Podcast 45 – Entrevista com o presidente do Sport, João Humberto Martorelli

Entrevista do presidente do Sport, João Humberto Martorelli, ao podcast 45 minutos, em 13/05/2016. Foto: Celso Ishigami/DP

No dia do 111º aniversário do Sport, em 13 de maio de 2016, o presidente do clube, João Humberto Martorelli, concedeu uma entrevista exclusiva ao podcast 45 minutos. Durante quase uma hora, na Ilha, o dirigente admitiu erros na montagem do time, como na liberação do Brocador, falou da relação com Falcão, que mudou a forma de trabalho adotada até então, do novo contrato com a Globo, até 2024, dos números do balanço financeiro (dívida, adiantamento e gasto com futebol), da real possibilidade de escalar os juniores no Estadual de 2017, do seu futuro político do clube, do rompimento com a FPF etc. Um debate sem meias palavras, sobre o passado, presente e futuro do futebol rubro-negro.

Neste podcast, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

CBF parabeniza o Sport pelos 111 anos e cita clube como a maior torcida do N-NE

Texto da CBF sobre os 111 anos do Sport

A CBF nunca encomendou uma pesquisa de torcida. Por mais que Ibope, Datafolha, Gallup, Pluri, Paraná Pesquisas, entre outros institutos, já tenham lançados inúmeros estudos, desde 1983, a entidade segue à parte do assunto. Talvez para evitar qualquer tipo de controvérsia, nos âmbitos nacional, regional e estadual. Por isso, chama a atenção o texto publicado pela confederação sobre os 111 anos do Sport, completados neste 13 de maio de 2016. Como costuma fazer, não só com clubes tradicionais, a entidade cita títulos e ídolos. Está lá o Campeonato Brasileiro de 1987, sem qualquer menção à polêmica do assunto. Por outro lado, esqueceu dos títulos da Copa do Nordeste de 1994 e 2000, chancelados pela própria. No trecho seguinte vem o verdadeiro vespeiro:

“Considerado o clube de maior torcida da região Norte-Nordeste”

Não há citação sobre qual instituto considera ou desde quando considera. Por sinal, sobre a declaração, é preciso fazer algumas considerações. Começando pelo fato de que o Flamengo é o mais popular nas duas regiões, segundo todos os levantamentos. Porém, levando em conta só os clubes do Norte e Nordeste, de fato o Sport já aparece à frente (Ibope 2010, Pluri 2013 e Paraná 2013), se revezando com o Bahia. Na pesquisa mais recente deu Baêa (Paraná 2016).

Atualização: a polêmica acabou sendo mesmo grande, tanto que horas depois a CBF editou a frase sobre o tamanho da torcida. Ao menos listou o tri regional.

Os melhores nordestinos nas pesquisas nacionais mais recentes:

Paraná 2016
1,8% – Bahia
1,5% – Sport

Ibope 2014
1,7% – Bahia
1,3% – Vitória
1,2% – Sport
1,0% – Santa Cruz
0,8% – Ceará

Datafolha 2014
1,0% – Bahia
1,0% – Vitória
1,0% – Sport

Pluri 2013
1,4% – Sport
1,2% – Bahia
0,8% – Vitória
0,7% – Santa Cruz
0,6% – Náutico

Paraná 2013
1,8% – Sport
1,7% – Bahia
0,7% – Santa Cruz
0,7% – Vitória
0,4% – Náutico

Ibope 2010
1,7% – Sport
1,6% – Bahia
1,2% – Vitória
0,8% – Fortaleza
0,6% – Santa Cruz
0,6% – Ceará

Camisa rubro-negra e calção vermelho, a composição incomum do Sport em 2016

O novo uniforme 1 do Sport para a temporada 2016. Crédito: divulgação

A volta da camisa rubro-negra com listras horizontais já era esperada no Sport O que surpreendeu sobre o uniforme principal de 2016 foi a composição com o short vermelho, em vez do calção preto, tradicional na história do clube. Visual pra lá de incomum. É difícil precisar se é inédito, mas o mais próximo disso talvez tenha sido em 2003, pela Série B, diante do Remo (veja aqui).

