Pesquisas de torcida do Ibope no Brasil (1969), Pernambuco (1969) e Recife (1971)

Pesquisas de torcida realizadas pelo Ibope em Pernambuco (1969) e Recife (1971). Arte: Cassio Zirpoli/DP

A metodologia atual das pesquisas de torcida realizadas no Brasil considera o interesse por um clube em qualquer lugar (Flamengo no Recife, Náutico no Rio etc), além de registrar o percentual de pessoas à parte do futebol, sem preferência alguma. Isso foi estabelecido em 1983, pelo Gallup. Entretanto, bem antes, o Ibope já havia realizado incursões no tema, passando inclusive por Pernambuco, duas vezes. E os percentuais são bem diferentes dos dados atuais. Vamos às pesquisas, num achado do historiador paulista Clayton Silvestre, com o blog recuperando as reportagens do Diario de Pernambuco.

Começou em 1969, numa pesquisa encomendada pelo jornal carioca O Globo. O resultado foi divulgado em março no Diario, em dois momentos, com os dados nacionais no dia 4 (Santos de Pelé com quase metade do país!) e os dados locais, de onze estados, no dia 9. Se desde 1983 o Sport fica à frente de todas as pesquisas, catorze anos antes não foi assim. Longe disso. Em 1969, a liderança pernambucana era dos rivais. Náutico e Santa Cruz reunem preferências do torcedor, diz pesquisa feita pelo Ibope, estampou o Diario, com a reportagem sobre todos os locais pesquisados (Bahia e Ceará inclusos).

No questionário do Ibope foram feitas duas perguntas a cada entrevistado:
1) No seu entender, qual o clube de futebol mais querido em todo o Brasil?
2) No seu entender, qual o clube de futebol mais querido de seu estado? 

Atualmente, a pergunta é feita da seguinte forma:
Para qual clube de futebol você torce? (direta e sem distinção de localidade)

A explicação é necessária, pois a soma dos nove clubes no ranking nacional chega a 100%, assim como no local, com apenas três times. Ou seja, dá a entender que na pesquisa havia a preferência local e um segundo time de preferência nacional. Neste estudo não há detalhes sobre a quantidade de entrevistados ou mesmo a margem de erro. Em relação à dianteira alvirrubra, ainda que empatada, o Diario escreveu o seguinte: “A posição do Náutico (….) é uma decorrência da série de conquistas durante anos a fio, no futebol pernambucano, o que levou o clube dos Aflitos a se tornar até líder de arrecadações, como aconteceu no campeonato passado (1968)”. Hexa.

Já a segunda pesquisa, de 1971, ocorreu em sete municípios do Grande Recife, sob encomenda da Federação Pernambucana de Futebol (cujo último pedido do tipo data de 2008, ao Opine). Aqueles dados só foram divulgados no jornal em 18 de janeiro de 1972. Na ocasião, o título foi Nosso futebol visto pelo torcedor, pois também trouxe questionários como mobilidade (pela ordem, ônibus, carro particular, táxi e ônibus elétrico) e a dificuldade no acesso aos estádios (já naqueles tempos!). Tricampeão estadual, o Santa ficou na liderança graças à imensa maioria nas classes D/E, reforçando a aura popular. Também chama atenção a faixa etária coral, envelhecida, o que denota uma liderança anterior.

Para projetar as torcidas absolutas em cada pesquisa, o blog utilizou os dados do censo do IBGE de 1970, uma vez que naquela época não havia a atualização anual de estimativas – ou seja, dados antes, só em 1960, e depois, em 1980.

