Em 2018, no Brasileirão, o Sport terá uma nova fornecedora de material esportivo. Possivelmente, com o maior patrocínio da história do clube. De acordo com o globoesporte.com, o leão fechou um contrato de quatro temporadas com a Under Armour, recebendo R$ 12 milhões em cada ano. Ou seja, R$ 48 milhões! Cifra sem precedentes no futebol nordestino.
À parte do caixa do clube, a marca norte-americana, ainda buscando o seu espaço no país, inclusive inaugurando lojas, chega com a responsabilidade de substituir a Adidas, que produziu 15 modelos em quatro temporadas, tendo forte aceitação na torcida. No período, o Sport subiu de patamar nas vendas, figurando no top ten entre os times brasileiros por diversas vezes, segundo listas divulgadas por empresas como Centauro e Netshoes. Esta última apresentou em setembro um ranking de camisas de futebol de e-commerce, com o leão figurando em 5º lugar, atrás de Corinthians, Palmeiras, Flamengo e São Paulo – justamente os quatro clubes mais populares do país.
O acordo deve ser oficializado pelo clube em janeiro, com o contrato passando a valer a partir de junho de 2018. Como de praxe, torcedores e designers, não ligados à UA, criaram vários mockups, termo usado para modelos de demonstração. Utilizando traços das linhas recentes da fabricante às cores e características do Sport, as projeções dão uma ideia do que vem por aí.
No alto, os uniformes imaginados pela rubro-negra Marcela Santiago No centro, um padrão feito pela agência Publick – Comunicação Visual Abaixo, os uniformes imaginados pelo rubro-negro Eduardo Silva
Até o momento, sete modelos na web. Curtiu algum?
Fabricantes de uniformes do Sport no século XXI 2001/2007 – Topper 2008/2013 – Lotto (Itália) 2014/2017 – Adidas (Alemanha) 2018/2021 – Under Armour (EUA)
A construção do centro de treinamento do Santa Cruz vem sendo tocada de maneira coletiva, bem além da simples gestão executiva. Em 2017, o clube arrecadou R$ 453 mil para a primeira fase do empreendimento, incluindo doações de torcedores e venda de livros e alimentos. Agora, um salto ainda maior, com a aprovação junto ao Ministério do Esporte para a captação de R$ 2.455.200, num trabalho de oito tricolores, servidores da área jurídica.
Segundo a lei 11.438/2006, conhecida como ‘Lei de Incentivo ao Esporte’, é possível obter investimentos através de renúncia fiscal de empresas (1%) e pessoas físicas (6%) em favor do esporte. Foram três meses analisando a regra, com o grupo finalizando a parte burocrática em setembro, com orçamento, cronograma e responsáveis. Após o sinal positivo vem o novo passo, na prospecção de empresários dispostos a reverter parte do que pagariam de imposto de renda ao projeto do Ninho das Cobras, na Guabiraba. Comprado em 2011, por R$ 1 milhão, o terreno prevê um investimento total de R$ 5 milhões. Em fevereiro o clube informou que um aporte de R$ 2,5 milhões seria suficiente para bancar a estrutura mínima de treinamento para o time principal, ainda preso ao campo do Arruda. Ou seja, o valor tende a ser captado, mas com a aplicação voltada às obras mais adiante, paralelas às demais frentes de trabalho. Afinal, trata-se mesmo de uma ação coletiva.
A expectativa é de um campo pronto até o fim do Estadual de 2018…
Grupo responsável pela captação via lei de incentivo: Alessandro Medeiros, Bruno Dias, Diogo Melo de Oliveira, Eduardo Lins, Milton Santos, Marcelo Vieira, Marconi Lafayette e Oberdan Rabelo.
Cifras do CT Ninho da Cobras… R$ 1 milhão, o valor pago para a compra do terreno de 10,5 hectares R$ 5 milhões, a estimativa de gasto para a conclusão da obra R$ 2,5 milhões, a estimativa mínima de investimento para iniciar a utilização R$ 2,4 milhões, a captação máxima aprovada pelo Ministério do Esporte R$ 453 mil, a arrecadação para a primeira etapa da obra (09/2017)
Ao todo, Náutico, Santa e Sport mandaram 100 jogos oficiais no Grande Recife em 2017. É a maior quantidade dos últimos anos. O que não significa números satisfatórios em público e renda. Nem mesmo de forma absoluta. Desde 2013, quando o blog começou a fazer o levantamento, esta temporada registrou o pior desempenho nos dois cenários. Pela primeira vez ficou abaixo de 1 milhão de torcedores e a arrecadação bruta caiu pela quarta vez – 25% somente em relação a 2016. A impressão de estádios vazios é confirmada pela taxa de ocupação das arquibancadas. Num cálculo a partir da atual capacidade máxima de cada estádio, não chegou nem a 1/4. Tanto que apenas um público passou de 40 mil, no recorde da Arena Pernambuco em jogos de clubes, com 42.025 espectadores para Sport 0 x 2 Palmeiras.
