O primeiro gol da 6ª rodada do Pernambucano 2018 saiu numa cobrança de pênalti, com o meia alvirrubro Júnior Timbó (acima) convertendo na Arena Pernambuco, abrindo a goleada sobre o Salgueiro. Em Pesqueira, o atacante Thomás Anderson (abaixo) empatou o jogo para a Acadêmica Vitória, diante do Belo Jardim, ampliando a sua artilharia na competição, agora com 6 gols marcados – na média, um por rodada. Além duas duas penalidades, a rodada também ficou marcada, em termos de arbitragem, pelas quatro expulsões, movimentando bastante as listas atualizadas pelo blog.
Abaixo, as listas de pênaltis e expulsões após 30 partidas realizadas.
Pênaltis a favor (8) 2 pênaltis – Náutico e Vitória (perdeu 1) 1 pênalti – Afogados, América, Central e Salgueiro (perdeu 1) Sem penalidade – Belo Jardim, Flamengo, Pesqueira, Santa Cruz e Sport
Pênaltis cometidos (8) 2 pênaltis – América (defendeu 1), Belo Jardim (defendeu 1) e Vitória 1 pênalti – Afogados e Salgueiro Sem penalidade – Central, Flamengo, Náutico, Pesqueira, Santa Cruz e Sport
A 6ª rodada do Campeonato Pernambucano de 2018 começou no dia 6 e só acabou no dia 14 de fevereiro. Desmembrada, com um enorme carnaval no meio, a rodada marcou o pior público até o momento. Com o Sport de folga, os cinco jogos levaram apenas 3.947 torcedores aos estádios, com média 789 pessoas, disparada a pior da competição (semelhante ao nível da Série A2). Em reação aos resultados, além do retorno do timbu à ponta, destaque para a vitória tricolor, com o time, o maior campeão estadual da década, saindo do Z2 direto para o G8. Por sinal, um hipotético confronto nas quartas de final, hoje, marca o Clássico das Multidões. Quanto à artilharia, Thomas Anderson (Vitória) a ampliou a liderança isolada, agora com 6 gols.
Náutico 4 x 0 Salgueiro – Os dois times escalaram vários reservas, priorizando o Nordestão na semana. Na Arena, a formação timbu foi bem superior, com a base encaminhando a maior goleada do competição
Belo Jardim 2 x 2 Vitória – O calango chegou a virar a partida, mas cedeu o empate ao time de Vitória de Santão, que segue invicto, embora tenha perdido a liderança. O jogo registrou o pior público do Estadual: 88 pessoas
Flamengo 0 x 1 Pesqueira – O time Arcoverde perdeu a segunda seguida em casa, pelo mesmo placar. Em ambos os casos, para clubes que ainda não haviam vencido na competição. A consequência? Caiu para a lanterna isolada
América 0 x 1 Central – Após três empates consecutivos, a patativa voltou a vencer. Com o primeiro resultado positivo fora de casa, se manteve no G4 e ampliou a invencibilidade no ano para 8 jogos – 6 no Estadual e 2 amistosos
Afogados 0 x 1 Santa Cruz – Os corais jogaram desfalcados – de Tiago Machowski, destaque até aqui -, mas finalmente venceram. O sufoco no sertão foi enorme, mas o tricolor contou, também, com a má pontaria da coruja
Destaque – Rafael Assis. Após um bom tempo, o atacante fez a sua estreia pelo Náutico, entrando no 2T e dando duas assistências para gols
Carcaça – O borderô do Belo Jardim. Jogando pela 3ª vez como mandante, outra vez a 37 km de sua cidade, o time levou apenas 88 torcedores ao jogo
Próxima rodada (Vitória folga) – atualizada em 16/02 17/02 (18h30) – Santa Cruz x Náutico (Arruda) – Premiere 17/02 (20h00) – Afogados x Pesqueira (Vianão) 18/02 (16h00) – Central x Belo Jardim (Lacerdão) – FPF/internet 18/02 (17h00) – Sport x América (Ilha do Retiro) – Globo 18/02 (20h00) – Salgueiro x Flamengo (Cornélio de Barros)
A classificação após 6 rodadas (verde = quartas; vermelho = descenso).
