Santa empata sem gols com o Sampaio e adia mais uma vez a entrada no G4

Série B 2015, 28ª rodada: Sampaio Corrêa 0x0 Santa Cruz. Crédito: Antônio Melcop/Santa Cruz

Caso vencesse pela quarta vez consecutiva, o Santa Cruz finalmente entraria no G4 da Série B, numa luta que já dura bastante tempo, desde a quarta rodada de 2007. O time estava motivado, inclusive financeiramente, com o pagamento na véspera de uma das duas folhas pendentes. A escalação também demonstrava ousadia, outra vez com os meias João Paulo e Daniel.

Em campo, naturalmente, teria um adversário complicado, o Sampaio, fazendo rigorosamente os mesmo cálculos para entrar no “pelotão”. Com o forte calor em São Luís para completar, o cenário tornou-se bem adverso. No empate em 0 x 0, o tricolor pernambucano saiu reclamando do gol anulado aos 32 do primeiro tempo. Daniel Costa cobrou uma falta pela esquerda e a bola entrou direto, com o árbitro invalidando o lance por enxergar uma carga do zagueiro Danny Morais no adversário, dentro da área. Na visão do blog, decisão correta.

Foi no primeiro tempo, também, que o time coral jogou melhor, fisicamente superior, buscando o encaixe de um contragolpe. Tentou ao menos três vezes. Em uma delas, Luisinho ficou numa ótima condição, mas bateu pra fora. A entrada de Pimentinha na Bolívia Querida, no finzinho do primeiro tempo, deu resultado só no segundo, ciscando bastante na frente da defesa visitante. Aí, entrou em ação, mais uma vez, o goleiro Tiago Cardoso, garantindo um pontinho no Castelão. O G4 segue próximo ao Santa.

Série B 2015, 28ª rodada: Sampaio Corrêa 0x0 Santa Cruz. Crédito: Honório Moreira/O Imparcial

Com ótimo segundo tempo, o Náutico goleia o ABC e ensaia recuperação

Série B 2015, 28ª rodada: Náutico 3x0 ABC. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Quanta diferença após o apito do árbitro Francisco Carlos do Nascimento no intervalo e no fim do jogo. No primeiro, o Náutico foi vaiado pelos seis mil torcedores na arena. O time havia passado boa parte do jogo com um a mais que o ABC, após a justa expulsão do zagueiro Luisão, derrubando Bérgson, que corria livre. Afobado, o time pernambucano pouco produziu. Até insistiu, mas sem pensar direito as jogadas. Na volta do vestiário, até mesmo pela pressão da torcida, o técnico Gilmar Dal Pozzo promoveu duas mudanças. Saíram Marino e Renato, entrando Hiltinho e Daniel Morais. A segunda surtiu efeito instantâneo.

Em sua primeira participação, Daniel trabalhou bem a bola na meia-lua e bateu colocado, certeiro. Com a equipe mais solta, em vantagem no placar e na distribuição em campo, era só aproveitar a onda positiva (que ressurgiu em Belém, vale lembrar). Dito e feito, com Bérgson recebendo pela direita e batendo rasteiro. Em menos de cinco minutos, dois gols. Francamente, o resultado já estava consolidado ali, com o Timbu enfim mantendo a tranquilidade.

Não por acaso, o goleiro Saulo, emprestado pelo Sport teve bastante trabalho. Pela frente, os atacantes alvirrubros. Atrás da sua barra na etapa complementar, a maioria da torcida presente. E ele ainda teria buscar mais uma bola lá no fundo das redes após uma triangulação com Bérgson (nome do sábado) fechando a goleada, 3 x 0. Há duas rodadas, a diferença em relação ao G4 era de oito pontos. Caiu para seis e agora para quatro. O Timbu, quem diria, está vivo.

Série B 2015, 28ª rodada: Náutico 3x0 ABC. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Analisando o mapa de curtidas dos clubes em Pernambuco, via Globo/Facebook

Mapa de curtidas de clubes em Pernambuco. Crédito: globoesporte.globo.com (reprodução)

O Mapa das curtidas dos times do Brasil no facebook, produzido pelo globoesporte.com em parceria com a rede social de Mark Zuckerberg, é espetacular. Próximo do que se imagina caso o IBGE resolva adicionar, um dia, a pergunta “Para qual time você torce?” ao censo nacional. Foram analisadas 54 milhões de curtidas nas páginas oficiais de 43 clubes do país, em maio de 2015. A partir disso, um mapeamento individual em 5.570 municípios. Aqui, vamos tratar de Pernambuco. O mapa foi colorizado com o líder em cada cidade, independentemente da intensidade de pessoas envolvidas.

