Após acompanhar na imprensa as últimas informações sobre as investigações da morte da sua filha Maria Alice Seabra, 19, a dona de casa Maria José de Arruda, 46, esteve na manhã desta terça-feira na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para saber da polícia se havia alguma possibilidade do ex-companheiro, o servente de pedreiro Gildo Xavier, 34, conseguir escapar da prisão. Gildo está preso desde o dia 23 de junho. No dia seguinte, ele confessou ter estuprado e matado a enteada e deixado o corpo em um canavial em Itapissuma.
Ainda abalada com a perda da filha, Maria José conversou com o blog na saída do DHPP e disse que pretende ver o suspeito na cadeia por muitos anos. Apesar de não ter conseguido falar com a delegada Gleide Ângelo, Maria José disse que conversou com a equipe da delegada que a tranquilizou sobre a prisão de Gildo. “Eu queria que ele ficasse na prisão para sempre, mas como isso não é possível no Brasil, quero que ele fique preso o maior tempo possível. Nunca mais quero ver a cara dele. Ele se mostrou um monstro”, desabafou.
Durante a conversa com o blog, Maria José de Arruda revelou que mudou de endereço e que sente muita falta da filha a quem se referiu como uma pessoa maravilhosa. “Maria Alice era uma ótima pessoa. Todo mundo gostava dela e ela tinha muitos amigos. Não tem sido fácil para mim seguir a vida sem ela. Estou morando em São Lourenço da Mata perto da minha filha mais velha. Agora estou sozinha com minha filha mais nova. Até as comidas que Alice gostava eu não estou conseguindo fazer, pois fico me lembrando dela”, desabafou a dona de casa.