O ataque não correspondeu e defensivamente o time deu muito espaço ao adversário. Deixando mais claro: inoperante no primeiro tempo, o Santa Cruz chegou a ser encurralado no segundo. Ainda assim, saiu com os três pontos de Afogados da Ingazeira. Na volta após o carnaval, encerrando a 6ª rodada, os corais arrancaram a primeira vitória no Campeonato Pernambucano, 1 x 0.
O time foi a campo com três mudanças, todas forçadas pela situação clínica. Saíram o goleiro Tiago Machowski, o lateral Vítor e o meia Jeremias, e entraram Ricardo Ernesto (boa partida), João Ananias (como lateral) e Augusto (que não foi bem no meio). No 1T, num gramado acima da média no interior, o jogo foi mais amarrado, embora o Afogados estivesse chegando com mais velocidade. Até sofrer o bote da cobra, com Augusto Silva marcando de cabeça após um escanteio aos 35 – o zagueiro já havia marcado na partida anterior, em Salgueiro. Logo depois, o tricolor ainda acertou o travessão.
À parte desses lances, uma equipe sem criatividade e, sobretudo, sem objetividade. No 2T, o time de Pedro Manta jogou no campo ofensivo até os 50 minutos, com a equipe de Júnior Rocha atrás do circulo central, sem saída de bola e muito frágil na marcação. O jogo estava mesmo fora de controle – ao todo, 8 x 3 em finalizações, mas o mandante abusou da falta de pontaria. O apito final, através do árbitro Péricles Bassols, foi um verdadeiro alívio para o Santa Cruz, tanto na peleja quanto na classificação, saindo da zona de rebaixamento direto para o seu lugar óbvio, a zona de classificação.
Os 8 jogos do Santa com Júnior Rocha (PE + NE + Copa do Brasil) 2 vitórias 4 empates 2 derrotas 41% de aproveitamento
Os regulamentos oficiais das três principais divisões do Campeonato Brasileiro foram publicados pela CBF. As normas envolvem 60 clubes em 2018, com algumas mudanças organizacionais, à parte da competitividade no futebol, naturalmente. Abaixo, as principais diferenças observadas pelo blog. Caso queira conferir os regulamentos, eis os links: Série A, Série B e Série C.
Série A Nº de clubes: 20* (sendo 4 nordestinos) Nº de jogos: 38 (para todos os times) Duração da competição: de 14/04 a 02/12 Preço mínimo do ingresso: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) Capacidade mínima do estádio: 12.000 lugares Limite de jogadores inscritos: não tem Prazo de inscrição de jogadores: até 04/09 Limite de jogos para transferência dentro da divisão: 6 por jogador Passagens e hospedagens: cada clube é responsável por sua despesa
* América-MG, Atlético-MG, Atlético-PR, Bahia, Botafogo, Ceará, Corinthians, Chapecoense, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Paraná, Santos, São Paulo, Sport, Vasco e Vitória
Série B Nº de clubes: 20** (sendo 4 nordestinos) Nº de jogos: 38 (para todos os times) Duração da competição: de 13/04 a 24/11 Preço mínimo do ingresso: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) Capacidade mínima do estádio: 10.000 lugares Limite de jogadores inscritos: 40 atletas Prazo de inscrição de jogadores: até 10/09 Limite de jogos para transferência dentro da divisão: 6 por jogador Passagens e hospedagens: CBF banca até 30 pessoas a cada jogo fora
** Atlético-GO, Avaí, Boa Esporte, Brasil-RS, Coritiba, CRB, Criciúma, CSA, Fortaleza, Figueirense, Goiás, Guarani, Juventude, Londrina, Oeste, Paysandu, Ponte Preta, Sampaio Corrêa, São Bento-SP e Vila Nova
Série C Nº de clubes: 20*** (sendo 8 nordestinos) Nº de jogos: de 18 (para todos os times) a 24 (para os finalistas) Duração da competição: de 14/04 a 23/09 Preço mínimo do ingresso: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia) Capacidade mínima do estádio: não tem (apenas na final, com 10.000) Limite de jogadores inscritos: 35 atletas (sendo 5 do Sub 23) Prazo de inscrição de jogadores: até 15/06 Limite de jogos para transferência dentro da divisão: 3 por jogador Passagens e hospedagens: CBF banca até 30 pessoas a cada jogo fora
***ABC, Atlético-AC, Botafogo-PB, Botafogo-SP, Bragantino, Confiança, Cuiabá, Globo-RN, Joinville, Juazeirense, Luverdense, Náutico, Operário-PR, Remo, Salgueiro, Santa Cruz, Tombense-MG, Tupi, Volta Redonda e Ypiranga-RS
A grande novidade no Pernambucano de 2018 foi, na verdade, uma velha novidade, com a presença dos grandes clubes da capital no interior. Embora este campeonato registre um índice fraco em termos de público (média de 1.562 em 29 partidas), os jogos com Náutico, Santa e Sport como visitantes vêm dando uma resposta levemente melhor. Considerando apenas as disputas entre times intermediários (e são 8), a média é de 623. Dos 15 jogos neste contexto, apenas três passaram de mil espectadores. Ao receber o trio de ferro, porém, o índice salta em 241%, chegando a 2.130. Sobre a renda, o aumento é ainda maior, de 662% – além da presença maior, há uma majoração nos ingressos, com Fla x Sport tendo a maior bilheteria.