Obviamente, pesou bastante o duplo rebaixamento local, com alvirrubros e tricolores caindo para a Série C. No Santa Cruz o impacto foi gigantesco. Dos quatro torneios disputados no ano, em apenas um o clube ultrapassou a média de 10 mil pessoas. No geral, finalizou com 8.461, ou três mil a menos que a pior marca até então. Contando o borderô no Mundão, o tricolor viu a bilheteria cair 62%. Já o Náutico, com o distanciamento da torcida em relação à arena, acabou jogando quatro vezes em Caruaru – dando certo apenas na ‘estreia’, com 13 mil pessoas diante do Inter. Foram apenas 3 (!) jogos acima de 10 mil pessoas. A média de renda de 52 mil reais escancara o prejuízo no ano, considerando a despesa com aluguel e/ou operação dos estádios.
No Sport, o faturamento geral melhorou (8,8 mi x 7,1 mi), mas esteve longe dos dois primeiros anos na elite. Embora tenha mantido a liderança no público anual no futebol pernambucano, o dado caiu desta vez, começando já no Estadual. Mesmo com o título, o leão terminou a competição, pela primeira vez em 14 anos, com índice abaixo de 10 mil pessoas. No Brasileirão, o clube abriu o ‘check-in’, com o acesso liberado ao sócio adimplente, nas últimas três apresentações, incluindo o derradeiro jogo contra o Corinthians, com 30 mil na Ilha. Insuficiente para superar o ano anterior (15,8 mil x 16,0 mil), apenas regular. Ah, nenhum jogo chegou a R$ 1 milhão de renda, na contramão de outros centros, inclusive no próprio Nordeste, com Salvador e Fortaleza.
Curiosidade: os 100 jogos do trio passaram na televisão, aberta, fechada ou PPV. Seria este o motivo? Ou ou óbvio: desempenho, segurança e preço…
Abaixo, o total em cada competição em 2017 e também a taxa de ocupação, a partir da capacidade oficial de cada estádio utilizado. No fim, o quadro agregado.
Sport 40 jogos (38 na Ilha do Retiro e 2 na Arena) 518.450 torcedores (média de 12.961) 43,43% de ocupação R$ 8.840.748 de renda bruta (média de R$ 221.018) Estadual – 7 jogos – 62.428 pessoas (8.918) – R$ 1.102.285 (R$ 157.469) Nordestão – 6 jogos – 87.358 pessoas (14.559) – R$ 1.756.205 (R$ 292.700) Série A – 19 jogos – 300.591 pessoas (15.820) – R$ 4.774.238 (R$ 251.275) Copa do Brasil – 4 jogos -19.200 pessoas (4.800) – R$ 318.710 (R$ 79677) Sula – 4 jogos – 48.873 pessoas (12.218) – R$ 889.310 (R$ 222.327)
Santa Cruz 32 jogos (27 no Arruda e 5 na Arena) 271.411 torcedores (média de 8.481) 17,01% de ocupação R$ 2.248.877 de renda bruta (média de R$ 70.277) Estadual – 7 jogos – 53.299 pessoas (7.614) – R$ 466.550 (R$ 66.650) Nordestão – 5 jogos – 74.633 pessoas (14.926) – R$ 700.550 (R$ 140.110) Série B – 19 jogos – 139.449 pessoas (7.339) – R$ 1.057.787 (R$ 55.673) Copa do Brasil – 1 jogo – 4.030 pessoas – R$ 23.990
Náutico 28 jogos (23 na Arena, 4 no Lacerdão e 1 no Arruda)* 121.207 torcedores (média de 4.328) 10,22% de ocupação R$ 1.460.850 de renda bruta (média de R$ 52.173) Estadual – 7 jogos – 37.420 pessoas (5.345) – R$ 525.390 (R$ 75.055) Nordestão – 3 jogos – 11.266 pessoas (3.755) – R$ 132.355 (R$ 44.118) Série B – 18 jogos – 72.521 pessoas (4.028) – R$ 803.105 (R$ 44.616) * Ainda houve uma partida de portões fechados, na Arena
Trio de Ferro 100 jogos (38 na Ilha do Retiro, 30 na Arena, 28 no Arruda e 4 no Lacerdão)* 911.068 torcedores (média de 9.110) 22,92% de ocupação R$ 12.550.475 de renda bruta (média de R$ 125.504) Torneios: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil, Sul-Americana e Séries A e B * Ainda houve uma partida de portões fechados, na Arena
Ampliando o mercado aberto pelo Paysandu em janeiro de 2016, o Central é mais um clube a adotar a marca própria, sendo o primeiro do interior pernambucano. O time de Caruaru lançou a “Patativa”, que substitui a Kanxa e já larga com a responsabilidade sobre a produção dos uniformes para a temporada 2018, com duas competições no calendário, Estadual e Série D.