Pelas fotos de divulgação vazadas, com Diego Souza, Magrão, Túlio de Melo e Gabriel Xavier – com o mesmo estilo da Adidas para os demais clubes parceiros – faltou apenas a cor da meia. A tendência é de que também seja vermelha, seguindo o tom monocromático nas linhas internacionais.

O lema da camisa leonina é “a volta da tradição”. Com o calção vermelho, isso acaba se tornando em algo parcial. Porém, inovador. Mudança aprovada?

Sobre a nova camisa, o preciso também é novo. R$ 249…

O novo uniforme 1 do Sport para a temporada 2016. Crédito: divulgação

Avaliação do Transfermarkt sobre o valor mercado dos 40 elencos das Séries A e B

Avaliação do Transfermarket sobre as Séries A e B em 2016, em maio (em euros). Crédito: reprodução

Os elencos vão mudar bastante, como já mudaram em relação à última edição. Ainda assim, como curiosidade, eis os valores de mercado dos 40 elencos envolvidos nas Séries A e B de 2016, segundo o site alemão Transfermarkt, especializado em direitos econômicos no futebol desde 2000. A projeção (com algumas cifras polêmicas, como as de Mancha e Vitor) é feita a partir do nível técnico, posição, idade e rendimento recente. Analisando o Trio de Ferro, começo com o Sport. Apesar da debandada, sobretudo no setor ofensivo, o clube aparece com o 12º plantel, estimado em 33 milhões de euros – a moeda utilizada na cotação. Muito? No fim do Brasileirão 2015, quando acabou na 6ª colocação, a projeção era de 38 milhões. Hoje, treze atletas têm os direitos partir de um milhão. Diego Souza é o mais caro do futebol pernambucano, € 5 milhões (R$ 21 milhões!?). O meia de 30 anos aparece em 14º no país (ranking abaixo).

Embora tenha a análise mais baixa na elite, o Santa teve uma valorização de 92% sobre o momento em que conseguiu o acesso. O time é basicamente o mesmo, mas a mudança de patamar turbinou o número, de forma esperada, passando de 6,25 mi para 12 milhões. João Paulo superou Alemão e tornou-se o jogador mais caro do Arruda, subindo de 750 mil para 900 mil em cinco meses (cerca de R$ 3,5 mi). Participando da segunda divisão pela terceira vez seguida, o Náutico é um dos seis clubes da competição com elencos acima de 10 milhões de euros. De acordo com o Transfermarkt, dois nomes tem cotações milionárias (Renan Oliveira e Esquerdinha), o que não havia na última Série B.

Também chama a atenção no Alvirrubro o olhar do mercado sobre João Ananias, mesmo em recuperação de uma cirurgia no joelho. Deve voltar no segundo semestre, ainda com status de terceiro jogador mais valioso dos Aflitos. No Brasil, o São Paulo possui o elenco mais caro, com nomes como Maicon (10 mi) Ganso (9 mi) e Calleri (7,5 mi). Ao todo, 78 milhões. Já o Corinthians, o atual campeão brasileiro, larga em 62 mi. Quando levantou a taça do hexa a avaliação apontava 79 mi. Em dezembro, após o encerramento do Campeonato Brasileiro, o blog fará o comparativo sobre a mutação nos times locais…

Confira o quadro nacional numa resolução maior clicando aqui.

Os 10 atletas mais valorizados nos clubes em 12 de maio de 2016 (em euros):

Sport (elenco com 32 jogadores: € 33,80 milhões)
1º) 5,5 milhões – Diego Souza (meia)
2º) 4 milhões – Rithely (volante)
3º) 3 milhões – Renê (lateral-esquerdo)
4º) 1,75 milhão – Luiz Antônio (volante)
5º) 1,5 milhão – Matheus Ferraz (zagueiro)
5º) 1,5 milhão – Samuel Xavier (lateral-direito)
7º) 1,25 milhão – Túlio de Melo (atacante)
7º) 1,25 milhão – Serginho (volante)
7º) 1,25 milhão – Gabriel Xavier (meia)
10º) 1 milhão – Mark González (meia)
10º) 1 milhão – Neto Moura (meia)
10º) 1 milhão – Vinícius Araújo (atacante)
10º) 1 milhão – Rodrigo Mancha (volante)

