Líderes do elenco alvirrubro, William Magrão e Ronaldo Alves definiram a atuação do time em Lucas do Rio Verde: uma vergonha. Mão havia mesmo outra palavra, pois o Náutico foi arrasado pelo Luverdense, que fez 5 x 1, soberano a tarde inteira diante de um time apático, errando em todos os setores. Por pouco os mato-grossenses não igualaram o maior revés já imposto ao Timbu na Segundona, o 6 x 1 a favor do CRB em sua estreia na competição, em 1971.
Voltando ao presente, o resultado é um duro golpe num time que necessita pontuar fora de casa. A distância ao G4 ainda é curta, de dois pontos, mas moralmente ficou mais longe. Sob um sol de 41 graus, com duas paradas técnicas só no primeiro tempo, o Alvirrubro ficou em desvantagem logo aos seis minutos, numa falha patética de Júlio César. Num recuo de bola, o goleiro tomou distância demais para o chute, o suficiente para Tozin se aproximar. Quando finalmente chutou, acertou o jogador adversário. A bola foi para as próprias redes. Aos 18, o mesmo Tozin ampliou numa cabeçada no ângulo.
A bronca de Lisca foi grande no vestiário, mas não provocou qualquer reação na equipe. Aos 2, Diego Rosa entrou livre e ampliou. Aos 28 e 31, Alípio deixou a vantagem em cinco gols. No finzinho, o estreante atacante Daniel Morais fez o dele, mas, claro, não apagou o vexame. Além da queda, o coice, pois a viagem de volta é uma das mais desgastantes da Série B, com seis horas de ônibus e duas viagens de avião. Tempo suficiente para repensar os caminhos do Náutico.