Eliminado de forma precoce na Copa do Brasil e no Nordestão, deixando de ganhar R$ 825 mil apenas com as cotas da segunda fase, o Náutico só terá o Estadual até o dia 12 de maio, até o início da segundona. A competição local volta a ser o foco alvirrubro, tentando quebrar um jejum de quase treze anos. A exigência é grande, mas o próprio foco precisa ser reajustado após o mau momento nos outros torneios. Contra o Belo Jardim, uma vitória simples classificaria o time por antecipação à semifinal. Tomando um gol a seis minutos do fim, o Náutico ficou num empate em 1 x 1.
Apesar das vaias dos 1.507 espectadores, o tropeço na Arena Pernambuco não influencia em nada a participação na semifinal – não há milagre que faça o Central vencer três vezes seguidas. Então, a análise poderia partir para o rendimento do time, que atuou com a formação titular. De fato, não foi bem. Finalizou poucas vezes diante de um adversário frágil e coletivamente não agradou. Contudo, atuar numa intensidade abaixo seria até compreensível 64 horas após a saída da copa regional. E o peso do jogo diz muito, vem sendo assim também com os rivais. A esta altura do hexagonal, a pontuação só serve para embaralhar o G4, sem uma vantagem concreta em disputa.
Por isso, num intervalo de 48 dias, o clube de Rosa e Silva tem, à vera, apenas quatro apresentações. Só no mata-mata. Aí, sim, haverá cobrança…
Campeão em campo, o Palmeiras também terminou em primeiro lugar no ranking de público do Brasileirão de 2016, com 3.700 espectadores a mais que o rival Corinthians. Ambos jogando em arenas de alto padrão. O Sport aparece em 9º e o Santa Cruz em 13º. A partir desta lista (acima), o Banco Itaú BBA produziu relatório sobre o impacto do sócio-torcedor nos públicos e rendas dos clubes durante a competição, com os quadros na sequência.
Uma equipe de profissionais da empresa analisou os borderôs de cada clube, com 19 mandos de campo. No geral, a média da Série A caiu 9% em relação a 2015. Em termos de receita, queda foi ainda pior, 18%. Entre os 15 clubes detalhados no estudo, Sport (média de 16 mil) e Santa Cruz (9,8 mil), numa análise preliminar das finanças dos clubes – cuja versão final deve sair após a divulgação dos balanços oficiais, no fim de abril.
No segundo semestre, os rivais locais tiveram 28 mil e 6 mil sócios titulares em dia, respectivamente – com dependentes também tendo acesso aos jogos, claro. Em campo, os sócios leoninos representaram 48% do público presente na Ilha, enquanto os sócios corais chegaram a 35% das partidas no Arruda. Como nos últimos quatro jogos o Leão liberou o acesso aos associados adimplentes, a relevância na bilheteria foi menor, caindo para 34%.
Análise do Itaú sobre o quadro geral dos sócios-torcedores no Brasileirão: “Primeiramente, notamos quais são os clubes que conseguem atrair mais sócios aos jogos, e os destaque são Corinthians, Internacional, Cruzeiro, Atlético-PR e Coritiba, todos com presença acima de 70% do público médio vindo dos programas. No lado oposto, São Paulo, Santos, Fluminense e Botafogo não conseguem engajamento suficiente, estando perto ou abaixo de 20% do total presente. As explicações podem ser as mais diversas, seja o tamanho do estádio do Morumbi, que não traz incentivo, seja a falta de um estádio fixo na cidade, como foi para Fluminense e Botafogo.”
O relatório segue com a análise em estados com mais de um clube na competição nacional, como foi o caso de Pernambuco. A seguir, um comparativo do banco sobre Sport e Santa. Na participação do sócio torcedor, os dados ficaram equilibrados entre a 5ª e a 13ª rodada, justamente no período de transição entre as campanhas, com o Sport saindo do Z4 e Santa entrando no Z4. Sobre o último gráfico, com a ocupação, pesa o tamanho dos estádios, com 50 mil lugares no tricolor e 27 mil no rubro-negro.
Análise do Itaú sobre o desempenho dos pernambucanos: “O Santa Cruz apresentou queda ao longo do campeonato, pois no início havia a empolgação do retorno à Série A mas a confirmação da queda à Série B desanimou o torcedor. Ao mesmo tempo, o Sport apresentou vários jogos com público elevado. Na ocupação, vemos claremente esta diferença, quando o Sport atingiu 80%de taxa de ocupação, enquanto o Santa Cruz terminou o campeonato perto de 10%. O ticket médio andou próximo ao longo do campeonato, mas o Sport teve um ponto fora da média no jogo contra o Flamengo (10º jogo) e o SantaCruz contra o Corinthians (15º).”