Santa Cruz (elenco com 35 jogadores: € 12,05 milhões)
1º) 900 mil – João Paulo (meia)
2º) 750 mil – Uilliran Correia (volante)
3º) 700 mil – Arthur (atacante)
4º) 650 mil – Alemão (zagueiro)
5º) 600 mil – Vítor (lateral-direito)
6º) 550 mil – Lelê (meia)
6º) 550 mil – Daniel Costa (meia)
8º) 500 mil – Tiago Cardoso (goleiro)
8º) 500 mil – Grafite (atacante)
8º) 500 mil – Keno (atacante)
8º) 500 mil – Leandrinho (meia)
8º) 500 mil – Wallyson (atacante)
8º) 500 mil – Bruno Moraes (atacante)
8º) 500 mil – Roberto (lateral-esquerdo) 

Náutico (elenco com 29 jogadores: € 10,95 milhões)
1º) 1,25 milhão – Renan Oliveira (meia)
2º) 1 milhão – Esquerdinha (meia)
3º) 850 mil – João Ananias (volante)
4º) 700 mil – Rafael Coelho (atacante)
4º) 700 mil – Ronaldo Alves (zagueiro)
6º) 600 mil – Rodrigo Souza (volante)
7º) 500 mil – Ygor (meia)
7º) 500 mil – Gastón Filgueira (lateral-esquerdo)
7º) 500 mil – Henrique (lateral-esquerdo)
10º) 450 mil – Júlio César (goleiro)

Os 15 jogadores mais caros inscritos no Brasileiro, todos na Série A:

Os 15 jogadores mais valiosos do Brasileiro 2016, em 12/05/2016. Crédito: Transfermarkt

Santa Cruz elimina o Vitória da Conquista e garante R$ 1,56 milhão antes da Sula

Copa do Brasil 2016, 2ª fase: Vitória da Conquista 0x2 Santa Cruz. Foto: Samuel Dias/Futura Press/Estadão conteúdo

O Santa Cruz deve disputar a Copa Sul-Americana de 2016. Ainda que a direção evite o discurso, para não esvaziar a participação na Copa do Brasil, a estreia em um torneio internacional é algo celebrado no Arruda, presente inclusive no plano de metas do presidente Alírio Moraes. A chance foi dada (conquistada).

Com duas vagas internacionais asseguradas via Nordestão, o time vai a campo para fazer caixa na copa nacional, indo até o limite. No interior baiano, o Tricolor, só com reservas, venceu o Vitória da Conquista por 2 x 0 e matou o confronto no primeiro jogo – fisgando ainda 60% da renda. Bruno Moraes marcou os gols na etapa complementar, completando cruzamentos da direita, um com Lucas Ramon (17) e outro com Wallyson (41). Foi o 7º triunfo em mata-matas na temporada, somando Rio Branco, Ceará, Bahia, Náutico, Campinense e Sport.

Com a classificação, os corais garantiram a terceira cota de participação do torneio nacional, no limite para poder ir à Sula no segundo semestre.

R$ 420 mil – 1ª fase, Rio Branco
R$ 480 mil – 2ª fase, Vitória da Conquista
R$ 660 mil – 3ª fase, CRB ou Vasco

No geral, um apurado de R$ 1,56 milhão, essencial para equilibrar as contas no Brasileirão, a próxima (e mais importante) missão, a partir de domingo. Voltando à Copa do Brasil, agora é a hora da escolha dos corais, caso queiram mesmo a Sula. Ou seja, só sendo eliminado, num cenário indesejável já vivido pelos rivais Náutico (2013) e Sport (2013-2016). Logo, o Santa será mais um a endossar a luta contra o péssimo critério adotado pela CBF, antidesportivo.

Tricolor, qual é a sua escolha: Copa do Brasil ou Copa Sul-Americana?

