Para o especialista em transportes e professor de Engenharia Civil da UFPE, Maurício Andrade, a insegurança está relacionada à falta de planejamento e urbanização, que dificulta até o trabalho da polícia. Segundo ele, nas condições atuais a BR-101 não tem sequer características de rodovia nem de corredor de transportes. “Um corredor deve ter faixa de ôninus exclusiva, paradas em espaçamento, informação, acessibilidade e conforto, iluminação, pavimentação e calçadas. Ou seja, tudo que a BR-101 não tem”, pontuou.
Ele observa que as linhas mais assaltadas não trafegam, por exemplo, pelas avenidas Agamenon Magalhães, Conselheiro Aguiar ou Caxangá. “Prevenir assalto significa urbanizar”, enfatizou. Coordenador regional da Associação Nacional de Transportes Públicos, o engenheiro César Cavalcanti pondera que a população não pode esperar por esse processo.
Na opinião dele, são necessárias providências de curto prazo, como melhorias na iluminação. “Também é preciso colocar PMs em ônibus nos horários mais vulneráveis e patrulhamento com motos”, sugere.
Por se tratar de via federal que passa por áreas urbanas, o policiamento da BR-101 envolve e PM e a Rodoviária Federal. Segundo a PRF, sete viaturas estão disponíveis para atuar na rodovia, mas não necessariamente no combate aos assaltos. Já a PM informou que o trecho metropolitano é assistido por quatro batalhões com 18 abordagens a ônibus por dia. De janeiro a novembro de 2015, 770 assaltos a ônibus foram registrados no estado, contra 466 no mesmo período em 2014.
206 Barro/Prazeres – 42
216 TI Barro/TI Cajueiro Seco – 36
185 TI Cabo – 32
60 TI Tancredo Neves/TI Macaxeira – 31
914 PE 15/Afogados – 31
181 Cabo (Cohab)/TI Cajueiro Seco – 28
860 TI Xamba (Príncipe) – 25
139 TI Cabo/TI Cajueiro Seco – 22
440 CDU/Caxangá/Boa Viagem – 22
322 Jardim São Paulo (Bacurau) – 21