Podcast 45 (184º) – Chances de Náutico, Santa e Sport, desmanche e Givanildo

Após as merecidas férias, a volta ao trabalho no Diario de Pernambuco. De cara, gravação do podcast 45 minutos, com a reta final do Brasileiro. A cinco rodadas dos fim das Séries A e B de 2015, analisamos as chances do trio recifense, tanto nas projeções matemáticas quanto na técnica propriamente dita, com a dificuldade de cada jogo até a 38ª rodada. Comentamos também o provável acesso do América-MG, dirigido pelo pernambucano Givanildo Oliveira, que pode conquistar o quinto acesso à elite, um recorde. Além da resenha com dicas de música, viagens etc.

Nesta 184ª edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

As cotas de transmissão do Brasileirão, com divisão entre TV aberta e PPV

Cota de TV do Campeonato Brasileiro de 2013 a 2015. Crédito: José Colagrossi/Ibope/Twitter

As cotas de transmissão do Campeonato Brasileiro atendem a dois perfis de mercado, a televisão aberta e a tevê paga. Neste segundo ponto há o critério “flutuante” nas verbas repassadas aos clubes, através do pay-per-view, com a distribuição de R$ 300 milhões. Quem vende mais pacotes, recebe mais, num levantamento feito em conjunto entre o Ibope e o Datafolha – em 2014 foram dez mil assinantes entrevistados. A Sky, uma das principais operadoras envolvidas, disponibiliza um ranking de assinantes, que ajuda a compreender o quadro. Entre os clientes, Sport 1,41%, Santa Cruz 0,58% e Náutico 0,57%.

Sobre a divisão, a explicação é direta. Mesmo com a “base” paga pela Globo, existe um “bônus” na receita total, via PPV. Sport e Bahia, por exemplo, têm a garantia de R$ 27 milhões. Neste ano, na Série B, o Tricolor recebeu mais por ter mais assinantes (R$ 42 mi x R$ 33 mi). Pelo mesmo motivo, o Galo aparece à frente do Palmeiras na lista absoluta, mesmo recebendo menos na base. No quadro divulgado pelo diretor-executivo do Ibope/Repucom, José Colagrossi, o Náutico aparece em 2013. Na ocasião, quatro times receberam a cota mínima (Criciúma, Náutico, Ponte e Lusa), mas o Timbu ganhou um pouco mais por causa dos assinantes do Premiere (1,88% x 1,79%).

Vale lembrar que a partir de 2016 começa um novo ciclo de contratos, de quatro anos. No novo modelo, Flamengo e Corinthians devem receber R$ 170 milhões anuais. A cota do Sport, o único pernambucano de contrato assinado por mais de uma temporada, passa de R$ 27 mi para R$ 35 milhões.

A tendência a médio prazo é aumentar a importância do PPV nesta divisão….

Balanço dos jogadores profissionais no Nordeste, inferior a dois salários mínimos

Quadro sobre os jogadores profissionais de futebol no Nordeste em 2015 (via CBF/FPF). Arte: Infogr.am (Cassio Zirpoli)

Um levantamento da CBF sobre o Nordeste, de 2015, aponta a existência de 1.911 contratos ativos de jogadores profissionais. No futebol, de uma forma geral, se enxerga um meio de altos salários, muito acima da média do trabalhador comum. Esse contexto existe, é verdade, mas numa parcela ínfima dos atletas, como Diego Souza (R$ 250 mil) e Grafite (R$ 166 mil), destaques de Sport e Santa Cruz, por exemplo. No geral, nas divisões inferiores, nacionais e estaduais, o rendimento mensal mal passa de um salário mínimo (R$ 788).

De acordo com o dado repassado pelo diretor de competições da FPF, Murilo Falcão, apenas 200 jogadores ganham mais de R$ 1 mil na região. E essa mesma fatia é a única com contratos superiores a três meses de duração. Pois é, o restante (89,5%) ganha menos e só atua 1/4 do ano. Não por acaso, no futebol local é comum ver os mesmos nomes disputando a primeira divisão no primeiro semestre e a segunda divisão no segundo semestre, sempre em clubes pequenos. Imagine em centros menos estruturados, como Sergipe e Piauí…

Em 2014, o movimento Bom Senso FC, liderado pelos próprios jogadores, também fez um raio x da categoria, num retrato nacional. Situação parecida. Dos 20 mil atletas no boletim informativo diário (BID), 82% joga por menos de salários mínimos (na época em R$ 724), com 15% de desempregados. Dos 684 clubes listados, 583 (ou 85%) ficam inativos por seis meses. É um problema geral.

