O Santa Cruz completou a sua primeira linha de uniformes oficiais por meio da marca própria “Cobra Coral”. Visando a temporada 2017/2018, o padrão preto, com estreia prevista para a 24ª rodada da Série B, traz a mensagem “nova pele”, com “escamas renovadas” a partir dos detalhes remetendo ao mascote.
Para a pré-venda, uma tiragem de mil modelos por R$ 200. A partir disso, já nas lojas, a camisa sai por R$ 230. Lembrando que os dois primeiros padrões foram apresentados em 12 de maio, com a substituição da Penalty já no Campeonato Brasileiro. Curiosamente, o uniforme clássico, o coral com listras horizontais, foi o único ausente, guardado para a próxima linha.
Lançada em maio, a marca vendeu 13 mil peças no primeiro trimestre, com R$ 476 mil de receita líquida. A produção é feita numa fábrica terceirizada no estado do Ceará, a Bomache, que também tem contratos semelhantes com outros clubes do país, como o pioneiro Paysandu, dono da “Lobo”.
Confira mais detalhes do padrão preto clicando aqui.
Tricolor, o que você achou da primeira linha da Cobra Coral? Qual a melhor?
Na 23ª rodada do Brasileiro, apenas uma vitória no Trio de Ferro. O alvirrubro foi o primeiro a entrar em campo, na quarta, somando três pontos e reduzindo para a cinco a saída do Z4 da segundona. Embora esteja a apenas um ponto do 16º, o tricolor saiu frustrado no tropeço diante do lanterna. Pela elite, no domingo, outro revés leonino, há seis rodadas sem vitória. O 45 minutos comentou os três jogos em gravações exclusivas, nas questões técnica e tática, além de análises individuais. Ao todo, 95 minutos de podcast. Ouça!
Bandeiras tremulando em todos os cantos dos Aflitos, do Arruda e da Ilha do Retiro. Acredite, os estádios eram assim. Na época do Eládio com o ‘balança mas não cai’, do Mundão ganhando o anel superior, do Adelmar sem os tobogãs. Nos anos 90, no embalo do surgimento das torcidas organizadas, com características distintas das atuais, as bandeiras com hastes começaram a ficar concentradas nos núcleos das uniformizadas. Seguindo a história, com o aumento da violência, vieram as proibições. Rolos de papel, sinalizadores e até bandeiras. Ao menos aquelas com hastes, aquelas que realmente davam vida aos estádios. Os suportes dos pavilhões transformaram-se em armas nas mãos de marginais. Assim, São Paulo foi o primeiro centro de futebol a proibir, através do artigo 5º da Lei 9.470, de 27 de dezembro de 1996. Faz tempo.
Demoraria, mas Pernambuco seguiria a mesma linha, atendendo à PM.
E a festa ficou diferente… Sem previsão de volta.
Talvez faça parte da evolução do espetáculo, talvez. De toda forma, era incrível a atmosfera dos estádios do Recife. Visualmente falando, imbatível.
Dos sete clubes abaixo dos 30 pontos, e potencialmente na briga contra o descenso, apenas um conseguiu vencer na 23ª rodada da segundona. Em jogo suado na arena, o Náutico venceu o Brasil de Pelotas e chegou a quatro vitórias em seis rodadas. Ainda em 19º lugar, o timbu reduziu a diferença em relação ao 16º lugar, o primeiro fora do Z4, de 8 para 5 pontos. Haja luta.
No encerramento da rodada, na noite de sábado, na Arena das Dunas, o Santa empatou com o lanterna e desperdiçou uma ótima chance para deixar a zona de rebaixamento. Como Goiás e Figueirense haviam tropeçado, uma vitória simples tiraria o tricolor da zona, onde já figura há três rodadas.
Em relação à liderança, o Inter deixou o posto apenas uma rodada após assumi-la, no rescaldo da derrota do duelo gaúcho, em Caxias do Sul.
Resultados da 23ª rodada Guarani 0 x 0 Vila Nova Goiás 0 x 1 Paraná Náutico 1 x 0 Brasil Boa 1 x 1 Figueirense Paysandu 0 x 1 América Criciúma 2 x 1 Luverdense Londrina 3 x 2 Ceará Juventude 2 x 1 Internacional ABC 0 x 0 Santa Cruz CRB 0 x 1 Oeste
Balanço da 23ª rodada 4V dos mandantes (9 GP), 3E e 3V dos visitantes (8 GP)
Agenda da 24ª rodada 12/09 (19h15) – Boa x Guarani (Dilzon Melo) 12/09 (21h30) – Criciúma x Juventude (Heriberto Hulse) 15/09 (19h00) – Santa Cruz x Goiás (Arruda) 15/09 (21h30) – Ceará x América (Castelão) 16/09 (16h30) – Vila Nova x Luverdense (Serra Dourada) 16/09 (16h30) – Oeste x Náutico (Arena Barueri) 16/09 (16h30) – Internacional x Figueirense (Beira-Rio) 16/09 (16h30) – Paysandu x ABC (Mangueirão) 16/09 (16h30) – Brasil x CRB (Bento Freitas) 16/09 (19h00) – Paraná x Londrina (Durival Britto)
“Martelotte teve duas semanas de trabalho e destacou que, para este primeiro jogo, as mudanças não seriam drásticas. E assim foi feito.”
