Náutico x Cuiabá, o jogo de R$ 1,8 milhão na terceira fase da Copa do Brasil de 2018

Náutico x Cuiabá, o jogo de R$ 1,8 milhão na Copa do Brasil. Arte: Cassio Zirpoli/DP

O Náutico enfrentará o Cuiabá na 3ª fase da Copa do Brasil, em um duelo milionário. Na verdade, vale o maior aporte financeiro já disputado pelo clube pernambucano, R$ 1,8 milhão. Não por acaso, a copa nacional se tornou o caminho para dar lastro à temporada alvirrubra, que tem o acesso na Série C como grande objetivo. O timbu eliminou o Flu de Feira, fora de casa, e ficou na espera do adversário, com o atual campeão mato-grossense vencendo a Aparecidense – que havia eliminado o Botafogo – por 3 x 1.

Após duas etapas em jogos únicos, o confronto finalmente passa a ser em ida e volta, mas sem gol qualificado – formato que será mantido até a decisão. Com o sorteio dos mandos realizado na sede da CBF, o Náutico abre a série na Arena Pernambuco e encerra em outro estádio mundialista, a Arena Pantanal. Segundo a tabela básica, jogos em 28 de fevereiro e 14 de março. Caso se classifique aos 16 avos de final, a 4ª fase, o Náutico chegará a R$ 4,3 milhões em cotas acumuladas. O montante já garantido (R$ 2,5 mi) é quase o mesmo do apurado nas seis participações anteriores no torneio (R$ 2,565 mi).

A última vez em que o Náutico eliminou três adversários na Copa do Brasil foi em 2007. Tirou Parnahyba-PI, Paysandu-PA e Corinthians-SP. Parou na 4ª fase, na ocasião correspondente às quartas de final, diante do Figueirense. Na melhor campanha alvirrubra, a semifinal, em 1990, o clube também passou por três adversários. Naquele ano, o torneio teve 32 clubes. Em 2018 são 91.

Cotas do Náutico na Copa do Brasil
1ª fase – R$ 500 mil (vs Cordino-MA, 1 x 1)
2ª fase – R$ 600 mil (vs Fluminense-BA, 1 x 0)
3ª fase – R$ 1,4 milhão (vs Cuiabá-MT)
4ª fase – R$ 1,8 milhão?

As cotas acumuladas do Náutico nas últimas edições da Copa do Brasil
2012 – R$ 440 mil (16 avos de final, 2ª fase)
2013 – R$ 265 mil (64 avos de final, 1ª fase)
2014 – R$ 320 mil (32 avos de final, 2ª fase)
2015 – R$ 1,0 milhão (16 avos de final, 3ª fase)
2016 – R$ 240 mil (64 avos de final, 1ª fase)
2017 – R$ 300 mil (64 avos de final, 1ª fase)
2018 – R$ 2,5 milhões (16 avos de final, 3ª fase), em disputa

A nova capacidade de público dos Aflitos: 19.600 lugares, com redução de 3,2 mil

Projeto dos Aflitos em 2018. Foto: João Araújo/twitter (@JOAOARAUJ0)

O estádio dos Aflitos vem passando por uma reforma estrutural em diversos setores, como gramado, vestiários, bancos de reservas e, naturalmente, arquibancadas. Na requalificação dos assentos, com a retirada de todas as antigas cadeiras metálicas e a abertura de novos portões de acesso, o Eládio de Barros Carvalho terá a sua capacidade máxima reduzida em 14%.

Segundo a versão mais recente do cadastro nacional de estádios da CBF, o estádio timbu poderia receber até 22.856 pessoas. Com a reforma, incluindo uma nova setorização, o local poderá abrigar até 19.600 espectadores, em cinco setores distintos, segundo o gráfico da empresa responsável pelo projeto (no fim do post) – a imagem traz, também, o número de banheiros disponíveis em cada área, para homens e mulheres. Logo, a redução é de 3.256 lugares. Na área coberta, anteriormente dividida entre cadeiras cativas e sociais, agora será um setor completo com cadeiras vermelhas, totalizando 3,7 mil. Ao redor de todo o campo, um alambrado de acrílico de 1,5 metro.

