O jejum de grandes conquistas vinha desde 1971.
Ainda com registros em preto e branco na televisão. Presos na velha geração.
Suplantado por um sem número de taças dos grandes rivais.
Faltava mesmo um brilho intenso ao Atlético Mineiro, ávido para reafirmar o status de grande, de gigante do futebol nacional.
Veio, com todo o drama de um clube conhecido como Galo Doido.
Sobretudo, veio numa esfera maior, internacional, no sonho de consumo de todos os clubes do país, com a Taça Libertadores da América, inédita.
Um desempenho beirando a perfeição na primeira fase, com futebol de encher os olhos e a melhor campanha do torneio.
Também passou sem sustos pelo São Paulo. A partir daí, uma guinada, com a raça tomando conta da arrancada, suada, sofrida.
Foi assim contra Tijuana, Newell´s Old Boys e Olimpia que o Atlético transformou a campanha em uma das mais vibrantes na história do futebol brasileiro, que viu surgir o seu décimo campeão continental.
Na final, no velho palco, no novíssimo Mineirão. Triunfo nos pênaltis contra o copeiro time paraguaio, dono de uma senhora vantagem.
Eram dois gols, fato só revertido uma vez. Agora, duas. O Galo devolveu o 2 x 0 e viu como nos mata-matas anteriores Victor salvar nos pênaltis.
Mérito da azeitada máquina com Ronaldinho, Bernard e companhia.
Todos sob o comando do supersticioso Cuca, o azarado, o quase, o isso, o aquilo.. Agora, o campeão. E eterno para os atleticanos… Glorificado.