Ibope / Brasil 1969
Período: janeiro e fevereiro de 1969
Público: n/d (em 11 capitais e cidades vizinhas)
Margem de erro: n/d
População estimada (IBGE/1970): 94.508.583

1º) Santos – 49% (46.309.205)
2º) Flamengo – 20% (18.901.716)
3º) Corinthians – 14% (13.231.201)
4º) Vasco – 5% (4.725.429)
5º) São Paulo – 3% (2.835.257)
5º) Botafogo – 3% (2.835.257)
5º) Palmeiras – 3% (2.835.257)
8º) Fluminense – 2% (1.890.171)
9º) Atlético-MG – 1% (945.085)

Ibope / Pernambuco 1969
Período: janeiro e fevereiro de 1969
Público: n/d (dentro da pesquisa do Brasil)
Margem de erro: n/d
População estimada (IBGE/1970): 5.253.901

1º) Náutico – 36% (1.891.404)
1º) Santa Cruz – 36% (1.891.404)
3ª) Sport – 28% (1.471.092)

Ibope / Grande Recife 1971
Período: 15/04 a 16/05 de 1971
Público: 400 entrevistados (7 cidades*)
Margem de erro: n/d
População estimada (IBGE/1970): 1.664.865
* Recife, Jaboatão, Olinda, Cabo, São Lourenço, Paulista e Moreno

1º) Santa Cruz – 39% (649.297)
2º) Sport – 34% (566.054)
3º) Náutico – 24% (399.567)
4º) América – 2% (33.297)
5º) Central – 1% (16.648)

Ibope / Recife 1971
Período: 15/04 a 16/05 de 1971
Público: n/d (dentro da pesquisa do Grande Recife)
Margem de erro: n/d
População estimada (IBGE/1970): 1.060.701

1º) Santa Cruz – 35% (371.245)
2º) Sport – 33% (350.031)
3º) Náutico – 29% (307.603)
4º) América – 3% (31.821)

Dados da pesquisa de 1971 por classe social, idade e localidade…

Pesquisa de torcida realizadas pelo Ibope no Grande Recife em 1971. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Libertadores e Sula simultâneas, com mudança à vista no calendário da CBF

Reunião da Conmebol para decidir o formato dos torneios continentais de 2017. Crédito: Conmebol/twitter (@conmebol)

A Conmebol reformulou os formatos e períodos de disputa de Taça Libertadores e da Copa Sul-Americana, numa mudança que será refletida no futebol brasileiro, cujo calendário oficial já foi divulgado pela CBF. Na sede da entidade, em Assunção, foi decidida (texto abaixo, em espanhol) a ampliação de Liberta, que agora irá de fevereiro a novembro, com 15 semanas a mais de duração (42 ao todo). Ou seja, a definição do representante no Mundial de Clubes acontecerá faltando um mês para o torneio da Fifa. Já a Sula finalmente acontecerá de forma paralela ao principal torneio interclubes do continente, durante seis meses, sendo finalizada em dezembro – como já ocorre. Iniciando antes, a Libertadores emulará a transição da Champions League para a Liga Europa, com os dez eliminados de melhor campanha, antes das oitavas de final, sendo incorporados à Sul-Americana. A partir de agora, então, um clube poderá chegar no fim do ano disputando o Brasileiro, a Copa do Brasil e um torneio internacional. Somente!

Segundo Alejandro Domínguez, o presidente da Conmebol, “as mudanças nos torneios de clubes da Conmebol surgem a partir de uma análise técnica e rigorosa das necessidades e características da América do Sul”.

Com a mudança, deve acabar, aleluia, a escolha dos brasileiros entre seguir na Copa do Brasil e disputar a Sula, que ocorrem juntas a partir das oitavas.

“Os clubes não deveriam ter que decidir entre competir o torneio nacional e o continental”, comentou Domínguez. A declaração parece direcionada à CBF, a única a praticar tal norma. Ou então aos times mistos escalados na Sula…

Com isso, as seis vagas da Sula oriundas do Brasileiro (as demais são via Nordestão e Copa Verde) tendem a ser diretas, do 7º ao 12º lugar, sem a necessidade de uma “fila de espera”, como ocorreu de 2013 a 2016 – com queixa recorrente no blog. Caberá à confederação brasileira, portanto, readequar o seu calendário, possivelmente por completo. De antemão, duas alternativas:

1) Qualquer clube poderia disputar a Copa do Brasil simultaneamente à Libertadores ou à Sul-Americana. Com as decisões em períodos próximos, as datas seriam revistas. Em vez de 3 ou 4 datas por fase, apenas 2, no limite. 