Copa do Brasil 2016, 2ª fase: Vitória da Conquista 0x2 Santa Cruz. Foto: Eliezer Oliveira/Futura Press/Estadão conteúdo

Documentário sobre o Íbis em Paris. Graças a José Mourinho, acredite

Mauro Shampoo em Paris, representando o Íbis. Foto: Ibismania/twitter

Em 28 de dezembro de 2015, o Íbis fez uma proposta histórica a José Mourinho. O técnico havia acabado de ser demitido do Chelsea e passava as férias em Porto de Galinhas quando houve a “sondagem”. No Pássaro Preto o português receberia uma cesta básica e poderia ter o contrato rescindido em caso de boas apresentações. A greia do Ibismania se espalhou rapidamente, saindo bastante da fronteira brasileira. Aula de marketing (mesmo às avessas).

A repercussão teve um novo capítulo cinco meses depois, com o convite do Canal+ (espécie de Sportv da França) para uma reportagem especial sobre o pior clube do mundo. Já na chegada ao Aeroporto Charles de Gaulle a plaquinha indicava a figura: Mr. Shampoo. Não havia melhor representante que o camisa 10 (“show, show, show”) para ir ao Museu do Louvre e à Torre Eiffel.

Além do tradicionalíssimo repertório do clube, com o jejum de 55 jogos sem vitória entre 1980 e 1984, indo parar no Guinness Book, Mauro comentou nas gravações, realizadas em maio, sobre a sondagem a Mourinho. O cabeleireiro explicou aos franceses o significado da expressão “bicho” no futebol brasileiro. Porém, disse que o prêmio ao técnico seria um cachorro mesmo…

Mauro Shampoo em Paris, representando o Íbis. Foto: Ibismania/twitter

Copa Verde com apenas 6% da cota do Nordestão, uma disparidade de mercado

O troféu da Copa Verde 2016. Foto:  Rafael Ribeiro/CBF

Com três edições, a Copa Verde mantém com ponto alto a classificação à Copa Sul-Americana. Foi assim com os campeões Brasília, Cuiabá e Paysandu, assegurando participações internacionais nos anos seguintes. Financeiramente, porém, o mata-mata segue com um investimento bem modesto. Idealizado pela CBF em 2014, a partir do sucesso do Nordestão, cuja transmissão é feita pelo mesmo canal, o torneio tem uma cota de apenas 6% em comparação à matriz.

Em 2016, somando as cotas das oitavas, quartas, semi e título, o Papão ganhou R$ 275 mil. Isso corresponde a 11% da premiação do Santa Cruz, o campeão nordestino na mesma temporada. O valor repassado ao bicolor paraense é um pouco mais da metade da cota da primeira fase do Nordestão. A disparidade (técnica?) entre os torneios de integração se mantém em todas as etapas. Mais. Enquanto a premiação absoluta do Nordestão subiu 33% em um ano, na Copa Verde o valor foi congelado, devido ao painel de patrocínios mais enxuto.

À parte de Paysandu e Remo, o torneio carece de forças populares. A entrada do Vila Nova, na terceira edição, ajudou. Por outro lado, o Goiás, o único “cotista” da tevê nas regiões, não quis participar, preferindo seguir em busca de um lugar na própria Copa do Nordeste (possibilidade já rechaçada) ou na Primeira Liga.

Veja as cotas, somando as fases, das campanhas finais nas Copas Verde e do Nordeste. Entre parênteses, o percentual da Verde sobre a etapa no Nordestão.

Copa Verde 2016 (18 times)
Campeão – R$ 275 mil (11%), Paysandu
Vice – R$ 145 mil (7%), Gama
Semifinalista – R$ 95 mil (6%), Remo e Aparecidense
Quartas de final – R$ 45 mil (5%), Rio Branco, Nacional, Cuiabá e Vila Nova
Primeira fase (oitavas) – R$ 15 mil (3%)
Total: R$ 910.000* (6%)
* Exceto para os eliminados na fase preliminar

Copa do Nordeste 2016 (20 clubes)
Campeão – R$ 2,385 milhões, Santa Cruz
Vice – R$ 1,885 milhão, Campinense
Semifinalista – R$ 1,385 milhão, Bahia e Sport
Quartas de final – R$ 935 mil, Ceará, Fortaleza, CRB e Salgueiro
Primeira fase (grupos) – R$ 505 mil*
Total: R$ 14.820.000
* Exceto para os clubes do Piauí e do Maranhão 

Troféu da Copa do Nordeste 2016, na decisão em Campina Grande. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Termo de Ajustamento de Conduta pelo fim das organizadas, via STJD. Adianta?