Nordeste (CBF) 
1.911 jogadores profissionais
89,5% com menos de R$ 1.000
10,5% com mais de R$ 1.000

Brasil (Bom Senso FC)
20.000 jogadores profissionais
82% com menos de dois salários mínimos (R$ 1.448)
3% com mais de dois salários mínimos  (R$ 1.448) 

Na Série A2 do Pernambucano (abaixo), o cenário fica ainda mais evidente, até por ser “Sub 23”, com a possibilidade de inscrição de no máximo quatro jogadores sem limite de idade. Naturalmente, a faixa salarial cai ainda mais.

Série A2 (Sub 23) de 2015: Barreiros 0x0 Ipojuca. Foto: FPF/site oficial

Podcast 45 (175º) – Empate do Santa em São Luís e goleadas de Náutico e Sport

Começamos o 45 minutos com o Santa, que empatou com o Sampaio e se manteve a dois pontos do G4. Analisamos a partida, o gol anulado, as opções de Martelotte para a próxima rodada e o rendimento de Grafite. No Náutico, comentamos a segunda vitória seguida, que recolocou o time na briga pelo acesso. Na sequência foi a vez do Sport, que venceu a Chape, ganhando um pouco de tranquilidade para enfrentar o Huracán. Quais são as chances na Argentina? O campo reduzido pode induzir Falcão a mudanças?

Confira um infográfico com as principais atrações do podcast aqui.

Nesta 175ª edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Aflitos, Arruda e Ilha Retiro no mapa de 1875, antes do futebol no Recife

Planta do Recife em 1875. Crédito: Biblioteca Nacional

Em 2015, a população do Recife chegou a 1,6 milhão de habitantes, segundo o IBGE. Há 140 anos, a população da capital pernambucana era de 116 mil pessoas. Era o primeiro dado demográfico da história do país, através do censo da Diretoria Geral de Estatística (DGE), ainda na época imperial. A partir deste Recife, então, imagine como seria a cidade naquele tempo. Há registros cartográficos, naturalmente. Na Biblioteca Nacional é possível ver a íntegra da Planta da cidade do Recife e seus arrabaldes. A última palavra, pouco usada hoje em dia, tem como sinônimos arredores ou cercanias. Ou seja, um esboço do que nós conhecemos atualmente como “Grande Recife”.

Em março de 1875, a Repartição de Obras Públicas elaborou um novo mapa cartográfico para a capital, pois a planta de 1855 estava ‘esgotada’. Foi um pedido do então presidente da província, o desembargador Henrique Pereira de Lucena. Ao blog, a indicação coube a João Guilherme da Silva, estudante de geografia na UFPE, justamente pelas localizações dos Aflitos, Arruda e Ilha do Retiro, ainda sem aterros, com veias abertas nos rios, ruas (“estradas”) com outros nomes, poucas pontes e quase nenhuma edificação, até porque a concentração urbana era no Bairro do Recife e na Boa Vista. Poucos pontos se mantêm, como o Hospital Português e a Igreja Nossa Senhora dos Aflitos.

O football só chegaria ao estado no século seguinte. E os próprios grandes clubes surgiram em outros lugares, perambulando até fincar raízes nos bairros tradicionais, em 1918 (Náutico), 1936 (Sport) e 1943 (Santa Cruz). O intenso crescimento urbano pode ser medido numa comparação com os mapas atuais, totalmente digitalizados, através do Google Maps: Aflitos, Arruda e Ilha do Retiro.

Aflitos (O terreno ficava no limite da estrada no bairro que sequer tinha nome)

Planta do Recife em 1875 (Aflitos). Crédito: Biblioteca Nacional

Arruda (Os dois canais próximos ao estádio, hoje, eram córregos do rio)

Planta do Recife em 1875 (Arruda). Crédito: Biblioteca Nacional

Ilha do Retiro (Era uma ilha de fato, que passaria por seguidos aterros)

Planta do Recife em 1875 (Ilha do Retico). Crédito: Biblioteca Nacional

A 28ª classificação da Segundona 2015

A classificação da Série B 2015 após 28 rodadas. Crédito: Superesportes

O G4 chegou a cinco rodadas com a mesma formação, variando apenas a ordem dos colocados, tendo agora o Vitória como vice-líder ultrapassando o Paysandu (resultado do confronto direto, na Fonte Nova, com 3 x 1 para os baianos). Havia a expectativa da entrada do Tricolor no pelotão de cima da Segundona, nesta 28ª rodada. No entanto, o Santa Cruz empatou com o Sampaio Corrêa, no Castelão, e se manteve a dois pontos de distância, mas perdeu uma colocação na tabela – do 5º para o 6º lugar.

Já o Timbu somou seis pontos nas últimas duas rodadas. Deu um salto, diminuindo a diferença de oito para quatro pontos. Ainda assim, a goleada do Náutico sobre o ABC, na Arena Pernambuco, não tirou o time da 8ª colocação.

