O Náutico fez uma apresentação medíocre na Arena. Jogou de forma desordenada, afobada e errou demais nas finalizações, numa noite em que só a vitória o manteria em condições normais de classificação no Nordestão. Empacou. O empate em 0 x 0 com o Campinense deixou o timbu com quatro pontos, restando apenas dois jogos. Além de vencer os dois, incluindo um clássico, precisa secar adversários do seu grupo e dos outros para terminar a fase como um dos três melhores vice-líderes. Ou seja, saiu do controle.
Estreando o técnico Milton Cruz, o time mostrou vontade, só. Insuficiente para superar um adversário arrumado – embora tecnicamente esteja na Série D. Por sinal, a Raposa impressiona pela competitividade no regional. Desde a volta, em 2013, foram três participações, avançando em todas. E foi longe, com um título e um vice. Em 2017, já encaminha mais um mata-mata. Bem postado na defesa, o visitante tentou se impor nos contragolpes, mas sem se expor, consciente do resultado já interessante – e a numerosa torcida paraibana comemorou o empate em São Lourenço. Com a intermediária ofensiva preenchida, o Alvirrubro encontrou dificuldades para criar (com volantes!), mas até conseguiu finalizar, com chutes de primeira, de longe. Sempre com pressa. Quase sempre pra fora.
O resumo está no último lance de perigo, aos 45 minutos. Com dois jogadores brigando pela bola na área, Páscoa acabou pegando o rebote. Estava em ótima condição, mas mandou pra fora. E reduziu ainda mais a esperança de um time que vem na contramão. Encaminhando a 3ª eliminação precoce seguida.
A distribuição das vagas no novo Nordestão, num gráfico de Thiago Minhoca.
Em 2018, a Copa do Nordeste deve incorporar uma etapa no estilo “Pré-Libertadores”, elaborada para que a fase principal volte a ter 16 clubes. Trata-se da solução entre três frentes, envolvendo federações, Liga do Nordeste e o G7, grupo formado pelos sete maiores clubes (Náutico, Santa, Sport, Bahia, Vitória, Ceará e Fortaleza). Desde a ampliação da Lampions de 16 para 20 times, há três temporadas, os organizadores detectaram um excesso de jogos sem apelo, buscando, a partir desta visão, um critério técnico (necessário, é bom frisar) para manter as principais forças na disputa e a atratividade da competição, cuja premiação passou de R$ 5,6 mi para 18,5 milhões em cinco anos.
2) A Liga do Nordeste travava uma disputa de bastidores com as federações por acordos comerciais, tentando contemplar mais clubes. Se baseava no acordo judicial junto à CBF, que garante a Copa do Nordeste até 2022.
Num ano que começou com o presidente da FPF, Evandro Carvalho, ameaçando o torneio de extinção, ao que parece chegou-se a um entendimento. Primeiro, o presidente da Liga do Nordeste, Alexi Portela, adiantou a transformação em entrevista a Vitor Villar, do jornal baiano A Tarde.
“(…) para 2019 vamos precisar mudar o formato. Talvez garantir alguns times direto na fase de grupos e pegar terceiros e quartos colocados de cada Estadual e fazer um mata-mata antes da fase de grupos. É uma ideia, mas não tem nada fechado ainda. A ideia do novo formato é ter jogos mais atraentes desde a 1ª fase, com times de maior apelo popular.”
Depois, o presidente da federação cearense, Mauro Carmélio, esmiuçou todas as mudanças na Rádio Verdes Mares, de Fortaleza, com o processo de mudanças em dois anos. Em 2018, no formato. Em 2019, nos participantes.
O acordo triplo para o novo Nordestão:
1) A Copa do Nordeste tende a ser realizada num período distinto do campeonato estadual (ou antes ou depois, mas não mais simultaneamente). Possivelmente abrindo o ano. Ponto para as federações.
2) A competição mantém a mesma distribuição de vagas para os nove estados (20, somando a pré) e as 12 datas (na fase principal) utilizadas desde a volta oficial do torneio, em 2013. Ponto para a Liga.
3) O torneio de fato volta a ter 16 clubes, com 4 grupos de 4 times, com todos os vice-líderes avançando às quartas, além de adotar critérios de proteção (na prática) sobre as vagas. Ponto para o G7, que abdicou da segundona.
