Sofrimento, sempre

Série D-2009: Santa Cruz 1 x 2 Sergipe

No primeiro jogo do Santa Cruz no Arruda, nesta Série D, foram 45.007 torcedores.

Na noite deste sábado, novamente no Mundão, outros 40.028 corais.

Nas duas partidas, duas frustrações.

A primeira, um empate diante do Central. Arrancado aos 48 minutos do 2º tempo. Uma sobrevida a algo que já parecia estar bem errado…

Após a derrota em Aracaju, o Tricolor entrou em campo hoje com a obrigação de conquistar 3 pontos, para não dificultar a classificação à segunda fase.

Não conseguiu… Mesmo com o apoio gigantesco da torcida, o Santa conseguiu cair em casa. Perdeu para o Sergipe por 2 x 1, com direito a três bolas na trave adversária e um golaço de Juninho.

Série D-2009: Santa Cruz 1 x 2 SergipeNão o Juninho do Santa, mas o do Sergipe mesmo, que desempatou o jogo logo aos 4 minutos da etapa final, num lindo chute do meio da rua.

O Juninho tricolor, por sua vez, gerou um ponto final na era Sérgio China.

Ao substituir o meia, que vinha tendo um atuação regular, o técnico foi obrigado a ouvir a seguinte frase do povão revoltado:

“Adeus, China!”

Com apenas 4 pontos em 4 jogos, um adeus muito pior começa a ser desenhado nas repúblicas independentes…

Saiba mais sobre a derrota tricolor AQUI.

Mapeamento de torcidas: Brasil (Instituto Análise/2009)

Torcida do Flamengo no Maracanã

Como era de se esperar, a polêmica declaração de Ronaldo – que afirmou que o Corinthians teria mais torcida que o Flamengo – resultou em novas pesquisas sobre o tamanho das torcidas dos clubes brasileiros. E o jornal Valor Econômico foi o primeiro a divulgar um levantamento, através do Instituto Análise, desmentindo o Fenômeno. Mas por pouco. Na pesquisa mensal com a população adulta brasileira (16 anos ou mais), o instituto monitorou o tamanho das torcidas durante três meses neste ano (março, abril e maio). Foram entrevistadas 1.000 pessoas.

Assim, a diferença entre Flamengo e Corinthians seria de apenas 3 milhões de torcedores. Distância que já chegou a ser mais de 10 milhões. Os números da pesquisa correspondem à 65% da população brasileira.

A porcentagem acima foi correspondeu ao total de brasileiros que disseram torcer por algum time do país. Assim, aos invés de “193 milhões” de fanáticos, existem, na verdade, 123,5 milhões de torcedores. Todos responderam apenas um time. No Nordeste, o Bahia ficou na liderança, com quase 2,5 milhões de aficionados. O Tricolor de Aço é seguido pelo Sport, o outro time da região que figurou entre os primeiros lugares.

Abaixo, a porcentagem de torcedores, considerando toda a população do Brasil. Entre parênteses, o percentual correspondente à pesquisa, com 65% da população que gosta de futebol.

Instituto Análise / Brasil 2009
Período: de março a abril
Público: 1.000 (nº de municípios não divulgado)
Margem de erro: não divulgada
População estimada (IBGE/2009): 190.755.799

1º) Flamengo – 13,6% – 25.942.788 (21%)
2º) Corinthians – 11,7% – 22.318.428 (18%)
3º) São Paulo – 7,1% – 13.543.661 (11%)
4º) Palmeiras – 5,2% – 9.919.301 (8%)
5º) Seleção Brasileira – 3,9% – 7.439.476 (6%)
6º) Vasco – 3,2% – 6.104.185 (5%)
7º) Grêmio – 2,6% – 4.959.650 (4%)
8º) Santos – 1,9% – 3.624.360 (3%)
8º) Cruzeiro – 1,9% – 3.624.360 (3%)
8º) Inter – 1,9% – 3.624.360 (3%)
8º) Botafogo – 1,9% – 3.624.360 (3%)
12º) Fluminense – 1,3% – 2.479.825 (2%)
12º) Bahia – 1,3% – 2.479.825 (2%)
14º) Sport – 0,6% – 1.144.534 (1%)

Foram divulgados apenas as 14 primeiras opções (incluindo a Seleção). Segundo a pesquisa, o Atlético-MG (cuja torcida já venceu a média de público do Brasileiro em 10 temporadas) foi o único dos chamados “12 grandes” de fora.

Entrando pelo cano

Abaixo, a “versão” pernambucana daquela conhecida propaganda da Amanco… Crédito do site www.perronha.blogspot.com.