O caminho está traçado até o troféu dourado da Copa do Nordeste de 2017. O chaveamento com os oito classificados foi definido na sede da CBF, no Rio, através de um sorteio dirigido, transmitido na tevê. E Sport e Santa ficaram do mesmo lado, com Bahia e Vitória do outro. Logo, poderemos ter o Clássico das Multidões numa semifinal, como em 2014, e o Ba-Vi na outra. PE x BA na finalíssima? Calma. Para isso, o quarteto precisa confirmar o favoritismo nas quartas, naturalmente. Neste mata-mata, com cinco ex-campeões, o sistema de classificação é o mesmo adotado na Copa do Brasil. Quem fizer mais pontos nos 180 minutos, passa. Em caso de igualdade, vem saldo de gols, maior número de gols na casa do rival e, por último, pênaltis.
Sport x Campinense Nos dois anos anteriores, o Leão da Ilha investiu mais a partir de abril/maio, visando o Brasileirão. Desta vez, a montagem do elenco foi em janeiro, com direito à aquisição de André por R$ 5,2 milhões, na maior compra do futebol nordestino. O elenco é qualificado, sobretudo ofensivamente, porém, ainda não rendeu o esperado, com atuações irregulares mesmo em uma chave fraca, como a C. Sem espaço para erros, agora encara um velho algoz, o Campinense, que trocou de técnico logo após a 1ª fase. Nesta volta oficial da Lampions, a Raposa já eliminou o Sport duas vezes, nas quartas em 2013 e na semi em 2016. É o confronto mais difícil. Datas: 30/03 (Amigão, 21h15) e 02/04 (Ilha do Retiro, 16h)
Santa Cruz x Itabaiana A reformulação no Arruda foi completa. Do time campeão da Lampions em 2016, apenas o laterais Vítor (direito) e Tiago Costa (esquerdo) seguem no clube. Com Vinícius Eutrópio à frente deste processo, o time surpreendeu, com a terceira melhor campanha na fase de grupos. Sofreu apenas dois gols, mesmo sem a definição de uma dupla de zaga, com Anderson Salles ganhando a oportunidade nas últimas apresentações. Após avançar no grupo da morte, o tricolor acabou pegando a maior surpresa entre os classificados às quartas. É a primeira vez que o Itabaiana chega nesta etapa. Datas: 29/03 (Etelvino Mendonça, 21h45) e 01/04 (Arruda, 16h)
Vitória x River Maior campeão, com quatro títulos, o rubro-negro baiano investiu pesado no elenco para reconquistar o Nordestão após sete anos. Apesar disso, o time de Argel enfrentou lesões, como a do meia Dátolo, e a falta de encaixe das principais peças ofensivas, como André Lima. Por pouco ficou de fora do pote 1 no sorteio, mas conseguiu liderar o grupo E após vitórias suadas nas duas últimas rodadas. Nas quartas, terá a viagem mais longa, com 995 km. Pega o River, o primeiro time dos estados integrados em 2015 (PI e MA). O clube de Teresina vem jogando no acanhado Lindolfo Monteiro, em vez do Albertão, dando força ao seu mando de campo. Datas: 29/03 (Lindolfo Monteiro, 19h15) e 01/04 (Barradão, 18h15)
Bahia x Sergipe Já são 15 anos sem o título nordestino, mas o Baêa vem tentando. Tanto em 2016 quanto em 2017 fez a melhor campanha na fase de grupos. Neste ano, sequer sofreu gols. A defesa, aliás, vem sendo o foco do técnico Guto Ferreira, até pelo desempenho irregular da equipe como visitante desde a Série B, mesmo com o acesso. Na frente, os destaques são Régis, emprestado pelo Sport, e o Brocador, ambos com 4 gols. Nas quartas, irá reeditar um confronto ocorrido na Copa do Brasil deste ano. Na primeira fase, o Bahia fez 2 x 0 no Sergipe, em pleno Batistão. De lá para cá, o alvirrubro reagiu, tendo hoje o artilheiro do regional, Hiago, com 5 gols. Datas: 29/03 (Batistão, 21h45) e 02/04 (Fonte Nova, 16h)
A vantagem no mando de campo nas fases seguintes será definida de acordo com a pontuação geral, somando a fase de grupos e os mata-matas. Vale lembrar que o campeão receberá R$ 2,85 milhões, na soma de todas as cotas, além de obter a vaga às oitavas da Copa do Brasil de 2018
Pitacos na semifinal: Sport x Santa Cruz e Bahia x Vitória (alguma surpresa?).
