O ano era 2011 e uma festa feita às escondidas no Hotel de Trânsito dentro do parque de materiais da Aeronáutica terminou com a morte de uma mulher de 20 anos. Monique Valéria de Miranda foi ao local acompanhada de mais duas amigas, convidadas por soldados da Aeronáutica. Naquela noite a jovem morreu após ser baleada no rosto com uma pistola 9mm. Uma amiga com o mesmo nome da vítima, Monique Freitas da Silva, confessou que brincava com a arma na hora do disparo, que teria sido acidental.
Dois anos após a tragédia, Monique Freitas e o soldado licenciado Gleyson Gonzaga dos Santos, que teria dado a arma para as meninas, vão ser julgados hoje, no Fórum Joana Bezerra, às 13h30. Os dois são acusados de homicídio culposo, quando não há intenção de matar e aguardam o julgamento em liberdade.
Para a mãe da vítima, a comerciante Vilma Rejane, 48 anos, a prisão dos envolvidos no assassinato vai ajudar a superar a ausência da filha. “Creio que vou me sentir mais confortada de saber que eles não ficaram impunes”, comentou.
Além da ação criminal que irá julgar a participação de cada um dos envolvidos e avaliar se houve omissão e intenção e que determinará as penas individuais, o crime está sendo avaliado pela Justiça Federal. A família da vítima move um processo contra a União pedindo uma indenização e discutindo sua responsabilidade no assassinato de Monique.