Obs. Após 23 dias, a Série B voltou a ficar com a tabela completa, com a realização do jogo adiado, da 23ª rodada, Atlético-GO 0 x 0 Criciúma.

No G4, um carioca (líder), dois baianos e um paraense.

A 29ª rodada dos representantes pernambucanos
29/09 (21h00) – Santa Cruz x Bragantino (Arruda)
03/10 (16h30) – Oeste x Náutico (José Liberatti, Osasco)

Com ótimo segundo tempo, o Náutico goleia o ABC e ensaia recuperação

Série B 2015, 28ª rodada: Náutico 3x0 ABC. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Quanta diferença após o apito do árbitro Francisco Carlos do Nascimento no intervalo e no fim do jogo. No primeiro, o Náutico foi vaiado pelos seis mil torcedores na arena. O time havia passado boa parte do jogo com um a mais que o ABC, após a justa expulsão do zagueiro Luisão, derrubando Bérgson, que corria livre. Afobado, o time pernambucano pouco produziu. Até insistiu, mas sem pensar direito as jogadas. Na volta do vestiário, até mesmo pela pressão da torcida, o técnico Gilmar Dal Pozzo promoveu duas mudanças. Saíram Marino e Renato, entrando Hiltinho e Daniel Morais. A segunda surtiu efeito instantâneo.

Em sua primeira participação, Daniel trabalhou bem a bola na meia-lua e bateu colocado, certeiro. Com a equipe mais solta, em vantagem no placar e na distribuição em campo, era só aproveitar a onda positiva (que ressurgiu em Belém, vale lembrar). Dito e feito, com Bérgson recebendo pela direita e batendo rasteiro. Em menos de cinco minutos, dois gols. Francamente, o resultado já estava consolidado ali, com o Timbu enfim mantendo a tranquilidade.

Não por acaso, o goleiro Saulo, emprestado pelo Sport teve bastante trabalho. Pela frente, os atacantes alvirrubros. Atrás da sua barra na etapa complementar, a maioria da torcida presente. E ele ainda teria buscar mais uma bola lá no fundo das redes após uma triangulação com Bérgson (nome do sábado) fechando a goleada, 3 x 0. Há duas rodadas, a diferença em relação ao G4 era de oito pontos. Caiu para seis e agora para quatro. O Timbu, quem diria, está vivo.

Série B 2015, 28ª rodada: Náutico 3x0 ABC. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Analisando o mapa de curtidas dos clubes em Pernambuco, via Globo/Facebook

Mapa de curtidas de clubes em Pernambuco. Crédito: globoesporte.globo.com (reprodução)

O Mapa das curtidas dos times do Brasil no facebook, produzido pelo globoesporte.com em parceria com a rede social de Mark Zuckerberg, é espetacular. Próximo do que se imagina caso o IBGE resolva adicionar, um dia, a pergunta “Para qual time você torce?” ao censo nacional. Foram analisadas 54 milhões de curtidas nas páginas oficiais de 43 clubes do país, em maio de 2015. A partir disso, um mapeamento individual em 5.570 municípios. Aqui, vamos tratar de Pernambuco. O mapa foi colorizado com o líder em cada cidade, independentemente da intensidade de pessoas envolvidas.

No caso local, apenas três clubes lideram entre os 185 municípios. Pelo volume territorial, a ordem seria a seguinte: Flamengo (vermelho), Corinthians (preto) e Sport (amarelo). Pela quantidade de cidades pernambucanas, a ordem seria Timão (99), Sport (53) e Fla (33). Contudo, os dois cenários vão de encontro ao Ibope, a pesquisa tradicional mais recente, que apontou a ordem Sport, Santa, Corinthians e Náutico. Vamos, então, a um exemplo de distorção. Petrolina, com maioria flamenguista, tem um território imenso, de 4.561 km², com 331 mil moradores. Já o Grande Recife é formado por 14 cidades, totalizando em 2.770 km², mas com uma população de 3.914.317 habitantes. Detalhe: o Sport ficou à frente em toda RMR. Visualmente, parece ter menos “likes”. Na própria Zona da Mata (com o Leão à frente) a densidade populacional é superior ao Sertão (Fla).

Em escala nacional ocorre a mesma distorção, com domínio territorial do Mengo, por mais que o Corinthians tenha mais curtidores (10,4 milhões x 10,1 milhões). Um mapa de calor poderia amenizar essa percepção, assim como a divulgação do percentual absoluto em cada estado, o que não foi divulgado num primeiro momento. São apenas observações sobre o levantamento, no qual o próprio portal faz questão de não tratar como “pesquisa de torcida”, até mesmo por não contar com a fatia (geralmente de 20%, segundo os institutos) de pessoas que não gostam de futebol. Mas em nada diminui a sensação sobre um raio x jamais visto neste polêmico assunto.