Projeto dos Aflitos em 2018. Foto: João Araújo/twitter (@JOAOARAUJ0)

Projeto dos Aflitos em 2018. Foto: João Araújo/twitter (@JOAOARAUJ0)

Os valores sobre a reforma costumam variar, mas estima-se um investimento de R$ 5 milhões para reabrir o estádio a R$ 7 milhões para cumprir todos os pontos elaborados no projeto, encomendado ao escritório do arquiteto Múcio Jucá. Parte do recursos virá da campanha “Voltando pra casa”, com ações voltadas à torcida, como participação na colocação no gramado, produtos licenciados sobre o projeto e até mesmo uma cadeira antiga de recordação.

O prazo de reabertura do estádio se mantém em abril de 2018, na Série C.

Náutico nos Aflitos* (1917-2018)
1.768 jogos
1.138 vitórias
336 empates
294 derrotas
* Competições oficiais e amistosos

Projeto dos Aflitos em 2018. Foto: João Araújo/twitter (@JOAOARAUJ0)

De virada, o Santa Cruz vence o CRB e vira o líder do grupo A do Nordestão

Nordestão 2018, 3ª rodada: Santa Cruz 2 x 1 CRB. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Após um início cambaleante, o Santa Cruz começa a ganhar uma cara mais competitiva nesta temporada. Num jogo jogo complicado diante do CRB, um adversário posicionado numa divisão acima, o tricolor conseguiu a evolução durante a partida – após o intervalo – e obteve o seu resultado mais importante até o momento. No Arruda, o time treinado por Júnior Rocha venceu por 2 x 1, de virada, assumindo a liderança do grupo A da Copa do Nordeste, com sete pontos em três rodadas. É uma consequência direta da 5ª partida de invencibilidade, somando estadual e regional (3V, 2E e 0D).

No primeiro tempo, é verdade, o arrumado time alagoano criou as melhores oportunidades. Se o Santa tinha Daniel Sobralense como único vetor ofensivo, o CRB chegava pela esquerda, pelo meio, pela bola aérea… Deu trabalho a Tiago Machowski, que cobrou bastante da defesa. E a zaga acabou falhando aos 42, com Edson Ratinho mandando para as redes no rebote. Não houve mudanças no intervalo. Não no time, mas na atitude, sim.

Nordestão 2018, 3ª rodada: Santa Cruz x CRB. Foto: Ricardo Fernandes/DP

A situação foi invertida com uma atuação de imposição, como há tempos não ocorria pelas bandas da Avenida Beberibe, envolta numa reformulação com futebol questionável. Veio a virada no placar. Aos 10, a zaga alvirrubra cortou mal e o meia Hericles, o camisa 9 da noite, teve calma para finalizar e empatar – foi o seu primeiro gol como profissional. Aos 26, já na pressão, Robinho aproveitou um rebote, com o time coral travando a partida em seguida. Entendeu o jogo e a importância do placar construído sobre um CRB que havia perdido apenas 1 das 9 partidas no ano. E vendeu caro a derrota.

Santa Cruz x CRB (todos os mandos)
70 jogos
32 vitórias tricolores (45,7%)
17 empates (24,2%)
21 vitórias alagoanas (30,0%)

Nordestão 2018, 3ª rodada: Santa Cruz x CRB. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Os 17 grupos da Série D de 2018, com Central, Belo Jardim e Flamengo

Troféu da Série D de 2018. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

A CBF apresentou o regulamento da Série D de 2018, que terá 68 clubes, dos quais três pernambucanos: Central de Caruaru, Belo Jardim e Flamengo de . Indo para a 8ª participação, o alvinegro está no grupo A7, com ASA-AL, Jacuipense-BA e Sergipe-SE. Estreante, o calango ficou no grupo A6, com Guarani de Juazeiro-CE, Imperatriz-MA e América-RN. Também estreante, o tigre do moxotó enfrentará Murici-AL, Fluminense de Feira-BA (Fla-Flu!) e Campinense-PB no grupo A8. Nos três casos, grupos complicados. Esta temporada marca a 10ª edição da quarta divisão do Campeonato Brasileiro. Até hoje, o futebol local conseguiu apenas dois acessos em 21 participações, com o Santa Cruz em 2011 e o Salgueiro em 2013.

