Classificação da Série A 2016 – 12ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 12 rodadas. Crédito: Superesportes

Uma péssima rodada para os times pernambucanos, derrotados e na zona de rebaixamento do Brasileiro. Pior, perderam para concorrentes diretos (em potencial). Na quarta, o Sport perdeu de virada para o Vitória. Na quinta, o Santa foi goleado pela Ponte. Outra coincidência local foi o trabalho equivocado de Oswaldo de Oliveira e Milton Mendes, com mexidas sem nexo nos jogos.

O leão até chegou a sair do Z4 no domingo, ao golear a Chape, mas já voltou ao último pelotão – presente lá em 10 das 12 rodadas. Já o Santa desceu mais um degrau, agora figurando na penúltima posição, à frente apenas do já combalido América Mineiro. Na ponta, o Palmeiras, já abrindo três pontos de vantagem. Na segunda-feira vem ao Recife estrear o novo horário, diante do Sport.

A 13ª rodadas dos representantes pernambucanos: 

03/07 (16h00) – Botafogo x Santa Cruz (Mário Helênio, Juiz de Fora-MG)
Histórico como visitante na elite: 2 vitórias corais, nenhum empate e 5 derrotas 

04/07 (20h00) – Sport x Palmeiras (Ilha do Retiro)
Histórico no Recife pela elite: 6 vitórias leoninas, 5 empates e 7 derrotas

Sem consórcio e garantia de faturamento, Arena PE encara concorrência de aluguel

Arruda, Ilha do Retiro, Aflitos e Arena Pernambuco. Fotos: Cassio Zirpoli/DP (Arruda e Aflitos), Sport (Ilha) e Ministério de Esporte (Arena)

O fim do consórcio Arena Pernambuco, numa parceria público-privada entre o governo do estado e a Odebrecht, depois de apenas três anos de operação (malsucedida) colocou o empreendimento numa inédita situação de concorrência na praça. Sem clube algum de contrato assinado, uma vez que o acordo de 30 anos com o Náutico se dissipou junto à supracitada rescisão, o estádio agora só recebe jogos em caso de acordos pontuais. Cenário tanto com o Trio de Ferro quanto para qualquer outro clube de fora que encare os custos.

Neste primeiro momento, uma gestão temporária através da secretaria de turismo, esportes e lazer, cuja pasta está nas mãos de Felipe Carreras. Sem a muleta de faturamento mínimo garantido, numa cláusula pra lá de dispendiosa aceita pelo governo Eduardo Campos, foi preciso calcular custos jogo a jogo. Eis a primeira proposta apresenta ao Timbu, com dois cenários. Em ambos os casos, não haveria cobrança por aluguel e/ou manutenção da arena.

Até 5.000 pagantes
A renda seria insuficiente até para cobrir os custos da Arena. Contudo, o estado arcaria com toda a despesa. 

Acima de 5.000 pagantes
Renda suficiente para bancar os custos operacionais, com clube e governo dividindo a renda líquida. O estado usaria a sua parte para pagar a conta do cenário menor.

O Náutico não aceitou (até porque, em tese, sempre “apostaria” na presença de sua torcida para ter direito a algo) e nem enviou a contraproposta, acertando a realização de um jogo, contra o Bragantino, em 18 de junho, no Arruda. Endureceu a conversa, deixando aberta o restante da sua agenda em 2016. Estima-se que o custo operacional da Arena seja de aproximadamente R$ 70 mil. Os demais estádios da capital contam com uma tabela de aluguel, criada pela FPF para o Estadual e que pode ser usada pelos clubes para o Brasileiro – apesar de no nacional a cobrança ser livre. Neste caso, contudo, quem aluga também se compromete ao custo operacional.

No Arruda, além de pagar até R$ 24 mil, o clube interessado teria que bancar R$ 50 mil de custo (manutenção, estrutura, luz, limpeza etc). Em tese, valores semelhantes. Porém, o simbolismo da troca de mando timbu pesa na negociação, com rubro-negros e tricolores cada vez mais arredios às propostas do estado. Enquanto o governo tenta evitar um prejuízo maior, até a licitação internacional estimada para agosto, os clubes assumem o discurso de uso da arena sem custo e com garantia de receita – como era com o suspenso Todos com a Nota, com 25 mil ingressos subsidiados por lá.