Ainda que a CBF não tenha chancelado a transformação da copa, vamos às principais mudanças das duas próximas edições, já com o “Pré-Nordestão”…
Formato de 2018: Respeitando os regulamentos dos campeonatos estaduais em andamento, as 20 vagas (3 de PE, 3 da BA e 2 para os demais) estão asseguradas através desses torneios locais. Porém, apenas 12 times estariam garantidos na fase de grupos (os 9 campeões estaduais e os vices de PE, BA e CE), com 8 times disputando a fase preliminar (demais vices e os 3º colocados de PE e BA). Ou seja, quatro mata-matas, com os vencedores entrando na fase principal.
Formato de 2019: Repete o regulamento, mas muda a forma de classificação, mais excludente. Seriam apenas 9 vagas via estaduais, todas para os campeões. As outras 11 seriam via Ranking da CBF, com 2 vagas por ranking para PE e BA (por que não o vice nesses dois casos?) e 1 vaga para os demais estados. Com 11 classificados via ranking, a presença de zebras tende a diminuir bastante.
Como curiosidade, eis a simulação da Nordestão 2017 com os dois novos formatos (abaixo). Em 2018, o Náutico, por exemplo, teria disputado a fase pré. Com a versão de 2019, o Ceará, 5º no estadual, entraria já na fase de grupos. Por sinal, seriam cinco participantes diferentes: Uniclinic/Ceará, CSA/ASA, Itabaiana/Confiança, Juazeirense/Vitória da Conquista e Altos/Parnahyba..
Em Pernambuco, com a implantação do modelo definitivo, um time do interior só conseguirá a vaga em caso de título (o que nunca ocorreu em 103 anos), uma vez que o Trio de Ferro detém as três melhores colocações no ranking… Justo?
A fase de grupos da Copa do Nordeste de 2017 chegou à metade, com três rodadas disputadas. Devido ao regulamento, implantado há dois anos, a análise da classificação dos grupos sofre uma influência direta das outras chaves. Explica-se: além dos cinco primeiros colocados, apenas os três melhores segundos lugares avançam. Hoje, estariam classificados, na liderança, os seguintes times: Santa Cruz (A), Bahia (B), River (C), CRB (D) e Vitória (E). As outras três vagas ficariam com Campinense (A), Sport (C) e Sergipe (E). Vice-líderes de suas chaves, Fortaleza (B) e ABC (D) sobrariam.
Os potes para o sorteio das quartas de final estariam assim: 1 – Santa Cruz, River, Vitória e Bahia 2 – CRB, Campinense, Sport e Sergipe
A partir da campanha do alvirrubro de Aracaju, hoje com a 8ª vaga, a projeção mínima de classificação (como 2º) é de 12 pontos. Sem dúvida, um desempenho alto. Neste contexto, o Náutico, por exemplo, teria que ganhar os três jogos.
A sexta e última rodada será em 22 de março, com dez jogos ao mesmo tempo.
Em tempo: quem passar de fase ganhará R$ 450 mil de cota.
Em 2014 e 2015, o Náutico foi eliminado de forma precoce no Nordestão. Em ambos os casos na fase de grupos, com 6 e 8 pontos, respectivamente. Em 2017, na terceira participação nesta volta do regional, o alvirrubro largou muito bem, goleando o Uniclinic. Um adversário frágil, com a ressalva feita já naquele momento. Mas, ainda assim, esperava-se um desempenho melhor nos jogos seguintes, contra Santa Cruz e Campinense, finalistas da última edição. Longe disso, com duas derrotas como visitante, quase sem acossar os adversários.
Em 180 minutos, um futebol burocrático, distante da intensidade necessária para a vitória. Após as derrotas no clássico e pelo Estadual, esta contra o Salgueiro, o timbu perdeu a 3ª consecutiva na temporada, com gols aos 43 e 49 do segundo tempo. Em Campina Grande, até teve posse de bola, como queria Dado Cavalcanti, mas não verticalizou o jogo. Marco Antônio e Maylson pouco produziram na criação. Lá atrás, Tiago Cardoso, após uma série de falhas, fazia boa atuação, com a raposa paraibana insistindo nos arremates de fora da área.