Por isso, é compreensível a divulgação de Afogados x Santa Cruz, por parte do mandante. Simplesmente, tradado como o Jogo do Ano em Afogados da Ingazeira, a 386 quilômetros do Recife. Fundado em 2013 e disputando a elite local pela segunda vez, o clube sertanejo recebe pela primeira vez uma das principais forças do estado. Nos jogos anteriores pelo Estadual, contra Central e Belo Jardim, a diretoria da coruja cobrou o preço único de R$ 20. Agora, valores entre R$ 25 (à vista) ou R$ 30 (cartão de crédito), com o Vianão ampliado com arquibancadas tubulares, saindo de 1.735 para 3.000.
Intermediários x Trio de Ferro (7 jogos) Público total: 14.914 (média de 2.130 pessoas) Renda total: R$ 435.049 (média de 62.149 reais)
Intermediários x Intermediários (15 jogos) Público total: 9.348 (média de 623) Renda total: R$ 122.207 (média de 8.147 reais)
Jogos intermediários x grandes (realizados) 17/01 – Flamengo 0 x 0 Sport (Arcoverde, 3.000 pessoas e R$ 173.500) 21/01 – América 2 x 0 Santa Cruz (Paulista, 1.824 pessoas e R$ 19.560) 21/02 – Central 3 x 0 Náutico (Caruaru, 2.147 pessoas e R$ 47.435) 28/01 – Vitória 1 x 1 Náutico (São Lourenço, 1.592 pessoas e R$ 32.850) 03/02 – Central 1 x 1 Sport (Caruaru, 3.601 pessoas e R$ 116.680) 03/02 – Salgueiro 1 x 1 Santa Cruz (Salgueiro, 1.393 pessoas e R$ 9.054) 03/02 – Pesqueira 1 x 1 Náutico (Pesqueira, 1.357 pessoas e R$ 35.970)
Jogos intermediários x grandes (a disputar) 14/02 – Afogados x Santa Cruz (Afogados da Ingazeira) 21/02 – Flamengo x Santa Cruz (Arcoverde) 21/02 – Belo Jardim x Sport (Belo Jardim) 04/03 – Salgueiro x Sport (Salgueiro) 07/03 – Belo Jardim x Náutico (Belo Jardim)
Acima, algumas das partidas transmitidas no Estadual de 2018: Náutico 3 x 0 Sport (Globo NE e Premiere), América 2 x 0 Santa Cruz (Globo NE), Sport 2 x 0 Pesqueira (Premiere), Náutico 4 x 0 Salgueiro (SporTV e Premiere)
O atual contrato de transmissão do Campeonato Pernambucano se encerra em 2018. Nesta temporada, a última das quatro negociadas, o valor total para os onze clubes chega a R$ 4,42 milhões. Trata-se da projeção a partir da correção anual, feita sob contrato, através do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). Quando o acordo começou vigorar, em janeiro de 2015, cada grande clube da capital recebeu R$ 950 mil, somando luvas e cota fixa, enquanto os demais intermediários receberam R$ 110 mil, nos mesmos moldes. Portanto, a cada ano o valor-base do futebol é atualizado.
