Detentas da Colônia Penal do Recife viajam no mundo da leitura

Por Felipe Torres, da editoria do Viver

Cartas enviadas pelas 800 detentas da Colônia Penal Feminina do Recife para gestores da unidade são quase sempre pedidos de visitas conjugais e empregos na própria penitenciária. A cada dois anos, no entanto, elas ficam na expectativa da renovação do acervo da biblioteca, possível por meio do bônus de R$ 1 mil concedido desde 2007 pela Secretaria de Educação do Estado para compras na Bienal Internacional do Livro de Pernambuco (que vai até domingo, dia 13, no Centro de Convenções).

Embora as detentas ainda não saibam, este ano o governo suspendeu o benefício, assim como fez com aquele concedido aos professores da rede estadual (R$ 200 para 30 mil docentes).

Foto: Roberto Ramos/DP/DAPress

Meses antes da Bienal, já havia pedidos: a trilogia erótica Cinquenta tons, de E.L. James, Kairós, de Padre Marcelo Rossi, Estação Carandiru e Carcereiros, de Dráuzio Varella e livros espíritas de Zíbia Gasparetto. “Representa uma grande perda, pois a literatura contribui com a qualidade das aulas realizadas aqui, melhoram a autoestima e visão de mundo das detentas, ajudam elas a refletir sobre os erros. A gente recebia bônus há pelo menos quatro anos”, comenta a diretora da escola da cadeia, Maria Eliande Andrade.

Assista ao vídeo com entrevistas sobre o projeto de leitura na Colônia Penal Feminina do Recife, no Engenho do Meio, antiga Bom Pastor:

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