O tatuador André Cabral Muniz, 27 anos, apontado pela polícia como autor dos dois tiros que mataram a modelo Danielle Solino Fasanaro, 35, dentro do apartamento do casal, no bairro de Casa Caiada, em Olinda, já foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo sob a acusação de porte ilegal de entorpecentes naquele estado. Em maio de 2011, a 28ª Vara Criminal de São Paulo publicou no Diário de Justiça Eletrônico que André estava em local incerto e que deveria apresentar resposta num período de 15 dias após a publicação do texto.
Segundo a cunhada do suspeito, Michelle Fasanaro, André estaria no Recife foragido da Justiça paulista. Esse caso será investigado pela Delegacia Seccional de Olinda, a partir de hoje. Ontem à tarde, o corpo de Danielle Fasanaro foi sepultado no Cemitério de Santo Amaro, no Recife. André se apresentou à polícia pernambucana como tatuador e repórter fotográfico.
Ontem, corpo da modelo foi velado e sepultado em Santo Amaro |
De acordo com a denúncia do Ministério Público de São Paulo, ele foi detido no dia 21 de maio de 2010, na Rua da Consolação, esquina com a Rua Ipiranga, no Centro da capital paulista, portando 0,1 decigrama de cocaína, para consumo próprio, conforme laudo de constatação e auto de exibição e apreensão. Com base nessa apreensão, a promotora de Justiça Luciana Barcellos Barreto de Souza Carneiro o denunciou como incurso no artigo 28 da Lei 11.343/06.
Imagem da prisão do tatuador, na terça-feira |
“O suspeito já foi autuado em flagrante pelos crimes em Olinda e foi encaminhado para o presídio. Agora, a delegada Maria Helena Couto será a responsável pelo final das investigações. Será apurado se ele realmente era foragido da Justiça de São Paulo e se é suspeito de outros crimes”, alegou o delegado Walcir Martins, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Apoio psicológico
Os familiares da modelo Danielle Fasanaro conversaram com o Diario ontem durante o velório, mas preferiram não se identificar. O pai do menino de nove anos, que foi feito refém pelo padrasto durante mais de duas horas, chegou de Campina Grande e está dando assistência ao filho, que está recebendo também acompanhamento psicológico. Um cunhado da vítima revelou que André e Danielle mantinham um relacionamento conturbado e que por conta disso, a vítima era um pouco afastada dos familiares.
Após matar a companheira, na última quarta-feira, André continuou dentro do apartamento na Avenida José Augusto Moreira com uma pistola apontada para o enteado. Ele só se rendeu após dezenas de policiais militares montarem uma operação para resgatar a criança.