Através do site do Banco Central do Brasil é possível calcular a correção das últimas cotas (abaixo). De 2015 para 2016, por exemplo, o aumento acumulado foi de “11,8045%”. Neste ano, porém, houve um leve decréscimo (em relação ao valor de 2017). Somadas, as parcelas atualizadas de Náutico, Santa e Sport chegam a R$ 3.384.597 – o Madureira, citando um exemplo de contraste, recebeu R$ 4 milhões pelo campeonato carioca. Em 2019 começa a um novo contrato, já assinado e também com quatro anos de duração. Novamente com a Globo Nordeste, que manteve os direitos nas cinco plataformas (tevês aberta e fechada, pay-per-view, sinal internacional e internet). Em sinal aberto, a audiência da última edição variou de 20,9 a 41,9 pontos – acima da média nacional. Para o futuro contrato, com cotas ainda não reveladas, Náutico, Santa e Sport receberam R$ 1 milhão de luvas, cada.
Receita original da televisão/ano Clubes grandes – R$ 700 mil (cota) + R$ 250 mil (luva) Clubes pequenos – R$ 60 mil (cota) + R$ 50 mil (luva)
Cotas do Campeonato Pernambucano (contrato 2015-2018):
2016 (janeiro) Grandes (3) – R$ 1.062.142 (+11,80% sobre 2015) Pequenos (9) – R$ 122.984
Total (12 clubes) – R$ 4.293.292
2017 (janeiro) Grandes (3) – R$ 1.132.889 (+6,6% sobre 2016 ou +19,2% sobre 2015) Pequenos (9) – R$ 131.176
Total (12 clubes) – R$ 4.579.260
2018 (janeiro) Grandes (3) – R$ 1.128.199 (-0,4% sobre 2017 ou +18,7% sobre 2015) Pequenos (8) – R$ 130.633
Total (11 clubes) – R$ 4.429.661
Total de cotas, somando os repasses corrigidos (nº de participações): R$ 4.273.230 – Náutico (4), Santa Cruz (4) e Sport (4) R$ 494.793 – América (4), Central (4) e Salgueiro (4) R$ 384.793 – Belo Jardim (3) e Vitória (3) R$ 364.160 – Atlético (3) e Serra Talhada (3) R$ 363.617 – Pesqueira (3) R$ 261.809 – Afogados (2) e Flamengo (2) R$ 232.984 – Porto (2) R$ 110.000 – Vera Cruz (1) e Ypiranga (1) Acumulado de 2015 a 2018: R$ 17.142.194
Confira as cotas de 119 times no dez principais Estaduais 2018 clicando aqui.
A CBF divulgou a tabela básica da Série C de 2018, que terá o mesmo formato pela 7ª vez seguida. A competição tem três clubes pernambucanos (Santa, Náutico e Salgueiro), programando um clássico já na primeira rodada. O Clássico das Emoções, que ocorre pela primeira vez na terceira divisão, tem mando de campo do alvirrubro – a princípio, na Arena Pernambuco, ou nos Aflitos caso o palco seja liberado a tempo. A confederação ainda irá detalhar as datas e horários, com a 1ª rodada ocorrendo nos dias 14 e 15 de abril.
Abaixo, a íntegra da tabela, com 18 rodadas na primeira fase, com os 20 clubes divididos em dois grupos – os nordestinos estão presentes na chave A.
Clássico das Emoções no Brasileiro (1971-2017) Série A (17 jogos) – 9V do Santa Cruz, 4V do Náutico, 4E Série B (14 jogos) – 6V do Santa Cruz, 4V do Náutico, 4E Série C (2 jogos) – a disputar
Santa Cruz na Série C 4 participações: 08 (descenso), 12, 13 (acesso) e 18 56 jogos (78 GP e 57 GC, +21) 22 vitórias (39,2%) 18 empates (32,1%) 16 derrotas (28,5%)
Náutico na Série C 2 participações: 99 e 18 21 jogos (44 GP e 20 GC, +24) 13 vitórias (61,9%) 3 empates (14,2%) 5 derrotas (23,8%)
Salgueiro na Série C 9 participações: 08, 09, 10 (acesso), 12 (descenso), 14, 15, 16, 17 e 18 130 jogos (142 GP e 156 GC, -14) 40 vitórias (30,7%) 45 empates (34,6%) 45 derrotas (34,6%)
O torneio de 2018 vai 14/04 a 23/09. Não para na Copa do Mundo.