Inferno Coral, Torcida Jovem e Fanáutico

As maiores torcidas uniformizadas dos clubes pernambucanos (Jovem, Inferno Coral e Fanáutico) estão vetadas há algum tempo nos estádios, tendo que se submeter a camisas com a palavra “paz” para obter uma autorização parcial. No caso da Jovem, nem isso, pois o Sport cortou relações. Indo além, a FPF firmou um termo um Termo de Ajustamento de Conduta junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva, pedindo o fim das facções. Na assinatura, com a presença do procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, os clubes locais se comprometeram com 12 cláusulas. A primeira delas é quase um resumo.

“Os clubes comprometem-se a abolir, extinguir, rescindir, romper, vedar imediatamente qualquer benefício ou custeio direto ou indireto a torcidas organizadas, tais como doação e/ou subsídio de ingressos, custeio de transporte interno ou externo para jogos como mandante ou visitante, reserva de assentos em sua praça de desporto, cessão de espaço dentro de estádios ou de sua sede, hospedagem, repasse de recursos, ou por qualquer outro meio de auxílio, apoio, subvenção ou patrocínio de qualquer natureza, inclusive quanto ao licenciamento ou utilização indevida de suas marcas ou símbolos.”

Para o presidente da FPF, Evandro Carvalho, o termo pode ajudar no controle e enquadramento dos sócios e no monitoramento da chegada e saída dos torcedores nos estádios, assim como  “criminalizar os vândalos”, saindo da esfera esportiva – abaixo, a íntegra do documento. Nesse tempo de violência no Recife, e são quase duas décadas, outros termos de ajustamento foram firmados, com compromissos semelhantes, com as mesmas uniformizadas. Por isso, é sempre bom relembrar o levantamento do Ministério Público de Pernambuco, com dados junto à Polícia Militar, delegacias da capital e Juizado do Torcedor. Foram 800 crimes envolvendo uniformizadas entre 2008 e 2012, num raio de até cinco quilômetros a partir dos estádios. Furto, roubo, lesão corporal, formação de quadrilha. Problema antigo, sempre ascendente…

Os fornecedores de material esportivo dos 40 clubes das Séries A e B de 2016

Ranking das fornecedoras de uniforme na Série A 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP, via Infogram

Somando as duas principais divisões, a Umbro é a marca mais presente no Campeonato Brasileiro de 2016, com seis clubes. O número poderia ser maior caso o Náutico não tivesse rescindido o contrato na véspera da competição, fechando com a Topper, de volta ao mercado. Os 40 times inscritos nas Séries A (gráfico acima) e B (abaixo) estão divididos entre 18 fornecedoras, cinco a mais que 2015. Uma delas pertence ao próprio “patrocinado”. No caso, a Lobo, do Paysandu – na Itália, a Roma já fez o mesmo.

De volta ao Brasileirão, o Santa Cruz já irá mexer com tabuleiro, na ferrenha disputa de mercados. O clube estreia o padrão produzido pela Dry World, substituindo a Penalty. Com isso, a marca canadense sobe para a 3ª colocação no ranking de fornecedoras. A Adidas, que veste o Sport, se mantém à frente na elite, agora de forma isolada. Na última edição, com os mesmos cinco clubes (mas com o Flu no lugar do Coxa), a empresa alemã dividia o posto com a Umbro, que sofreu com as quedas de Vasco e Joinville.

