A Polícia Civil já tem indícios e prova de autoria contra os dois suspeitos de terem envolvimento na morte do pedagogo José Bernardino da Silva Filho, 49 anos. O delegado Alfredo Jorge disse nesta quarta-feira após ouvir cinco depoimentos na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) que já sabe quem assassinou Betinho, como a vítima era chamada. “Ainda não temos a motivação do crime, mas latrocínio e ligação com o tráfico de drogas são linhas praticamente descartadas. Estamos muito perto de fechar o inquérito”, afirmou o delegado.
Entre os investigados pela morte do pedagogo estão dois rapazes que costumavam frequentar o Edifício Módulo, onde a vítima morava na Avenida Conde da Boa Vista, e dois estudantes da escola particular onde o pedagogo trabalhava. Os estudantes, sendo um adolescente, prestaram depoimento na quinta-feira da semana passada e negaram envolvimento com o crime. Os dois rapazes que foram ouvidos pela polícia nos primeiros dias da investigação e que frequentava a casa do professor também negaram participação no assassinato.
Dos cinco depoimentos colhidos nesta manhã, dois foram de estudantes do Colégio Agnes, dois de parentes do professor e o último deles foi o da zeladora do prédio que encontrou as chaves da casa de Betinho no lixo do quarto andar na manhã de sexta-feira (15). O professor morava no sétimo andar. A polícia está analisando agora as imagens do circuito interno do prédio para conseguir mais provas contra os suspeitos. Para a tarde desta quarta-feira está previsto o depoimento de mais uma familiar de Betinho. Além do Agnes, Betinho trabalhava em uma escola municipal em Nova Descoberta.
Nessa terça-feira, oito pessoas prestaram esclarecimentos à polícia. Também na terça-feira, um irmão e uma irmã de Betinho procuraram o delegado para saber como andam as investigações. Betinho foi encontrado morto dentro do seu apartamento na noite do último dia 16. Ele estava despido da cintura para baixo, com as pernas amarradas por um fio de ventilador e com um fio de ferro elétrico enrolado no pescoço. A polícia disse ainda que o ferro foi usado para dar pancadas na cabeça da vítima que morava sozinha no imóvel.