Pelo 7º ano consecutivo a terceira divisão terá o mesmo formato. Ou seja, dois grupos de dez times (regionalizados) na primeira fase, com jogos dentro das respectivas chaves – ida e volta, com 18 rodadas. Os quatro melhores de cada grupo avançam às quartas, com cruzamento olímpico (1A x 4B, 2A x 3B, 1B x 4A e 2B x 3A). Já no primeiro mata-mata, nos dias 19 e 26 de agosto, a tensa disputa pelo acesso. A novidade, nesta temporada, é o fim do gol qualificado nos jogos eliminatórios, valendo apenas o saldo – em caso de empate, pênaltis. A Série C de 2018 tem três pernambucanos: Náutico e Santa, rebaixados em 2017; e o Salgueiro, em sua 5ª participação seguida
Eis a divisão dos grupos do Campeonato Brasileiro…
Grupo A – ABC-RN, Atlético-AC, Botafogo-PB, Confiança-SE, Globo-RN, Juazeirense-BA, Náutico-PE, Remo-PA, Salgueiro-PE e Santa Cruz-PE
Grupo B – Botafogo-SP, Bragantino-SP, Cuiabá-MT, Joinville-SC, Luverdense-MT, Operário-PR, Tombense-MG, Tupi-MG, Volta Redonda-RJ e Ypiranga-RS
O regulamento foi definido no conselho técnico realizado no Rio de Janeiro, com a presença de todos os 20 participantes, sendo oito nordestinos – seguindo o cronograma da semana, com arbitrais das duas divisões acima.
Desempenho nas quartas de final da Série C, por estado (2012-2017):
Acessos
4 – São Paulo
2 – Alagoas, Ceará, Pará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais e Rio Grande do Sul
1 – Mato Grosso, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Santa Catarina
Eliminações
5 – Rio de Janeiro
4 – Ceará e Minas Gerais
2 – Alagoas, Paraíba, São Paulo e Sergipe
1 – Mato Grosso, Pernambuco e Rio Grande do Sul
Em sua 7ª apresentação oficial em 2018, o Santa Cruz finalmente saiu vencedor. Ao superar o Treze, num Arruda deserto, o tricolor evitou uma marca indigesta – um novo tropeço teria igualado a pior largada do clube numa temporada, com 7 jogos, em 1985. Para a alegria da torcida, acompanhando pela tevê, a história não se repediu. Com o resultado positivo, o time pernambucano chegou à 2ª colocação do grupo A do Nordestão.
O vazio na arquibancada se explica. A partida ocorreu de portões fechados, cumprindo a punição imposta pelo STJD devido aos objetos arremessados por torcedores na semifinal regional de 2017. No pré-jogo, o cenário neutro até animou o visitante, mas com a bola rolando os corais abriram o placar logo aos 5 minutos, numa boa trama iniciada pelo lateral Vítor, que tabelou e recebeu para finalizar – foi apenas a 3ª vez que o time ficou em vantagem no ano. A partir disso, a equipe de Júnior Rocha retraiu. Não abriu mão da posse de bola (teve 51% no 1T), mas pouco atacou, esperando o erro do adversário.
O Treze até pressionou, com duas boas defesas de Machowski, mas tomou um contragolpe mortal aos 22. Os tricolores avançaram num 3 contra 1, com Jeremias (um dos melhores) chegando livre para tocar a bola entre as pernas do goleiro Saulo. Foram as duas únicas finalizações do Santa na primeira etapa. Portanto, foi eficiente. No 2T, o Treze voltou sem Marcelinho Paraíba – desgaste natural de um atleta de 42 anos. O visitante se lançou ao ataque e deu vários contragolpes ao campeão nordestino de 2016, com Arthur Rezende aproveitando um para definir a primeira vitória (e goleada) no ano, 3 x 0.
