Podcast 45 (185º) – Análise das vitórias de Sport, Santa e Náutico no Brasileiro

Pela primeira vez nesta temporada, os três grandes clubes pernambucanos ganharam no mesmo fim de semana pelo Campeonato Brasileiro. O 45 minutos fez um balanço completo (tática e campanhas) de Sport 1 x 0 Grêmio, Bahia 1 x 2 Santa Cruz e Náutico 2 x 0 Paraná, nesta ordem, com pitacos sobre a próxima rodada (a Série B terá rodada cheia já nesta terça-feira). Não por acaso, o podcast durou quase 2 horas. Enfim, uma sequência bem positiva do futebol local, com o G4 se aproximando.

Confira um infográfico com as principais atrações do programa aqui.

Nesta 185ª edição, estive ao lado de Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Classificação da Série A 2015 – 34ª rodada

A classificação da Série A 2015 após 34 rodadas. Crédito: Superesportes

A vitória do Sport sobre o Grêmio, na Ilha do Retiro, encerrou a 34ª rodada da Série A. Além do bom (e suado) resultado, o fim de semana foi proveitoso para os leoninos por causa dos tropeços de Santos (empate), São Paulo (derrota), Ponte Preta (derrota) e Palmeiras (derrotas). Todos na briga pela última vaga à Liberta. Só o Inter, que bateu justamente a Ponte, passou “ileso”. Ainda assim, o time pernambucano subiu para o 7º lugar e viu a diferença para o G4 cair para dois pontos, tendo ainda a possibilidade de um “G5”, em caso de título do Santos na Copa do Brasil – e se o Peixe confirmar a atual 4ª colocação.

Na briga pelo título, quase sacramentada, a taça só não foi para o Corinthians no domingo porque o Galo venceu o Figueirense, em Floripa, aos 45 do segundo tempo. Só adiou o inevitável.

A 35ª rodada do representante pernambucano
15/11 (16h00) – Cruzeiro x Sport (Mineirão)

Histórico em BH pela elite: 1 vitória leonina, 1 empate e 10 derrotas.

Com muita garra, o Sport vence o Grêmio na Ilha e sonha com a Libertadores

Série A 2015, 34ª rodada: Sport 1x0 Grêmio. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Cinco vitórias nos últimos sete jogos no Brasileirão. Sob o comando de Falcão, o Sport voltou a jogar bem, organizado ofensivamente, e deixou de lado a sina de empates. Inclusive diante de adversários duríssimos. Foi assim contra Atlético-MG, Palmeiras e agora o Grêmio. Num confronto diante de um histórico algoz, o time rubro-negro se impôs. Foi uma boa partida para se assistir, com poucas faltas e incessante busca pelo ataque dos dois lados, deixando o duelo bem franco. E a vitória por 1 x 0 teve vários personagens.

No gol, em um segundo tempo já nervoso, Diego Souza e André mostraram outra vez a qualidade diferenciada. No lançamento, o camisa 87 foi inteligente, dando uma assistência de cabeça para André. O matador se antecipou e chegou a 12 gols. Para segurar a vantagem, uma dupla de volantes em 220 voltz. Rithely, o mais técnico, jogou sem displicência. Ao seu lado, Ronaldo, que também entrara contra Galo e Verdão. No lugar de Wendel, vetado pelo DM, ele foi afobado em alguns lances (natural), mas preciso nos desarmes. Para completar, embaixo da trave, Danilo Fernandes, que faz um baita campeonato. Neste domingo foram dois milagres. Por sinal, são mais de dez defesas nais quais você poderia contar o “gol” do adversário.

Vivo em busca de uma terceira participação na Libertadores, com 52 pontos, o Sport terá agora outro senhor adversário, o Cruzeiro. O jogo pela 35ª rodada foi antecipado para o próximo domingo, com certeza de casa cheia no Mineirão. Os pernambucanos jogaram com a possibilidade de entrar no G4, em caso de vitória. Isso forçaria Santos (54), São Paulo (53) e Inter (53), que jogarão somente no dia 19. Portanto, cabe à torcida acreditar no objetivo tanto quanto o time. Contra o tricolor gaúcho foram apenas 11.091 torcedores, que apoiaram bastante. Mas a Ilha pode ferver bem mais até o fim do ano.