Se vencer estava difícil, o empate serviria (considerando a volta na arena), mas a expulsão de Rodrigo Souza, aos 35 da etapa final, expôs o time. E o Campinense abriu o placar bem ali, na meia lua. Renatinho (ex-Santa) mandou de longe e acertou o ângulo. O alvirrubro ainda ficou a um triz do empate, numa cabeçada de Alison, mas o atual vice-campeão definiu num contragolpe, com Léo Ceará, 2 x 0. O resultado deixou um problemão com Dado, já pressionado pelos resultados e pela queda de produção da equipe. Se no Pernambucano a classificação não sofre ameaça, na Lampions será preciso se reinventar para somar ao menos sete pontos, uma margem sem segurança, diga-se.
Atual campeão nordestino, o Santa Cruz chegou à terceira rodada de 2017 na liderança do grupo A, ignorando a drástica reformulação do time, hoje num patamar financeiro bem menor. Ainda sob ajustes, tanto na escalação quanto na proposta de jogo, o tricolor segue obtendo resultados. Num domingo de sol no Arruda, com o frevo já correndo no Recife, somou a terceira vitória seguida, considerando Estadual e Copa do Nordeste. Contra o misto do Uniclinic, a equipe cumpriu a obrigação do grupo. Afinal, o vice-campeão é o lanterna do torneio, agora com três derrotas, nenhum gol marcado e nove sofridos. A goleada por 4 x 0, no ritmo imposto pelo mandante, teve um personagem-chave.
Em relação à última apresentação, na emocionante virada sobre o Central, só uma mudança na escalação, com a entrada do atacante Halef Pitbull no lugar de André Luís – e era questão de tempo. Esperava-se também Anderson Salles na vaga de Jaime, mas Eutrópio enxerga um encaixe melhor na zaga atual, devido à mobilidade de Jaime – ainda que tecnicamente seja mais limitado. Voltando à parte ofensiva, o atacante emprestado pelo Cruzeiro teve boa desenvoltura. Menos afobado, começou na ponta esquerda, ganhando na velocidade e arriscando cruzamentos. Mas foi na área, concluindo, que ele foi contundente.
Aos 34, Pitbull se antecipou num escanteio e cabeceou bem demais. Imitou um cachorro na comemoração. No embalo, a torcida agradeceu o tento “latindo”. Greia total. Na segunda etapa, numa enfiada de bola, Pitbull mostrou explosão e só foi parado numa penalidade – convertida por Thomás. Depois, mais dois gols, concluindo dois cruzamentos da direita. A única lamentação da tarde foi a lesão do Léo Costa, antes do intervalo. Sentiu a coxa e deixou a preocupação para as próximas apresentações, nas quais o time terá que consolidar a liderança.
André fez a sua reestreia pelo Sport ao 12 minutos do segundo tempo, entrando no lugar de Leandro Pereira, que havia tido boa atuação contra o River, se movimentando bastante, com assistência e finalizações. O que só aumentou a já grande responsabilidade do atacante, a contratação mais cara do Nordeste, de R$ 5,23 milhões. Não começou fixo na área, mas buscando a bola, querendo voltar a jogar futebol, o que não conseguiu no Sporting de Lisboa. Apoiado pela torcida, teve a grande chance aos 34, numa penalidade em Mansur.
Àquela altura, a partida estava 1 x 1, com o Leão tentando virar o placar para alcançar a liderança do grupo C da Lampions. Tinha em campo o quarteto Diego Souza, Rogério, André e Marquinhos, que, na visão do blog, tem potencial para ser a formação da Série A. Na cal, o camisa 90 chamou a responsabilidade. Até cobrou mal, mas pegou o rebote e aí resolveu encher o pé. A alegria de uma vitória com o gol da principal contratação só durou quatro minutos. Até então blocado, com até cinco jogadores na própria área, o time piauiense foi obrigado a atravessar o campo. E nem precisou insistir muito. De costas para o gol, o centroavante Viola recebeu, ganhou a disputa com o zagueiro e marcou, 2 x 2.