Nos pré-jogo, o perfil oficial do Santa focou o trabalho feito para o confronto contra o lanterna, em Natal. Era uma excelente oportunidade para deixar a zona de rebaixamento, numa briga cada vez mais preocupante. Na semana, a derrota do Goiás e o empate do Figueira possibilitaram ao Santa a saída do Z4. Bastava uma vitória simples sobre o ABC, com quatro derrotas seguidas. Entretanto, o tricolor vinha numa sequência pior, de seis jogos, e mudar essa postura não seria tão simples. Pois não é sinônimo de troca de comando.
Em sua reestreia, o técnico Martelotte armou um 4-4-2, com Grafite e André Luís na frente. No meio, João Paulo com mais responsabilidade criativa, mas com a ajuda de Primão. Apesar do maior volume de jogo, o que se viu foi uma partida fraca, com excesso de passes errados e pouca criatividade.
No lado potiguar, “a” chance saiu de um vacilo coral, com Júlio César evitando o gol no comecinho. No lado pernambucano, Grafite mostrou presença de área, atraindo a marcação – tanto que o zagueiro Fortunato seria expulso aos 33/2T numa falta nele -, mas sem conseguir encaixar uma boa trama.
Na primeira etapa foram três chances para o Santa, duas desperdiçadas pela má pontaria. Após o intervalo, com o mandante desesperado na Arena das Dunas – está a 8 pontos do 16º -, o tricolor tentou explorar os contragolpes, de forma insatisfatória. Na reta final, com um a mais, Martelotte ainda tirou um volante para colocar o atacante Augusto, que fez levar o amarelo. Um empate em 0 x 0 digno de vaias, das duas torcidas. Há oito rodadas sem vencer, o Santa terá um confronto direto a seguir, contra o Goiás. Pressão no Arruda.
O jejum de vitórias do tricolor na Série B 21/07 – Santa Cruz 1 x 1 Boa 29/07 – Paraná 4 x 0 Santa Cruz 01/08 – Santa Cruz 1 x 2 Paysandu 05/08 – Juventude 2 x 1 Santa Cruz 08/08 – Santa Cruz 1 x 2 Criciúma 19/08 – Guarani 2 x 0 Santa Cruz 26/08 – Santa Cruz 1 x 2 CRB 09/09 – ABC 0 x 0 Santa Cruz
A capital maranhense recebeu o sorteio da 15ª edição da Copa do Nordeste. Após quatro anos, o torneio volta a ter 16 clubes na fase de grupos, a etapa principal. Oficialmente, a Lampions League manteve os 20 participantes, mas com doze pré-classificados à segunda fase e oito times disputando um mata-mata preliminar para as últimas quatro vagas. Por isso, duas bolinhas tinham dois nomes, como Náutico/Itabaiana, cujo confronto ocorrerá em janeiro.
Em São Luís, o sorteio poderia colocar os três representantes pernambucanos na mesma chave, mas ficaram todos separados, com o tricolor, cabeça-de-chave, já tendo a garantia de viagens ao sul de Pernambuco (Alagoas e Sergipe). Ainda aguarda a definição da fase preliminar. Já o carcará, atual vice-campeão pernambucano, foi para o grupo D, onde jogará em três capitais (Fortaleza, São Luís e Maceió). Caso confirme o favoritismo na primeira fase, o alvirrubro ficará na chave do atual campeão, o Baêa. Porém, já chegaria como segunda força. Ao todo, o Nordestão 2018 vai distribuir R$ 22,4 milhões.
Regulamento: jogos em turno e returno dentro das chaves, avançando os dois primeiros; sequência com quartas, semifinal e final, sempre em ida e volta.
