valor das luvas, R$ 18 milhões – dinheiro ainda intacto. Em entrevista ao 45 minutos, ele revelou a nova extensão, a mesma dos demais clubes procurados.

Esse era o “plano” de Martorelli, que ao fechar por dois anos quis assegurar um futuro parcial e analisar o “mercado”, que esquentou após o Esporte Interativo angariar, até 2024, Santos, Inter e Bahia. Novamente procurado pela emissora carioca, os rubro-negros ampliaram o acordo – de tevês aberta e fechada, pay-per-view, internet e sinal internacional -, garantindo mais uma bonificação pela assinatura. Como da vez anterior, o mandatário não revelou a quantia.

A título de curiosidade, caso o valor seja proporcional à primeira luva, então o clube receberia agora R$ 36 milhões, à parte da cota regular, anual. O valor deverá ser pago este ano. Logo, será possível verificar no próximo balanço fiscal. Em tempo: segundo Martorelli, esse dinheiro não é adiantamento.

Cotas anuais de televisão do Sport
2015 – R$ 46.634.115
2014 – R$ 32.080.055

Obs. Santa e Náutico também acertaram com a Rede Globo de 2019 a 2024.