O segundo empate sem gols seguido do Náutico, novamente desperdiçando oportunidades, ilustra pela enésima vez nesta Série B a deficiência no setor ofensivo, com atacantes que não decidem. Após o jogo na arena, contra o Bahia, o Timbu precisava vencer o Joinville, em má fase e pressionado por sua torcida, para tentar se aproximar do G4. Os resultados da rodada até ajudaram, assim como a falta de pontaria do rival, vice-lanterna. No fim das contas, o 0 x 0 no interior catarinense foi um festival de gols perdidos, com 5 finalizações certas dos pernambucanos e 4 dos mandantes. Fora as bolas raspando a trave.
Empenho, houve. Com Givanildo Oliveira cobrando uma melhor troca de passes no meio – inclusive com o som vazando na transmissão -, o primeiro tempo foi amarrado, mas com chances de ambos os lados. Com dois minutos, o atacante Jael já havia perdido um gol. Uma bola no travessão foi a resposta alvirrubra, assim como Gastón, também de longe. No segundo tempo, o Náutico piorou, com o time de Lisca (ex-comandante timbu) pressionando bastante. Muito bem, Júlio César fez boas defesas, salvando duas vezes após a defesa marcar mal.
Na reta final, era preciso arriscar mais. Bastava um contragolpe. Pois o Náutico teve dois. No primeiro, aos 36, Léo Santos vacilou de forma inacreditável. Acionado no decorrer do jogo, o atacante recebeu a bola livre, num contra-ataque com 3 contra 1. Chutou em cima do goleiro. Acredite, ele pegou o rebote, pingando, mas com a barra livre, e chutou por cima. Difícil não lembrar de Renan Oliveira, também livrinho no sábado, chutando em cima de Muriel, do Baêa. E assim o desperdício, em apenas quatro dias, já vai em quatro pontos...
Em 10 de setembro de 2015, após discussão acerca da legalidade, o estatuto da Primeira Liga foi publicado. Dizia o seguinte: “(…) composta exclusivamente por entidades de prática desportiva da modalidade futebol, que disputem competições na categoria profissional sediadas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro, com patrimônio e autonomia administrativa, financeira e jurídica própria, distinta de seus filiados”.
Um ano depois, no balanço da agremiação, houve uma reunião em Brasília, definindo o modelo comercial de venda de direitos de transmissão da televisão, naming rights e patrocínios, além da inclusão de novos membros. Na primeira ampliação, seguindo o estatuto, entraram Brasil de Pelotas, Londrina e Tupi, reforçando o interior gaúcho, paranaense e mineiro. Porém, o encontro acabou abrindo espaço para Mato Grosso (Luverdense), Goiás (Atlético-GO) e, o mais surpreendente, Ceará. Sim, o Ceará Sporting, campeão nordestino em 2015, aderiu à liga, que, na prática, concorre justamente com a Lampions League, organizada pela Liga do Nordeste, na qual o clube alencarino é um dos 16 membros fundadores (em 2001). Segundo a resolução na capital federal, os seis novos membros não vão participar da Primeira Liga em 2017, deixando em aberto a possibilidade a partir de 2018, data-chave no Nordeste.
Entre os sete principais clubes da região (três do Recife, dois de Salvador e dois de Fortaleza), o Vozão é, curiosamente, a única ausência do torneio de 2017. Perdeu a vaga no campo, ao ficar de fora da decisão estadual. Difícil desvincular essa ausência da entrada na outra liga, até porque financeiramente o Ceará vem ganhando bastante dinheiro na Copa do Nordeste – cuja movimentação financeira nesta temporada foi de R$ 26 milhões. Em 2015, quando o clube conquistou o inédito título, faturou R$ 5.895.664 entre cotas e bilheteria. Por outro lado, num olhar inicial, a articulação pode ser uma pressão indireta sobre a definição do futuro do Nordestão, com o supracitado G7 do Nordeste discutindo a formação de duas divisões a partir de 2018, cada uma com doze clubes, o que, a médio prazo, garantiria a participação à parte dos certames locais.
As primeiras dúvidas do blog e alguns pitacos:
A presença do Ceará na Primeira Liga pode ser vista como uma ameaça à Liga do Nordeste? Em relação à imagem da liga nordestina, sim. E também na composição do Nordestão, pois os torneios ocorrem em datas semelhantes.