A seguir, os times, a origem de cada um e as respectivas cotas:
Grupo A Santa Cruz (3º em PE) – R$ 1 milhão
CRB (1º em AL) – R$ 850 mil
Confiança (1º em SE) – R$ 775 mil
Treze (2º na PB) ou Cordino (2º no MA) – R$ 750 mil
Grupo B Vitória (1º na BA) – R$ 1 milhão
ABC (1º no RN) – R$ 850 mil
Ferroviário-CE (2º no CE) – R$ 775 mil
Globo-RN (2º no RN) – R$ 750 mil
Grupo C Bahia (2º na BA) – R$ 1 milhão
Botafogo (1º na PB) – R$ 850 mil
Altos (1º no PI) – R$ 775 mil
Náutico-PE (4º em PE) ou Itabaiana-SE (2º em SE) – R$ 750 mil
Grupo D Ceará (1º no CE) – R$ 1 milhão
Sampaio Corrêa (1º no MA) – R$ 850 mil
Salgueiro (2º em PE) – R$ 775 mil
CSA-AL (2º em AL) – R$ 750 mil
Confira o ranking histórico do Nordestão clicando aqui.
Obs. O Sport tinha direito à vaga no torneio, mas abdicou oficialmente…
Ao que parece, a CBF deixou de lado os pedidos de oficialização de torneios nordestinos anteriores a 1994, considerando as 14 edições até 2017. O blog já havia tocado no assunto, quando a confederação parabenizou Sport e Vitória em 13 de maio deste ano, listando os títulos dos dois rubro-negros, com três Nordestões para o clube pernambucano e quatro para o baiano. É justamente aí o ponto principal da discussão, pois o Leão da Barra busca a equiparação do Torneio José Américo de Almeida Filho, de 1976. Importante e de caráter regional, mas foi outra competição. O pedido havia sido feito justamente pelo ex-presidente do clube e atual presidente da Liga do Nordeste, Alexi Portela.
Durante o dia do sorteio da edição de 2018, o departamento de comunicação da CBF publicou informações sobre a Lampions, citando os sete campeões, com o Vitória como tetra. Assim, a lista de campeões começa em 1994, cujo torneio foi criado com a seguinte alcunha: “1ª Copa do Nordeste”.
Portanto, eis a lista de campeões oficiais da Copa do Nordeste:
O Ibope publicou a atualização das bases digitais dos clubes do país, somando os perfis oficiais nas redes sociais mais utilizadas no futebol. O levantamento de setembro traz os 20 clubes da Série A e mais 20 clubes com os maiores quadros nas Séries B (13), C (3) e D (4). Ao todo, são dez times nordestinos, com o Sport sendo o mais numeroso. Neste mês, o leão foi o representante da região que somou mais torcedores nas quatro redes quantificadas. Hoje, na lista combinada, o rubro-negro tem 288 mil pessoas a mais que o Baêa. Só não lidera no face, cuja diferença, que vinha caindo, subiu no último mês, de 25 mil para 26 mil. Se no quadro nacional o Trio de Ferro aparece com o Sport em 12º, Santa em 22º e Náutico em 31º, no ranking regional as colocações são 1º, 5º e 9º, respectivamente.
Na briga pelo topo, o Corinthians vê a vantagem diminuir mês a mês. Desde janeiro caiu 926 mil. Caso não ocorra uma revolução nas bases digitais do clube paulista, o Flamengo deve passar ainda em 2017.
Diferença entre Corinthians (1º) e Flamengo (2º) 01/2017 – 1.008.259 pessoas 02/2017 – 879.730 pessoas (-12,7%) 03/2017 – 775.363 pessoas (-11,8%) 04/2017 – 704.300 pessoas (-10,0%)
05/2017 – 449.539 pessoas (-36,1%) 06/2017 – 352.891 pessoas (-21,4%) 07/2017 – 281.020 pessoas (-20,3%) 08/2017 – 166.028 pessoas (-40,9%) 09/2017 – 81.951 pessoas (-50,6%)
Voltando ao Recife, o Santa Cruz segue reduzindo o abismo até o Ceará, que fecha o G4 da região. Trata-se de uma meta possível, mas a longo prazo. De janeiro a setembro caiu de 180 mil para 145 mil. Em relação ao Fortaleza, 6º lugar, o tricolor pernambucano só não está à frente no face – exatos 9 mil de diferença. Já o Náutico, o único nordestino presente que não conta com canal no youtube, segue no pelotão dos times de Natal, com um crescimento muito abaixo dos rivais locais. A seguir, a evolução dos times da região a partir da lista divulgada por José Colagrossi, diretor do Ibope-Repucom.