Em relação à fórmula de disputa, a competição começa na fase de grupos grupos (abaixo, as 17 chaves), seguindo com mata-matas. Eis os detalhes…

1ª fase (grupos)
Os 68 times foram divididos em 17 grupos, com 4 times cada. As equipes jogam dentro dos respectivos grupos em ida e volta, totalizando seis rodadas. Avançam ao mata-mata os 17 líderes e os 15 melhores segundos colocados. 

2ª fase (16 avos de final)
Para a composição do chaveamento eliminatório (no fim do post), os 32 clubes classificados serão divididos em 2 blocos, com os 16 melhores líderes no ‘bloco I’ e o clube de pior campanha entre os líderes e os 15 melhores segundos colocados no ‘bloco II’. No sorteio bloco I x bloco II

3ª fase (oitavas de final)
A partir do sorteio para a segunda fase, o diagrama segue para o mata-mata seguinte, na fase oitavas de final (16 times).

4ª fase (quartas de final)
O 8 clubes classificados às quartas de final (4ª fase) formam um grupo único, o ‘bloco III’, dividido em cruzamento olímpico (1 x 8, 2 x 7, 3 x 6 e 4 x 5). A definição será a partir das campanhas, somando as três fases anteriores.

5ª fase (semifinal)
O 4 clubes classificados à semifinal (5ª fase) formam um grupo único, o ‘bloco IV’, a ser dividido em cruzamento olímpico (1 x 4 e 2 x 3). A definição será a partir das campanhas, somando as três fases anteriores.

6ª fase (final)
A única fase ‘simples’. Os vencedores da semi se enfrentam em jogos de ida e volta. O clube de melhor campanha geral joga a volta em casa.

Desempate no mata-mata
Em caso de igualdade na pontuação nos 180 minutos, 1) saldo de gols e 2) cobrança de pênaltis. Portanto, não há gol qualificado para o visitante

Acesso
Os quatro semifinalistas sobem à Série C de 2019

Os grupos da Série D de 2018. Crédito: CBF/reprodução

Os grupos da Série D de 2018. Crédito: CBF/reprodução

Os grupos da Série D de 2018. Crédito: CBF/reprodução

Os grupos da Série D de 2018. Crédito: CBF/reprodução

Os grupos da Série D de 2018. Crédito: CBF/reprodução

O diagrama das chaves eliminatórias da Série D, da 2ª fase até a 6ª fase

O diagrama da fase decisiva da Série D de 2018. Crédito: CBF/divulgação

Ronaldinho Gaúcho e o desejo de atuar em um clube do… Nordeste. Candidatos?

Em 17 de janeiro de 2018, Ronaldinho Gaúcho confirmou a aposentadoria no futebol, dita um dia antes pelo irmão e empresário Assis. O seu último clube foi o Fluminense, em 2015. Desde então, férias e jogos festivos. Não por acaso o anúncio foi protocolar. Mas, em tese, durou um mês. Em seu perfil oficial no instagram, com 30 milhões de seguidores, o jogador – eleito pela Fifa como o melhor do mundo em 2004 e 2005 – revelou o desejo de vestir a camisa de algum clube do Norte ou Nordeste, aparentemente sem um motivo específico. No país, ele só atuou por Grêmio, Flamengo, Atlético-MG e Flu.

“Tenho muito carinho pela região Norte/Nordeste do Brasil. Seria uma alegria muito grande vestir uma camisa de lá”

Ronaldinho tem 37 anos e completará 38 em 21 de março. À parte da discussão sobre possíveis clubes candidatos na região, qual a sua opinião sobre a hipotética participação de Ronaldinho em seu time do coração? Outra especulação possível é sobre a participação (não confirmada) no amistoso Pernambuco Legends x Barcelona Legends, na Arena Pernambuco.

Em 1 hora a publicação teve 185 mil curtidas. Várias delas do… Nordeste.

Atualização (19/02): mistério desfeito, nada surpreendente. A mensagem ‘enigmática’ era o início de um comercial de supermercados na região. Só?