No caso local, apenas três clubes lideram entre os 185 municípios. Pelo volume territorial, a ordem seria a seguinte: Flamengo (vermelho), Corinthians (preto) e Sport (amarelo). Pela quantidade de cidades pernambucanas, a ordem seria Timão (99), Sport (53) e Fla (33). Contudo, os dois cenários vão de encontro ao Ibope, a pesquisa tradicional mais recente, que apontou a ordem Sport, Santa, Corinthians e Náutico. Vamos, então, a um exemplo de distorção. Petrolina, com maioria flamenguista, tem um território imenso, de 4.561 km², com 331 mil moradores. Já o Grande Recife é formado por 14 cidades, totalizando em 2.770 km², mas com uma população de 3.914.317 habitantes. Detalhe: o Sport ficou à frente em toda RMR. Visualmente, parece ter menos “likes”. Na própria Zona da Mata (com o Leão à frente) a densidade populacional é superior ao Sertão (Fla).

Em escala nacional ocorre a mesma distorção, com domínio territorial do Mengo, por mais que o Corinthians tenha mais curtidores (10,4 milhões x 10,1 milhões). Um mapa de calor poderia amenizar essa percepção, assim como a divulgação do percentual absoluto em cada estado, o que não foi divulgado num primeiro momento. São apenas observações sobre o levantamento, no qual o próprio portal faz questão de não tratar como “pesquisa de torcida”, até mesmo por não contar com a fatia (geralmente de 20%, segundo os institutos) de pessoas que não gostam de futebol. Mas em nada diminui a sensação sobre um raio x jamais visto neste polêmico assunto.

Sport: presente em 5.446 municípios, 1º em 53, 2º em 33, 3º em 38, 4º em 48
Santa: presente 3.130 municípios, 2º em 8, 3º em 17 e 4º em 22
Náutico: presente em 3.880 municípios, 4º em 4

Mapa de curtidas dos times do Brasil no Facebook (Sport). Crédito: app.globoesporte.globo.com/futebol/mapa-das-torcidas-no-facebook (reprodução)

Mapa de curtidas dos times do Brasil no Facebook (Santa Cruz). Crédito: app.globoesporte.globo.com/futebol/mapa-das-torcidas-no-facebook (reprodução)

Mapa de curtidas dos times do Brasil no Facebook (Náutico). Crédito: app.globoesporte.globo.com/futebol/mapa-das-torcidas-no-facebook (reprodução)

Participação na Libertadores e Copa do Nordeste? Não simultaneamente, diz CBF

Manoel Flores, o diretor de competições da CBF, durante o sorteio o Nordestão de 2016. Crédito: Esporte Interativo/reprodução

Natal – Um time do Nordeste pode disputar a Taça Libertadores e o Nordestão ao mesmo tempo? A dúvida existe desde o retorno do regional, em 2013, pois não consta no regulamento. Claro, trata-se de um cenário difícil, tanto que até hoje os nordestinos só disputaram a maior competição do continente seis vezes, sendo uma nos últimos 25 anos. No lançamento da Lampions League de 2016, em Natal, o blog questionou o diretor de competições da CBF, Manoel Flores, sobre o assunto. O dirigente, que assumiu o lugar de Virgílio Elísio, afastado após duas décadas por problemas de saúde, foi direto na resposta.

“Não, um clube não pode disputar as duas simultaneamente, por causa do choque de datas (ambas nas quartas e quintas do primeiro semestre). A preferência, claro, é a Libertadores, com outro time do estado ocupando o lugar na Copa do Nordeste.”