Como nos demais casos alternativos no futebol, à parte de milionários acordos de patrocínio com as fabricantes, o alvinegro terá a plena administração do negócio, tanto no custo quanto na criação, produção, distribuição e venda de uniformes oficiais. A fabricação ocorre de forma terceirizada. No caso, através da empresa pernambucana Milã – no Santa Cruz, que entrou no mesmo ramo em maio, a produção é via Bomache, sediada mo Ceará.
No país, a ideia surgiu com o Paysandu, que após três anos com a Puma criou a sua própria linha. Segundo dados do clube paraense, o ganho em cada camisa aumentou 45%, com faturamento de R$ 214 mil/mês no primeiro ano. No cenário local, a marca própria do Santa lucrou R$ 476 mil no primeiro trimestre. Considerando a vocação da capital do Agreste como polo de confecções, a aposta do Central faz sentido, se juntando a outros oito clubes.
Cronologia das marcas próprias dos clubes 01/2016 – Paysandu (Lobo) 05/2016 – Juventude (19Treze) 09/2016 – Fortaleza (Leão 1918) 01/2017 – Joinville (Octo) 03/2017 – Treze (Galo) 05/2017 – Santa Cruz (Cobra Coral) 11/2017 – Caxias (Bravo35) 12/2017 – CSA (nome não revelado) 12/2017 – Central (Patativa)
Patativa é uma homenagem ao mascote do Central, um pássaro do Agreste
Há dez anos, Constantino Junior circula no Santa Cruz de forma ativa, sendo nome recorrente na direção de futebol. Ganhou notoriedade a partir de 2011, numa sequência vencedora mesmo com a escassa receita. Outrora chamado de ‘estagiário’, num tom pejorativo do rubro-negro Gustavo Dubeux, Tininho empilhou taças, com um título nordestino e cinco títulos estaduais, além de três acessos. Porém, também esteve envolvido diretamente no novo declínio coral, com dois rebaixamentos seguidos, já na condição de vice-presidente.
Agora, aos 38 anos, terá o comando executivo. Terá também, claro, a maior responsabilidade de sua vida como tricolor. Na visão do blog, a eleição de Constantino, que venceu com folga Albertino dos Anjos e Fábio Melo (812 x 250 x 190), justifica o empenho do dirigente nesta década. Já poderia ter encabeçado a chapa em 2014, mas o então presidente Antônio Luiz Neto acabou indicando Alírio Moraes como seu sucessor. O próprio ALN seria o candidato agora, visando o triênio 2018-2020, mas acabou saindo de cena por problemas de saúde. Abriu caminho para Tininho, que chega à presidência num momento turbulento da situação, com uma crise administrativa-financeira difícil de ser respaldada pela torcida. Mas, através do voto do sócio, foi.
Em seu primeiro ano de mandato, tem como principal missão a saída imediata da Série C, utilizando o Estadual como preparatório e as copas (do Nordeste e do Brasil) como captadoras de receita. A folha do Santa Cruz não deve passar de R$ 250 mil, num cenário já conhecido pelo agora presidente.
Confira o plano de trabalho da candidatura vencedora clicando aqui.