Propaganda

Na versão original, o vídeo terá que ser atualizado, já que o encanador argentino berra “21 Libertadores”. Como sabemos, o Estudiantes de La Plata faturou o tetra no Mineirão e aumentou o número para 22. 😎

Tem alguma montagem ‘tirando uma onda’ do rival? Mande para o blog!

Centenário – Jogos da década

Vou postar aqui dois vídeos com dois grandes jogos envolvendo Sport e Náutico nesta década. Ambos na Ilha, mesmo palco do clássico centenário deste domingo. 😎

O primeiro logo em 2001, no Campeonato Pernambucano, quando o volante Adílson marcou um gol antológico de falta, na vitória por 2 x 1. O segundo na Série B de 2006, quando o Sport arrancou para o acesso com uma vitória por 2 x 0, gols de Fumagalli.

Lembra de algum jogo histórico? Comente e indique o vídeo!

  • 10/05/2001 – Sport 1 x 2 Náutico

  • 21/10/2006 – Sport 2 x 0 Náutico

Centenário – Os clássicos mais antigos

Clássico dos Clássicos centenário

Mais um post sobre o centenário do Clássico dos Clássicos, que será disputado neste domingo, na Ilha. Trata-se do 3º mais antigo do país.

Abaixo, a lista dos clássicos estaduais mais antigos do país, levando em consideração também a tradição dos principais jogos do Brasil. Por exemplo: Fluminense x Bangu um dia foi considerado clássico (entenda “um dia” como décadas atrás). Hoje não é mais.

Saiba mais AQUI e AQUI.

1º) Fluminense 6 x 0 Botafogo (Clássivo Vovô), desde 22/10/1905
2º) Grêmio 10 x 0 Internacional (Gre-Nal), 18/07/1909
3º) Náutico 3 x 1 Sport (Clássico dos Clássicos), 25/07/1909
4º) Ponte Preta 1 x 0 Guarani (Dérbi Campineiro), 1911
5º) Fluminense 3 x 2 Flamengo (Fla-Flu ou Clássico das Multidões), 07/07/1912
6º) Botafogo 1 x 0 Flamengo, 13/03/1913 (*)
7º) Santos 6 x 3 Corinthians, 22/06/1913 (*)
8º) Remo 2 x 1 Paysandu (Re-Pa ou Clássico-Rei da Amazônia), 10/06/1914
9º) Santos 7 x 0 Palmeiras (Clássico da Saudade), 03/10/1915
10º) Sport 2 x 0 Santa Cruz (Clássico das Multidões), 06/05/1916
11º) Palmeiras 3 x 0 Corinthians (Derby Paulista), 25/10/1936
12º) Santa Cruz 3 x 0 Náutico (Clássico das Emoções), 29/06/1917
13º) Ceará 2 x 0 Fortaleza (Clássico Rei), 17/12/1918
14º) Cruzeiro 3 x 0 Atlético-MG (Raposa x Galo), 17/04/1921
15º) Vasco 3 x 2 Fluminense (Clássico dos Gigantes), 11/03/1923
16º) Vasco 3 x 1 Botafogo (Clássico em Preto e Branco), 22/04/1923
17º) Vasco 3 x 1 Flamengo (Clássico dos Milhões), 29/04/1923
18º) Figueirense 4 x 3 Avaí, 13/04/1924
19º) Coritiba 6 x 3 Atlético-PR (Atletiba), 08/06/1924
20º) São Paulo 2 x 2 Palmeiras (Choque-Rei), 30/03/1930
21º) Santos 2 x 2 São Paulo (San-São), 11/05/1930
22º) Corinthians 2 x 1 São Paulo (Clássico Majestoso), 25/05/1930
23º) Bahia 3 x 0 Vitória (Ba-Vi), 18/09/1932

(*) – Apesar da tradição, esses jogos não têm uma denominação específica.

Centenário – 490 capítulos

Clássico dos Clássicos centenárioFinalmente, o centenário do Clássico dos Clássicos…

O aniversário de 100 anos do 3º clássico mais antigo do país será neste sábado, mas o jogão está marcado para o domingo, na Ilha do Retiro, às 16h.

Os velhos rivais não estão numa grande fase, é verdade. Mas de qualquer forma, a partida será histórica, e pelo menos a dupla não perdeu no meio desta semana.

490 jogos
192 vitórias do Sport (679 gols)
164 vitórias do Náutico (626 gols)
133 empates
1 jogo de placar desconhecido (disputado em 1931)

Sport
Maiores goleadas
8 x 0, em 01/10/1916, no British Club
8 x 1, em 19/10/1941, nos Aflitos

Principais artilheiros
1º Traçaia (década de 50) – 13 gols
2º Djalma Freitas (décadas de 50 e 60) – 12 gols
3º Roberto Coração de Leão (década de 80) – 11 gols

Náutico
Maiores goleadas
8 x 1, em 31/05/1935, na Avenida Malaquias
5 x 0, em 23/07/1936, na jaqueira

Principais artilheiros
1º Fernando Carvalheira (década de 30) – 26 gols
2º Bita (década de 60) – 23 gols
3º Baiano (década de 80) – 18 gols

Congelado sim, derrotado não

Série A-2009: Coritiba 1 x 1 Sport

O tabu em Curitiba está mantido. O Sport nunca venceu o Coxa na capital paranaense. Agora são 4 empates e 7 derrotas pelo Brasileirão.