2) Os clubes seriam obrigados a fazer uma escolha prévia, entre a copa nacional e o torneio internacional, sem a necessidade de ir a campo e “perder” para confirmar a vaga. Porém, seguindo a afirmação de Domínguez, essa parece ser a vertente mais fraca.

No viés pernambucano, hoje, o Trio de Ferro precisa ficar atento. O Santa Cruz, na condição de campeão regional, já tem a pré-vaga (ou vaga?) para a Sula de 2017. Já o Sport deve buscar o 12º lugar na Série A para ficar na mesma situação. E o Náutico, caso suba, ficaria numa hipotética fila, aguardando desistências (caso os clubes tenham que optar, conforme a segunda alternativa). Complicado? Demais. É o saldo da mistura entre Conmebol e CBF.

Decisão da Conmebol sobre a Libertadores e a Sul-Americana de 2017

Sport, Santa, Náutico e Salgueiro no Guia Oficial do Campeonato Brasileiro de 2016

Em três volumes, a CBF lançou o Guia do Campeonato Brasileiro de 2016, com detalhes sobre os 128 clubes participantes – bem atrasado, é verdade. Para a Série A, 99 páginas, sendo quatro páginas dedicadas a cada time, com textos em português e inglês, incluindo uma formação memorável de um ídolo. No Santa, Ramón, que escalou o time semifinalista do Brasileirão em 1975. No Sport, Magrão, com o time campeão da Copa do Brasil de 2008 – no lugar de Carlinhos Bala, o goleiro colocou Enílton. Na Série B, com 59 páginas, são duas para cada clube, com as Séries C e D dividindo outras 59, com duas páginas aos integrantes da terceirona e a tabela para a última divisão. Portanto, vamos aos principais registros dos representantes pernambucanos…

Para ter acesso à integra do guia, clique aqui.

Em tempo: no guia, o Flamengo aparece com 5 títulos brasileiros e 1 Copa União, em 1987. Ao contrário do que ocorre na Taça Brasil e no Torneio Roberto Gomes Pedrosa, conquistados por outros clubes, nesse caso não há o asterisco de reconhecimento, da confederação, como Campeonato Brasileiro.

Guia da CBF sobre o Brasileirão 2016: Sport

Guia da CBF sobre o Brasileirão 2016: Sport

Guia da CBF sobre o Brasileirão 2016: Sport

Guia da CBF sobre o Brasileirão 2016: Santa Cruz

Guia da CBF sobre o Brasileirão 2016: Santa Cruz

Guia da CBF sobre o Brasileirão 2016: Santa Cruz

Guia da CBF sobre o Brasileirão 2016: Náutico

Guia da CBF sobre o Brasileirão 2016: Salgueiro

Classificação da Série A 2016 – 27ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 27 rodadas. Crédito: Superesportes

Em duelos contra alvinegros, o Sport venceu o Santos, no sábado, na Ilha, e o Santa Cruz perdeu do Figueirense, em Florianópolis. Enquanto o rubro-negro respirou um pouco, numa rodada onde concorrentes também venceram, os corais afundaram de vez no Brasileirão, vendo a ameaça até da lanterna, hoje nas mãos do América Mineiro (dois pontos).

Sobre o rebaixamento, a cada rodada o blog projeta dois cenários para evitar a queda, um com 46 pontos, a margem mínima com 100% de segurança (até hoje). O segundo considera a atual campanha do 16º, hoje o Figueirense. Ou seja, ao final de 38 rodadas, o aproveitamento, arrendondado, resultaria em 44 pontos, um a mais que a rodada passada. Veja o que é preciso para sobreviver…

As nove maiores probabilidades de rebaixamento após 27 rodadas

As probabilidades de rebaixamento na Série A 2016 após 27 rodadas

Probabilidades das pontuações finais para evitar o descenso após 27 rodadas

As probabilidades de rebaixamento na Série A 2016 após 27 rodadas

Sport – soma 33 pontos em 27 jogos (40,7%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 13 pontos em 11 rodadas
…ou 39,3% de aproveitamento
Simulações mínimas: 4v-1e-6d, 3v-4e-4d, 2v-7e-2d