Sem o antigo consórcio, que a arena só abra com condições de gerar receita…

Ah! Em 2017, o estádio dos Aflitos, com reforma mínima orçada R$ 2,5 milhões, aumentará a concorrência no Recife. As vantagens em São Lourenço terão que ser cada vez maiores…

Aluguel/jogo*
R$ 13.579 – Aflitos/dia
R$ 16.338 – Aflitos/noite
R$ 16.338 – Ilha do Retiro/dia
R$ 19.012 – Ilha do Retiro/noite
R$ 21.728 – Arruda/dia
R$ 24.444 – Arruda/noite*
*Valores corrigidos pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) em relação aos preços tabelados pela federação (e ainda válidos) de 2012.

Custo operacional/jogo
R$ 30 mil – Ilha do Retiro
R$ 50 mil – Arruda
R$ 70 mil – Arena Pernambuco

Aluguel + custo operacional/jogo
R$ 270 mil – Arena Pernambuco**

** Apenas um jogo ocorreu neste modelo, Botafogo x Fluminense, na Série A de 2013, com o aluguel correspondendo a 73% da renda bruta. O alvinegro, mandante, teve um prejuízo de R$ 41 mil. Entretanto, este valor é negociável de acordo com o público projetado.

Cada vez mais desigual, G12 se reagrupa. Inicialmente, sem times fora do eixo

Clube dos 13

G12 se reagrupa, sem “forasteiros”
Implodido há cinco anos, o Clube dos 13 começa a ser articulado novamente. Ao menos a sua ideia original, de 1987, concentrando uma casta do futebol brasileiro. Assim como o número já não fazia sentido na versão anterior – já eram vinte clubes, na verdade -, agora também seria distinto, com doze participantes. Aqueles de sempre. Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos, Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio e Inter. Eixo Rio-SP-MG-RS. A negociação em bloco, com níveis bem divididos (e já com queixas) dentro do próprio C13, durou até 2011, quando Corinthians e Flamengo passaram a negociar os seus direitos de transmissão de forma individual, tomando boa parte do bilionário do contrato com a televisão. Sendo claro: R$ 340 milhões do bolo de R$ 1,23 bilhão (ou seja, 27%).

A nova costura…
Desde então, o modelo segue em xeque, numa espanholização clara – negada basicamente por corintianos e flamenguistas. Com o formato já esgotado, apesar do contrato acertado até 2018, com vários times estendidos até 2024 (!), os próprios clubes (e a emissora de tevê) já admitem conversar. Hora, então, de reagrupar a velha guarda. Num primeiro momento, em março de 2016, no Morumbi, os doze times se reuniram com vinte nomes tradicionais do continente para criação da liga sul-americana. Em junho, já estariam trilhando caminho solo. Ao jornal Folha de S.Paulo, a direção do Atlético Paranaense alegou que o clube foi vetado na associação. Também não houve convite ao Coritiba. Nem mesmo ao Bahia, outrora membro fundador do C13. Idem com o Sport. Imagine então com Santa e Náutico, que sequer fizeram parte da união anterior.

A força do CEP na formação da casta
Em relação à torcida, o G12 não é nada uniforme – nunca foi, aliás. O grupo concentra 63,8% da população brasileira, segundo pesquisa do Ibope em 2014, o que corresponderia a 128 milhões de torcedores. Porém, apenas Fla e Timão somam 59,9 milhões, ou 29,8% do total. Não por acaso, nesta última pesquisa nacional o Bahia apareceu empatado com o Botafogo (1,7% cada). O que difere um do outro na hora de definir a presença em uma associação do tipo? Conquistas? Possivelmente, o mercado consumidor, o CEP. Os demais, à princípio de fora desta movimentação – que sabe-se lá até onde vai, como a liga nacional -, somam 12,8%, ou 27,7 milhões de seguidores. Tecnicamente, ostentam doze títulos nacionais, entre Brasileiro, Copa do Brasil, Taça Brasil e Copa dos Campeões. Em tese, faria diferença em qualquer negociação…