Também presente no evento, o diretor de competições da FPF, Murilo Falcão, comentou que no caso de Pernambuco, considerando alguma classificação à Liberta, a vaga no regional seria repassada automaticamente ao 4º colocado do Estadual. Esse tipo de dúvida acerca das brechas nacionais gerou o impasse entre Ceará e CBF, em 2015, com o time alencarino brigando na justiça para disputar no segundo semestre a Sul-Americana, na condição de campeão regional, e a Copa do Brasil, na qual obteve no campo a vaga às oitavas. Tudo porque, ao contrário do regulamento do Campeonato Brasileiro, não havia a restrição no Nordestão. Posteriormente, o Vozão recuou e abriu mão da Sula.

Nordestinos na Libertadores:
Bahia (1960, 1964 e 1989), Sport (1988 e 2009) e Náutico (1968). 

É difícil ir à Liberta, mas não custa nada esclarecer as possibilidades…

Del Nero garante continuidade do Nordestão após fim do acordo judicial

O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, no sorteio do Nordestão de 2016, em Natal.

Natal – Com o turbulento cenário político na CBF, com a troca de presidente e polêmicas, é difícil imaginar quem será o mandatário da entidade em 2023. Neste ano, já não haverá o acordo judicial que obriga a confederação a reservar parte do calendário do futebol nacional à Copa do Nordeste. Ainda falta bastante para o cumprimento da decisão, com dez edições seguidas, mas o futuro aberto abre o questionamento sobre a continuidade, sobretudo pelo passado, quando a CBF riscou a competição do mapa, em 2003 – não por acaso, o imbróglio acabou na justiça. Após o sorteio da Lampions League de 2016, o atual presidente da confederação, Marco Polo Del Nero, conversou com jornalistas no saguão do evento. Lá, o blog tocou no assunto numa rápida entrevista.

O contrato da Copa do Nordeste vai até 2022, que foi a medida de um acordo judicial. A partir de 2023 a Copa do Nordeste corre risco de sair do calendário?

“Não. Foram tempos diferentes. Foram outros tempos. Hoje, nós estamos aqui, presentes, constantemente. A federação está presente. A federação organiza essa competição. Toda essa parte de logística da competição é da CBF. Ela quer fazer, ela quer continuar fazendo, mas quem determina o que fazer não é a Confederação Brasileira de Futebol. São as federações, são os clubes. Os clubes pedem às federações, as federações pedem à CBF e a CBF concorda, mas precisa haver unidade e respeito à administração do futebol brasileiro. Por isso, vai longe. E a Copa do Nordeste não vai parar aí não. Ela vai ser centenária logo, logo. Nós vamos chegar lá.”

Na sequência, o dirigente justificou a tese com a Copa Verde, que reúne equipes do Norte e Centro-Oeste. Espécie de “derivado” do Nordestão, a outra copa regional só entrou no calendário por causa do interesse da televisão.

“A Copa Verde foi criada à mercê de um trabalho muito forte da Confederação Brasileira de Futebol junto às televisões, porque alguém tem que pagar essa conta. Nessa oportunidade, o Esporte Interativo aceitou pagar a conta. Está fazendo a competição e já já começa a dar lucro.” 

Como curiosidade, o fato de que o mandato de Del Nero, de quatro anos, vai até 2019, podendo se estender, no máximo, até 2023, com uma reeleição. Logo, as suas palavras podem ter peso até lá. Se ele continuar, é claro.

O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, no sorteio do Nordestão de 2016, em Natal. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Asa Branca 3 e a evolução das bolas oficiais da Copa do Nordeste

A bola oficial da Copa do Nordeste de 2016, a Asa Branca III. Fotos: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Natal – Objeto nobre no trabalho de marketing sobre a Copa do Nordeste, a bola oficial ganhou uma nova versão para a edição de 2016. A pelota produzida pela Penalty agora se chamará Asa Branca III, dando sequência à ideia original, cujo nome foi escolhido há dois anos numa votação que ainda teve Maria Bonita e Arretada. Apresentada durante o lançamento da 13ª edição do Nordestão, através do mascote Zeca Brito, a bola mantém os detalhes azuis e dourados das anteriores, mas com um novo design, além do emblema da competição.

Esta versão será utilizada nas 74 partidas previstas. No entanto, nos seis últimos jogos, considerando semifinais e finais, serão feitas pequenas alterações, gravando os escudos dos clubes presentes nas disputas, como ocorreu em 2015 (relembre aqui). Ao todo, serão produzidas mais de 500 bolas oficiais, novamente em fábrica da região, em Itabuna, no interior baiano.