Algum clube pernambucano faria o mesmo caso não se classificasse à Copa do Nordeste? Nos bastidores, convites já foram feitos, também em caso de ausência…
Tecnicamente, seria mais vantajoso disputar qual torneio? Pelo calendário da CBF, o Nordestão deve ter 12 datas, contra apenas 7 da Primeira Liga, além de oferecer uma vaga na Sul-Americana. Para o próximo triênio, já em negociação na Primeira Liga, a questão financeira pode pesar.
Com o Ceará na Primeira Liga, abre a possibilidade de a Liga do Nordeste também aceitar clubes de outras regiões? Com a Copa Verde em vigor, todas as regiões estão contempladas. Ou seja, neste momento parece surgir uma disputa de “mercado”. Cabe à Liga NE se proteger. Em 2014, na condição de única liga do país, vetou o Flamengo.
Essa interseção pode ser o embrião de uma fusão para a liga nacional? Num viés positivista, sim. Porém, com a leitura anterior… dificilmente.
Outras dúvidas? Outros pontos de vista? Está aberto o necessário debate.
No papel, junto à CBF e à tevê, a Copa do Nordeste está garantida até 2022. É um sucesso, entre vários motivos, também pela presença do próprio Ceará.
A vitória do Sport sobre o Santa Cruz por 5 x 3, na Ilha do Retiro, deu ao time pernambucano “uma rodada de vantagem” em relação ao Z4. Agora, mesmo que perca do Galo em Belo Horizonte, e a missão mesmo é das mais complicadas, voltará ao Recife fora da zona. Um lampejo de tranquilidade. Derrotados, os corais seguem a sete pontos de distância do 16º colocado, mas com a concorrência naturalmente mais acirrada. Hoje, para chegar a 46 pontos, o time precisaria de um aproveitamento de 61%. Nível G4.
A cada rodada, o blog projeta dois cenários para evitar a queda, um com 46 pontos, a margem mínima com 100% de segurança (até hoje). O segundo considera a atual campanha do 16º lugar, hoje o Inter. Ou seja, ao final de 38 rodadas, o aproveitamento, arrendondado para cima, resultaria em 43 pontos, dois a menos que a rodada passada. Veja o que é preciso para sobreviver…
As nove maiores probabilidades de rebaixamento após 24 rodadas.
Probabilidades das pontuações finais para evitar o descenso após 24 rodadas
Sport – soma 30 pontos em 24 jogos (41,7%)
Para chegar a 46 pontos (margem segura): Precisa de 16 pontos em 14 rodadas …ou 38,0% de aproveitamento Simulações: 5v-1e-8d, 4v-4e-6d, 3v-7e-4d
Para chegar a 43 pontos (rendimento atual do 16º): Precisa de 13 pontos em 14 rodadas …ou 30,9% de aproveitamento Simulações: 4v-1e-9d, 3v-4e-7d, 2v-7e-5d
Permanência: 87% (Infobola), 84.8% (UFMG) e 84.3% (Chance de Gol)
Santa Cruz – soma 20 pontos em 24 jogos (27,8%)
Para chegar a 46 pontos (margem segura): Precisa de 26 pontos em 14 rodadas …ou 61,9% de aproveitamento Simulações: 8v-2e-4d, 7v-5e-2d, 6v-8e-0d
Para chegar a 43 pontos (rendimento atual do 16º): Precisa de 23 pontos em 14 rodadas …ou 54,7% de aproveitamento Simulações: 7v-2e-5d, 6v-5e-3d, 5v-8e-1d
Permanência: 9.5% (UFMG), 7% (Infobola), 4.3% e (Chance de Gol)
A 25ª rodada dos representantes pernambucanos
14/09 (21h00) – Santa Cruz x Atlético-PR (Arruda)
Histórico no Recife pela elite: nenhuma vitória coral, 2 empates e 2 derrotas
15/09 (19h30) – Atlético-MG x Sport (Independência) Histórico em BH pela elite: 2 vitórias leoninas, 5 empates e 10 derrotas
Em jogos de grande apelo, os clubes tem o hábito de filmar os bastidores, antes e depois, com depoimentos dos jogadores. Porém, os vídeos só costumam ser divulgados em caso de vitória. No caso, vamos à versão rubro-negra, de 10 minutos, focada no atacante Ruiz e produzida por Lucas Fitipaldi. Assista.