Primórdios do Clube dos 13
Originalmente, lá nos idos de 1987, a premissa era a mesma, de negociar patrocínios e diretos de televisão. Na ocasião, também seriam doze clubes. Campeão de público do Brasileiro em 1985 e 1986, ano em que também terminou a competição em 5º lugar, o Bahia acabou chamado para compor o grupo. Além do mérito técnico (e mercado/torcedor), um outro objetivo no convite foi incorporar o Nordeste, tentando tirar o rótulo de elitista – o que jamais aconteceria. Assim, em 11 de julho daquele ano, surgiu o Clube dos 13. O Módulo Verde, correspondendo à metade da competição, com 16 times, foi vendido por US$ 3,4 milhões.

Ampliações
06/1997 – Sport, Goiás e Coritiba (16 clubes)

12/1999 – Guarani, Atlético-PR, Vitória e Portuguesa (20 clubes)

As maiores invencibilidades do futebol pernambucano, brasileiro e mundial

Time do ASEC Abidjan em 1990, durante a histórica sequência invicta de 108 jogos na Costa do Marfim. Foto: Asec/site oficial (www.asec.ci)

Entre 1989 e 1994, o aurinegro ASEC Abidjan estabeleceu uma sequência sem precedentes no futebol, com uma invencibilidade de 108 partidas no campeonato nacional da Costa do Marfim. Foram 96 vitórias (uma delas por 11 x 0) e 12 empates, ganhando quatro vezes a competição no período. A marca só seria quebrada em 19 de junho de 1994, num revés diante do Armée, por 2 x 1, na capital Yamoussoukro. A marca passou à margem do mundo, com os olhos voltados para a Copa do Mundo nos EUA, que naquele mesmo dia viu o empate entre Suécia e Camarões, no Rose Bowl. No país africano, não. Lá, a turma acompanhou o Les Mimosas, até porque o clube tem um domínio absoluto da torcida, com 8 milhões de torcedores entre os 20 milhões de habitantes (40%). 

Já tinha ouvido falar deste recorde? Talvez bata a dúvida devido à presença do Steaua, com 106 partidas, com uma cobertura mais efetiva, e compartilhada, devido ao CEP na Europa. Com mais de 150 anos de bola rolando, detalhar as maiores invencibilidades não é uma tarefa fácil. Por causa do desencontro de informações, pela pluralidade de critérios, pelo alcance mundial do esporte, com sequências em lugares remotos. Portanto, as listas abaixo (separadas entre campeonatos nacionais, jogos oficiais e absoluta, incluindo amistosos) não são definitivas, mas apenas uma tentativa de aproximar a realidade sobre as maiores sequências sem derrota dos clubes.

Para elaborar o ranking, o blog fez um apanhado do site RSSSF, de onde se faz presente o recorde do ASEC, dos jornalistas Celso Unzelte/ESPN, Fernando Olivieri/Yahoo e Rodolfo Rodrigues/Uol, do site oficial da Uefa, além de pesquisa pessoal, cruzando dados. O levantamento desconsiderou marcas ainda em análise. O Santos, por exemplo, busca o reconhecimento de uma sequência de 1960 a 1963, que somaria 54 jogos. Seria o recorde nacional. 