Curiosamente, foi o mesmo resultado dos dois confrontos na edição passada. Em todas, até em Teresina, o Sport entrou como favorito. Mas não se impôs, hoje pela liberdade dada na defesa e por encarar um time que fez o que estava ao seu alcance para pontuar, sendo copeiro – neste contexto, a disposição nos 90 minutos e o antijogo, com várias interrupções. Com o tropeço na Ilha, ainda não foi desta vez que o rubro-negro largou com três vitórias nesta volta do Nordestão – um rendimento obtido pela última vez há vinte anos.
Neste ano, quatro bolas distintas serão usadas em torneios oficiais envolvendo clubes pernambucanos. No caso do Sport, modelos exclusivos no Estadual (S11), no Nordestão (Asa Branca), na Série A/Copa do Brasil (CBF Ordem) e na Sula (Ordem). Santa e Náutico também terão quatro pelotas, somando a versão diferenciada na Série B, a KV Carbon 12, a mesma da Primeira Liga.
Embora com características próprias, como naming rights e cores, as bolas dos torneios da CBF e da Conmebol são da mesma versão produzida pela Nike. Já a Topper desbancou a Umbro como fornecedora oficial da Lampions League, com a produção de 500 bolas para os 74 jogos do torneio em 2017. Enquanto isso, no Pernambucano, uma década de Penalty. A marca é a maior fornecedora dos estaduais desde 2008, variando entre 10 e 16 campeonatos.
Em abril, deverá haver um revezamento entre todas as bolas oficiais, com datas para torneios estaduais, regionais, nacionais (Copa do Brasil) e internacionais. Será que esse revezamento a cada quatro dias atrapalha? Bronca para os goleiros. Só no Clássico das Emoções, por exemplo, serão usados três tipos.
Taça Libertadores e Copa Sul-Americana Bola: Ordem 4, da Nike
Materiais: borracha, poliéster, algodão, couro sintético e polietileno Preço: indisponível
Clube: Sport (Sula)
Descrição: “A bola foi feita com parte externa em couro sintético soldado para perfeito toque com máxima resposta, otimizada pela tecnologia Aerowtrac e ranhuras diferenciadas no diâmetro que garantem maior precisão e controle”
Campeonato Brasileiro (Série A) e Copa do Brasil Bola: CBF Ordem 4, da Nike
Materiais: borracha, poliéster, algodão, couro sintético e polietileno Preço: R$ 499
Clubes: Sport (A e Copa); Santa Cruz, Náutico e Salgueiro (Copa)
Descrição: “A bola foi feita com parte externa em couro sintético soldado para perfeito toque com máxima resposta, otimizada pela tecnologia Aerowtrac e ranhuras diferenciadas no diâmetro que garantem maior precisão e controle”
Séries B, C e D Bola: KV Carbon 12, da Topper (a confirmar) Materiais: laminado e composto de borracha siliconada Preço: R$ 299 Clubes: Santa Cruz e Náutico (B); Salgueiro (C); América, Central e Serra Talhada (D)
Descrição: “A bola oferece maior grip, aderência e precisão. Possui doze gomos costurados e traz textura em formato de cavidades redondas, garantindo aerodinâmica e velocidade perfeitas para o arremate”
Copa do Nordeste Bola: Asa Branca IV, da Topper
Materiais: laminado e composto de borracha siliconada Preço: indisponível
Clubes: Náutico, Santa Cruz e Sport
Descrição: “A bola possui laminado com textura similar à de uma bola de golf. As cavidades do material reduzem o atrito com o ar e facilitam os chutes de longa distância, o que ajuda na aerodinâmica durante os jogos”
Campeonato Pernambucano (e outros 9 estaduais) Bola; S11, da Penalty
Material: Laminado em poliuretano Preço: R$ 459
Clubes: Afogados, América, Atlético, Belo Jardim, Central, Flamengo, Náutico, Salgueiro, Santa Cruz, Serra Talhada, Sport e Vitória
Descrição: “Com 0% de absorção de água, a tecnologia permite o uso da bola em condições de chuva intensa, garantindo a precisão e leveza na hora do chute. É Feita de Neogel, a matéria-prima exclusiva da Penalty”
Durante 52 minutos, o dirigente foi questionado no 45 minutos sobre tudo isso, além de finanças, com a defasada cota do Estadual (o Pernambuco custou R$ 3,84 milhões à Globo, enquanto o Madureira, por exemplo, ganhou R$ 4 mi no Carioca) e o papel da federação (Por que não ajuda a melhorar os gramados? Qual a justificativa – além da óbvia – para mudar o regulamento geral só em benefício próprio?). Debate necessário para a compreensão do nosso futebol.