Histórico de Santa Cruz x Treze (todos os mandos) 87 jogos 41 vitórias tricolores (47,1%) 22 empates (25,2%) 24 vitórias paraibanas (27,5%)
A decisão unânime sobre a utilização do gramado sintético no Brasileirão é em caráter definitivo, segundo o presidente da FPF, Evandro Carvalho, presente no arbitral da competição. Com isso, reabre a possibilidade de campos artificiais em centros periféricos, à parte da Série A. Em Pernambuco, devido à histórica crise hídrica, agravada por uma das maiores secas do século, o problema no interior, somado à falta de receita, é recorrente – em 2017 resultou em vetos no hexagonal, com Belo Jardim e Central jogando fora. Ao blog, o mandatário afirmou que a decisão traz uma situação nova ao futebol local, baseada no custo. Originalmente, a ideia era promover a instalação em três mesorregiões, a Zona da Mata (Vitória), o Agreste (Caruaru) e o Sertão (Serra Talhada). Assim, haveria um raio de alcance a cidades próximas, em caso de campos de grama natural sem condições. Porém, pelo regulamento aprovado, um campo sintético só pode receber um jogo de futebol profissional caso seja do “nível 5” – o grau máximo escalonado pela Fifa.
Embora seja sintético, esse gramado contém uma mistura com material orgânico, para tirar a percepção ‘emborrachada’ das primeiras versões – acima, a amostra exposta na federação. Também demanda irrigação, devido à temperatura e à resistência, embora numa escala muito menor. Trata-se do piso instalado na Arena da Baixada, do Atlético-PR, o único palco da Série A 2018 neste contexto – Fonte Nova e Allianz Parque podem ser os próximos.
O custo deste modelo? Aí está o motivo do ‘refinamento’ da ideia…
R$ 2.783.000, somando a aquisição do campo e a instalação.
Para Evandro, num primeiro momento, só é possível projetar um campo no interior – com investimentos externos. No caso, o Lacerdão, em Caruaru. Pelo tamanho do estádio (19.478 lugares), pelo porte econômico da cidade (356 mil habitantes) e pela localização estratégica, com clubes num raio de 85 km (Belo Jardim, Chã Grande, Decisão, Pesqueira, Porto e Ypiranga).
Existem dois caminhos:
1) Via Ministério do Esporte Através de projetos de fomento, mesmo num campo privado, poderia haver o repasse do governo federal. Em Pernambuco, a FPF vem firmando parcerias com prefeituras. Já foram aprovados dois projetos de modernização de estádios municipais: o Valdemar Viana, em Afogados (R$ 590 mil), e o Laura Bandeira, em Paudalho (R$ 585 mil). Os dois empreendimentos estão listados no Portal da Transparência. No caso do campo do Central, o local poderia ser utilizado – além de jogos profissionais – em ações de inclusão, numa lógica semelhante aos centros de treinamento financiados pelo ministério
2) Via Fifa Pelo contrato de organização da Copa do Mundo de 2014, o Brasil teria direito, após o evento, a um aporte de US$ 100 milhões para obras de infraestrutura e capacitação. O tal ‘Legado da Copa’. Com a bronca da entidade na justiça, quase todo o dinheiro segue na Suíça. Apenas 8,7 mi foram liberados – segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a liberação pode ocorrer, finalmente, em 2018. Portanto, haveria, em disputa por projetos, cerca de 91,3 milhões de dólares (ou R$ 289 milhões). Em tese, bastaria a Pernambuco conseguir 1% disso para viabilizar o campo em Caruaru.
Explicação de Evandro Carvalho sobre a escolha prévia do Lacerdão “Nunca deixamos de discutir ou ventilar a possibilidade. Mas agora, com a decisão definitiva, que ficará no Regulamento Geral de Competições da CBF, podemos seguir. Temos dois caminhos e hoje, na nossa visão, precisamos de um estádio no interior com regularidade. E seria muito bom para nós, e até para estados vizinhos, se um estádio como o do Central pudesse receber um gramado artificial. Porque haveria a garantia de 10 anos e a possibilidade de jogos seguidos, sem danificar o campo.”
Obviamente, o Trio de Ferro também poderia optar pela mudança no piso (no Arruda, na Ilha e nos Aflitos), mas, a princípio, através de outras parcerias.