“Eu não quero essa história de torcida única nos estádios no Pernambuco, não. Isso acontece no Campeonato Brasileiro” Carlos Alberto Oliveira, presidente da FPF, em janeiro de 2009.
“Já estamos cogitando torcida única, embora não acredite que vá funcionar” Evandro Carvalho, presidente da FPF, em setembro de 2016.
Nos mais de sete anos entre as duas declarações, o futebol local viveu um período de turbulência, com seguidos arrastões e brigas entre facções uniformizadas na cidade, detenções sem efeito, tentativas de homicídio (tiro e agressão) e dois assassinatos. Paulo Ricardo Gomes da Silva, de 26 anos, atingido por um vaso sanitário em 2015, e Márcio Roberto Cavalcante da Silva, de 36 anos, espancado em 2016. Mortos na saída de jogos de futebol no Recife.
A cada manchete violenta, repercutida no país, os organizadores tentaram impor ações, que posteriormente se mostraram paliativas. Foi assim até hoje, com o governo do estado pecando de forma absurda na questão, cristalina em relação à segurança pública. Agora, por mais que a violência tenha sido sensivelmente reduzida dentro dos estádios, o isolamento em clássicos segue como ‘solução’. Para 2017, já no Campeonato Pernambucano, há a possibilidade real de clássicos com torcida única, nos quatro principais palcos da região metropolitana. Como já ocorre nas cidades de São Paulo e Belo Horizonte.
Como exemplo, dois Clássicos das Multidões, ambos na Ilha do Retiro e separados por vinte anos, 1996 e 2016. Mostram uma redução impressionante do espaço à torcida coral. Nacionalmente, hoje, o Regulamento Geral de Competições da CBF determina uma carga de 10% dos ingressos à torcida visitante. No cenário local, em 2009, o então mandatário da federação elevou o dado para 20%, válido apenas entre os confrontos envolvendo o Trio de Ferro, justamente para evitar a perda da identidade. Formada por clássicos divididos meio a meio nas arquibancadas e gerais, num passado cada vez mais remoto.
Com o cenário, a divisão nos clássicos (abaixo) perderia qualquer sentido…
O fim de semana no Recife começou com a estreia de Givanildo Oliveira no comando do Náutico, sábado. Um empate sem gols com o Bahia, na Arena, num jogo de intensidade, mas cujo placar complica ainda mais a meta timbu. No domingo, no clássico que definiu o troféu em homenagem ao próprio Giva, com oito gols, o Sport venceu o Santa e abriu “uma rodada” de vantagem sobre o Z4 do Brasileiro. No 45 minutos, uma análise das partidas, com destaques individuais, falhas, mudanças táticas e projeções das próximos rodadas. Por fim, infelizmente o recorrente tema da violência. Ao todo, 2h34m de debate.
Veja o infográfico com as pautas do Clássico das Multidões clicando aqui.
Neste 271º podcast, estou ao lado de Cabral Neto, Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto. Ouça agora ou quando quiser!
O centenário do Clássico das Multidões foi marcado por oito jogos, nos âmbitos estadual, nacional e internacional. Jogos acompanhados in loco por 130.362 torcedores, com média 16.295 e 16 gols ao todo. Metade justamente no derradeiro confronto, a vitória do Sport sobre o Santa Cruz por 5 x 3, no resultado que definiu, no apagar das luzes, a posse do Troféu Givanildo Oliveira.
O regulamento instituído pela FPF era bem simples, com o título simbólico para o clube com mais pontos nos clássicos disputados em 2016. Em caso de igualdade, cada rival ganharia uma taça. E era justamente esse desfecho até os 44 minutos do segundo tempo da decisão na Ilha, no returno da Série A. Até o gol de Vinícius Araújo, que colocou o Leão pela primeira vez em vantagem na tarde. O gol de Everton Felipe, por cobertura, encerrou a história. Até então, a vantagem no ano era coral, com triunfos em dois mata-matas, na final do Estadual e na segunda fase da Copa Sul-Americana. No entanto, o resultado positivo do Leão, fazendo 3 x 2 em triunfos, rendeu um lá e lô no Brasileirão.