Em relação aos contratos (ao menos aqueles divulgados), o Flamengo segue firme com acordo mais rentável. São R$ 35 milhões anuais, com mais sete temporadas pela frente, expondo o status atual dessas parcerias. Quanto à exposição, as 760 partidas das duas divisões estão na grade da televisão, incluindo o pay-per-view. Logo, o alcance das marcas depende da audiência de cada clube firmado…

As fornecedoras na Série A
Adidas – Coritiba, Flamengo, Palmeiras, Ponte Preta e Sport
Umbro – Atlético-PR, Chapecoense, Grêmio e Cruzeiro
Dry World – Atlético-MG, Fluminense e Santa Cruz
Nike – Corinthians e Internacional
Lupo – América-MG e Figueirense
Kappa – Santos
Puma – Vitória
Topper – Botafogo
Under Armour – São Paulo

As fornecedoras na Série B
Kanxa – Bragantino, Luverdense e Oeste
Kappa – Brasil-RS e Criciúma
Numer – Atlético-GO e Sampaio Corrêa
Penalty – Bahia* e Ceará*
Umbro – Joinville e Vasco
Rinat – CRB e Vila Nova
Fila – Avaí
Dry World – Goiás
Karilu – Londrina
Topper – Náutico
Lobo – Paysandu
Errea – Paraná*
Gsport – Tupi

* Bahia (Umbro), Ceará (Topper) e Paraná (Topper) podem mudar no Brasileiro.

Marcas das Séries A e B
6 Umbro, 5 Adidas, 4 Dry World, 3 Kappa, 3 Kanxa, 2 Nike, 2 Lupo, 2 Numer, 2 Penalty, 2 Rinat, 2 Topper, 1 Puma, 1 Under Armour, 1 Fila, 1 Karilu, 1 Lobo, 1 Errea e 1 Gsport

Maiores contratos
R$ 35 milhões/ano – Flamengo (10 anos, até 2022)
R$ 30 milhões/ano – Corinthians (10 anos, até 2025)
R$ 27 milhões/ano – São Paulo (5 anos, até 2019)
R$ 20 milhões/ano – Atlético-MG (5 anos, até 2021)
R$ 19 milhões/ano – Palmeiras (2 anos, até 2016) 

Ranking das fornecedoras de uniforme na Série B 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP, via Infogram

A evolução das redes sociais de Sport, Santa Cruz e Náutico de 2011 a 2016

Perfis oficiais de Sport, Santa e Náutico no facebook, twitter e instagram em 10/05/2016

Pelo sexto ano o blog atualiza os dados das redes sociais oficiais de Náutico, Santa Cruz e Sport, apresentando um raio x sobre a evolução de usuários de cada um no facebook e no twitter. Neste ano, o instagram também foi adicionado, uma vez que agora os três clubes contam com perfis oficiais ativos. Somando as três redes, o total de torcedores envolvidos é de 3.180.006. Pela quarta vez em seis anos, a atualização de novos membros foi maior na rede de Mark Zuckerberg do que no microblog (438 mil x 283 mil). Naturalmente, há a duplicidade (ou triplicidade) de usuários, com um mesmo torcedor seguindo todas as redes do seu clube. O blog, por exemplo, segue os nove perfis!

Num comparativo entre os perfis alvirrubros, tricolores e rubro-negros, o Sport aparece muito à frente da soma dos rivais, com mais de um milhão nas duas maiores redes. Detém 59% dos usuários no face e 88% no twitter. No último ano essa análise apontava 68% e 91%, respectivamente. A diminuição se deve ao incremento nos perfis do Santa Cruz, que em ano cresceram mais de 100%, com atualização constante – fotos, vídeos, promoções, interações etc. Abaixo, um gráfico com os números oficiais agregados do Trio de Ferro, com dados levantados entre os meses de maio e junho das últimas seis temporadas (na lista de comentários, o quadro completo, com dados destrinchados).

Facebook
2011 – 10.612
2012 – 118.180 (+107.568, ou 1.013%)
2013 – 243.473 (+125.293, ou 106%)
2014 – 825.864 (+582.391, ou 239%)
2015 – 1.259.807 (+433.943, ou 52%)
2016 – 1.697.991 (+438.184, ou 34%)

Twitter
2011 – 34.746
2012 – 118.349 (+83.603, ou 240%)
2013 – 193.647 (+75.298, ou 63%)
2014 – 232.107 (+38.460, ou 19%)
2015 – 938.728 (+706.621, ou 304%)
2016 – 1.222.319 (+283.591, ou 30%)

Instagram
2016 – 259.696