Nordestão 2019 inicia em abril de 2018. Em Pernambuco, 10 cenários distintos para a composição dos três classificados

A tabela básica da fase preliminar da Copa do Nordeste de 2019. Crédito: CBF/site oficial

A Copa do Nordeste de 2019 terá 20 clubes, dos quais onze através do Ranking da CBF, com a lista já definida, além dos nove campeões estaduais de 2018. É o mesmo formato estrutural adotado nesta temporada, mas com ajustes na origem das vagas e na primeira fase, a chamada seletiva. Na primeira versão, os quatro mata-matas foram espaçados, perdidos no calendário, a ponto de o Náutico jogar uma partida oficial em 8 de janeiro, no meio da pré-temporada nacional. Agora, as partidas preliminares estão programadas entre os dias 18 e 26 de abril, logo após as finais dos torneios locais – curiosamente, a seletiva acontecerá antes do desfecho do Nordestão de 2018. Esses confrontos serão sorteados em dois potes através do ranking. No caso de Pernambuco, o estado tem direito a três vagas (status compartilhado com a Bahia), sendo duas já na fase de grupos (o melhor rankeado e o campeão estadual) e uma na seletiva (o segundo melhor rankeado). Devido ao imbróglio local, a partir da polêmica decisão do Sport, existem duas óticas para esta terceira vaga, com dez cenários ao todo – sendo o Santa o único onipresente. Vamos lá…

As 4 possibilidades sem a desistência do Sport
Com duas vagas via ranking, o estado já tem Sport (15º no Ranking da CBF) e Santa Cruz (25º) assegurados na próxima Lampions League, para a fase de grupos e para a seletiva, respectivamente. Logo, a terceira vaga é disputada pelos outros nove clubes que disputam o Pernambucano de 2018. O campeão entra na fase de grupos. Caso Sport ou Santa ganhem a disputa do futebol local, o Náutico herdaria a segunda vaga via ranking (é o 32º).

Cenário 1 – Náutico campeão estadual
Vagas no NE: Náutico (grupos), Sport (grupos) e Santa (seletiva)

Cenário 2 – Santa Cruz campeão estadual
Vagas no NE: Santa (grupos), Sport (grupos) e Náutico (seletiva)

Cenário 3 – Sport campeão estadual
Vagas no NE: Sport (grupos), Santa (grupos) e Náutico (seletiva)

Cenário 4 – Clube intermediário* campeão estadual
Vagas no NE: Intermediário* (grupos), Sport (grupos) e Santa (seletiva)

As 6 possibilidades em caso de nova desistência do Sport
Como o Sport desistiu de participar do Nordestão de 2018, há a possibilidade de o clube protocolar um novo pedido de ausência para 2019. Sendo assim, o Santa (15º) se classificaria via ranking, para a fase de grupos. Em caso de título do leão, o vice-campeão influenciaria nas demais composições, pois este time seria o ‘representante do Estadual’. Caso Santa ou Náutico ganhem a competição local, o Salgueiro herdaria a segunda vaga via ranking (é o 51º).

Cenário 5 – Náutico campeão estadual
Vagas no NE: Náutico (grupos), Santa (grupos) e Salgueiro (seletiva) 

Cenário 6 – Santa Cruz campeão estadual
Vagas no NE: Santa (grupos), Náutico (grupos) e Salgueiro (seletiva)

Cenário 7 – Sport campeão estadual, Náutico vice
Vagas no NE: Náutico (grupos), Santa (grupos) e Salgueiro (seletiva)

Cenário 8 – Sport campeão estadual, Santa vice
Vagas no NE: Santa (grupos), Náutico (grupos) e Salgueiro (seletiva)

Cenário 9 – Sport campeão estadual, clube intermediário* vice
Vagas no NE: Intermediário* (grupos), Santa (grupos) e Náutico (seletiva)

Cenário 10 – Clube intermediário* campeão estadual
Vagas no NE: Intermediário* (grupos), Santa (grupos) e Náutico (seletiva)

* Afogados, América, Belo Jardim, Central, Flamengo, Pesqueira, Salgueiro e Vitória

Sport leva 3 gols em 10 minutos e cai nos pênaltis diante do Ferroviário-CE. Vexame

Copa do Brasil 2018, 2ª fase: Sport (3) 3 x 3 (4) Ferroviário-CE. Foto: Peu Ricardo/DP

A eliminação foi um dos maiores vexames já vistos na Ilha do Retiro, com impacto profundo sobre o planejamento do Sport visando a temporada 2018. Ao ceder três gols entre os minutos 30 e 40 do segundo tempo, resultando num empate à parte do que se viu em quase toda a partida, o rubro-negro acabou eliminado da Copa do Brasil na disputa de pênaltis. Magrão até fez a sua parte, como quase sempre faz. O camisa 1 defendeu uma cobrança, mas o goleiro Bruno Colaço foi além, espalmando os chutes de Rogério e Marlone. Assegurou o Ferroviário na terceira fase, somando R$ 2,5 milhões em cotas, montante jamais alcançado pelo clube cearense num único torneio.