Neste podcast, gravado na sede da federação, estive com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça!
Últimos instantes de um jogo duro no Sertão do São Francisco, com temperatura na casa dos 36 graus, paradas para hidratação e pouco futebol. Àquela altura, o empate sem gols era bem aceitável para o Sport, que só havia tido um grande momento – no finzinho do primeiro tempo, com o goleiro Tigre salvando duas vezes -, e também escapara de uma penalidade de Durval, não assinalada. Desgaste à parte, o time leonino seguia batalhando pelo resultado, tentando enfiadas de bola, diante de uma desprotegida zaga do Juazeirense.
O relógio já estava em 50 minutos (iria até os 51), quando Rithely encontrou espaço e tocou para Diego Souza, que se livrou do marcador e ficou cara a cara com o goleiro. Inteligente, viu o Fábio, recém-saído da base, entrando em velocidade pela direita. Rolou a bola, com o jovem meia tocando para o gol vazio, 0 x 1. Já são duas apresentações para o gasto e com o placar mínimo, mas suficientes para o Leão largar com seis pontos no Nordestão, viabilizando uma condição de classificação, o que ocorreu desde a volta do torneio, em 2013.
Na manhã deste mesmo domingo, o clube anunciou a volta do atacante André, peça que deve se encaixar muito bem na formação de Daniel Paulista. Ou seja, hoje, a tendência é de evolução técnica no Sport, tendo a favor a tranquilidade na campanha. Antes de encerrar o turno da Lampions, contra o River, o clube terá o CSA pela Copa do Brasil. Fase eliminatória em jogo único, em Maceió. Ou seja, a curto prazo, ainda sem André, o Leão precisará jogar um futebol melhor, mas a luta até o apito final ao menos já deixa uma boa impressão.
No segundo Clássico das Emoções em uma semana, o Santa Cruz arrancou a vitória (a 200ª na história) num duelo de poucas oportunidades. Agora pela Copa do Nordeste, o atual campeão regional fez o placar mínimo, 1 x 0, contando com uma baita colaboração do outrora ídolo e agora goleiro alvirrubro Tiago Cardoso – que já havia ido mal no gol de falta que resultou no empate pelo Estadual.
Após um primeiro tempo fraco tecnicamente, no Arruda, com muitos passes errados, excesso de força na marcação e quase nenhum arremate, o jogo recomeçou mais aceso. Com mais cara de Santa, buscando jogadas pelos lados, tentando impor mais velocidade, à medida em que o sol ia sumindo. Com oito minutos, Thomás fez boa jogada pela esquerda, já na área, e se aproveitou da péssima saída de TC1, que deixou o gol vazio para tentar travar. A bola foi tocada com tranquilidade para Éverton Santos, que só empurrou. Foi o primeiro do atacante, variando o poder ofensivo, inicialmente centrado em Léo Costa.
Em desvantagem, Dado Cavalcanti mexeu em dose dupla. Acionou os atacantes Erick e Alison, nos lugares de Rodrigo Souza e Dudu. O time ficaria mais leve, mas com menos pegada. Depois, ainda colocaria Marco Antônio (finalmente) no lugar de João Ananias. De fato, era preciso se expor para buscar algo, o que não ocorreu, com o timbu encontrando dificuldades para a entrar na área rival. Limitou-se a cruzar bolas, cortadas pela zaga, com Júlio César sem trabalho.
No fim, ainda escapou de levar o segundo gol em contragolpes, com os corais falhando bastante na articulação – foi mal tanto com André Luís, no primeiro tempo, quanto com Barbio, com nova chance no segundo. Não fez falta, terminando com uma justa e importantíssima vitória tricolor neste parelho grupo na Lampions. Ainda sobre o jogo, vale o registro, lamentável, sobre a presença de público, com 5.086 torcedores. Somando com o confronto anterior, apenas 9.708 pessoas num duelo que completa um século nesta temporada.