Abaixo, o debate do podcast 45 minutos sobre o chaveamento.
Que atuação da Seleção Brasileira! Diante do Uruguai, até então 100% nos seis jogos disputados no Centenário, o time verde e amarelo goleou por 4 x 1 e colocou um pé e meio na Copa do Mundo da Rússia. Com 30 pontos, já está dois pontos à frente da média histórica das eliminatórias sul-americanas. E este cenário não deve mudar nos cinco jogos restantes.
Em Montevidéu, com 50 mil torcedores e o velho clima de clássico, a Celeste abriu logo o placar numa penalidade convertida por Cavani. Consequência do péssimo recuo de Marcelo, que ainda cometeria outras faltas perigosas na entrada da área. Apesar da pressão e do placar desfavorável, o Brasil manteve a calma vista nesta Era Tite. Por sinal, foi a 7ª apresentação oficial sob o comando do técnico, com a 7ª vitória, um início recorde na história da Seleção. Com Neymar muito bem, avançando, driblando e distribuindo o jogo, a marcação charrúa acabou deixando espaço, como o rombo na intermediária, com a grata finalização de Paulinho, acertando o ângulo. Chute a 94 km/h.
Com 18 minutos, o jogo já voltava aos eixos. Controlado de tal forma pelos visitantes que Tite que sequer cogitou mudanças. Voltou do intervalo com a mesma formação, com o mesmo Paulinho aparecendo como elemento-surpresa, virando a partida após rebote de Firmino. Em vantagem, obrigando o Uruguai a se expor, a velocidade brasileira foi fatal. Sendo mais direto: a velocidade do camisa 10. Ganhando do marcador após um bico da defesa brasileira, Neymar ficou cara a cara com Martín Silva. Num curto espaço, mostrou plena frieza e categoria para encobrir o goleiro. Outro golaço na noite.
Aos 43 minutos, Diego Souza foi acionado no lugar de Firmino, O meia do Sport, utilizado na Canarinha como centroavante, atuou em apenas cinco minutos, mas se apresentou, com duas jogadas como pivô. Em campo, ainda viu Paulinho escorar um cruzamento nos descontos e encerrar a goleada. Com o hat-trick, chegou a 9 gols pelo Brasil e tornou-se o volante com mais gols pela Seleção. Deixou para trás Alemão, César Sampaio, Dunga, Emerson e Falcão, todos com 6 tentos. Fez história num estádio histórico.
Em 8 de novembro de 1992, na Ilha do Retiro, Maria Edilene Siqueira foi selecionada para apitar Sport x Santa Cruz, válido pela última rodada da 1ª fase do 2º turno. Era o primeiro clássico comandado por uma mulher no futebol pernambucano. Os corais venceram por 1 x 0, e a “juíza” não admitiu indisciplina, expulsando o tricolor Malhado. Já no quatro da Fifa, chegou a apitar nos Mundiais femininos de 1995 e 1999. Edilene ainda apitou outros três clássicos, sendo também assistente diversas vezes até 1999.
Desde então, a reinserção feminina no quadro de arbitragem da FPF foi lenta, sendo retomada na primeira divisão estadual em 2011, com Ana Karina, então com 31 anos. Ela apitou Ypiranga 2 x 1 América. Em 2015, um novo passo, com a escalação de um trio feminino: a árbitra Ana Karina e as assistentes Fernanda Colombo e Karla Renata. Curiosamente, outro América x Ypiranga, desta vez nos Aflitos e com vitória alviverde por 1 x 0.
Dois anos depois, um passo maior. Deborah Cecília, de 32 anos, foi sorteada para o Clássico das Multidões. No mesmo cenário da estreia de Maria Edilene. No Estadual de 2017, ela havia trabalhado em cinco jogos, sem os grandes clubes. Como o duelo na 8ª rodada do hexagonal não tem caráter decisivo, rivalidade à parte, é uma boa oportunidade para testes. Boa sorte a Deborah, a única mulher entre os 17 árbitros do quadro atual da federação.
Maria Edilene 08/11/1992 – Sport 0 x 1 Santa Cruz (PE)
22/04/1993 – Sport 0 x 0 Santa Cruz (PE) 24/04/1994 – Santa Cruz 1 x 1 Náutico (PE)
12/03/1995 – Náutico 3 x 2 Sport (PE)
Deborah Cecília 25/03/2017 – Sport x Santa Cruz (PE)
Confira um balanço sobre as taxas de arbitragem no estado clicando aqui.
