Quase três meses após o universitário paraibano Hector Igor Souza Lopes, 20 anos, ter sido encontrado morto nas proximidades de uma festa rave, na Arena do Paiva, a Polícia Civil concluiu as investigações. Por enquanto, duas pessoas foram indiciadas por homicídio doloso (com intenção de matar). A vítima havia consumido drogas excessivamente e, transtornada, seguiu para um brega, a cerca de 200 metros. Lá, apresentou comportamento agressivo e parecia ter alucinações, por isso foi expulso do local pelos seguranças. Na saída, Hector ainda chutou vários carros. Por determinação de um dos sócios da festa brega, Flávio Elias Barbosa, 34, dois vigilantes, entre eles Jair Francisco dos Santos, 52, imobilizaram e algemaram o rapaz, que logo depois morreu de overdose.
No entendimento do delegado Guilherme Caraciolo, responsável pelo inquérito, a partir do momento em que os três envolvidos controlaram o universitário, eles assumiram a responsabilidade por seu estado de saúde e ainda houve omissão de socorro, visto que a vítima apresentou convulsões e morreu. “Havia um posto médico bem próximo. Hector poderia ter sido levado para lá”, pontuou Caraciolo. Foram ouvidas 33 testemunhas para a conclusão do inquérito. Várias confirmaram que viram o paraibano passando mal. Um dos vigilantes ainda não foi identificado, por isso não houve o indiciamento. Todos permanecem em liberdade.
Do Diario de Pernambuco