Série A 2015, 34ª rodada: Sport 1x0 Grêmio. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A 34ª classificação da Segundona 2015

A classificação da Série B 2015 após 34 rodadas. Crédito: Superesportes

Um sábado de vitórias pernambucanas, com os dois tradicionais rivais chegando a 55 pontos. Na Fonte Nova, o Santa Cruz venceu o Bahia, de virada. Um resultado para levar o povão ao Arruda na próxima rodada. Na Arena Pernambuco, o Náutico ganhou do Paraná, com ampla superioridade. O atual campeão só está na frente por causa do saldo de gols (10 x 4).

Faltava apenas o complemento da rodada, no importantíssimo jogo entre Sampaio Corrêa e Oeste, no Castelão. Os pernambucanos (sobretudo o Santa, com o G4 à frente) torciam um por um tropeço da Bolívia Querida. O Paio até abriu o placar, mas numa trapalhada do goleiro, cedeu o empate no segundo tempo, ficando no 1 x 1. Com isso, o Santa voltou à zona de classificação à elite (em 4º lugar), com o Timbu na cola (em 5º). A briga pelo acesso promete!

No G4, um carioca (líder), um mineiro, um baiano e um pernambucano.

A 35ª rodada dos representantes pernambucanos
10/11 (18h00) – Macaé x Náutico (Cláudio Moacyr, em Macaé)
10/11 (20h30) – Santa Cruz x Oeste (Arruda)

Sem sustos, o Náutico vence o Paraná na Arena Pernambuco e encosta no G4

Série B 2015, 34ª rodada: Náutico 2x0 Paraná Clube. Foto: Hesíodo Góes/Esp. DP/D.A Press

O Náutico fez a sua parte na Arena Pernambuco. Venceu o Paraná sem dificuldades e se manteve firme na briga pelo acesso. Soma os mesmos 55 pontos do rival do Arruda, atrás somente no saldo de gols (10 x 4). Com outros concorrentes pelo caminho (Sampaio Corrêa, Bahia, Bragantino…), a briga será ponto a ponto até 28 de novembro. A quatro rodadas do fim, quem oscilar menos, leva. Para isso, é preciso jogar de forma compacta.

No 2 x 0 sobre o tricolor de Curitiba, os alvirrubros decidiram antes da primeira meia hora de bola rolando, com dois gols de cabeça. Primeiro com o zagueiro Rafael Pereira, chegando a quatro na competição, mesmo tendo estreado somente na 15ª rodada, e com o atacante Daniel Morais, com cinco tentos. A partir dali, com um adversário sem tantas pretensões, o 8.818 torcedores presentes só tiveram uma preocupação em campo, a lesão do volante João Ananias, vetado desde já para a próxima rodada, terça-feira.

Preocupa, sobretudo por ser um dos mais regulares jogadores da equipe, pilar na estrutura defensiva. E para não oscilar, o Timbu precisará contar com o volante na sequência. A tarde de sábado terminou com a informação via rádio do gol do Santa, desempatando o clássico nordestino em Salvador. Até ali, o Alvirrubro ultrapassava os dois. Ao menos o Bahia ficou para trás. Conforme dito, será ponto a ponto, numa disputa imprevisível.

Série B 2015, 34ª rodada: Náutico 2x0 Paraná Clube. Foto: Hesíodo Góes/Esp. DP/D.A Press

De virada, o Santa Cruz vence o Bahia na Fonte Nova e grita pelo acesso à elite

Série B 2015, 34ª rodada: Bahia 1x2 Santa Cruz. Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/EC Bahia

O cenário era hostil, o adversário era cascudo e a vitória era essencial. O gol de Kieza aos sete minutos do segundo tempo só aumentou a bronca do Santa Cruz lá na Fonte Nova, tomada por 30 mil torcedores. O rápido atacante mandou para as redes menos de um minuto após Souza perder um pênalti, tirando da torcida coral o direito de comemorar o lance. O que parecia desanimador logo motivou uma reviravolta daquelas, até porque o time de Marcelo Martelotte era taticamente mais organizado, diante do irregular Bahia. Tocava a bola com mais qualidade, atacava de forma concatenada. Era possível.

Só não poderia desperdiçar mais chances, como a bola pra fora de Luisinho, com o gol escancarado ainda no primeiro tempo. Pressionando o Baêa contra o seu campo, o Tricolor utilizou a velocidade de Raniel pela esquerda e o passe apurado de João Paulo para abrir as jogadas. O empate veio aos 21 minutos, numa cobrança de escanteio pela esquerda. João Paulo cobrou e Danny Morais desviou de cabeça. Foi o primeiro gol do zagueiro na competição (que hora!).

