Em coletiva na sede da FPF, o chefe de arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, detalhou a função do “árbitro de vídeo”, que será utilizado pela primeira vez no país na final do Campeonato Pernambucano, como o blog havia antecipado. Os elencos dos finalistas também receberam palestras sobre a inovação.
A atuação consiste em quatro pilares: – Foi gol / Não foi gol – Foi pênalti / Não foi pênalti – Cartão vermelho direto indevido – Identificação errada do jogador punido
No caso do impedimento, a correção através da tecnologia só será feita caso o lance irregular resulte em gol.
O jogo na Ilha do Retiro, entre Sport e Salgueiro, terá José Woshington como árbitro, auxiliado por Marlon Rafael e Fabrício Leite. Na cabine de recepção de imagens haverá uma equipe de três pessoas. O próprio Sérgio Corrêa, Manoel Serapião, o representante da CBF na Fifa, e o árbitro Péricles Bassols, ex-quadro da Fifa (hoje da FPF). Os vídeos dos lances analisados não serão produzidos pela Globo, responsável pela transmissão na televisão, mas por câmeras exclusivas. Na Granja Comary, onde foram feitos os testes do sistema brasileiro, as respostas da central saíram entre 3 a 6 segundos.
Abaixo, o vídeo da FPF com a explicação de Sérgio Corrêa.
Imagem de Uruguai 1 x 4 Brasil, pelas Eliminatórias, com 50 mil pessoas
Desde o sorteio contra o Danubio, pela Sul-Americana, havia a expectativa no Sport sobre a apresentação em Montevidéu. Naturalmente, por uma questão histórica, os rubro-negros esperavam o Centenário. Passados três meses, enfim a confirmação do local. E o jogo de volta da 1ª fase, com 3 x 0 para os leoninos, será, sim, no palco da primeira final da Copa do Mundo. Construído para a edição de 1930, a tradicional cancha costuma receber os clubes do país nos torneios internacionais. Diminuiu depois da inauguração do Campeón del Siglo, estádio do Peñarol, e da ampliação do Parque Central, do Nacional.
Por mais que o Danubio tenha seu próprio estádio, o acanhado Jardines del Hipódromo não está habilitado pela Conmebol, pois não tem refletores. Assim, a grande concorrência para o jogo contra os pernambucanos era a casa do rival Defensor, o Luiz Franzini, com capacidade para 18 mil hinchas e utilizado regularmente pelos demais times. Porém, o clube acabou escolhendo o mítico Centenário, que receberá um time do estado pela segunda vez.
Em 1955, o Náutico fazia uma excursão ao sul do Brasil. Durante a viagem, a direção alvirrubra conseguiu agendar um amistoso no país vizinho contra o poderoso Peñarol, campeão nacional nas duas temporadas anteriores. O timbu acabou goleado pelos carboneros. De lá para cá, um hiato do Trio de Ferro em Montevidéu, com confrontos somente no Recife…
Clubes pernambucano vs uruguaios
16/04/1955 – Peñarol 6 x 0 Náutico (Centenário) 11/03/1956 – Santa Cruz 3 x 2 Rampla Juniors (Ilha do Retiro) 14/03/1956 – Sport 1 x 2 Rampla Juniors (Ilha do Retiro) 11/07/1957 – Santa Cruz 1 x 1 Wanderers (Aflitos) 16/07/1957 – Náutico 2 x 0 Wanderers (Aflitos) 15/06/1995 – Santa Cruz 0 x 1 Peñarol (Arruda) 24/01/2015 – Sport 2 x 1 Nacional (Arena Pernambuco) 06/04/2017 – Sport 3 x 0 Danubio (Ilha do Retiro, Copa Sul-Americana) 11/05/2017 – Danubio x Sport (Centenário, Copa Sul-Americana)
8 jogos disputados, 4 vitórias de PE, 1 empate, 3 derrotas; 12 GP, 13 GC
Na confirmação, a direção do Danubio estipulou os ingressos. Os leoninos (11x mais caro) ficarão na “Tribuna América”, ao lado da “Colombes”, abaixo.
Torcida do Danubio Público geral – 200 pesos (R$ 22) Sócios do Danubio – 140 pesos (R$ 16) Sócios da AUF – 140 pesos (R$ 16)
Torcida do Sport Público geral – 2.300 pesos (R$ 261)
Durante duas horas, o jogo de volta da semifinal nordestina entre tricolores e rubro-negros praticamente monopolizou a atenção na capital pernambucana. A cada 100 televisões ligadas no horário, 72 sintonizaram na partida vencida pelo Sport. Ou seja, procede aquela percepção de que todos os seus vizinhos estavam assistindo ao Clássico das Multidões, através de gritos e fogos.