Para chegar a 44 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 11 pontos em 11 rodadas
…ou 33,3% de aproveitamento
Simulações mínimas: 3v-2e-6d, 2v-5e-4d, 1v-8e-2d  

Permanência: 85.0% (Infobola) e 83.8% (UFMG) 

Santa Cruz – soma 23 pontos em 27 jogos (28,4%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 23 pontos em 11 rodadas
…ou 69,6% de aproveitamento
Simulações mínimas: 7v-2e-2d, 6v-5e-0d

Para chegar a 44 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 21 pontos em 11 rodadas
…ou 63,6% de aproveitamento
Simulações mínimas: 6v-3e-2d, 5v-6e-0d

Permanência: 5.8% (UFMG) e 6.0% (Infobola) 

A 28ª rodada dos representantes pernambucanos 

01/10 (11h00) – Fluminense x Sport (Giulite Coutinho, Rio de Janeiro)
Histórico no Rio pela elite: 4 vitórias leoninas, 4 empates e 11 derrotas

03/10 (20h00) – Santa Cruz x Palmeiras (Arruda)
Histórico no Recife pela elite: 3 vitórias corais, 3 empates e 5 derrotas

Classificação da Série A 2016 – 26ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 26 rodadas. Crédito: Superesportes

Duas derrotas e rubro-negros e tricolores estacionados. No domingo, à tarde, o Sport perdeu do Coritiba, com uma baita colaboração do goleiro Agenor. À noite, o Santa Cruz perdeu do Santos, levando o terceiro gol aos 41 minutos do segundo tempo. A situação de ambos só não piorou porque os concorrentes diretos foram derrotados na 26ª rodada do Brasileirão, incluindo o Vitória, dentro de casa, e o Inter, superado pelo América Mineiro. Este agora está livre da possibilidade de ter a pior campanha da história dos pontos corridos, pertencente a outro América, o de Natal, com 17 pontos em 2007.

Sobre o rebaixamento, a cada rodada o blog projeta dois cenários para evitar a queda, um com 46 pontos, a margem mínima com 100% de segurança (até hoje). O segundo considera a atual campanha do 16º, hoje o Vitória. Ou seja, ao final de 38 rodadas, o aproveitamento, arrendondado, resultaria em 43 pontos, um a menos que a rodada passada. Veja o que é preciso para sobreviver…

As nove maiores probabilidades de rebaixamento após 26 rodadas

As probabilidades de rebaixamento na Série A 2016 após 26 rodadas

Probabilidades das pontuações finais para evitar o descenso após 26 rodadas

As probabilidades de rebaixamento na Série A 2016 após 26 rodadas

Sport – soma 30 pontos em 26 jogos (38,5%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 16 pontos em 12 rodadas
…ou 44,4% de aproveitamento
Simulações mínimas: 5v-1e-6d, 4v-4e-4d, 3v-7e-2d

Para chegar a 43 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 13 pontos em 12 rodadas
…ou 36,1% de aproveitamento
Simulações mínimas: 4v-1e-7d, 3v-4e-5d, 2v-7e-3d  

Permanência: 77.0% (Infobola) e 73.7% (UFMG) 

Santa Cruz – soma 23 pontos em 26 jogos (29,5%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 23 pontos em 12 rodadas
…ou 63,8% de aproveitamento
Simulações mínimas: 7v-2e-3d, 6v-5e-1d

Para chegar a 43 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 20 pontos em 12 rodadas
…ou 55,5% de aproveitamento
Simulações mínimas: 6v-2e-4d, 5v-5e-2d, 4v-8e-0d

Permanência: 11,9% (UFMG) e 11,0% (Infobola) 

A 27ª rodada dos representantes pernambucanos 

24/09 (18h30) – Sport x Santos (Ilha do Retiro)
Histórico no Recife pela elite: 7 vitórias leoninas, 6 empates e 5 derrotas

25/09 (11h00) – Figueirense x Santa Cruz (Orlando Scarpelli)
Histórico em Floripa pela elite: nenhuma vitória coral, 1 empate e 1 derrota

As torcidas nas capitais brasileiras e o grau de envolvimento, via SPC/CNDL

As maiores torcidas do Brasil nas capitais em 2016. Fonte: Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)

Um estudo feito em conjunto pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), realizado em todas as capitais do país, mediu o grau de envolvimento do torcedor brasileiro, no acompanhamento das notícias, interesses pessoais, consumo de produtos oficiais e fidelidade no pay-per-view do futebol. O levantamento, claro, mensurou o tamanho das torcidas nas capitais, num raio de ação de quase 50 milhões de pessoas, dividindo até em subcategorias: aficionado, fã e simpatizante.