Listas atualizadas até 28/05/2016

As maiores invencibilidades, considerando apenas campeonatos nacionais
1º) ASEC Abidjan (Costa do Marfim) – 108 partidas (1989/1994)
2º) Steaua Bucareste (Romênia) – 106 partidas (1986/1989)
3º) Lincoln (Gibraltar) – 88 partidas (2009/2014)
4º) Espérance (Tunísia) – 85 partidas (1997/2001)
5º) Al-Ahly (Egito) – 71 partidas (2004/2007)
6º) Sheriff Tiraspol (Moldávia) – 63 partidas (2006/2008)
6º) Mazembe (Congo) – 63 partidas (2008/2012
8º) Celtic (Escócia) – 62 partidas (1915/1917)
9º) Levadia Tallin (Estônia) – 61 partidas (2008/2009)
10º) Union Saint-Gillose (Bélgica) – 60 partidas (1933/1935)
11º) Boca Juniors (Argentina) – 59 partidas (1924/1927)
11º) Shirak (Armênia) – 59 partidas (1993/1995)
11º) Pyunik (Armênia) – 59 partidas (2002/2004)
11º) Sunrise Flacq (Ilhas Maurício) – 59 partidas (1993/1997)
15º) Olympiacos (Grécia) – 58 partidas (1972/1974)
15º) Milan (Itália) – 58 partidas (1991/1993)
15º) Skonto (Letônia) – 58 partidas (1993/1996)
18º) Al-Hilal (Sudão) – 57 partidas (2011/2013)
19º) Benfica (Portugal) – 56 partidas (1976/1978)
20º) Shakhtar Bonetesk (Ucrânica) – 55 partidas (2000/2002)
20º) Porto (Portugal) – 55 partidas (2010/2012)

Saindo da fronteira, o recordista ASEC perdeu algumas pelejas na Liga dos Campeões da África, como nas oitavas em 1991, e nas semifinais em 1992 e 1993. Idem com os romenos do Steaua, que conseguiram ficar invictos de fato, no período, por no máximo 29 jogos, ao somar os jogos da Champions.

As maiores invencibilidades entre as maiores ligas*, com todos os torneios
1º) Juventus (Itália) – 43 partidas (2011/2012)
2º) Milan (Itália) – 42 partidas (1992/1993)
3º) Nottingham Forest (Inglaterra) – 40 partidas (1978)
4º) Barcelona (Espanha) – 39 partidas (2015/2016)
5º) Milan (Itália) – 36 partidas (1991/1992)
6º) Real Madrid (Espanha) – 34 partidas (1988/1999)
7º) Manchester United (Inglaterra) – 33 partidas (1998/1999)
8º) Arsenal (Inglaterra) – 28 partidas (2007)

O Top 5 da Europa, em nível técnico e investimento, é formado por Alemanha, Espanha, França, Inglaterra e Itália. Nesta conta “geral”, entram a liga nacional, copa nacional, supercopa nacional, Liga dos Campeões da Uefa, Liga Europa, Supercopa da Europa e Mundial/Intercontinental.

As maiores invencibilidades do Brasil, somando todos os jogos
1º) Botafogo – 52 partidas (21/09/1977 a 20/07/1978)
1º) Flamengo – 52 partidas (22/10/1978 a 27/05/1979)
3º) Desportiva – 51 partidas (1967/1968)
4º) Santa Cruz – 48 partidas (1978/1979)
4º) Bahia – 48 partidas (1982)
4º) Grêmio – 48 partidas (1931/1933)
7º) São Paulo – 46 partidas (1975)
8º) Grêmio – 42 partidas (1981)
9º) Sport – 40 partidas (1960)
10º) Internacional – 39 partidas (1984)
11º) Internacional – 38 partidas (1975)
11º) Botafogo – 38 partidas (1960/1961)

Renato Sá é um personagem marcante nas marcas brasileiras. Coube ao ponta-esquerda por fim nas duas maiores sequências, de Botafogo e Flamengo. Em 1978, defendendo o Grêmio, ajudou na goleada por 3 x 0, brecando o alvinegro, então com 52 jogos. Acabou se transferindo para a própria estrela solitária, onde marcou o gol da vitória no clássico contra o Fla, que teve na partida a chance de superar a marca. Um jogo diante de 139.098 torcedores no Maracanã.