A audiência média na tevê aberta foi de 46,5 pontos, disparada a maior do ano entre os clubes pernambucanos – superou os 33,4 de Náutico 1 x 1 Sport, na definição da semifinal estadual. A transmissão da Globo Nordeste, comandada por Rembrandt Júnior, registrou um pico de 54,5 pontos. Em termos absolutos no Recife, a audiência média foi de 1,129 milhão de telespectadores, flutuando até 1,323 milhão. É gente demais, num nível de Copa do Mundo. E olhe que esse número desconsidera os torcedores que viram pela Globo através da tevê por assinatura (Sky e NET, por exemplo), além do Esporte Interativo.
No cenário local, entre os jogos com dados divulgados pela emissora, pelo Ibope ou pelo Kim Telereport, responsáveis pela medição, uma partida de futebol não alcançava o patamar de um milhão há três anos, desde a semifinal estadual entre Sport e Santa Cruz, na Ilha. Na ocasião, a disputa de pênaltis alavancou ainda mais o dado. Já o recorde absoluto segue com a estreia rubro-negra na Taça Libertadores da América de 2009, lá no Chile. O jogo teve 57 pontos de média. Considerando a medição atual, aquela noite teria correspondido a 1,384 milhão de pessoas diante da telinha.
Jogos com o Trio de Ferro acima de 1 milhão de telespectadores no Recife.
A classificação do Sport à decisão da Copa do Nordeste de 2017 manteve o calendário do futebol local estrangulado, sem datas vagas para o jogo de volta da final do Campeonato Pernambucano, envolvendo o próprio rubro-negro e o Salgueiro. Após semanas negociando com a CBF e até com a Conmebol, a FPF conseguiu uma data, segundo apuração do blog. No entanto, em vez de uma semana entre os jogos, conforme imaginado, serão seis.
Após a partida na Ilha do Retiro, leão e carcará vão esperar 42 dias para voltar a duelar pelo título da 103ª edição do torneio estadual, lá no estádio Cornélio de Barros. Precisamente em 18 de junho. A direção de competições da CBF adiou dois jogos do Brasileiro neste domingo. Na Série A, Sport x Vitória. Na Série C, Salgueiro x Cuiabá. As duas partidas ainda serão remarcadas.
Abaixo, a nova agenda dos clubes. O Sport terá 11 jogos de quatro torneios distintos entre as finais estaduais, enquanto o Salgueiro terá cinco partidas.
Agenda do Sport 07/05 – Sport x Salgueiro (Estadual, final, ida) 11/05 – Danubio x Sport (Sul-Americana, 1ª fase, volta) 14/05 – Ponte Preta x Sport (Série A, 1ª rodada) 17/05 – Sport x Bahia (Nordestão, final, ida) 21/05 – Sport x Cruzeiro (Série A, 2ª rodada) 24/05 – Bahia x Sport (Nordestão, final, volta) 28/05 – Sport x Grêmio (Série A, 3ª rodada) 31/05 – Sport x Botafogo (Copa do Brasil, oitavas, volta) 04/06 – Avaí x Sport (Série A, 4ª rodada) 07/06 – Sport x Flamengo (Série A, 5ª rodada) 10/06 – Vasco x Sport (Série A, 6ª rodada) 15/06 – Sport x São Paulo (Série A, 7ª rodada) 18/06 – Salgueiro x Sport (Estadual, final, volta)
Agenda do Salgueiro 07/05 – Sport x Salgueiro (Estadual, final, ida) 15/05 – Confiança x Salgueiro (Série C, 1ª rodada) 21/05 – Salgueiro x Moto Club (Série C, 2ª rodada) 27/05 – Salgueiro x Fortaleza (Série C, 3ª rodada) 04/06 – Botafogo x Salgueiro (Série C, 4ª rodada) 11/06 – ASA x Salgueiro (Série C, 5ª rodada) 18/06 – Salgueiro x Sport (Estadual, final, volta)
O Bahia estava classificado à final da Copa do Nordeste de 2017 desde domingo, quando venceu o Vitória na Fonte Nova. Na quarta-feira, já estava envolvido em outro Ba-Vi, desta vez na decisão do título estadual, mas também atento ao que acontecia no Recife, mais precisamente no Arruda. Lá, saiu o adversário do tricolor de aço em busca da orelhuda dourada, o Sport.
Com a definição, o site oficial do Baêa publicou um texto enumerando aspectos do confronto contra o Sport, com a seguinte chamada: “Os maiores – Campeões brasileiros decidem Nordestão”. Dimensionou de forma precisa.
A referência ao leão pernambucano é elogiosa, em títulos e torcida. Ao mesmo tempo, talvez a rivalidade local tenha vez aí, tirando o Vitória da briga pelo status de “Maior do Nordeste” – na visão do blog, corretamente.
