O Procon-PE propôs, ontem, em audiência de conciliação com o Banco do Brasil, a assinatura de um Compromisso de Ajustamento de Conduta diante da comprovação de venda de dólares falsos pela instituição. Para o Procon, o banco infringiu o Código de Defesa do Consumidor. Se não aceitar o compromisso, o BB pode pagar multa de até R$ 7 milhões.
O banco pediu 15 dias para dar uma resposta. Entre as cláusulas há o compromisso do banco capacitar seus colaboradores com relação aos direitos do consumidor, implementar em 30 dias um procedimento de prevenção contra a aquisição de moedas falsas e confeccionar, em 30 dias, cartilhas cujo modelo será determinado pelo Procon-PE, em quantidade que totalize R$ 50 mil. Caso o banco não responda a proposta em 15 dias, o processo administrativo irá para julgamento.
A venda de dólares falsos, ocorrida na agência Rio Branco, veio à tona depois que a estudante Amanda Parris e o pai dela, João Neto da Silva, foram surpreendidos quando tentavam depositar, em um banco de Galveston, Texas, US$ 2.820. O dinheiro foi comprado em 18 de junho. Ao todo, nove clientes foram lesados em operações com cédulas falsas.
O banco chegou a ser proibido de vender moeda estrangeira por 24 horas em Pernambuco. A decisão foi suspensa depois que o BB apresentou ao Procon medidas para solucionar o problema. O BB informou que a origem do problema foi a aquisição de US$ 24 mil, de terceiros, em 10 de setembro de 2014. Por uma falha, os dólares ficaram na tesouraria e foram vendidos entre 8 e 19 de junho.