A pesquisa, aberta a entrevistados acima de 18 anos, traz algumas distorções, como qualquer levantamento. Na visão do blog, a maior é a ausência do Santa Cruz entre os 19 primeiros, abaixo do Náutico, o que não acontecia desde 1983, numa pesquisa da Gallup. O Sport aparece na liderança na região, empatado com o Vitória, que surpreende em Salvador. O fato de a pesquisa ser feita apenas em capitais talvez explique o leão pernambucano à frente de Cruzeiro e Galo, algo que jamais havia acontecido (e soa irreal). No interior mineiro, bem maior que o pernambucano e com maior presença local, a dupla de BH dispara.

Como o quadro do SPC apresenta percentuais dos clubes apenas entre as pessoas que torcem por algum time, o que corresponde a 87%, o blog recalculou todos os dados dentro do universo completo, 100%, incluindo a população à parte do futebol. Finalizando com a projeção absoluta através da estimativa populacional do IBGE, atualizada em 30 de agosto deste ano.

Confira o estudo completo clicando aqui e aqui.

SPC Brasil/CNDL / capitais brasileiras 2016
Período: 2016
Público: 712 (27 capitais)
Margem de erro: 3,9%
População estimada (IBGE/2016): 49.084.883

1º) Flamengo – 18,3% (8.982.533)
2º) Corinthians – 11,6% (5.693.846)
3º) São Paulo – 5,7% (2.797.838)
4º) Vasco – 5,5% (2.699.668)
5º) Palmeiras – 4,3% (2.110.649)
6º) Santos – 3,9% (1.914.310)
6º) Grêmio – 3,9% (1.914.310)
8º) Fluminense – 3,7% (1.816.140)
9º) Botafogo – 3,5% (1.717.970)
10º) Inter – 3,0% (1.472.546)
11º) Sport – 2,6% (1.276.206)
11º) Vitória – 2,6% (1.276.206)
13º) Cruzeiro – 2,3% (1.128.952)
14º) Bahia – 2,2% (1.079.867)
15º) Atlético-MG – 1,7% (834.443)
16º) Coritiba – 1,4% (687.188)
17º) Náutico – 1,3% (638.103)
18º) Fortaleza – 1,1% (539.933)
19º) Paysandu – 0,8% (392.679)

Outros times – 7,5% (3.681.366)
Sem clube – 12,9% (6.331.949)

Quantidade de produtos oficiais comprados por cada torcedor, anualmente:

Como as maiores torcidas do Brasil nas capitais acompanham notícias dos times. Fonte: Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)

Mídias em que o torcedor acompanha notícias de futebol: 

Como as maiores torcidas do Brasil nas capitais acompanham notícias dos times. Fonte: Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)

Consumo de pay-pew-view para assistir aos jogos (Brasileiro e Estaduais):

Gasto das maiores torcida do Brasil com pay-per-view em 2016. Fonte: Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)

A amostragem da pesquisa por capital:

Amostragem da pesquisa de torcida nas 27 capitais brasileiras em 2016. Fonte: Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)

As redes sociais dos 35 principais clubes do Brasil, segundo o Ibope

As redes sociais dos principais clubes brasileiros em 19/09/2016. Crédito: José Colagrossi/Ibope-Repucom

Dados atualizados em 19/09/2016

O Ibope atualizou o levantamento com os clubes mais populares do Brasil nas redes sociais. Com dados colhidos no dia 19 de setembro, o quadro traz quatro plataformas: facebook (a mais popular entre os clubes de futebol), twitter (a mais usada para notícias), instagram (imagens) e youtube (vídeos).