As maiores invencibilidades da Série A do Brasileiro
1º) Botafogo – 42 partidas (16/10/1977 a 16/07/1978)
2º) Santa Cruz – 35 partidas (7/12/1977 a 23/07/1978)
3º) Palmeiras – 26 partidas (13/12/1972 a 18/11/1973)
4º) Internacional – 23 partidas (06/08/1978 a 23/12/1979)
5º) Atlético-MG – 22 partidas (16/10/1977 a 29/03/1978)
6º) Cruzeiro – 21 partidas (20/09/1987 a 25/09/1988)
7º) Grêmio – 19 partidas (04/06/1978 a 03/10/1979)
7º) Corinthians – 19 partidas (17/10/2010 a 20/07/2011)
9º) América-MG – 18 partidas (20/10/1973 a 20/1/1974)
9º) Bangu – 18 partidas (24/03/1985 a 31/07/1985)
9º) Atlético-PR – 18 partidas (28/07/2004 a 17/10/2004)
9º) São Paulo – 18 partidas (20/08/2008 a 07/12/2008)
9º) Sport – 18 partidas (02/11/2014 a 05/07/2015)

Considerando a marca dentro de uma mesma edição, a maior pertence ao Santa Cruz, com 27 dos 35 jogos realizados em 1978, quando acabou em 5º lugar, sofrendo a primeira derrota apenas nas quartas de final, para o Inter.

As maiores invencibilidades no Campeonato Pernambucano
1º) Sport – 49 partidas (1997/1999)
2º) Sport – 48 partidas (2008/2010)
3º) Náutico – 42 partidas (1974/1975)
4º) Náutico – 36 partidas (1963/1965)
5º) Náutico – 35 partidas (1966/1968)
5º) Santa Cruz – 35 partidas (1973)
7º) Tramways – 29 partidas (1936/1937)
8º) Santa Cruz – 24 partidas (1932/1933)
8º) Santa Cruz – 24 partidas (1978/1979)

Todas séries locais foram marcadas por períodos de títulos. O único ano sem taça foi em 1975, com o Náutico, que no fim perderia a decisão para o Sport.

Pelos direitos da mulher, o necessário engajamento dos clubes de futebol

Uma jovem de 16 anos foi estuprada por 33 homens, no Rio de Janeiro, em um caso que chocou o país, levantando, mais uma vez, a importante bandeira sobre os direitos da mulher, implicando na luta contra a cultura do estupro. Chegou ao futebol, onde o machismo se faz presente há tempos. Alguns clubes se engajaram na campanha, conscientes do alcance, incluindo Sport e Santa, que criaram mensagens para as suas redes sociais, à parte do Instituto Tolerância. 

Post atualizado em 28/05/2016.

Sport

Santa Cruz

Náutico


Grêmio

Internacional

Botafogo

Classificação da Série A 2016 – 2ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 2 rodadas. Crédito: Superesportes

O Tricolor é o líder do Brasileirão. No sábado, o Santa Cruz empatou com o Fluminense, mantendo o nível de competitividade da temporada. Ajudado pelos dois gols de Grafite, o time permaneceu lá em cima na tabela. Para confirmar a colocação, esperou 24 horas. Com os demais resultados no domingo, terminou uma rodada da elite na liderança pela primeira vez na era dos pontos corridos. Astral lá nas alturas para o decorrer da longa competição.

Situação totalmente inversa na Ilha do Retiro, onde o Sport empatou com o Botafogo. Um ponto também? Porém, o pífio desempenho em casa, debaixo de vaias, manteve o time na zona de rebaixamento, num retrato da desorganização vista nos últimos cinco meses. E a sequência é dura.

A 3ª rodadas dos representantes pernambucanos: 

25/05 (21h45) – Santa Cruz x Cruzeiro (Arruda)
Histórico no Recife pela elite: 3 vitórias da Cobra Coral, 2 empates e 3 derrotas

26/05 (16h00) – Internacional x Sport (Beira-Rio)
Histórico em Porto Alegre pela elite: 2 vitórias do Leão, 6 empates e 8 derrotas

Bastante desorganizado, Sport empata com o Botafogo e afirma crise na Ilha

Série A 2016, 2ª rodada: Sport x Botafogo. Foto: Rafael Martins/Esp DP

Sport e Botafogo empataram em 1 x 1 na Ilha do Retiro, em um jogo horroroso tecnicamente. No segundo tempo, até criaram chances, criadas a partir dos buracos no meio, numa desarrumação que expõe as equipes para o decorrer da Série A. Após a estreia com uma finalização, desta vez o rubro-negro acertou nove vezes a barra, algumas com perigo, com Túlio de Melo – cabeçada e chute -, já na base do abafa. A esta altura, Durval era atacante (de novo), assim como Henríquez. Se a vitória passou perto, a derrota idem, com o time carioca acertando o travessão num contragolpe 4 x 2 – teve outras do mesmo jeito.