A partir dali, o Santa passou a dominar as ações, com o dono da casa encurralado pela própria torcida a cada passe errado. Bem postado, diante de um bando que não guardava posição, o time pernambucano precisava de paciência. Com boa vontade, o empate até serviria, mas os três pontos mudariam o patamar da campanha. Forçando sempre pelo lado esquerdo, a virada veio aos 37, numa jogada bem trabalhada, sobrando para Bruno Moraes (que acabara de substituir Grafite). O gol para estabelecer o 2 x 1 em Salvador, aumentar a invencibilidade contra o rival, com quatro jogos desde 2010, e colocar o atual campeão pernambucano nos trilhos para um acesso daqueles.

Série B 2015, 34ª rodada: Bahia 1x2 Santa Cruz. Foto: Romildo de Jesus/Futura Press

A margem de erro na pesquisa de torcida no Recife entre junho e setembro de 2015

Pesquisa de torcida no Recife em setembro de 2015. Fonte: Plural Pesquisa

Nas pesquisas de torcida, um ponto que gera bastante discussão é a “margem de erro”, ampliando ou reduzindo as massas a cada ano, na visão dos mais variados institutos. Tudo na base da projeção, obviamente. Daí, a curiosidade ao comparar as duas pesquisas de uma mesma empresa, numa mesma região e em épocas bem próximas. Paralelamente à análise de satisfação para clientes, a Plural Pesquisa questionou as 1.600 pessoas abordadas no Recife sobre a preferência clubística. Metade em junho e a outra em setembro. Num intervalo de apenas 90 dias, resultados distintos no futebol local.

A metodologia foi a mesma, com uma margem de erro de 3,46%. E aí está o dado interessante, pois nenhuma resposta quantificada na segunda pesquisa ultrapassou a margem do levantamento anterior. O Sport subiu de 36% para 39%, chegando a 630 mil rubro-negros, já mensurados com a nova estimativa do IBGE para a cidade, divulgada em agosto. Curiosamente, a projeção do Santa caiu na mesma proporção, de 31% para 28%. Numa leitura mais simples, trata-se da parcela volátil da torcida, seja por resultados dos jogos, audiência, relações sociais etc. Já o Náutico é outro ponto “a favor” do universo estatístico, pois manteve os 10% nas duas pesquisas, com entrevistados diferentes, mas dentro do mesmo raio x (sexo, idade, escolaridade e renda familiar).

Para terminar, a inserção do Corinthians na capital pernambucana. Se até junho aparecia junto a outros times, agora já se destaca com o percentual próprio (1%), justamente na diminuição dos não torcedores (de 22% para 20%).

Plural / Recife 2015 (2)
Período: setembro de 2015
Público: 800 entrevistados
Margem de erro: 3,46%
População estimada (IBGE/2015): 1.617.183

1º) Sport – 39% (630.701)
2º) Santa Cruz – 28% (452.811)
3º) Náutico – 10% (161.718)
4º) Seleção Brasileira – 1% (16.171)
4º) Corinthians – 1% (16.171)

Outros times – 1% (16.171)
Sem clube – 20% (323.436)
Não sabe/não respondeu – 1% (16.171)

Plural / Recife 2015 (1)
Período: junho de 2015
Público: 800 entrevistados
Margem de erro: 3,46%
População estimada (IBGE/2014): 1.608.488

1º) Sport – 36% (579.055)
2º) Santa Cruz – 31% (498.631)
3º) Náutico – 10% (160.848)

Outros times – 2% (32.169)
Sem clube – 22% (353.867)

* A soma pode não chegar ou mesmo ultrapassar os 100% por causa com arredondamento, via Statistical Package for the Social Sciences (SPSS).

Pesquisa de torcida no Recife em setembro de 2015. Fonte: Plural Pesquisa

A premiação absoluta da Copa do Nordeste 2016 chega a R$ 14.820.000

Copa do Nordeste. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

A premiação total da Copa do Nordeste de 2016 aumentou em 33% em relação à última edição. Em quatro anos, são quase R$ 10 milhões a mais. A curiosidade é que das cinco campanhas possíveis (primeira fase, quartas, semi, vice e campeão), justamente a cota do primeiro lugar sofreu uma baixa. No acordo costurado entre os clubes na reunião da Liga do Nordeste, no Recife, a receita foi distribuída de forma mais equânime. Em 2015, por exemplo, o campeão Ceará ganhou R$ 2,74 milhões, ou R$ 1,5 milhão a mais que o Bahia, o vice. Na próxima temporada, o campeão ganhará R$ 2,3 milhões (mais a vaga na Sul-Americana, claro), com a diferença para o vice caindo para R$ 500 mil.