Sobre a expectativa dos jogos na Ilha e na Fonte Nova, é uma certeza…
O texto encerra da seguinte forma:
“Serão mais dois jogos nesta rica história destes grandes clubes e mais uma oportunidade para ver quem manda no Nordeste.”
O quarto e (provável) último clássico entre Santa e Sport nesta temporada foi bem disputado, diante do maior público da Copa do Nordeste, 35 mil torcedores. Em campo, o rubro-negro se recuperou do revés em casa e se classificou no Arruda. Jogo em que atuou melhor, mas acabou perdendo três de suas principais peças, Ronaldo Alves e Diego Souza lesionados e Rithely, suspenso (e logo dos dois jogos da final). No fim, comemoração e provocação além da conta (no mau sentido). Tudo isso na pauta da gravação exclusiva do 45 minutos. Estou nessa com Celso Ishigami e Fred Figueiroa. Ouça!
Os clubes de maior torcida na Bahia e em Pernambuco, os únicos campeões nacionais da região e rivais, hoje, num confronto de Série A. Bahia e Sport vão encerrar a Copa do Nordeste de 2017 em um clássico com 85 anos de história, com vantagem do tricolor de de aço. Tem 35 vitórias, contra 21 do leão. Em mata-matas, tem 6 x 2, incluindo o triunfo numa decisão nordestina, em 2001, em jogo único em Salvador. Para completar, na vigente edição do regional, o time soteropolitano tem a melhor a campanha. Favorito? Vale destacar que neste Nordestão o Sport vem se superando nos mata-matas.
Datas das finais da Lampions
17/05 (21h45) – Sport x Bahia (Ilha do Retiro)* 24/05 (21h45) – Bahia x Sport (Fonte Nova)* * Jogos transmitidos pela Globo Nordeste, Rede Bahia e Esporte Interativo
Campanhas Bahia: 23 pontos; 7 vitórias, 2 empates e 1 derrota; 21 GP e 4 GC Sport: 19 pontos; 6 vitórias, 1 empate e 3 derrotas; 19 GP e 11 GC
Foi assim nas quartas (Campinense) e na semi (Santa), com o leão revertendo na volta. Um clube que investiu bastante, sobretudo nas aquisições de André e Rogério, mas ainda não havia se encontrado, a ponto de trocar de técnico. Na decisão pela orelhuda dourada, chega com Ney Franco, encarando um rival ascendente, sob o comando de Guto Ferreira. Ambos com desfalques de peso na ida, como Régis (Bahia) e Rithely (Sport, 2 jogos), além de lesões, como Brocador (Bahia, fratura) e Diego Souza (Sport, muscular, sob análise).
Cada um já ganhou R$ 1,6 milhão em cotas nas três fases disputadas. Agora, mais R$ 550 mil para o vice e R$ 1,55 milhão para o grande campeão, já incluindo o bônus de R$ 300 mil oferecido pela Caixa Econômica Federal, patrocinadora do torneio e dos dois finalistas. Por fim, o campeão também irá ganhar a pré-classificação às oitavas da Copa do Brasil de 2018.
Everton Felipe no banco e André há doze jogos sem marcar. A pressão sobre os dois jogadores era grande. O meia, que tirou onda e teve que aguentar após as atuações apagadas, e o centroavante, com o pé descalibrado mesmo sendo participativo nos jogos, foram decisivos na noite. O Sport venceu o Santa Cruz, ampliando a vantagem no Arruda (52 x 50), e reverteu a semifinal das multidões – com a velha expressão fazendo sentido lá e lô. O rubro-negro está na decisão da Copa do Nordeste 2017 e vai em busca do tetra.
O Sport eliminou o atual campeão num clássico quente, batalhado e com grandes chances criadas, com Magrão (1T) e Júlio César (2T) acionados. Após a comemoração de Pitbull, socando o leão no escudo de concreto na Ilha, o clima ficou tenso. Embora técnicos e diretores tenham ensaiado o discurso pacificador, os jogadores entraram pilhados. Foram cinco expulsões, com Péricles Bassols vendo empurra-empurra em três momentos, com reservas invadindo o campo. Com a bola rolando, o Sport foi todo superação. Precisava marcar dois gols e com 15 minutos perdeu Diego Souza, que sentiu a coxa. Entrou Everton Felipe, que fez um golaço dois minutos depois, levando à loucura a torcida que lotou o setor na Rua das Moças, apesar da desvantagem. Com Thomás, duas vezes, o tricolor chegou perto do empate, numa postura séria, mostrando o quanto estava indefinido o confronto.