Ao Sport, que chegou a abrir 3 x 0 mesmo sem forçar, o empate em 3 x 3 acaba sendo o epicentro de uma condução pra lá de questionável no futebol. A própria escalação já era um indício, com o relacionado André sentindo dores antes da partida – à vera, ficou de fora mais uma vez envolto numa sondagem do Grêmio. Sem o seu principal jogador, Nelsinho optou por Leandro Pereira, que há uma semana havia feito dois gols na estreia leonina na copa. Desta vez, o centroavante saiu machucado ainda na primeira etapa, dando lugar a Rogério, recuperado de lesão. E o atacante participou do primeiro gol, numa jogada concluída por Anselmo. Apesar do futebol blasé, o leão chegou a ensaiar uma goleada ao acelerar duas boas jogadas na segunda etapa, uma pela esquerda (gol de Fabrício) e outra pela direita (gol de Marlone).

Copa do Brasil 2018, 2ª fase: Sport (3) 3 x 3 (4) Ferroviário-CE. Foto: Peu Ricardo/DP

Quem assistiu ao jogo, notou um time tecnicamente superior com condições de esticar o placar, mas falhando na cara do gol. Seguiu até a falta de atenção em sequência, com o mandante entrando em parafuso e sofrendo três gols em finalizações na pequena área. No desempate, a consumação da reviravolta, que obriga o Sport assimilar um novo cenário até a Série A. Financeiramente, acusou o golpe – o clube estimava R$ 10,8 milhões na competição, chegando nas quartas, mas sai com apenas R$ 2,2 mi. Tecnicamente, mostra um nível aquém do Brasileirão – no qual já brigou para não cair nos últimos dois anos. Para completar, o distanciamento da torcida em relação ao comando do clube, num turbilhão político que costuma cobrar uma conta alta. A conferir.

Sport na Copa do Brasil (1989-2018)
24 participações
62 confrontos
39 classificações (62,9%)
23 eliminações (37,0%)

Sport x Ferroviário (todos os mandos)
12 jogos
5 vitórias rubro-negras (41,6%)
4 empates (33,3%)
3 vitórias cearenses (25,0%)

Copa do Brasil 2018, 2ª fase: Sport (3) 3 x 3 (4) Ferroviário-CE. Foto: Peu Ricardo/DP

Náutico vence o Flu de Feira, avança na Copa do Brasil e já soma R$ 2,5 milhões

Copa do Brasil 2018, 2ª fase: Fluminense de Feira x Náutico. Foto: Léo Lemos/Náutico

Com muita entrega em campo e uma ótima atuação do goleiro Bruno, o Náutico venceu o Fluminense por 1 x 0, em Feira de Santana, e abocanhou a terceira cota na Copa do Brasil, desta vez de R$ 1,4 milhão – num mata-mata, jamais havia recebido tanto por um confronto. Exatamente por isso, o jogo era tão importante para o clube, que havia estimado um orçamento de apenas R$ 14 milhões para o ano inteiro. Agora, enfim, começa a ganhar fôlego. Tanto para manter a equipe quanto para pensar em reforços visando a Série C.

Para chegar a este novo contexto, o timbu lutou demais no interior baiano. Jogou ao seu estilo, apertando a marcação e buscando os contragolpes – para conseguir uma finalização isolada ou ao menos ter a oportunidade na bola parada, como foi o caso do único gol da partida. Através de Wallace Pernambucano, sempre ele. O meia (ou centroavante?) chegou a 6 gols em 9 jogos no ano, marcando em todas as competições (Estadual, Nordestão e Copa do Brasil). Num escanteio fechadinho, aos 28/1T, o jogador de 1,84m subiu e desviou de cabeça. Colocou a disputa, em jogo único, numa situação mais favorável, revertendo parte da pressão da torcida da casa.

