Fim da linha para estelionatários da net. Grupo foi preso pela Polícia Civil

O estudante Evandro da Silva Dias Júnior, 19 anos, encontrou uma maneira de ganhar dinheiro fácil no mundo virtual, só que de forma ilegal. Sem sair de casa, ele invadia computadores online, roubava dados, números de cartões de crédito e senhas e, em seguida, comprava em sites usando as informações das vítimas. Quando a mercadoria chegava ao Recife, era revendida nas redes sociais.

Caso foi apresentado ontem em coletiva. Foto: Policia Civil/Divulgação
Caso foi apresentado ontem em coletiva. Foto: Policia Civil/Divulgação

O esquema chamou a atenção de mais seis pessoas que foram treinadas por Evandro para roubar informações na internet: André Felipe de Lima, 20; Luís Carlos Santos, 20; Márcia Stefane Pereira Barros, 18; Wanjohnson José Lopes da Silva, 18; Luiz Eduardo Acioly Maia, 24; e Patrick Swayze Santos Dias, 21, esse último é irmão de Evandro, e estava preso.

O delegado Eronides Meneses apresentou ontem o resultado da Operação Cash, que prendeu os suspeitos. A organização criminosa se autodenominava Caash. As investigações foram iniciadas em setembro pela Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos. A maioria das apreensões feitas durante a operação foi de equipamentos de informática, como computadores e notebooks. Segundo a polícia, parte dos equipamentos era usada para cometer fraudes online.

Os suspeitos de fazer parte da quadrilha responderão na Justiça pelos crimes de estelionato, receptação, organização criminosa, corrupção de menores e invasão de computadores. “Eles alteravam o endereço de entrega das mercadorias e as vendiam por um quarto do preço original”, disse o delegado do caso.

Nos diálogos encontrados pela polícia nas redes sociais dos suspeitos, um deles chegou a anunciar o recebimento de uma carga de relógios. Ainda de acordo com a polícia, eles pintavam os números de suas residências para tentarem dificultar as investigações e duplicavam uma letra no nome do perfil do Facebook. As postagens nas redes sociais sempre ofereciam os produtos mostrando foto e exibindo os valores. O lucro das vendas, segundo a polícia, a quadrilha gastava com farras.

Além dos envolvidos, a polícia ouviu depoimento de um adolescente de 16 anos. Ele foi ouvido e liberado. Uma outra adolescente de mesma idade também está sendo procurada apenas para prestar depoimento.