Do Diario de Pernambuco
O Complexo de Polícia Científica do Recife deverá sair do papel. O secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, afirmou nessa sexta-feira que uma Parceria Público-Privada (PPP) será criada para a construção e equipagem do espaço que abrigará os institutos de Criminalística, o de Medicina Legal e o de Identificação Tavares Buril. Ele acredita que precisará de mais dois anos para que o complexo fique pronto para uso.
O anuncio aconteceu em meio à crise na atual sede do Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB), na Rua da Aurora, em Santo Amaro. Infiltrações provocadas pelas chuvas e falta de manutenção do prédio danificaram parte dos 50 milhões de documentos arquivados no local. Damázio informou que serão investidos 1,6 milhão em obras emergenciais.
“Estamos fechando o projeto arquitetônico do complexo, que será o melhor do país. O terreno já foi comprado por R$ 14 milhões. Será na Avenida Mário Melo, onde funcionava a CTTU. Detalhes serão revelados na próxima semana, junto com outras ações do Pacto pela Vida”, afirmou o secretário. Sobre o IITB, ele afirmou que assinou ontem um ofício enviado à procuradoria do estado solicitando verba para dar início às obras de reforma.
“Os funcionários continuarão trabalhando normalmente. Se durante a reforma, porém, ficar evidenciado que não dá para ficar, eles vão para outro lugar”, pontuou o secretário. Quando o IITB for transferido para o novo complexo, o espaço atual servirá de arquivo da gerência geral da Polícia Científica.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco, Cláudio Marinho, destacou que as denúncias de más condições do prédio onde funciona o IITB são antigas e que há mais de um ano já havia a promessa de melhorias. Nos arquivos, há água acumulada e fezes de pombos, por isso foram usadas lonas para cobrir documentos.
Marinho disse que acionará o Ministério Público do Trabalho se os funcionários continuarem trabalhando no local durante a reforma. “Além do barulho, eles serão afetados pelos materiais, como cimento e areia”, concluiu.