As bolas oficiais da Lampions: Asa Branca I, Asa Branca II e Asa Branca III.

Qual foi a versão mais bonita até agora?

As primeiras impressões dos clubes sobre os grupos do Nordestão de 2016

Natal – Logo após a definição dos cinco grupos da Copa do Nordeste de 2016, o blog ouviu a opinião dos representantes dos clubes pernambucanos no evento, com as primeiras impressões de cada um sobre os adversários na primeira fase. Clássico regional, importância da logística e “sorte” nas bolinhas do sorteio. Pontos de vista de um mesmo torneio, o mais importante do primeiro semestre para os times locais.

Constantino Júnior, vice-presidente do Santa Cruz

Clebel Cordeiro, presidente do Salgueiro

Nei Pandolfo, superintendente de futebol do Sport

Com Marco Polo Del Nero no limite do Brasil, a Lampions 2016 se torna realidade

Marco Polo Del Nero no Sorteio da Copa do Nordeste de 2016, Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Natal – Nos últimos meses, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, tem evitado deixar o país. Suspeita-se da investigação do FBI, que poderia detê-lo no exterior, como ocorreu com antecessor, José Maria Marin, na Suíça. Em Natal, no limite do nordeste brasileiro, o dirigente, aparentando tranquilidade, discursou no sorteio do Nordestão de 2016. Curiosamente, observou a distância alcançada pela competição, que na última edição movimentou R$ 29 milhões. “A palavra que define a copa é ‘unidade’. A Copa do Nordeste atravessou fronteiras.” Ironia à parte, as bolinhas trouxeram adversários tradicionais para Santa Cruz e Sport.

De volta ao regional após um ano ausente, o atual campeão pernambucano enfrentará o Bahia. Na última campanha, também teve pela frente o Tricolor da Boa Terra. Já o Sport terá de cara o Fortaleza, duríssimo adversário nas quartas de final deste ano, que só terminou na decisão por pênaltis, com Magrão classificando o Rubro-negro. O terceiro representante local, o Salgueiro, pegou a chave apontada pela imprensa como a mais fraca na primeira fase. O principal time do grupo A é o ABC, que capenga para permanecer na Série B.

O sorteio foi acompanhado pela cúpula do futebol nordestino. Representando o Santa, o vice-presidente Constantino Júnior considerou o seu grupo, o C, nivelado. “Só o primeiro tem vaga, mas a gente vai batalhar para buscar a primeira colocação”, disse. De fato, com a ampliação para 20 times, em 2015, agora avançam às quartas os cinco líderes e os três melhores segundos. Pelo Sport, o superintendente de futebol, Nei Pandolfo, gostou da logística na primeira fase. “Jogaremos em capitais (Fortaleza, João Pessoa e Teresina), com viagens diretas. E esse desgaste menor ajuda muito no início de temporada.”

Já Clebel Cordeiro, presidente do Carcará, não economizou na felicidade: “Foi o melhor sorteio dos últimos anos, ainda mais porque a Copa do Nordeste é a escapatória para um clube do interior sobreviver no resto do ano”. Ao todo, serão 74 jogos, de 14 de fevereiro a 1º de maio, com a tabela divulgada até novembro. Já as premiações devem ser definidas no encontro da liga em Salvador, em 1º de outubro. Este ano, a cota foi de R$ 11 milhões. Em tempo: o sorteio da Lampions League de 2017 será em Maceió, ainda ao alcance de Del Nero.

Grupo A – ABC-RN, Salgueiro, Campinense-PB e Imperatriz-MA
Grupo B – América-RN, CRB, Coruripe-AL e Estaciano-SE
Grupo C – Bahia, Santa Cruz, Confiança-SE e Juazeirense-BA
Grupo D – Sport, Fortaleza-CE, Botafogo-PB e River-PI
Grupo E – Ceará, Sampaio Corrêa-MA, Vitória da Conquista-BA e Flamengo-PI

Sorteio da Copa do Nordeste de 2016, Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A

Nos bastidores do sorteio do Nordestão, a costura dos presidentes da Liga até 2021

Sorteio da Copa do Nordeste de 2016, em 24/09/2015, em Natal. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Natal – Com a cúpula do futebol da região, entre clubes e federações, reunida para o sorteio da Copa do Nordeste de 2016, em um hotel costeiro em Natal, havia a expectativa sobre a eleição do novo presidente da Liga do Nordeste, para o triênio 2016-2018. Seria antes mesmo do evento. Se o atual presidente, Alexi Portela, parecia desgastado após a polêmica sobre a composição da Lampions League desta temporada, numa virada de mesa que excluiu o Santa Cruz, nos bastidores houve o entendimento.