Copa do Brasil 2018, 2ª fase: Fluminense de Feira x Náutico. Foto: Léo Lemos/Náutico

O camisa 9 seria substituído no 2T, após um mal estar, mas já havia feito a sua parte. Na noite, a grande bronca foi o time não conseguir segurar a bola em nenhum momento. No primeiro tempo, a posse foi de 33%. No segundo, a margem não mudou tanto, com o time pernambucano finalizando poucas vezes. Para ser bem preciso, foram apenas 3. Já o Flu tentou 22! Para brecar tantas chances, destaque para Bruno (três grandes defesas, se redimindo da atuação há uma semana), Breno Calixto (incansável) e Camutanga (seguro, mesmo amarelado). A classificação alvirrubra foi copeira. E milionária…

Cotas do Náutico na Copa do Brasil
1ª fase – R$ 500 mil (vs Cordino-MA)
2ª fase – R$ 600 mil (vs Fluminense-BA)
3ª fase – R$ 1,4 milhão (vs Cuiabá-MT ou Aparecidense-GO)
4ª fase – R$ 1,8 milhão?

Flu de Feira x Náutico (todos os mandos)
12 jogos
8 vitórias alvirrubras (66,6%)
2 empates (16,6%)
2 vitórias baianas (16,6%)

Copa do Brasil 2018, 2ª fase: Fluminense de Feira x Náutico. Foto: Léo Lemos/Náutico

Com 6 rodadas, Estadual 2018 soma 47 mil torcedores e R$ 864 mil de bilheteria

A 6ª rodada do Pernambucano de 2018 registrou o pior público até o momento – pela agenda das rodadas restantes, será difícil bater esta marca. Foram apenas 3.947 torcedores, com a média não chegando sequer a 1.000 espectadores. Sendo bem preciso: 789 testemunhas por jogo. Na cidade de Pesqueira, onde o Belo Jardim vem mandando os seus jogos, devido ao veto ao estádio Sesc-Mendonção, a última apresentação reuniu a atenção de apenas 88 torcedores, com apenas 49 pagantes  – renda bruta de R$ 700, com prejuízo de R$ 3,8 mil. Foi, disparado, o pior público do campeonato.

A situação só não foi pior porque a última partida, realizada na Quarta-feira de Cinzas, encheu. Em Afogados da Ingazeira, o Vianão recebeu o seu maior público (2 mil pessoas), ocupando as arquibancadas tubulares e justificando o status de Jogo do Ano, lançado pelo próprio mandante. A bilheteria pagou 61% da folha do clube (de R$ 70 mil). Esta foi a primeira vez em que a coruja recebeu um grande da capital. No caso, o Santa. Ainda sobre arrecadação, vale lembrar que a FPF tem direito a 8% da renda bruta de qualquer jogo. Logo, já abocanhou R$ 69.149, dado superior à renda de 6 dos 11 clubes.

Abaixo, os rankings de público e renda, com ordem através das médias

Os rankings de público e renda do Pernambucano 2018 após 6 rodadas. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Os 10 maiores públicos
4.292 – Santa Cruz 1 x 1 Vitória (Arruda, 18/01 – 1ª rodada)
4.035 – Santa Cruz 1 x 1 Central (Arruda, 25/01 – 3ª rodada)
3.724 – Sport 2 x 0 Pesqueira (Ilha do Retiro, 29/01 – 4ª rodada)
3.685 – Náutico 3 x 0 Sport (Arena PE, 24/01 – 3ª rodada)
3.601 – Central 1 x 1 Sport (Lacerdão, 03/02 – 5ª rodada)
3.389 – Sport 2 x 0 Afogados (Ilha do Retiro, 20/01 – 2ª rodada)
3.000 – Flamengo 0 x 0 Sport (Áureo Bradley, 17/01 – 1ª rodada)
2.147 – Central 3 x 0 Náutico (Lacerdão, 21/01 – 2ª rodada)
2.066 – Afogados 0 x 1 Santa Cruz (Vianão, 15/02 – 6ª rodada)
1.861 – Central 0 x 0 Flamengo (Lacerdão, 28/01 – 4ª rodada)

Balanço geral – 30 partidas
Público total: 47.391
Média: 1.579 pessoas
Arrecadação total: R$ 864.366
Média: R$ 28.812