Com um ponto em duas rodadas, largando na zona de rebaixamento, aumenta a pressão no Leão, que vem numa curva descendente desde o estadual e o regional. O diminuto público de 6 mil pessoas – abaixo da semifinal do Sub 17 – perdeu a paciência com razão. Se Falcão desarrumou, Oswaldo de Oliveira não conseguiu mudar muita coisa. Gabriel Xavier como segundo volante foi uma tentativa mal sucedida de emular o tricolor João Paulo. Não marca, não cria. Deixa espaço demais. Lá na frente, o problema de sempre. Qualidade.

A primeira foto ilustra o cenário, com Vinícius Araújo brigando com a bola. Não tem intimidade. E ainda tirou um gol em cima da linha. Só sairia na segunda etapa, muito vaiado. Também saíram Lênis e Mark. Ou seja, todo o ataque. Everton Felipe melhorou pela esquerda, enquanto Luis Antônio foi acionado, tardiamente, para estabilizar o meio. O alvinegro ainda saiu reclamando do gol de Diego Souza, alegando falta de Vinícius Araújo no goleiro (e existiu). No mesmo lance, o atacante foi puxado na área. Ninguém deu um pio. Sobre a sequência, o Sport terá Inter, Corinthians e Santa. Sem muito para treinar…

Série A 2016, 2ª rodada: Sport x Botafogo. Foto: Rafael Martins/Esp DP

Sport vence o Botafogo e terá Diego Souza nas quartas do Nordestão

Copa do Nordeste 2016, 6ª rodada: Sport x Botafogo-PB. Foto: Ricardo Fernandes/DP

O jogo foi bem mais difícil do que se imaginava. A pressão no Sport por uma vitória sobre o Botafogo era real e durante a noite na Ilha do Retiro chegou a ficar ainda mais tenso. O empate no intervalo, somado à vitória do Fortaleza em Teresina, simplesmente eliminava o Sport da Copa do Nordeste logo na primeira fase. Àquela altura, a torcida lamentava os dois empates contra o River, que deixaram o time, até então tranquilo, em situação complicada na tabela. Mas a vitória veio, mais na base da raça do que na técnica, 3 x 1. Um resultado que garante a inscrição do meia Diego Souza na competição.

O camisa 87, aliás, foi apresentado antes da partida. Precisou torcer pelo resultado positivo, ou ficaria praticamente inoperante até o início do Brasileirão, em maio. Em um camarote, viu o time rubro-negro com três volantes – deve tomar o lugar de um deles – jogar de forma modorrenta durante boa parte do primeiro tempo. Seguiu assim até os 34 minutos, quando começou uma sequência eletrizante. Gol do Sport, com Renê. O Botafogo respondeu com uma bola na trave. No ataque seguinte, Luis Antônio também acertou a trave. E aos 38, o time paraibano enfim mandou para as redes, com Carlinhos.

As vaias no intervalo também significavam apreensão. Com o jogo no Albertão com quinze minutos de atraso, após uma queda de energia, era preciso vencer para não depender de um milagre. Não chegou a tanto, pois o time da casa correspondeu, atuando bem melhor na retomada, com gols de Vinícius Araújo, pegando rebote numa falta de Luis Antônio, e Samuel Xavier, com direito à drible da vaca antes do chute. Passado o susto, o Sport vai ao mata-mata com a obrigação de se impor, indo além dos lampejos. Terá Diego Souza para isso

Copa do Nordeste 2016, 6ª rodada: Sport x Botafogo-PB. Foto: Ricardo Fernandes/DP

A classificação da fase de grupos da Copa do Nordeste 2016 após 3 rodadas

A classificação da Copa do Nordeste 2016 após a 3ª rodada. Crédito: Superesportes

A fase de grupos da Copa do Nordeste de 2016 chegou à metade, com três rodadas disputadas. Devido ao regulamento, implantado ano passado, a análise da classificação dos grupos sofre uma influência direta das outras chaves. Explica-se: além dos cinco primeiros colocados, apenas os três melhores segundos lugares irão avançar. Logo, dois vice-líderes vão sobrar.