Encerrada a primeira fase da Copa do Nordeste de 2017. Na 6ª rodada, os três pernambucanos jogaram simultaneamente, às 21h45, com destinos distintos. No Ceará, o alvirrubro aplicou a maior goleada da história do torneio, mas acabou eliminado. No Maranhão, o rubro-negro, já classificado, perdeu a chance de terminar com a melhor campanha geral. No Arruda, o tricolor não só conquistou a vaga às quartas como terminou no pote 1 para o sorteio do chaveamento. O 45 minutos analisou os jogos em gravações exclusivas, focando o desempenho e as perspectivas para as próximas apresentações.
Neste podcast, estou com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça!
O pote 1 para o sorteio das quartas de final da Copa do Nordeste terá os três clubes presentes no Brasileirão e o atual campeão regional. Ou seja, as principais forças confirmaram o favoritismo. Assim, Bahia, Sport, Vitória e Santa evitaram confrontos de peso na próxima fase e ainda vão decidir os respectivos confrontos em seus domínios. Pelo segundo ano seguido o Baêa termina a 1ª fase com a melhor campanha. Desta vez, contou com a derrota do Sport para o eliminado Sampaio, passando na última rodada, 14 x 13.
Após três anos o Trio de Ferro disputou a fase de grupos. Faltou pouco para a tripla classificação. Por um ponto, o Náutico ficou de fora do mata-mata. Sport e Santa Cruz avançaram liderando os seus grupos e embolsaram R$ 450 mil – já haviam recebido uma cota de R$ 600 mil pela participação na primeira fase.
O sorteio das quartas de final, com a definição do caminho até a decisão, será na sede da CBF, no Rio, às 11h desta sexta-feira. Eis os potes do sorteio:
Pote 1: Bahia, Sport, Santa Cruz e Vitória (todos campeões) Pote 2: Itabaiana, River, Campinense e Sergipe (um campeão)
Os clubes classificados às quartas do Nordestão (2013-2017):
2013 ABC, ASA, Campinense, Ceará, Fortaleza, Santa Cruz, Sport e Vitória
2014 América-RN, Ceará, CRB, CSA, Guarany-CE, Santa Cruz, Sport e Vitória
2015 América-RN, Bahia, Campinense, Ceará, Fortaleza, Salgueiro, Sport e Vitória
2016 Bahia, Campinense, Ceará, CRB, Fortaleza, Salgueiro, Santa Cruz e Sport
2017 Bahia, Campinense, Itabaiana, River, Santa Cruz, Sergipe, Sport e Vitória
Número de classificações às quartas (2013-2017):
5 – Sport (100%)
4 – Campinense, Ceará, Santa Cruz e Vitória 3 – Bahia e Fortaleza 2 – América-RN, CRB e Salgueiro 1 – ABC, ASA, CSA, Guarany-CE, Itabaiana, Sergipe e River
Um simples empate e o Santa Cruz seguiria em busca do bicampeonato nordestino. Uma vitória e a situação nas quartas de final seria um pouco melhor, decidindo em casa. Ou seja, era inegável o caráter decisivo contra o Campinense, num repeteco da última decisão. E o time paraibano, ano a ano, vai se mostrando um adversário complicado na Lampions. Já classificado, não deixou por menos, endurecendo o confronto e exigindo muita aplicação do tricolor. A vitória veio, suada, por 1 x 0. Em uma partida de poucas oportunidades reais de gol, em ambos os lados, o mandante marcou forte no meio-campo, jogando com o regulamento debaixo do braço.
Era uma noite na qual não cabia vacilo. Quando a partida no Arruda começou, o outro jogo do grupo, em Horizonte, já estava com 7min26s. E com apenas 14 o Náutico já fazia o placar necessário, marcando quatro gols. O gol da vitória foi marcado por Anderson Salles, grata surpresa na bola parada. Cobrou uma falta no travessão e depois converteu bem o pênalti sofrido por Éverton Santos – ter um jogador assim é essencial em mata-matas. No segundo tempo, com a Raposa buscando o empate, que a deixaria na liderança, o zagueiro foi novamente decisivo, salvando uma bola em cima da linha. Foi o nome da noite, confirmando a sua vaga numa defesa ainda observada pelo técnico Vinícius Eutrópio.
No fim das contas, o Santa saiu com todos os objetivos alcançados, ficando no pote 1 do primeiro mata-mata e evitando confrontos contra Bahia, Vitória e Sport. Ah, ganhou mais R$ 450 mil, um verba importante para otimizar a folha.