Eis os borderôs da sexta rodada do campeonato estadual de 2018…

Afogados 0 x 1 Santa Cruz (Vianão); 2.066 torcedores e R$ 43.065

Pernambucano 2018, 6ª rodada: Afogados x Santa Cruz. Crédito: Afogados/instagram (@afogadosfcoficial)

Náutico 4 x 0 Salgueiro (Arena PE); 1.009 torcedores e R$ 7.265

Pernambucano 2018, 6ª rodada: Náutico x Salgueiro. Foto: João de Andrade Neto/DP

Flamengo 0 x 1 Pesqueira (Áureo Bradley); 520 torcedores R$ 6.090

Pernambucano 2018, 6ª rodada: Flamengo 0 x 1 Pesqueira. Crédito: Pesqueira/instagram (@pesqueirafc)

América 0 x 1 Central (Ademir Cunha); 264 torcedores e R$ 1.580

Pernambucano 2018, 6ª rodada: América 0 x 1 Central. Foto: Central/instagram (@centraldecaruaru)

Belo Jardim 2 x 2 Vitória (Joaquim de Brito); 88 torcedores e R$ 700

Pernambucano 2018, 6ª rodada: Belo Jardim 2 x 2 Vitória. Foto: Belo Jardim/instagram (@belojardim.fc)

As diferenças organizacionais nas Séries A, B e C de 2018, competitividade à parte

Os troféus das Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro

Os regulamentos oficiais das três principais divisões do Campeonato Brasileiro foram publicados pela CBF. As normas envolvem 60 clubes em 2018, com algumas mudanças organizacionais, à parte da competitividade no futebol, naturalmente. Abaixo, as principais diferenças observadas pelo blog. Caso queira conferir os regulamentos, eis os links: Série A, Série B e Série C.

Série A
Nº de clubes: 20* (sendo 4 nordestinos)
Nº de jogos: 38 (para todos os times)
Duração da competição: de 14/04 a 02/12
Preço mínimo do ingresso: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)
Capacidade mínima do estádio: 12.000 lugares
Limite de jogadores inscritos: não tem
Prazo de inscrição de jogadores: até 04/09
Limite de jogos para transferência dentro da divisão: 6 por jogador 
Passagens e hospedagens: cada clube é responsável por sua despesa

* América-MG, Atlético-MG, Atlético-PR, Bahia, Botafogo, Ceará, Corinthians, Chapecoense, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Paraná, Santos, São Paulo, Sport, Vasco e Vitória

Série B
Nº de clubes: 20** (sendo 4 nordestinos)
Nº de jogos: 38 (para todos os times)
Duração da competição: de 13/04 a 24/11
Preço mínimo do ingresso: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Capacidade mínima do estádio: 10.000 lugares
Limite de jogadores inscritos: 40 atletas
Prazo de inscrição de jogadores: até 10/09
Limite de jogos para transferência dentro da divisão: 6 por jogador
Passagens e hospedagens: CBF banca até 30 pessoas a cada jogo fora

** Atlético-GO, Avaí, Boa Esporte, Brasil-RS, Coritiba, CRB, Criciúma, CSA, Fortaleza, Figueirense, Goiás, Guarani, Juventude, Londrina, Oeste, Paysandu, Ponte Preta, Sampaio Corrêa, São Bento-SP e Vila Nova

Série C
Nº de clubes: 20*** (sendo 8 nordestinos)
Nº de jogos: de 18 (para todos os times) a 24 (para os finalistas)
Duração da competição: de 14/04 a 23/09
Preço mínimo do ingresso: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
Capacidade mínima do estádio: não tem (apenas na final, com 10.000)
Limite de jogadores inscritos: 35 atletas (sendo 5 do Sub 23)
Prazo de inscrição de jogadores: até 15/06
Limite de jogos para transferência dentro da divisão: 3 por jogador
Passagens e hospedagens: CBF banca até 30 pessoas a cada jogo fora

***ABC, Atlético-AC, Botafogo-PB, Botafogo-SP, Bragantino, Confiança, Cuiabá, Globo-RN, Joinville, Juazeirense, Luverdense, Náutico, Operário-PR, Remo, Salgueiro, Santa Cruz, Tombense-MG, Tupi, Volta Redonda e Ypiranga-RS