Sport: presente em 5.446 municípios, 1º em 53, 2º em 33, 3º em 38, 4º em 48
Santa: presente 3.130 municípios, 2º em 8, 3º em 17 e 4º em 22
Náutico: presente em 3.880 municípios, 4º em 4

Mapa de curtidas dos times do Brasil no Facebook (Sport). Crédito: app.globoesporte.globo.com/futebol/mapa-das-torcidas-no-facebook (reprodução)

Mapa de curtidas dos times do Brasil no Facebook (Santa Cruz). Crédito: app.globoesporte.globo.com/futebol/mapa-das-torcidas-no-facebook (reprodução)

Mapa de curtidas dos times do Brasil no Facebook (Náutico). Crédito: app.globoesporte.globo.com/futebol/mapa-das-torcidas-no-facebook (reprodução)

Participação na Libertadores e Copa do Nordeste? Não simultaneamente, diz CBF

Manoel Flores, o diretor de competições da CBF, durante o sorteio o Nordestão de 2016. Crédito: Esporte Interativo/reprodução

Natal – Um time do Nordeste pode disputar a Taça Libertadores e o Nordestão ao mesmo tempo? A dúvida existe desde o retorno do regional, em 2013, pois não consta no regulamento. Claro, trata-se de um cenário difícil, tanto que até hoje os nordestinos só disputaram a maior competição do continente seis vezes, sendo uma nos últimos 25 anos. No lançamento da Lampions League de 2016, em Natal, o blog questionou o diretor de competições da CBF, Manoel Flores, sobre o assunto. O dirigente, que assumiu o lugar de Virgílio Elísio, afastado após duas décadas por problemas de saúde, foi direto na resposta.

“Não, um clube não pode disputar as duas simultaneamente, por causa do choque de datas (ambas nas quartas e quintas do primeiro semestre). A preferência, claro, é a Libertadores, com outro time do estado ocupando o lugar na Copa do Nordeste.”

Também presente no evento, o diretor de competições da FPF, Murilo Falcão, comentou que no caso de Pernambuco, considerando alguma classificação à Liberta, a vaga no regional seria repassada automaticamente ao 4º colocado do Estadual. Esse tipo de dúvida acerca das brechas nacionais gerou o impasse entre Ceará e CBF, em 2015, com o time alencarino brigando na justiça para disputar no segundo semestre a Sul-Americana, na condição de campeão regional, e a Copa do Brasil, na qual obteve no campo a vaga às oitavas. Tudo porque, ao contrário do regulamento do Campeonato Brasileiro, não havia a restrição no Nordestão. Posteriormente, o Vozão recuou e abriu mão da Sula.

Nordestinos na Libertadores:
Bahia (1960, 1964 e 1989), Sport (1988 e 2009) e Náutico (1968). 

É difícil ir à Liberta, mas não custa nada esclarecer as possibilidades…

Nos bastidores do sorteio do Nordestão, a costura dos presidentes da Liga até 2021

Sorteio da Copa do Nordeste de 2016, em 24/09/2015, em Natal. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Natal – Com a cúpula do futebol da região, entre clubes e federações, reunida para o sorteio da Copa do Nordeste de 2016, em um hotel costeiro em Natal, havia a expectativa sobre a eleição do novo presidente da Liga do Nordeste, para o triênio 2016-2018. Seria antes mesmo do evento. Se o atual presidente, Alexi Portela, parecia desgastado após a polêmica sobre a composição da Lampions League desta temporada, numa virada de mesa que excluiu o Santa Cruz, nos bastidores houve o entendimento.

No dia da apresentação do torneio, chegou a notícia sobre a remarcação da eleição da liga, para 1º de outubro, em Salvador, terra de Portela. O ex-mandatário do Vitória deve ser reeleito no comando da “Liga dos Clubes de Futebol do Nordeste”, a LCFN, que teve como primeiro presidente, em 2001, Luciano Bivar. O bate-chapa foi para o espaço e Eduardo Rocha, que já dirigiu o América de Natal e a própria liga até 2010, continuará como superintendente executivo da organização, cujo torneio faturou R$ 29 milhões este ano.

Nos corredores do hotel, devidamente paramentado para o lançamento da 13ª edição do regional, já é dada como certa até a eleição seguinte da Liga do Nordeste, com o próprio Eduardo Rocha de volta, de 2019 a 2021. Na possível casadinha de uma década entre baianos e potiguares, os pernambucanos – Náutico, Santa e Sport são membros fundadores – seguem apenas votando, sem tomar à frente das decisões.

Sorteio da Copa do Nordeste de 2016, em 24/09/2015, em Natal. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press