No segundo tempo, o jogo caiu, proporcionalmente às faltas e lesões. Na reta final, com o tricolor já retraído, administrando o placar, Magrão repôs a bola num chute de longa distância. Samuel Xavier aproveitou, cruzou pela direita e Vítor cortou mal. Da meia lua, André bateu de chapa, no cantinho. O gol para o necessário 2 x 0, levando o camisa 90 às lágrimas após o apito final. Apito que não encerra a campanha do Sport. Agora, terá o Bahia pela frente, no choque entre os dois campeões nacionais da região. Jogo enorme.
Em um revezamento entre Estadual, Nordestão e Copa do Brasil, o futebol pernambucano vinha sendo quase onipresente na Globo Nordeste. Saiu da grade apenas em casos excepcionais, como na tarde de 30 de abril. Com os direitos de exibição só do jogo de volta da semifinal entre Santa e Sport, pela Lampions, a emissora acabou transmitindo o Fla-Flu no domingo. E o primeiro jogo da final carioca registrou 17,8 pontos na tevê aberta no Grande Recife, segundo o Kantar Ibope Media.
Com esse dado, a capital pernambucana ficou apenas na 12ª colocação entre as 14 regiões metropolitanas mensuradas pelo instituto entre as que exibiram competições estaduais. E ainda vale a ressalva que Remo x Paysandu, em Belém, passou na TV Cultura, concorrência que não existiu no Recife, com apenas um jogo ao vivo em sinal aberto. Pois é. O modesto cenário se torna pior numa comparação com o desempenho recifense nos dois domingos anteriores, quando as semifinais do Campeonato Pernambucano lideraram no país em termos de audiência média por minuto, com dois clássicos entre Sport e Náutico (32,4 e 33,4 pontos).
Em números absolutos, a quantidade de telespectadores na capital caiu de 811 mil para 432 mil pessoas sintonizadas, ou 46,7% a menos em uma semana, considerando jogos no mesmo horário – aliás, entre os dados revelados, foi o pior índice na cidade em 2017. Ah, quatro dias antes do clássico carioca, Botafogo 2 x 1 Sport, direto do Engenhão, teve 32,2 pontos. Nota-se que o interesse local é uma “ilha de resistência” no país…
As audiências (TV aberta) do futebol nas regiões metropolitanas em 30/04 36,2 – Ponte Preta 0 x 3 Corinthians (Campinas) 33,6 – Fluminense 0 x 1 Flamengo (Rio de Janeiro) 30,7 – Cruzeiro 0 x 0 Atlético-MG (Belo Horizonte) 29,0 – Internacional 2 x 2 Novo Hamburgo (Porto Alegre) 29,0 – Fluminense 0 x 1 Flamengo (Manaus) 26,7 – Ponte Preta 0 x 3 Corinthians (São Paulo) 23,8 – Vila Nova 0 x 3 Goiás (Goiânia) 23,6 – Avaí 0 x 1 Chapecoense (Florianópolis) 23,6 – Ferroviário 0 x 1 Ceará (Fortaleza) 22,1 – Fluminense 0 x 1 Flamengo (Vitória) 18,9 – Ponte Preta 0 x 3 Corinthians (Curitiba) 17,8 – Fluminense 0 x 1 Flamengo (Recife) 15,6 – Fluminense 0 x 1 Flamengo (Brasília) 13,6 – Fluminense 0 x 1 Flamengo (Belém)
As maiores audiências do Recife nos fins de semana em 2017* (até 30/04) 33,4 – Náutico 1 x 1 Sport (Estadual, 23/04) 33,0 – Sport 1 x 1 Santa Cruz (Estadual, 26/03) 32,4 – Sport 3 x 2 Náutico (Estadual, 16/04) 31,0 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (Estadual, 18/02)** 26,2 – Náutico 1 x 0 Santa Cruz (Nordestão, 12/03) 23,6 – Salgueiro 0 x 1 Santa Cruz (Estadual, 05/03) 23,5 – Central 1 x 3 Sport (Estadual, 09/04)
17,8 – Fluminense 0 x 1 Flamengo (Carioca, 30/04) * Entre os jogos divulgados pelo Ibope e pela Globo ** Único jogo disputado no sábado, por causa do carnaval
A discussão sobre o “maior clube do Nordeste” é ampla, mensurando títulos, torcida, estrutura, história etc. Ajustando o tema, o 45 minutos debateu sobre qual seria o maior time de futebol da história da região. Sim, o time propriamente dito, num recorte específico da história, considerando o futebol apresentado, os resultados obtidos nos âmbitos estadual, regional, nacional e até internacional, além da representatividade na Seleção. Neste videocast, analisamos cinco equipes marcantes no futebol nordestino: Náutico (1966-1968), Santa Cruz (1975-1978), Bahia (1988-1989), Vitória (1993) e Sport (2000). No fim, o veredito, que, obviamente, não encerra a polêmica…
Estou nesta gravação com Celso Ishigami e João de Andrade Neto. Assista!