Os maiores bate-chapas do Santa Cruz 1º) 1.787 votos – 2012 (Antônio Luiz Neto eleito com 1.636, ou 91.5% 2º) 1.435 votos – 2010 (Antônio Luiz Neto eleito com 1.134, ou 79.0%) 3º) 1.405 votos – 2006 (Edson Nogueira eleito com 731 ou 52.0%) 4º) 1.387 votos – 1975 (José Nivaldo de Castro eleito com 1.195, ou 86.1%) 5º) 1.337 votos – 2004 (Romerito Jatobá eleito com 895, ou 66.9%) 6º) 1.252 votos – 2017 (Constantino Júnior eleito com 812, ou 64.8%)
A análise do Podcast 45 minutos sobre o resultado da eleição coral
Encerrada a temporada 2017, vamos ao balanço econômico dos principais clubes do Nordeste, considerando o desempenho esportivo de cada um nas competições oficiais. Ao todo, em calendários de 45 (Fortaleza) a 80 jogos (Sport), o “G7” apurou R$ 188.568.165. Neste contexto, se aplicam as premiações recebidas por fases e/ou títulos, além dos recursos recebidos pela transmissão de cada torneio, sem a bilheteria. Apesar da tradição, há de se considerar a distância interna, pois os três cotistas da televisão na região (Bahia, Sport e Vitória) concentram 86,4% do montante, com 163 milhões de reais. Na condição de cotistas, mantêm as receitas no Campeonato Brasileiro mesmo em caso de rebaixamento, com redução de 25% somente após o segundo ano fora da elite. Quanto aos demais, a queda das cotas, como foi o caso do Santa, de 23 mi na A, em 2016, para 6 milhões na B, em 2017.
A maior arrecadação coube ao Bahia, o campeão da Lampions. Mas não exatamente pela orelhuda dourada, mas sim devido ao pay-per-view no nacional. Com o repasse a partir dos dados de uma pesquisa encomendada pela Rede Globo junto aos institutos Ibope e Datafolha, o tricolor de aço acaba tendo uma estimativa de quase 10 milhões a mais que o leão pernambucano. Por sinal, o cálculo para o PPV mudará em 2018, adotando o óbvio, a soma de assinantes cadastrados em cada clube do país. Até porque é, de fato, a plataforma mais ascendente. À parte disso, o rubro-negro só conseguiu reduzir a diferença graças às cotas obtidas nos nove mata-matas disputados pelo clube nos âmbitos nacional e internacional, com R$ 8,3 mi. Em terceiro na lista, o Vitória segue próximo aos dois rivais regionais.
Em seguida, um abismo separando o trio das outras forças do Recife e de Fortaleza. Em Pernambuco, alvirrubros e tricolores ganharam cotas estaduais maiores que os alencarinos e também faturaram mais na Série B, devido ao novo cálculo – que considerou a campanha no ano anterior, 2016. E o Santa ainda recebeu a cota de participação nas oitavas da Copa do Brasil, onde estreou devido ao título nordestino – numa “compensação” da CBF, uma vez que a vaga original seria na Sul-Americana, retirada numa canetada. Para 2018, entretanto, a situação mudará drasticamente, com Náutico e Santa na terceira divisão, Ceará na elite e o Fortaleza enfim de volta à B, após oito anos. O vozão deverá ter a maior arrecadação entre os quatro, mas ainda longe do trio, companheiro no Brasileirão.
