Depois de matar, esquartejar e esconder o corpo da mãe na geladeira e fugir do estado de São Paulo, o porteiro Jotânio de Oliveira, 27 anos, foi preso no Recife nesse final de semana após uma denúncia feita à Polícia Militar. Militares do 16º Batalhão o levaram até a Delegacia de Santo Amaro, onde confessou o crime praticado no mês de outubro, no bairro de Sapopemba, na Zona Leste da capital paulista.
A mãe de Jotânio, a supervisora Tânia Maria, 46, foi encontrada morta depois de quatro dias sem que a família tivesse notícias dela. O corpo estava em estado de decomposição dentro da galadeira da casa onde ela morava com o filho. Depois do crime, Jotânio não foi mais visto por familiares e amigos.
Após dois meses de investigações, a polícia paulista descobriu que Tânia havia sido assassinada pelo filho. A revelação foi feita à polícia pela namorada do suspeito. Ela estava sendo levada à delegacia em São Paulo para prestar depoimento sobre a morte da sogra quando o telefone dela tocou. Um policial, então, atendeu. Quem estava falando era Jotânio, que logo percebeu que não era a namorada e desligou o telefone. Quando começou a ser interrogada, a jovem contou que o namorado havia matado a mãe e fugido para não ser preso.
“Peço perdão todos os dias pelo que eu fiz, mas não sei explicar o motivo. Estava sob o efeito de drogas e desde aquele dia nunca mais usei drogas na minha vida”, afirmou Jotânio, que nasceu na Bahia.
O crime revoltou muita gente pela forma cruel como foi praticado. O corpo de Tânia estava cortado ao meio e as pernas para cima. Duas facas foram encontradas em suas partes íntimas. Segundo a polícia paulista, ela estava desaparecida desde o dia 22 de outubro. Na tarde de ontem, Jotânio foi levado para o Cotel.