Os nordestinos com mais usuários nas redes e a evolução mensal 1º) Sport (2.853.879 seguidores) +47.900 (maior evolução no mês) 2º) Bahia (2.565.600) +28.853 3º) Vitória (1.623.104) +23.262 4º) Ceará (1.043.502) +6.800 5º) Santa Cruz (898.183) +11.678 6º) Fortaleza (857.918) +5.620 7º) América-RN (393.490) +2.425 8º) ABC (383.513) +1.264 9º) Náutico (367.618) +4.472 10º) CRB (249.389) +3.466
Ranking do NE no facebook 1º) Bahia (1.112.905 curtidores) +1.261 2º) Sport (1.086.761) +866 3º) Ceará (651.161) +1.063 4º) Fortaleza (583.711) +508 5º) Santa Cruz (574.711) -809
6º) Vitória (426.260) +4.676 (maior evolução no mês)
7º) América-RN (245.822) -215
8º) ABC (224.407) +105
9º) Náutico (212.232) +254
10º) CRB (137.726) +264
Ranking do NE no twitter 1º) Sport (1.426.435 seguidores) +39.285 (maior evolução no mês) 2º) Bahia (1.235.568) +21.888 3º) Vitória (1.042.784) +15.272 4º) Ceará (227.832) +2.599 5º) Santa Cruz (180.649) +11.297
6º) Fortaleza (149.053) +2.963
7º) Náutico (108.756) +2.875
8º) ABC (105.322) +459
9º) América-RN (86.198) +1.774
10º) CRB (54.771) +2.099
Ranking do NE no instagram 1º) Sport (289.623 seguidores) +5.864 (maior evolução no mês) 2º) Bahia (178.778) +4.964
3º) Ceará (150.162) +2.678 4º) Vitória (145.581) +3.130 5º) Santa Cruz (117.965) +874
6º) Fortaleza (114.142) +1.547
7º) América-RN (55.752) +673
8º) CRB (52.226) +917 9º) ABC (50.871) +641
10º) Náutico (46.630) +1.343
Ranking do NE no youtube* 1º) Sport (51.060 inscritos) +1.885 (maior evolução no mês)
2º) Bahia (38.349) +740 3º) Santa Cruz (24.858) +316 4º) Ceará (14.347) +460 5º) Fortaleza (11.012) +602
6º) Vitória (8.479) +184 7º) América-RN (5.718) +193
8º) CRB (4.666) +186
9º) ABC (2.913) +59
* O Náutico não possui perfil oficial
Obs. Uma pessoa pode ter contas em diferentes plataformas, com a lista contando cada uma delas. E pode seguir perfis rivais, também contabilizados.
A Copa do Nordeste de 2018 começou em 15 de agosto de 2017, com a etapa preliminar, que classificará os últimos quatro clubes à fase de grupos, que volta a ter 16 participantes. O ano ainda reserva o rotativo sorteio das chaves. Desta vez, São Luís recebe o evento (06/09), já com o novo conceito visual do torneio. Na 15ª edição, o foco será o ‘tipo sanguíneo’. Isso mesmo.
“Criado pela agência Crane, ele tem o objetivo de representar de forma singular a terra, o orgulho, a força, a história, a energia e a união do povo nordestino. Desta vez, o conceito extrapola o esporte e lembra que é muito mais que futebol, é coisa de DNA, de um sangue único, Sangue Tipo N.E.”
O design de todos os produtos do Nordestão deve seguir esta linha, incluindo os periféricos, como a Taça Asa Branca, o Tour da Taça e o Nordeste Cuida, o braço de responsabilidade social dos organizadores, tevê e liga.
Lembrando que Pernambuco será representado por Salgueiro (vice estadual), Santa (3º lugar) e Náutico (4º lugar), que ainda disputará a fase eliminatória contra a Itabaiana. Ao todo, o Nordestão vai distribuir R$ 22,4 milhões.
Uma tradição mantida à beira mar do Pina, ali já perto de Brasília Teimosa. A Pelada da União existe desde 1983. Um domingo de cada mês é reservado ao Clássico das Multidões. Cena que chama atenção: os dois times completos, onze de cada lado, rigorosamente uniformizados, assim como o juiz e os auxiliares. Há duas barras móveis, com rede, bandeirinhas de escanteio, apito, cartões amarelo e vermelho. A marcação das linhas é feita com o pé arrastando na areia mesmo. A bola rola por volta das 7h. Quem vencer o maior número de peladas no decorrer do ano fica com o título do Clássico das Multidões. É um campeonato à parte. Neste domingo, o ‘Sport’ podia garantir a taça por antecipação. Quando fui embora, ganhava do ‘Santa Cruz’ por 1 a 0. Comemorei o gol. A beleza da coisa é que a turma estava dando a vida dentro de campo. É o espírito da várzea. Quente, sangue no olho. Tão em falta.
* Lucas Fitipaldi é jornalista e eventualmente colaborador do blog