Maiores arrecadações em cotas/premiações em 2017 (R$) 1º) Bahia – 57,6 milhões 2º) Sport – 54,0 milhões 3º) Vitória – 51,3 milhões 4º) Santa Cruz- 9,8 milhões 5º) Náutico – 7,6 milhões 6º) Ceará – 6,3 milhões 7º) Fortaleza – 1,7 milhão
Maiores médias de cotas por jogo (R$) 1º) Bahia – 874.126 2º) Vitória – 755.500 3º) Sport – 675.379 4º) Santa Cruz – 153.182 5º) Náutico – 129.774 6º) Ceará – 108.812 7º) Fortaleza – 37.777
Bahia Total: R$ 57.692.335 Média por jogo (66): R$ 874.126 Estadual (BA) – R$ 850 mil (valor fixo, vice) Nordestão – R$ 2,85 milhões (campeão) Copa do Brasil – R$ 1,12 milhão (39º lugar, 64 avos) Série A (TV fixo) – R$ 35 milhões Série A (TV ppv*) – R$ 16,65 milhões Série A (premiação) – R$ 1.222.335 (12º lugar) Desempenho: 30V, 19E e 17D, com índice de 55,0% * Estimativa a partir do cálculo de 2015
Sport Total: R$ 54.030.320 Média por jogo (80): R$ 675.379 Estadual (PE) – R$ 950 mil (valor fixo, campeão) Nordestão – R$ 2,15 milhões (vice) Copa do Brasil – R$ 3,88 milhões (10º lugar, oitavas) Série A (TV fixo) – R$ 35 milhões Série A (TV ppv*) – R$ 6,75 milhões Série A (premiação) – R$ 850.320 (15º lugar) Sul-Americana – R$ 4,45 milhões (8º lugar, quartas) Desempenho: 32V, 20E e 28D, com índice de 48,3% * Estimativa a partir do cálculo de 2015
Vitória Total: R$ 51.374.030 Média por jogo (68): R$ 755.500 Estadual (BA) – R$ 850 mil (valor, fixo, campeão) Nordestão – R$ 1,6 milhão (4º lugar) Copa do Brasil – R$ 2,83 milhões (20º lugar, 16 avos) Série A (TV fixo) – R$ 35 milhões Série A (TV ppv*) – R$ 10,35 milhões Série A (premiação) – R$ 744.030 (16º lugar) Desempenho: 32V, 16E e 20D, com índice de 54,9% * Estimativa a partir do cálculo de 2015
Santa Cruz Total: R$ 9.803.703 Média por jogo (64): R$ 153.182 Estadual (PE) – R$ 950 mil (valor fixo, 3º lugar) Nordestão – R$ 1,6 milhão (3º lugar) Copa do Brasil – R$ 1,05 milhão (15º lugar, oitavas) Série B (TV*) – R$ 6.203.703 (18º lugar) Desempenho: 21V, 20E e 23D, com índice de 43,2% * O valor conta todas as plataformas, incluindo o PPV
Náutico Total: R$ 7.656.666 Média por jogo (59): R$ 129.774 Estadual (PE) – R$ 950 mil (valor fixo, 4º lugar) Nordestão – R$ 600 mil (9º lugar) Copa do Brasil – R$ 300 mil (67º lugar, 128 avos) Série B (TV*) – R$ 5.806.666 (20º lugar) Desempenho: 16V, 14E e 29D, com índice de 35,0% * O valor conta todas as plataformas, incluindo o PPV
Ceará Total: R$ 6.311.111 Média por jogo (58): R$ 108.812 Estadual (CE) – R$ 800 mil (valor fixo, campeão) Primeira Liga – sem cota (10º lugar) Copa do Brasil – R$ 300 mil (67º lugar, 128 avos) Série B (TV*) – R$ 5.211.111 (3º lugar) Desempenho: 31V, 16E e 11D, com índice de 62,6% * O valor conta todas as plataformas, incluindo o PPV
Fortaleza Total: R$ 1.700.000 Média por jogo (45): R$ 37.777 Estadual (CE) – R$ 800 mil (valor fixo, 3º lugar) Nordestão – R$ 600 mil (13º lugar) Copa do Brasil – R$ 300 mil (59º lugar, 128 avos) Série C – sem cota* (vice) Desempenho: 20V, 17E e 8D, com índice de 57,0% * A TV paga apenas as despesas de viagem, hospedagem e arbitragem
O post foi atualizado em 20/12 após a divulgação do novo contrato do Ceará.
Com o acesso do Internacional, a Série A volta a ter os doze* principais cotistas da tevê após um hiato de cinco temporadas. Entre 2013 e 2017 houve sempre um desfalque anual. Não por acaso, em 2018 a competição irá distribuir a maior receita fixa da história, com R$ 1,34 bilhão, com 80,9% do bolo aos tais doze. O valor desconsidera a crescente fatia destinada pelo pay-per-view, com os 380 jogos exibidos no Premiere. Dos 18 clubes com contratos duradouros com a Rede Globo, em acordos que se encerram justamente em 2018, apenas Coritiba e Goiás estão fora da primeirona.