Desta vez, porém, o resultado até que agradou aos leoninos.

Empate por 1 x 1, em um campo bastante molhado e, consequentemente, pesado… E com um frio daqueles, com 11ºC no termômetro e uma sensação térmica muito menor. Tanto que apenas 6.781 almas tiveram coragem de pagar ingresso.

Apesar do clima adverso, o Leão conseguiu trazer um ponto para o Recife em um momento crítico na competição. Caso tivesse perdido, o Rubro-negro seria o time com mais derrotas na Série A. Seriam 8. Não foi.

O time conseguiu respirar, ainda que de leve. Saiu da zona de rebaixamento. Vale lembrar, porém, que o Botafogo tem um jogo a menos.

De qualquer forma, o time não chegará ao clássico centenário, no domingo, disputando a lanterna com o Náutico.

Na congelante noite desta quinta-feira, o Sport procurou jogar fechadinho, buscando os contra-ataques. A tática deu certo no 1º tempo. Aos 18 minutos, um gol de lateral para lateral. Da direita, com Elder Granja, na medida para esquerda, para Dutra. Ele mesmo, o menino Dutra… E de cabeça! 😯

Aos 32, com o jogo tranquilo para o Sport, Elder Granja derrubou Bruno Batata na área. Complicou… Pênalti para o Coxa. Pênalti convertido por Marcelinho Paraíba.

Depois disso, Magrão apareceu de forma brilhante. O camisa 1 da Ilha teve uma ótima atuação. Seguro em cobranças de falta, escanteios, rebotes, saída de gol… Magrão está de parabéns. Foi cumprimentado até pelos adversários.

Assim como o Náutico, agora é a vez do Sport juntar os cacos para o Clássico dos Clássicos, na Ilha do Retiro. Vale a história, a Taça 100 Anos de Clássicos e, acima de tudo, 3 pontos. E os dois precisam demais…

Foto: site oficial do Coritiba

Gols perdidos no oceano

Samoa Americana

A maior goleada oficial da história do futebol aconteceu em 2001, durante as Eliminatórias para a Copa do Mundo que foi disputada no Japão e na Coreia do Sul.

Austrália 31 x 0 Samoa Americana.

O vídeo abaixo, com os “melhores momentos” da partida, sequer conta com todos os gols. Foram registrados apenas 16… 😯

Tempo dos gols (oficialmente, segundo a Fifa, o 2º tempo vai de “46 a 90”): 10, 12, 13, 14, 17, 19, 21, 23, 25, 27, 29, 32, 33, 37, 42, 45, 50, 51, 55, 56, 58, 60, 65, 66, 78, 80, 81, 84, 85, 88 e 89.

Artilheiro: Archie Thompson, com 13 gols… 😈

A Austrália é uma potência? Longe disso… Mas na Oceania, repleta de micropaíses, reinava de uma forma sem graça, tanto que – em busca de um melhor nível técnico – pediu a autorização da Fifa para se filiar à federação asiática. Conseguiu.

Já a Samoa Americana continua lá na Polinésia, praticando algo parecido com futebol. O país de 70 mil habitantes (menos que o município de Gravatá/PE *) é o último colocado no Ranking da Fifa. Está em 203º lugar, ao lado de outras ‘potências’, como San Marino, Montserrat, Papua Nova Guiné e Anguilla. Todos com ZERO ponto.

A verdade é que já é quase um milagre um país como a Samoa Americana ainda conseguir formar uma seleção para a disputa das Eliminatórias. O país deixou de ser reconhecido como colônia apenas em 2002, mas preferiu continuar como uma dependência dos Estados Unidos (‘trabalhando’ com dólar mesmo). A economia é baseada na pesca e no turismo. A jogatina é proibida…

Obs. A campanha da Samoa Americana nas Eliminatórias de 2002 foi de 4 derrotas em 4 jogos. Nenhum gol marcado e 57 sofridos (veja mais AQUI).

(*) Gravatá, para servir de exemplo, tem uma população maior (74 mil moradores) e também uma área superior, de 513 km2, contra 199 km2 da Samoa.

Pipoqueiro goleador

Pipoqueiro

A fase é péssima, mas não vai ser chamando jogador de ‘pipoqueiro’ ainda no primeiro tempo que a torcida ajudará o Náutico a sair da zona de rebaixamento.