O critério do levantamento, divulgado pelo diretor-executivo do Ibope/Repucom, José Colagrossi, obviamente leva em conta somente as páginas oficiais – que não necessariamente são as mais numerosas. Para a lista de 35 clubes foram incluídos as 20 equipes presentes na Série A de 2016, além dos 15 clubes com as maiores bases digitais nas Séries B e C. Focando no futebol nordestino, o blog listou os clubes com mais torcedores/curtidores em cada plataforma.

Líder na região e 12º lugar no país, o Sport tem 161 mil seguidores a mais que o Bahia, que, por sua vez, ainda lidera no facebook. O rubro-negro pernambucano aparece à frente no twitter e no instagram, numa evolução a partir da contratação de um fotógrafo, para jogos (em casa e fora) e treinos. Seria natural. Em relação aos vídeos, a TV Coral, incorporada este ano, puxa o Santa, líder no quesito. Já o Náutico, apesar da reformulação em suas redes, aparece estagnado, atrás até da dupla de Natal.

Os 10 nordestinos com mais usuários nas redes sociais*
1º) Sport (2.369.228)
2º) Bahia (2.207.247)
3º) Vitória (1.328.006)
4º) Ceará (940.464)
5º) Fortaleza (775.113)
6º) Santa Cruz (759.971)

7º) América-RN (357.466)
8º) ABC (329.848)
9º) Náutico (314.030)
10º) Sampaio Corrêa (207.455)

Top 5 do NE no facebook*
1º) Bahia (1.074.697)
2º) Sport (1.025.400)
3º) Ceará (632.732)
4º) Fortaleza (566.759)
5º) Santa Cruz (554.985)

Top 5 do NE no twitter*
1º) Sport (1.131.655)
2º) Bahia (1.008.171)
3º) Vitória (891.514)
4º) Ceará (180.180)
5º) Fortaleza (112.246)

Top 5 do NE no instagram*
1º) Sport (199.431)
2º) Ceará (118.710)
3º) Bahia (108.281)
4º) Santa Cruz (96.400)
5º) Vitória (95.409)

Top 5 do NE no youtube*
1º) Santa Cruz (16.382)
2º) Bahia (16.098)
3º) Sport (12.742)
4º) Ceará (8.842)
5º) Fortaleza (8.142)

* Uma pessoa pode ter contas em diferentes plataformas, com a lista contando cada uma delas. Inclusive, pode seguir perfis rivais, também contabilizados.

Classificação da Série A 2016 – 25ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 25 rodadas. Crédito: Superesportes

Na abertura da 25ª rodada, o Santa Cruz venceu o Atlético-PR, no Arruda, quebrando um jejum de nove partidas! Na quinta-feira, no encerramento, o Sport perdeu do Atlético-MG, em Belo Horizonte, com Magrão expulso (de forma correta) no primeiro tempo. Ambos mantiveram as suas colocações. Enquanto os leoninos têm dois pontos de vantagem sobre o Z4, os corais andaram um pouco, agora a seis pontos de distância.

A cada rodada, o blog projeta dois cenários para evitar a queda, um com 46 pontos, a margem mínima com 100% de segurança (até hoje). O segundo considera a atual campanha do 16º lugar, hoje o Vitória. Ou seja, ao final de 38 rodadas, o aproveitamento, arrendondado, resultaria em 44 pontos, um a mais que a rodada passada. Veja o que é preciso para sobreviver…

As nove maiores probabilidades de rebaixamento após 25 rodadas

As probabilidades de rebaixamento no Brasileirão 2016 após 25 rodadas

Probabilidades das pontuações finais para evitar o descenso após 25 rodadas

As probabilidades de campanha para evitar o rebaixamento no Brasileirão 2016 após 25 rodadas

Sport – soma 30 pontos em 25 jogos (40,0%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 16 pontos em 13 rodadas
…ou 41,0% de aproveitamento
Simulações: 5v-1e-7d, 4v-4e-5d, 3v-7e-3d