Com a conquista, erguida pelo capitão Durval, o rubro-negro somou a segunda taça em clássicos centenários. Em 2009, a disputa envolveu Sport e Náutico, mas num formato distinto. Foi apenas um jogo, também na elite, no dia seguinte ao aniversário do clássico. Com o 3 x 3, cada rival ganhou uma taça. Em 2017, será a vez do Troféu Gena, no centenário do Clássico das Emoções.
Jogos disputados em 2016 21/02 – Sport 2 x 1 Santa Cruz, Estadual (Ilha, 14.609) 10/04 – Santa Cruz 1 x 1 Sport, Estadual (Arruda, 16.377) 04/05 – Santa Cruz 1 x 0 Sport, Estadual (Arruda, 30.163) 08/05 – Sport 0 x 0 Santa Cruz, Estadual (Ilha, 27.493) 01/06 – Santa Cruz 0 x 1 Sport, Série A (Arruda, 16.951) 24/08 – Santa Cruz 0 x 0 Sport, Sul-Americana (Arena, 5.517) 31/08 – Sport 0 x 1 Santa Cruz, Sul-Americana (Arena, 6.570) 11/09 – Sport 5 x 3 Santa Cruz, Série A (Ilha, 12.682)
Classificação após 8 clássicos 12 pontos – Sport 9 pontos – Santa Cruz
Foi um desfecho além do imaginável para o centenário do Clássico das Multidões. O oitavo e último confronto em 2016, ao vivo na tevê para todo o estado, foi, sem dúvida alguma, o jogo mais eletrizante. Sete gols somente no segundo tempo, sendo cinco dos rubro-negros, reviravoltas até o fim, empenho absoluto em campo, tristeza e comemoração de um lado, comemoração e tristeza do outro. O Sport fez 5 x 3 no Santa Cruz, somando seis pontos em cima do rival no Campeonato Brasileiro, num lá e lô que dá fôlego na briga contra o descenso. Naturalmente, empurrou o tricolor ainda mais para o buraco.
Para falar sobre o jogo, o primeiro tempo pode ser resumido na velocidade de Keno para definir as jogadas, abrindo o placar com seis minutos, e na atuação de Tiago Cardoso, praxe contra os leoninos, com três defesas incríveis. Nos descontos, num rebote do goleiro na pequena área, Durval conseguiu chutar por cima, passando aquela sensação de que seria mais uma tarde com festa na geral do placar. O cenário já era propício ao Santa e João Paulo, na volta do intervalo, acertou um chutaço, deixando uma possível reação estática. Por isso, talvez o gol mais importante do Leão tenha sido o primeiro, logo na sequência, trazendo estímulo à torcida e ao próprio time, visivelmente abatido pelo placar.
A partir dali, o Sport passou a jogar pelos lados, finalmente encontrando espaço. Os gringos, Rodney (esquerda) e Ruiz (direita) levaram vantagem, com a mobilidade do colombiano bem superior à peça anterior, Edmílson. Nem Léo Moura nem Allan Vieira deram conta das tabelas, com a bola passeando na área coral. Com Diego Souza sendo mais recuado (começou como atacante, numa função onde não rende), a bola aérea tornou-se um perigo. Após muita luta, o primeiro empate veio aos 24 minutos, com a pressão silenciada 120 segundos depois, com Bruno Moraes ensaiando mais uma atuação decisiva. O terceiro gol coral foi gerado numa sucessão de falhas, com a saída de Matheus Ferraz e com Magrão pregado na pequena área, deixando o general concluir.
Novamente em desvantagem, o Sport seguiria investindo nos cruzamentos, e Tiago Cardoso, quem diria, passaria longe da performance inicial. De cabeça, Ruiz marcou o seu primeiro gol na Ilha. Nova igualdade e confusão, com Diego Souza e Derley expulsos. Neste clima quente, quem perderia mais? Com o volume de jogo do Sport, ambos. Porém, o buraco deixado pelo volante foi maior que a participação de DS87, com outros nomes sobressaindo, Vinícius Araújo e Everton Felipe, acionados. Aos 44 e aos 46 minutos, ambos marcaram, em uma das maiores vitórias do Sport nos últimos tempos. Ao torcedor, cuja rivalidade pesa demais, não há como negar. Nem ao vencedor nem ao derrotado. E poderia ficar melhor para o Sport? Poderia e ficou. Com a conquista do Troféu Givanildo Oliveira, a simbólica disputa das multidões, numa legítima final.