Além da redistribuição de R$ 250 mil aos classificados às quartas, pesou na redução do campeão a ausência do bônus da CBF, de R$ 1 milhão, ofertado em 2015. Por outro lado, chegar às quartas da Lampions League, numa campanha básica, superando a fase de grupos, representará quase R$ 1 milhão a oito times, num acréscimo de 52%. A simples participação significa meio milhão.

Nesta nova equação financeira, bancada pelo Esporte Interativo, detentor dos direitos de transmissão até 2022, ainda há outra particularidade. Na primeira fase, com vinte equipes, os dois maranhenses e os dois piauienses não ganham cota. Sob contrato, os novos integrantes estão num período de testes, até 2017, e a liga já tinha um acordo de divisão para os 16 times originais. Portanto, Imperatriz, Sampaio Corrêa, River e Flamengo só podem receber a premiação a partir das quartas. Finalizando o acordo, os clubes não terão despesas com arbitragem, viagens e hospedagens. A regra para as viagens é a seguinte: até 500 km, ônibus; acima de 500 km, avião, com 26 passagens garantidas.

Representantes locais em 2016: Santa Cruz, Salgueiro e Sport.

As cotas absolutas (somando as fases) para as campanhas no Nordestão:

2016
Campeão – R$ 2,385 milhões
Vice – R$ 1,885 milhão
Semifinalista – R$ 1,385 milhão
Quartas de final – R$ 935 mil
Primeira fase – R$ 505 mil*
Total: R$ 14.820.000
* Exceto para os clubes do Piauí e do Maranhão.

2015
Campeão – R$ 2,74 milhões
Vice – R$ 1,24 milhão
Semifinalista – R$ 890 mil
Quartas de final – R$ 615 mil
Primeira fase – R$ 365 mil*
Total: R$ 11.140.000
* Exceto para os clubes do Piauí e do Maranhão.

Premiações: Sport R$ 890 mil, Salgueiro R$ 615 mil, Náutico R$ 365 mil

2014
Campeão – R$ 1,9 milhão
Vice – R$ 1,2 milhão
Semifinalista – R$ 850 mil
Quartas de final – R$ 600 mil
Primeira fase – R$ 350 mil
Total: R$ 10.000.000

Premiações: Sport R$ 1,9 milhão, Santa Cruz R$ 850 mil, Náutico R$ 350 mil

2013
Campeão – R$ 1,1 milhão
Participação – R$ 300 mil
Total: R$ 5.600.000

Premiações: Sport R$ 300 mil, Santa Cruz R$ 300 mil, Salgueiro R$ 300 mil

A Seleção Brasileira na Ilha do Retiro

A escolha da Ilha do Retiro para um amistoso da Seleção Olímpica, contra os Estados Unidos, em 11 de novembro de 2015, trouxe a camisa verde a amarela ao estádio rubro-negro após quatro décadas de hiato, desde a geração de Pelé. Antes de o Arruda se tornar a casa da Seleção no Recife, em 1978, o reduto do Sport também teve vez, com duas partidas da seleção principal contra a seleção pernambucana. Aqui, registros do Diario de Pernambuco nos embates Canarinha x Cacareco, em dois domingos. Nos dois casos, a cobertura só foi publicada dois dias depois, na terça-feira, uma vez que o jornal não circulava nas segundas, a folga dos jornalistas.

Venceu como quis a Seleção Brasileira
01/04/1956 – Brasil 2 x 0 Pernambuco
Gylmar; Djalma Santos (Paulinho de Almeida), De Sordi, Zózima e Nilton Santos; Belangero (Formiga), Sabará, Walter Marciano e Gino; Didi (Álvaro) e Canhoteiro (Escurinho) 
Gols da Seleção: Didi e Escurinho

O jogo da Seleção Brasileira na capital pernambucana, o primeiro em 22 anos, contou até com uma preliminar. Antes da entrada do astro Didi, nada de Náutico, Santa ou Sport. O cotejo foi entre Destilaria, do Cabo, e Colombo, de Limoeiro, com o placar de 3 x 2. A renda foi de Cr$ 601.970, com casa cheia, mas sem público oficial, pois até então divulgava-se apenas a bilheteria. Na ocasião, a arquibancada frontal da Ilha ainda estava em construção. Apesar do placar enxuto, o Diario analisou a atuação do time montado pela FPF como “abaixo da crítica”.