Para chegar a 44 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 14 pontos em 13 rodadas
…ou 35,8% de aproveitamento
Simulações: 4v-2e-7d, 3v-5e-5d, 2v-8e-3d  

Permanência: 84,0% (Infobola), 81,3% (UFMG) e 79,2% (Chance de Gol) 

Santa Cruz – soma 23 pontos em 25 jogos (30,6%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 23 pontos em 13 rodadas
…ou 58,9% de aproveitamento
Simulações: 7v-2e-4d, 6v-5e-2d, 5v-8e-0d

Para chegar a 44 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 21 pontos em 13 rodadas
…ou 53,8% de aproveitamento
Simulações: 7v-0e-6d, 6v-3e-4d, 5v-6e-2d

Permanência: 15,4% (UFMG), 13,0% (Infobola) e 7,8% (Chance de Gol) 

A 26ª rodada dos representantes pernambucanos 

18/09 (16h00) – Sport x Coritiba (Ilha do Retiro)
Histórico no Recife pela elite: 8 vitórias leoninas, 4 empates e nenhuma derrota

18/09 (18h30) – Santos x Santa Cruz (Pacaembu)
Histórico em SP pela elite: nenhuma vitória coral, 3 empates e 2 derrotas

Ceará entra na Primeira Liga e levanta dúvidas sobre a Liga do Nordeste

Reunião da Primeira Liga em 13/09/2016, em Brasília. Foto: Primeira Liga/facebook

Em 10 de setembro de 2015, após discussão acerca da legalidade, o estatuto da Primeira Liga foi publicado. Dizia o seguinte: “(…) composta exclusivamente por entidades de prática desportiva da modalidade futebol, que disputem competições na categoria profissional sediadas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro, com patrimônio e autonomia administrativa, financeira e jurídica própria, distinta de seus filiados”.

Fundadores
América-MG, Atlético-MG, Atlético-PR, Avaí, Chapecoense, Coritiba, Criciúma, Cruzeiro, Figueirense, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Inter, Joinville e Paraná

Um ano depois, no balanço da agremiação, houve uma reunião em Brasília, definindo o modelo comercial de venda de direitos de transmissão da televisão, naming rights e patrocínios, além da inclusão de novos membros. Na primeira ampliação, seguindo o estatuto, entraram Brasil de Pelotas, Londrina e Tupi, reforçando o interior gaúcho, paranaense e mineiro. Porém, o encontro acabou abrindo espaço para Mato Grosso (Luverdense), Goiás (Atlético-GO) e, o mais surpreendente, Ceará. Sim, o Ceará Sporting, campeão nordestino em 2015, aderiu à liga, que, na prática, concorre justamente com a Lampions League, organizada pela Liga do Nordeste, na qual o clube alencarino é um dos 16 membros fundadores (em 2001). Segundo a resolução na capital federal, os seis novos membros não vão participar da Primeira Liga em 2017, deixando em aberto a possibilidade a partir de 2018, data-chave no Nordeste.

Entre os sete principais clubes da região (três do Recife, dois de Salvador e dois de Fortaleza), o Vozão é, curiosamente, a única ausência do torneio de 2017. Perdeu a vaga no campo, ao ficar de fora da decisão estadual. Difícil desvincular essa ausência da entrada na outra liga, até porque financeiramente o Ceará vem ganhando bastante dinheiro na Copa do Nordeste – cuja movimentação financeira nesta temporada foi de R$ 26 milhões. Em 2015, quando o clube conquistou o inédito título, faturou R$ 5.895.664 entre cotas e bilheteria. Por outro lado, num olhar inicial, a articulação pode ser uma pressão indireta sobre a definição do futuro do Nordestão, com o supracitado G7 do Nordeste discutindo a formação de duas divisões a partir de 2018, cada uma com doze clubes, o que, a médio prazo, garantiria a participação à parte dos certames locais.

As primeiras dúvidas do blog e alguns pitacos:

A presença do Ceará na Primeira Liga pode ser vista como uma ameaça à Liga do Nordeste?
Em relação à imagem da liga nordestina, sim. E também na composição do Nordestão, pois os torneios ocorrem em datas semelhantes.

