A diferença dos valores de servidores da Segurança Pública de todo o país têm variações maiores que 200%. Segundo o 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, estudo realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e divulgado na semana passada em São Paulo, ser investigador da Polícia Civil no Brasil é ver as remunerações da oscilarem até 268% entre os estados. A situação é semelhante na Polícia Militar, onde a variação de salário de um soldado pode chegar aos 200%, dependendo do estado onde ele trabalhe.
O relatório do Anuário listou as informações de salários das carreiras policiais e outras informações que compõem a segurança pública no país. A pesquisa se valeu de dados de secretarias estaduais de segurança pública e de órgãos do governo federal, como o Ministério da Justiça e a Secretaria Nacional de Segurança Pública. Na pesquisa de salários divulgada pelo Anuário, tanto as posições de comando nas polícias como a de oficiais a eles subordinados têm variações que facilmente superam os 100%. Ao todo, no Brasil, são cerca de 520 mil policiais.
No caso de coronel, por exemplo, patente mais alta da PM, a diferença chega a 144% quando comparados os R$ 21.531,36 recebidos no Paraná aos R$ 8.800 pagos a um coronel do Pará. Ainda na PM, a variação é maior na remuneração de soldados: enquanto no Rio Grande do Sul são pagos à patente R$ 1.375,71 mensais, no Distrito Federal o valor chega a R$ 4.122,05.
Entre as carreiras da Polícia Civil, a variação entre as remunerações de delegados ultrapassam os 180%, equivalentes à diferença entre os R$ 18.837 pagos a um delegado do Estado do Mato Grosso e os R$ 6.709,32 pagos no Estado mais rico da federação, São Paulo. Também na Polícia Civil, mas na função de investigador, a variação atinge os 268% tendo em vista a diferença do que é pago na polícia gaúcha, R$ 1.863,51, e na do Mato Grosso, R$ 6.854.