O clima na posse do novo chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Joselito Kehrle do Amaral, que assumiu o cargo um dia após o ataque à empresa de valores Brinks, era de desafio. A disposição do novo gestor é para que ações desse tipo não voltem a ocorrer no estado e, sobretudo, para reduzir os números da violência, que em janeiro contabilizou 479 assassinatos.
O ataque à Brinks, por um grupo fortemente armado, norteou praticamente todas as falas das autoridades que foram prestigiar a posse do delegado na sede da Polícia Civil, na Rua da Aurora. O governador Paulo Câmara afirmou não ter dúvidas de que os criminosos serão presos. “Ações como essa não vão mais ser vistas em Pernambuco. O trabalho está sendo feito, mas não podemos revelar os avanços por uma questão de sigilo. Mas em breve iremos dar respostas positivas à população”, afirmou Paulo Câmara.
O delegado Joselito Kehrle Amaral substitui o delegado Antônio Barros, que ocupou o cargo por dois anos. Ele admite que a missão é uma das mais difíceis, mas espera voltar a ter os números que o estado alcançou com a redução dos crimes entre 2009 e 2012. “Acreditamos que um trabalho integrado com as demais instituições é a mola propulsora do Pacto pela Vida. Vamos trabalhar para que aquele momento vivido outrora, retorne e traga para a sociedade pernambucana a paz que tanto precisa”, afirmou.
O novo chefe da Polícia Civil também destacou o acréscimo no quadro de policiais, com o reforço dos concursados e de profissionais aposentados. “Temos 1.039 policiais e vamos tentar abreviar a academia (dos concursados) para que eles possam ingressar em setembro. Também houve a autorização, por meio de um decreto, para que policiais aposentados possam ser contratados”, citou o gestor.