Hoje, por exemplo, passariam na liderança Campinense (A), CRB (B), Bahia (C), Sport (D) e Sampaio Corrêa (E). As outras três vagas ficariam com Vitória da Conquista, Fortaleza e Santa. O tricolor pernambucano está no limite, com um gol a mais que o Salgueiro, o 2º no grupo A, pois ambos tem o mesmo saldo.

Portanto, a partir da campanha do Santa, a projeção mínima de classificação seria de 8 pontos e saldo de 2. Sem dúvida, um desempenho apertadíssimo e nada confiável para obter a vaga nas quartas de final. Entre os favoritos ao título, o destaque negativo vai justamente para o atual campeão, o Ceará…

A sexta e última rodada será em 23 de março, com dez jogos ao mesmo tempo.

Em tempo: quem passar de fase ganhará R$ 430 mil de cota.

Barcelona chega ao 10.000º gol. Raro no Brasil e com os pernambucanos na mira

Barcelona chega a 10 mil gols em sua história. Arte: Barcelona/site oficial

Melhor do mundo, Lionel Messi deu sequência à forma excepcional e marcou os dois gols da vitória do Barcelona sobre o Arsenal, por 2 x 0, nas oitavas da Champions League. Acabou estabelecendo uma marca impressionante para o clube. O segundo gol em Londres foi simplesmente o tento de número 10.000 da história blaugrana, desde 20 janeiro de 1901, quando George Girvan tornou-se o pioneiro goleador catalão. Sem surpresa, Messi é o maior responsável, com 441 gols. Para tanto, o Barça precisou de 4.375 partidas, todas em torneios oficiais, resultando numa média de 2,28, segundo as contas do próprio clube.

Raro, o gol 10 mil já foi alcançado por nove clubes brasileiros, de acordo com o levantamento do site Futebol 80, com os dados de 2016 atualizados pelo blog até esta data, considerando jogos oficiais e amistosos. O maior destaque é o Santos, o primeiro a chegar lá, em 20 de janeiro de 1998, quando Jorginho (hoje treinador) marcou no 4 x 3 sobre o Villa Nova, em Minas Gerais, pela Copa do Brasil. O time da baixada também lidera a artilharia nacional, com mais de 12 mil gols, com uma baita colaboração do Rei Pelé, autor de 1.091 (recorde mundial).

Clubes brasileiros com mais de 10 mil gols marcados
12.298 gols – Santos (5.961 jogos) – média de 2,06

11.902 gols – Flamengo (5.959 jogos) – média de 1,99
11.229 gols – Vasco (5.801 jogos) – média de 1,94
11.218 gols – Palmeiras (5.802 jogos) – média de 1,93
10.657 gols – Corinthians (5.632 jogos) – média de 1,89
10.638 gols – Internacional (5.283 jogos) – média de 2,01
10.547 gols – Fluminense (5.442 jogos) – média de 1,93
10.539 gols – Botafogo (5.476 jogos) – média de 1,92
10.358 gols – Atlético-MG (5.384 jogos) – média de 1,92

No futebol pernambucano, a estatística só é possível devido à pesquisa de Carlos Celso Cordeiro. Alguns jogos não têm resultados conhecidos na era amadora – o que ocorre em outros clubes -, mas no geral é possível enxergar o dado como oficial. Assim, o clube com mais gols é o Tricolor, que pode ser o primeiro a chegar ao 10.000º, caso alcance um índice de 64 gols nas próximas sete temporadas. Factível. O blog tentou estabelecer um ranking nordestino, mas os dados de Bahia, Vitória, Ceará e Fortaleza estão incompletos.

Número de gols dos clubes pernambucanos
9.550 gols – Santa Cruz (4.902 jogos) – média de 1,94

9.232 gols – Sport (4.916 jogos) – média de 1,87
8.461 gols – Náutico (4.610 jogos) – média de 1,83