Na elite, a cota fixa está subdividida em oito níveis, com os seis primeiros para os ‘cotistas’ – que mantém a receita mesmo em caso de descenso. O Sport, com acordos do tipo desde 1997, está na base, com R$ 35 milhões, considerando o valor de contrato – sem as devidas correções inflacionárias. Em seguida vêm os ‘não cotistas’, com renovações anuais, pontuais. São dois subgrupos, com destaque para a Chape, com R$ 4 milhões a mais que os demais ‘não cotistas’. Inicialmente, o piso seria de R$ 23 mi, como em 2016 e 2017, mas o Ceará conseguiu negociar um aumento para 28 milhões – neste caso, já com o PPV. Já o topo da pirâmide segue com Corinthians e Flamengo. Os clubes mais populares do país detêm 25,2% desta receita.
Com o fim do acordo para o triênio 2016-2018, a Rede Globo elaborou um novo modelo de negociação, surgido após a pressão pelos direitos, com o Esporte Interativo firmando contratos para a tevê fechada com 15 clubes. Portanto, em 2019 a divisão na tevê aberta terá um sistema semelhante ao da Premier League. A divisão será 40% em parcelas iguais, 30% em rendimento e 30% em audiência, em vez de 50%, 25% e 25% da liga inglesa. Valerá por seis edições, englobando a transmissão aberta – o PPV segue à parte. Sem clubes pernambucanos após cinco anos, a Série B aguarda o novo contrato para a divisão de cotas de televisão. Em 2017, foi criado um modelo com 60% do valor fixo e 40% numa variável de acordo com as colocações – válido apenas para os ‘não cotistas’, que em 2018 correspondem a 18 equipes.
* Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos (SP); Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo (RJ); Grêmio e Inter (RS); Cruzeiro e Atlético (MG)
Verba fixa da TV na Série A 2015 – R$ 923 milhões (com 15 cotistas e 5 não cotistas**) 2016 – R$ 1,240 bilhão (com 15 cotistas e 5 não-cotistas***) 2017 – R$ 1,306 bilhão (com 16 cotistas e 4 não-cotistas***) 2018 – R$ 1,346 bilhão (com 16 cotistas e 4 não-cotistas***)
A Copa do Nordeste voltou ao calendário oficial do futebol em 2013, após um milionário acordo judicial entre a Liga do Nordeste e a CBF, que precisou recuar após a pesada indenização devido à retirada forçada do torneio em 2003 – ocorrendo apenas sub judice. Nesta volta, o Esporte Interativo pôde aplicar o seu contrato de dez anos, valendo até 2022. O canal detém todos os direitos de transmissão, sublicenciando para a Rede Globo apenas o sinal aberto. Especificamente para as três principais praças: Recife, Salvador e Fortaleza. No entanto, a Globo não quis renovar o contrato para 2018 pelos termos propostos, saindo da jogada – num cenário que, coincidentemente, resultou na desistência do Sport, que abriu mão de sua vaga.
Apesar disso, o EI, responsável pela tevê por assinatura, internet e parabólicas, garantiu a manutenção da cota de participação acordada para a 15ª edição, de R$ 22,4 milhões, fora o custeio com viagens e hospedagens dos clubes e as taxas de arbitragem. Claro, precisaria de aporte e de um novo parceiro na tevê aberta. Após meses de articulação, acabou fechando com o SBT, há tempos fora do âmbito futebolístico. Contudo, na região as suas afiliadas têm um peso maior, fazendo com que a transmissão seja voltada para o Nordeste, com dois horários definidos: terças à noite e sábados à tarde. De cara, os jogos fogem da concorrência da grade regular da Globo, que terá Estaduais, Copa do Brasil e Libertadores às quartas e domingos.
Ao contrário do modelo anterior, com apenas três estados na tevê aberta, agora serão oito, exceção a Sergipe. Em Pernambuco, a TV Jornal assume o torneio deixado pela Globo Nordeste, que passou 8 das últimas 10 edições (2000, 2001, 2002, 2013, 2014, 2015, 2016 e 2017). Embora tenha raras incursões no futebol, a TV Jornal tem em seu histórico o último jogo do Brasileirão de 1987, entre Sport e Guarani, retransmitido para todo o país. Será curioso ver, depois de tanto tempo, a concorrência interna, com a Globo passando o Campeonato Pernambucano em 15 datas (de 21/01 a 08/04) e a TV Jornal transmitindo a Copa do Nordeste em 12 datas (de 17/01 a 10/07). O ano será um termômetro sobre a força do Nordestão à parte canal. A conferir.