Algum clube pernambucano faria o mesmo caso não se classificasse à Copa do Nordeste?
Nos bastidores, convites já foram feitos, também em caso de ausência…

Tecnicamente, seria mais vantajoso disputar qual torneio?
Pelo calendário da CBF, o Nordestão deve ter 12 datas, contra apenas 7 da Primeira Liga, além de oferecer uma vaga na Sul-Americana. Para o próximo triênio, já em negociação na Primeira Liga, a questão financeira pode pesar.

Com o Ceará na Primeira Liga, abre a possibilidade de a Liga do Nordeste também aceitar clubes de outras regiões?
Com a Copa Verde em vigor, todas as regiões estão contempladas. Ou seja, neste momento parece surgir uma disputa de “mercado”. Cabe à Liga NE se proteger. Em 2014, na condição de única liga do país, vetou o Flamengo.

Essa interseção pode ser o embrião de uma fusão para a liga nacional?
Num viés positivista, sim. Porém, com a leitura anterior… dificilmente.

Outras dúvidas? Outros pontos de vista? Está aberto o necessário debate.

No papel, junto à CBF e à tevê, a Copa do Nordeste está garantida até 2022. É um sucesso, entre vários motivos, também pela presença do próprio Ceará.

Classificação da Série A 2016 – 24ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 24 rodadas. Crédito: Superesportes

A vitória do Sport sobre o Santa Cruz por 5 x 3, na Ilha do Retiro, deu ao time pernambucano “uma rodada de vantagem” em relação ao Z4. Agora, mesmo que perca do Galo em Belo Horizonte, e a missão mesmo é das mais complicadas, voltará ao Recife fora da zona. Um lampejo de tranquilidade. Derrotados, os corais seguem a sete pontos de distância do 16º colocado, mas com a concorrência naturalmente mais acirrada. Hoje, para chegar a 46 pontos, o time precisaria de um aproveitamento de 61%. Nível G4.

A cada rodada, o blog projeta dois cenários para evitar a queda, um com 46 pontos, a margem mínima com 100% de segurança (até hoje). O segundo considera a atual campanha do 16º lugar, hoje o Inter. Ou seja, ao final de 38 rodadas, o aproveitamento, arrendondado para cima, resultaria em 43 pontos, dois a menos que a rodada passada. Veja o que é preciso para sobreviver…

As nove maiores probabilidades de rebaixamento após 24 rodadas.

As probabilidades de rebaixamento na Série A 2016 após 24 rodadas

Probabilidades das pontuações finais para evitar o descenso após 24 rodadas

As probabilidades de rebaixamento na Série A 2016 após 24 rodadas

Sport – soma 30 pontos em 24 jogos (41,7%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 16 pontos em 14 rodadas
…ou 38,0% de aproveitamento
Simulações: 5v-1e-8d, 4v-4e-6d, 3v-7e-4d

Para chegar a 43 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 13 pontos em 14 rodadas
…ou 30,9% de aproveitamento
Simulações: 4v-1e-9d, 3v-4e-7d, 2v-7e-5d  

Permanência: 87% (Infobola), 84.8% (UFMG) e 84.3% (Chance de Gol)

Santa Cruz – soma 20 pontos em 24 jogos (27,8%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 26 pontos em 14 rodadas
…ou 61,9% de aproveitamento
Simulações: 8v-2e-4d, 7v-5e-2d, 6v-8e-0d

Para chegar a 43 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 23 pontos em 14 rodadas
…ou 54,7% de aproveitamento
Simulações: 7v-2e-5d, 6v-5e-3d, 5v-8e-1d 

Permanência: 9.5% (UFMG), 7% (Infobola), 4.3% e (Chance de Gol)

A 25ª rodada dos representantes pernambucanos 

14/09 (21h00) – Santa Cruz x Atlético-PR (Arruda)
Histórico no Recife pela elite: nenhuma vitória coral, 2 empates e 2 derrotas

15/09 (19h30) – Atlético-MG x Sport (Independência)
Histórico em BH pela elite: 2 vitórias leoninas, 5 empates e 10 derrotas