No dia da apresentação do torneio, chegou a notícia sobre a remarcação da eleição da liga, para 1º de outubro, em Salvador, terra de Portela. O ex-mandatário do Vitória deve ser reeleito no comando da “Liga dos Clubes de Futebol do Nordeste”, a LCFN, que teve como primeiro presidente, em 2001, Luciano Bivar. O bate-chapa foi para o espaço e Eduardo Rocha, que já dirigiu o América de Natal e a própria liga até 2010, continuará como superintendente executivo da organização, cujo torneio faturou R$ 29 milhões este ano.

Nos corredores do hotel, devidamente paramentado para o lançamento da 13ª edição do regional, já é dada como certa até a eleição seguinte da Liga do Nordeste, com o próprio Eduardo Rocha de volta, de 2019 a 2021. Na possível casadinha de uma década entre baianos e potiguares, os pernambucanos – Náutico, Santa e Sport são membros fundadores – seguem apenas votando, sem tomar à frente das decisões.

Sorteio da Copa do Nordeste de 2016, em 24/09/2015, em Natal. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Contrato da Série B de 2018 a 2021 com cotas de proteção para rebaixados

Glauber Vasconcelos, presidente do Náutico em 2014/2015. Crédito: Náutico/site oficial

Natal – O atual contrato de transmissão na tevê da Série B, firmado com a Rede Globo, vai até 2017, mas um futuro acordo já vem sendo costurado entre os clubes e emissoras interessadas. Com previsão de quatro temporadas, de 2018 a 2021, a proposta seria para no mínimo dobrar a cota atual, de R$ 3 milhões, fora a verba para bancar hospedagens, passagens aéreas, arbitragem e antidoping, já presente. Além disso, há outro ponto importantíssimo na mesa de negociações, que tem Náutico, Paysandu, América-MG e Atlético-GO numa comissão à frente. Seria uma espécie de “cota especial” para clubes oriundos da Série A à parte daqueles 18 clubes que já têm contratos individuais com a Globo, com repasses anuais entre R$ 27 a R$ 110 milhões.

Os demais times voltam à Segundona na estaca zero nas finanças. A proposta, já apresentada aos executivos, é garantir um aporte mínimo no primeiro ano do retorno à Série B, num valor acima da cota regular. Simulando a situação a partir dos dados mínimos apurados, em 2018 um clube ganharia pelo menos R$ 6 milhões. Porém, se entre os quatro que descenderem estiver algum time que não tenha feito parte do Clube dos 13, a cota poderia ser até 50% maior (R$ 9 mi). Ao menos esta é a principal cobrança dos clubes, após a análise de consultorias e conversas junto à CBF. Para bancar isso, claro, é preciso estimular a concorrência. Ainda que a Rede Globo tenha preferência em caso de igualdade nas propostas, o Esporte Interativo, já detentor dos direitos das Séries C e D, do Nordestão e da Copa Verde, também demonstrou interesse.

Não por acaso se explica a presença do mandatário timbu, Glauber Vasconcelos em Natal, no Sorteio da Lampions League de 2016, que não terá a participação do clube. Veio para se reunir com representantes do canal. Ao blog, ele trata a “cota especial” como algo definitivo no acordo. “A queda vem acompanhada de muitas contas para pagar, numa mudança grande de patamar. Os outros (ex-Clube dos 13) ganham integral quando são rebaixados”, comentou. Ainda segundo o dirigente, a assinatura deve ocorrer ainda este ano. O objetivo é receber logo as “luvas” do novo contrato. O blog questionou a possibilidade de eventualmente Náutico e/ou Santa Cruz serem chamados pela Globo para algum acordo individual, mais vantajoso, como o do Sport. Resposta categórica: “Nenhuma chance, não há interesse”. Portanto, vale tentar ao menos a garantia em caso de insucesso no Brasileirão…