O lateral-direito Gena brilhou no hexa do Náutico e no penta do Santa Cruz. Ao todo, conquistou dez títulos entre 1963 a 1973. Só não levantou a taça em 1969, no início da arrancada tricolor, pois ainda estava vinculado ao alvirrubro. O ex-jogador, hoje com 73 anos, foi escolhido pela FPF para dar nome ao troféu em homenagem ao centenário do Clássico das Emoções. Curiosamente, Gena foi sugerido por Givanildo Oliveira, seu companheiro no time tricolor na década de 1970 e homenageado no troféu do Clássico das Multidões.
O formato de disputa será o mesmo adotado para Sport x Santa, somando a pontuação de todos os clássicos oficiais na temporada. Quem somar mais pontos, leva. Em caso de empate, uma taça para cada. Hoje, a projeção dessa simbólica disputa vai de 2 a 12 jogos (possibilidades abaixo).
O clássico entre alvirrubros e tricolores será o 15º do país a completar um século de história no futebol. O primeiro duelo aconteceu em 29 de junho de 1917, no campo dos Aflitos, na época ainda pertencente à Liga Sportiva Pernambucana (atual federação) – somente no ano seguinte passaria para a posse timbu. O Santa fez 3 x 0, em jogo válido por um torneio beneficente.
Confira a lista dos 27 clássicos mais antigos do Brasil clicando aqui.
Os títulos pernambucanos de Gena:
Pelo Alvirrubro – 1963, 1964, 1965, 1966, 1967 e 1968 Pelo Tricolor – 1970, 1971, 1972 e 1973
A lista do Clássico das Emoções em 2017:
Estadual (de 2 a 4 jogos) Além das duas partidas no hexagonal, os rivais podem se enfrentar no mata-mata. De 2010 a 2016, no formato atual, foram três confrontos decisivos, todos nas semifinais, com dois triunfos corais e um dos alvirrubros.
Copa do Nordeste (até 4 jogos) Há 20% de o confronto sair já na fase de grupos, pois o Náutico está no pote 1 e o Santa no pote 2 – o sorteio será em 4 de outubro. À parte disso, o clássico também pode ocorrer no mata-mata. Logo, até quatro partidas.
Série A ou B (2 jogos) Há a possibilidade de mais dois jogos no Brasileiro, em caso de reencontro na mesma divisão, tendo como possibilidade mais provável a Segundona.
Copa do Brasil (2 jogos) Em 2016, o duelo só não aconteceu na segunda fase porque o Náutico foi eliminado pelo Vitória da Conquista. Ou seja, há chance, ainda que pequena.
A estreia do técnico Givanildo Oliveira, amparado em seu cartel de cinco acessos à Série A, foi um alento para o torcedor alvirrubro visando o clássico nordestino contra o Bahia. Pelo mau início no returno, a chance de acesso já estava reduzida, com seguidos tropeços na Arena Pernambuco, contra Criciúma e Londrina. Mas o que poderia ser um reinício, acabou em nova frustração, com o empate em 0 x 0. O resultado deixa o Náutico cada vez mais longe do G4. Em campo, o time buscou ter mais posse, trocando passes no campo adversário. Quando acelerou, até conseguiu criar boas chances no primeiro tempo.
As melhores foram nos pés de Renan Oliveira. Num contragolpe, o meia ficou cara a cara com Muriel, que defendeu a finalização rasteira. Na segunda, num arremate de fora da área, acertou a trave. Apesar das tentativas, melhores que as de Rony, Bérgson e Nem, acabou marcado pela torcida – pelo desperdício, naturalmente. No segundo tempo, o Baêa voltou marcando mais forte. À frente, Régis e Brocador, com passagens no Sport, pouco faziam. Acabaram substituídos após a expulsão (justa) do lateral Moisés, deixando o vistante com um a menos durante 26 minutos, contabilizando o acréscimo.
Com o tricolor soteropolitano jogando totalmente atrás da linha da bola, o Náutico encontrou dificuldades para variar jogadas ofensivas, insistindo em cruzamentos pelo lado direito, sem efeito. Essa falta de criatividade, mesmo com Vinícius e Renan em campo, é algo que Giva terá que solucionar. Até porque tudo o que a equipe não precisa agora é abusar da previsibilidade. Para tentar alcançar algo nesta Série B, precisará surpreender bastante a partir de agora…