Santa Cruz na fase de grupos 2013 – 15 pontos (5v-0e-1d, 1º) 2014 – 11 pontos (3v-2e-1d, 2º) 2016 – 10 pontos (3v-1e-2d, 2º) 2017 – 13 pontos (4v-1e-1d, 1º)
Campanhas do Santa na volta do Nordestão (entre parênteses, a premiação) 2013 – Quartas de final (R$ 300 mil) 2014 – Semifinal (R$ 850 mil) 2015 – não participou 2016 – Campeão (R$ 2,385 milhões) 2017 – Mata-mata… (R$ 1,05 milhão até as quartas*)
O Náutico aplicou a maior goleada da história da Copa do Nordeste, 9 x 0, superando Bahia 10 x 2 Confiança, há quinze anos. Numa noite chuvosa em Horizonte, a 50 km de Fortaleza, o alvirrubro atropelou o time reserva do lanterna Uniclinic, que encerrou a primeira fase com a pior campanha da história, nenhum ponto e -24 de saldo. Apesar da elasticidade, com hat-tricks de Erick e Giva, o time pernambucano também foi eliminado.
Embora tenha feito a sua parte com apenas 14 minutos, marcando os quatro gols necessários, o timbu terminou na terceira colocação do grupo A porque o Santa também fez a sua parte no Arruda. O Náutico somou dez pontos, com onze gols de saldo. Essa campanha teria sido suficiente para ser o vice-líder em outros três grupos. Ou seja, o A foi mesmo o da “morte”.
Nesta volta da Lampions ao calendário oficial, há cinco temporadas, esta foi a terceira participação do timbu, com a terceira eliminação precoce – deixando de ganhar R$ 950 mil apenas com as vagas nas quartas. E todos os outros representantes locais, o que inclui até o Salgueiro, já foram mais longe. Ao Náutico, portanto, resta focar o Estadual, onde deve confirmar a vaga à semi no sábado. Nesta disputa, também árdua, o jejum vem desde 2004…
Náutico na fase de grupos 2014 – 6 pontos (1v-3e-2d, 3º) 2015 – 8 pontos (2v-2e-2d, 2º) 2017 – 10 pontos (3v-1e-2d, 3º)
Campanhas do Náutico na volta do Nordestão (entre parênteses, a premiação) 2013 – não participou 2014 – Fase de grupos (R$ 350 mil) 2015 – Fase de grupos (R$ 365 mil) 2016 – não participou 2017 – Fase de grupos (R$ 600 mil)
O jogo valia bastante ao rubro-negro. Diante do já eliminado Sampaio Corrêa, a vitória renderia ao Sport a melhor campanha da fase de grupos do Nordestão. Por isso, o time titular em campo, embora com dois desfalques de peso, Rithely, poupado, e Diego Souza, servindo à Seleção. Em sua 17ª apresentação oficial na temporada, esperava-se uma equipe mais acertada taticamente e, pelo contexto do jogo em São Luís, mais dedicado. Nada disso. Numa atuação lamentável, marcando muito mal e atacando (pouco) de forma desorganizada, o Leão foi derrotado por 2 x 1. Terminou na liderança do grupo C, no pote 1 para o sorteio das quartas, mas abaixo do Bahia na classificação geral – os mandos na semi e na final consideram todos os pontos somados.
Sobre o jogo no Castelão, o Sport não se impôs. Começou com os setores distantes e jogando mais uma vez em marcha lenta. Apesar da situação no torneio, o Sampaio mostrou disposição e pressionou bastante o visitante nos vinte primeiros minutos, até abrir o placar numa cobrança de falta. Nem assim o Leão acordou, com André e Leandro Pereira pouco eficazes.
No segundo tempo, com apenas oito minutos, num contragolpe, o Sampaio fez o segundo. Àquela altura, o placar era um retrato fiel dos dois times. Apesar de ter diminuído com Rogério, que agora é o artilheiro leonino no ano, com 6 gols, o rubro-negro não melhorou. Só teve uma chance efetiva, com André batendo pra fora. A perda da invencibilidade no regional escancarou os problemas do Sport em 2017.
Sport na fase de grupos 2013 – 12 pontos (3v-3e-0d, 1º) 2014 – 8 pontos (2v-2e-2d, 2º) 2015 – 10 pontos (3v-1e-2d, 1º) 2016 – 11 pontos (3v-2e-1d, 1º) 2017 – 13 pontos (4v-1e-1d, 1º)
Campanhas do Sport na volta do Nordestão (entre parênteses, a premiação) 2013 – Quartas de final (R$ 300 mil) 2014 – Campeão (R$ 1,9 milhão) 2015 – Semifinal (R$ 890 mil) 2016 – Semifinal (R$ 1,385 milhão) 2017 – Mata-mata… (R$ 1,05 milhão até as quartas*)