Amistoso na Ilha do Retiro, em 1956: Brasil 2 x 0 Pernambuco. Foto: Arquivo/DP

Amistoso na Ilha do Retiro, em 1956: Brasil 2 x 0 Pernambuco. Foto: Arquivo/DP

Amistoso na Ilha do Retiro, em 1956: Brasil 2 x 0 Pernambuco. Foto: Arquivo/DP

Brasileiros encerram giro no Nordeste com goleada
13/07/1969 – Brasil 6 x 1 Pernambuco
Félix (Lula); Carlos Alberto Torres, Djalma Dias, Joel Camargo e Rildo; Piazza, Gérson, Tostão e Pelé; Jairzinho (Paulo Borges) e Edu 
Gols da Seleção: Edu (3), Jairzinho, Tostão e Pelé

Com 26.929 pagantes e renda de NCr$ 262.114, a Ilha do Retiro teve uma tarde de domingo de lotação e falta de serviço aos torcedores, acabando ainda no primeiro tempo o estoque de refrigerante e refresco. O público passou “sede”, segundo o relato do jornal. No intervalo, a atração foi o pouso no gramado de sete paraquedistas da brigada aérea. Após a goleada, ficou a bronca do técnico João Saldanha, por causa do cerco da imprensa ao Rei Pelé, perto de chegar a 1.000 gols na carreira.

Amistoso na Ilha do Retiro, em 1969: Brasil 6 x 1 Pernambuco. Foto: Arquivo/DP

Amistoso na Ilha do Retiro, em 1969: Brasil 6 x 1 Pernambuco. Foto: Arquivo/DP

Amistoso na Ilha do Retiro, em 1969: Brasil 6 x 1 Pernambuco. Foto: Arquivo/DP

A premiação oficial do Campeonato Brasileiro, do campeão ao 16º lugar

Troféu do Campeonato Brasileiro de 2015. Foto: CBF/divulgação

A permanência na primeira divisão garante, naturalmente, a manutenção da cota de transmissão àqueles clubes sem contratos duradouros no Brasileirão. Entretanto, ainda há um bônus às campanhas anuais, ao alcance de todos os participantes. Através da verba repassada pela Rede Globo, a detentora dos direitos de transmissão do campeonato (até 2018), a premiação oficial contempla do campeão ao 16º lugar, o primeiro time acima da zona de rebaixamento. O valor passou três anos congelado em R$ 30 milhões, subindo nesta temporada para R$ 35,8 mi, num acréscimo de 19%.

Agora, os quatro primeiros clubes (os classificados à Libertadores, claro) recebem 66% de toda a premiação, com o restante distribuído da mesma forma, com a meritocracia através das colocações. Confira então a premiação de 2015, já confirmada pela CBF, e os valores das edições anteriores, com destaque para o desempenho pernambucano.

2015 (R$ 35,8 milhões)
Campeão: R$ 10 milhões
Vice: R$ 6,3 milhões
3º: R$ 4,3 milhões
4º: R$ 3,2 milhões
5º: R$ 2,2 milhões
6º: R$ 1,4 milhão
7º: R$ 1,3 milhão
8º: R$ 1,2 milhão
9º: R$ 1,1 milhão
10º: R$ 1,0 milhão
11º: R$ 900 mil
12º: R$ 800 mil
13º: R$ 700 mil
14º: R$ 600 mil
15º: R$ 450 mil
16º: R$ 350 mil
17º ao 20º: sem premiação

2014 (R$ 30 milhões)
Campeão: R$ 9,0 milhões (Cruzeiro)
Vice: R$ 6,0 milhões (São Paulo)
3º: R$ 4,0 milhões (Inter)
4º: R$ 3,0 milhões (Corinthians)
5º: R$ 1,4 milhão (Atlético-MG)
6º: R$ 1,1 milhão (Fluminense)
7º: R$ 1,0 milhão (Grêmio)
8º: R$ 900 mil (Atlético-PR)
9º: R$ 800 mil (Santos)
10º: R$ 700 mil (Flamengo)
11º: R$ 600 mil (Sport)
12º: R$ 500 mil (Goiás)
13º: R$ 400 mil (Figueirense)
14º: R$ 300 mil (Coritiba)
15º: R$ 200 mil (Chapecoense)
16º: R$ 100 mil (Palmeiras)
17º ao 20º: sem premiação (Vitória, Bahia, Botafogo e Criciúma)