Afiliadas do SBT no Nordeste* TV Jornal (PE), TV Aratu (BA), TV Jangadeiro (CE), TV Ponta Verde (AL), TV Difusora (MA), TV Tambaú (PB, João Pessoa), TV Borborema (PB, Campina Grande), TV Cidade Verde (PI) e TV Ponta Negra (RN)
* A emissora não tem afiliada em Sergipe desde 2006
A cota absoluta do Nordestão via televisão 2000 – R$ 2 milhões* 2001 – R$ 8 milhões** 2002 – R$ 8,75 milhões 2003 – R$ 1,5 milhão*** 2010 – R$ 3,75 milhões**** 2013 – R$ 5,6 milhões 2014 – R$ 10 milhões 2015 – R$ 11,14 milhões 2016 – R$ 14,82 milhões 2017 – R$ 18,52 milhões 2018 – R$ 22,40 milhões**** * A primeira edição transmitida em sinal aberto
** A primeira edição organizada pela liga, com os sete maiores clubes
*** Bahia, Sport, Santa Cruz, Náutico e Fortaleza não quiseram participar **** Sport não quis participar
Depois de protelar bastante, finalmente a CBF confirmou as datas da fase preliminar entre Náutico e Itabaiana, pela Copa do Nordeste de 2018. O alvirrubro, que herdou a vaga após a desistência do Sport, terá que entrar em campo durante a pré-temporada nacional. Literalmente.
Eis o início da temporada oficial segundo CBF 04/12/2017 a 02/01/2018 – Férias (30 dias) 03/01/2017 a 16/01/2018 – Pré-temporada (14 dias) 17/01/2018 – Copa do Nordeste e Campeonato Pernambucano
Para Náutico e Itabaiana, naturalmente, essa agenda foi desconsiderada.
Se o time sergipano já está parado há um tempão, desde 25 de junho, quando acabou eliminado na primeira fase da Série D, o clube de Rosa e Silva tem calendário até 25 de novembro. Ou seja, mais cinco meses de desgaste. Agora, na prática, terá apenas 5 dias de preparação pós-férias. Até o jogo de ida em Itabaiana, em 9 de janeiro. Três dias depois, a volta no Recife.
Ainda que as férias alvirrubras sejam antecipadas, o período de treinamento para a disputa regional tende a ser ínfima. E aí está a bronca: o jogo vale demais para o próximo planejamento. Quem passar participará do grupo C da Lampions, que terá também Bahia, Botafogo-PB e Altos-PI. Com três jogos como mandante, mais chance de fazer caixa num provável ano escasso.
E há, sobretudo, a cota de participação. Pela preliminar, cada clube recebe R$ 250 mil. Quem ficar com a vaga na fase de grupos recebe mais R$ 500 mil.
A premiação oficial do Campeonato Brasileiro registrou um aumento de apenas 6% entre 2016 e 2017. Passou de R$ 60,0 milhões para R$ 63,7 milhões (quadro acima). Causa surpresa porque a Copa do Brasil, a outra competição de peso organizada pela CBF, passará a pagar, apenas ao campeão, R$ 68,7 milhões, embora já embutido o direito de transmissão, pago à parte no nacional. Portanto, fica a expectativa pela possível reformulação financeira da Série A na próxima temporada – ou em 2019, quando será iniciado o novo acordo com a tevê. Acompanhará essa linha?
Em 2017, como vem acontecendo há alguns anos, todos os times que permanecem na elite são premiados. Repassada pela CBF e bancada pela Rede Globo, a detentora dos direitos de transmissão da competição (de forma exclusiva até 2018), a premiação contempla a classificação final do 1º lugar até o 16º, o primeiro time acima da zona de rebaixamento. Ou seja, uma campanha mediana que evite a queda já garante um aporte de R$ 744 mil em dezembro, com a evolução gradativa colocação por colocação.
A evolução da premiação total da Série A 2010/2011: 0% 2011/2012: +7,1% 2012/2013: 0% 2013/2014: 0% 2014/2015: +19,3% 2015/2016: +67,5% 2016/2017: +6,3%
Os seis primeiros lugares (consequentemente, os classificados à próxima Taça Libertadores, considerando a composição “G6″) recebem 77,9% de toda a premiação (ou R$ 49,6 mi). O grande campeão nacional de 2016 receberá R$ 1 milhão a mais que o Palmeiras, o vencedor da última competição.