Na noite desta quarta-feira, diante do Botafogo, nos Aflitos, o time lutou bastante. A necessidade de acabar com o jejum de vitórias era essa essencial para o time.

Mas ainda não foi desta vez. O empate por 2 x 2 mantém o Timbu a lanterna do Brasileirão. Já são 10 partidas sem vencer. Dois nomes marcaram a partida. O zagueiro Juninho, no lado carioca, e o atacante Gilmar, no pernambucano.

O primeiro abriu o placar e ainda mandou a bomba que o goleiro Eduardo deu rebote para Reinaldo empatar o jogo, aos 31 minutos 2º tempo.

Já o segundo escutou o protesto da torcida timbu no final da primeira etapa. Chamado de ‘pipoqueiro’, o atacante desceu calado para o vestiário, onde a equipe levou uma bronca do técnico Geninho.

Deu certo, pois a virada veio no 2º tempo. Tudo bem que o pênalti convertido por Gilmar foi meio mandrake, mas o Alvirrubro buscou mais o ataque. Irado com os xingamentos, Gilmar virou o jogo (5º gol dele na Série A) e saiu correndo para a galera questionando “e agora?“. Atrito desnecessário, dos dois lados.

No fim, já com o uruguaio Acosta em campo, o Náutico sofreu o empate que engessou o clube novamente na tabela. Agora, é juntar os cacos e lutar no clássico centenário.

Veja a matéria do diariodepernambuco.com.br sobre o empate timbu AQUI.

O sexto grande

Os 5 grandes clubes da ArgentinaNo Brasil, a expressão “os 12 grandes” se tornou popular numa referência aos maiores times do país.

São eles: São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Santos; Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo; Grêmio e Internacional; Cruzeiro e Atlético-MG.

A diferença entre alguns é gritante. Apesar do bom momento nesta Série A, o Atlético tem apenas 1 título brasileiro, e conquistado logo na primeira edição, em 1971. O São Paulo, por sua vez, tem 6, sendo o atual tricampeão, fora as 3 Libertadores e os 3 Mundiais.

Mas não importa a disparidade atual… Segundo a mídia e grande parte da torcida, esse grupo é “fechado”. Algo construído durante décadas, de fato.

Mas isso não é uma exclusividade brasileira. O mesmo ocorre na Argentina.

Lembram do Estudiantes? Aquele mesmo que venceu a Libertadores, na última semana… Ganhou a sua 4ª Libertadores, por sinal. Tetra! Fora o Mundial de 1968 e os 4 títulos nacionais na era profissional (sendo o último em 2006).

Pois é. No país vizinho, o Pincha ainda briga pelo reconhecimento como um ‘grande’. Basta ler a entrevista do presidente do clube, Rubén Filipas, ao Olé (veja AQUI).

“O Estudiantes está à altura dos grandes.” 😯

Lá, historicamente, apenas 5 times tem o status de “clube grande”: Boca Juniors, River Plate, Independiente, San Lorenzo e Racing. Os 5 maiores campeões argentinos. Ok.

Mas destes times, o Racing tem apenas um título nacional desde 1967, enquanto o San Lorenzo jamais foi campeão da Libertadores (*).

Na Argentina, a explicação para isso volta bastante no tempo. Volta até 1934, quando foi fundada a AFA (a “CBF” dos hermanos), e os clubes mais populares (os 5 listados acima) pressionaram a entidade em busca de mais poder.

O sistema de votação foi dividido em 3 categorias, e na principal os requisitos eram os seguintes: clubes com mais de 15 mil sócios, 20 anos de participação ininterrupta nos torneios oficiais (considerando a era amadora) e mínimo de dois títulos da 1ª divisão.

Coincidentemente, apenas Boca, River, Racing, Independiente e San Lorenzo preencheram o “formulário”. Mesmo com a boa fase de outras equipes, jamais mudou.

No entanto, sempre houve a discussão sobre o “sexto grande”. Uma penca de times disputa o posto, como Vélez Sarsfield (atual campeão nacional), Huracán (vice), Estudiantes, Rosário Central e Newell’s Old Boys (os dois maiores times do interior)…

Tudo, porém, é discutido segundo tabelas de títulos (nacionais e internacionais), médias de público, estrutura etc… Veja todas as tabelas (e mais história) AQUI.

Você acha que algum clube pode ‘furar’ a casta dos ‘grandes’? O que é necessário para esse reconhecimento…? Opine!

* Devido ao fato de não ser campeão continental, os hinchas rivais brincam com as iniciais do San Lorenzo (C.A.S.L.A.). De Club Atletico San Lorenzo de Almagro para Club Atletico Sin (sem) Libertadores de America. 😎