2013 (R$ 30 milhões)
Campeão: R$ 9,0 milhões (Cruzeiro)
Vice: R$ 6,0 milhões (Grêmio)
3º: R$ 4,0 milhões (Atlético-PR
4º: R$ 3,0 milhões (Botafogo)
5º: R$ 1,4 milhão (Vitória)
6º: R$ 1,1 milhão (Goiás)
7º: R$ 1,0 milhão (Santos)
8º: R$ 900 mil (Atlético-MG)
9º: R$ 800 mil (São Paulo)
10º: R$ 700 mil (Coritinthians)
11º: R$ 600 mil (Coritiba)
12º: R$ 500 mil (Bahia)
13º: R$ 400 mil (Inter)
14º: R$ 300 mil (Criciúma)
15º: R$ 200 mil (Fluminense)
16º: R$ 100 mil (Flamengo)
17º ao 20º: sem premiação (Portuguesa, Vasco Ponte Preta e Náutico)

2012 (R$ 30 milhões)
Campeão: R$ 9,0 milhões (Fluminense)
Vice: R$ 6,0 milhões (Atlético-MG)
3º: R$ 4,0 milhões (Grêmio)
4º: R$ 3,0 milhões (São Paulo)
5º: R$ 1,4 milhão (Vasco)
6º: R$ 1,1 milhão (Corinthians)
7º: R$ 1,0 milhão (Botafogo)
8º: R$ 900 mil (Santos)
9º: R$ 800 mil (Cruzeiro)
10º: R$ 700 mil (Inter)
11º: R$ 600 mil (Flamengo)
12º: R$ 500 mil (Náutico)
13º: R$ 400 mil (Coritiba)
14º: R$ 300 mil (Ponte Preta)
15º: R$ 200 mil (Bahia)
16º: R$ 100 mil (Portuguesa)
17º ao 20º: sem premiação (Sport, Palmeiras, Atlético-GO e Figueirense)

2011 (R$ 28 milhões)
Campeão: R$ 8,0 milhões (Corinthians)
Vice: R$ 4,0 milhões (Vasco)
3º: R$ 3,0 milhões (Fluminense)
4º: R$ 2,0 milhões (Flamengo)
5º: R$ 1 milhão (Inter)
6º: R$ 1 milhão (São Paulo)
7º: R$ 1 milhão (Figueirense)
8º: R$ 1 milhão (Coritiba)
9º: R$ 1 milhão (Botafogo)
10º: R$ 1 milhão (Santos)
11º: R$ 1 milhão (Palmeiras)
12º: R$ 1 milhão (Grêmio)
13º: R$ 1 milhão (Atlético-GO)
14º: R$ 1 milhão (Bahia)
15º: R$ 500 mil (Atlético-MG)
16º: R$ 500 mil (Cruzeiro)
17º ao 20º: sem premiação (Atlético-PR, Ceará, América-MG e Avaí)

2010 (R$ 28 milhões)
Campeão: R$ 8,0 milhões (Fluminense)
Vice: R$ 4,0 milhões (Cruzeiro)
3º: R$ 3,0 milhões (Corinthians)
4º: R$ 2,0 milhões (Grêmio)
5º: R$ 1 milhão (Atlético-PR)
6º: R$ 1 milhão (Botafogo)
7º: R$ 1 milhão (Inter)
8º: R$ 1 milhão (Santos)
9º: R$ 1 milhão (São Paulo)
10º: R$ 1 milhão (Palmeiras)
11º: R$ 1 milhão (Vasco)
12º: R$ 1 milhão (Ceará)
13º: R$ 1 milhão (Atlético-MG)
14º: R$ 1 milhão (Flamengo)
15º: R$ 500 mil (Avaí)
16º: R$ 500 mil (Atlético-GO)
17º ao 20º: sem premiação (Vitória, Guarani, Goiás e Prudente)

2009, campeão: R$ 5,0 milhões (Flamengo)*
2008, campeão: R$ 1,5 milhão (São Paulo)*
2007, campeão: R$ 1,5 milhão (São Paulo)*

*O blog segue a pesquisa sobre as premiações mais antigas.