Polícia faz exame moderno para tentar encontrar chumbo em suspeito de crime

Um aparelho de última geração está sendo usado por peritos do Instituto de Criminalística (IC) para identificar se há elementos químicos como pólvora e chumbo, encontrados em ações de disparos de arma de fogo, nas mãos e pele do agricultor Edmacy Cruz Ubirajara, suspeito de ter assassinado o promotor Thiago Faria Soares.

Conhecido como Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV), o aparelho aumenta o tamanho da imagem de uma partícula até 300 mil vezes. O microscópio óptico chega a ampliar no máximo 200 vezes, por exemplo. O resultado dessa análise será comparado com o laudo do exame residuográfico, feito na semana passada.

Suspeito de ter atirado, Edmacy continua preso no Cotel (PAULO PAIVA/DP/D.A PRESS)

“O resultado do MEV é muito preciso, por isso ele foi solicitado à UFPE”, pontuou o perito Fernando Benevides, que coordena as perícias. O resultado não tem prazo para ser divulgado, mas o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, solicitou prioridade no caso. O MEV foi usado, no ano passado, em perícias no corpo do empresário da construção civil Sérgio Falcão, encontrado morto dentro do apartamento, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.

Na tarde dessa terça-feira, o professor Carlos Ubirajara, irmão do suspeito, entregou aos delegados responsáveis pelo caso um CD com as imagens que mostram o carro que seria de Edmacy circulando pela cidade na manhã do crime, além de uma relação com nome e endereço de testemunhas que podem falar a favor do agricultor. As imagens serão encaminhadas ao IC junto com uma foto de Edmacy, para que sejam comparadas.