Pacto pela Vida do Recife será lançado nesta quarta-feira

Será lançado nesta quarta-feira, no auditório do Banco Central, na Rua da Aurora, o Pacto pela Vida do Recife. A iniciativa é inspirada no programa contra a violência do governo do estado. A meta do programa é reduzir por ano 12% dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) da cidade, mesmo índice utilizado pelo governo do estado desde 2007, quando o programa foi lançado. O Pacto pela Vida da capital atuará, prioritariamente, em 13 bairros que concentraram 42% dos homicídios registrados no ano de 2012.

No bairro dos Torrões,
a comunidade de Roda
de Fogo receberá ações (JULIO JACOBINA/DA/D.A PRESS)

Serão quatro eixos de atuação: controle urbano, prevenção, recuperação de situação de risco e participação popular. Todas as secretarias municipais estarão envolvidas no desenvolvimento do plano, que irá investir em segurança, infraestrutura, esporte, cultura e lazer. Foram mapeados os grupos de risco, entre eles os adolescentes e jovens maiores de 18 anos que não estudam e não trabalham.

Entre as ações a serem implementadas pela gestão municipal estão o reforço na iluminação pública, a interação da Polícia Militar com a guarda municipal e a criação de mais espaços de lazer nas comunidades. As bibliotecas municipais e comunitárias deverão ser reformadas para integrar ações de combate à violência. Outra ação já definida é a instalação de câmeras de segurança em parques e algumas vias da periferia do Recife, que serão monitoradas diretamente pela Secretaria de Segurança Urbana.

O bairro dos Torrões, na Zona Oeste da cidade, foi escolhido pela Secretaria de Segurança Urbana como modelo para redução da criminalidade, com investimentos que vão desde mudanças urbanísticas até a inserção dos jovens ao mercado de trabalho. Torrões, que abriga a comunidade de Roda de Fogo, foi considerada uma das cinco áreas mais críticas da capital pernambucana. No ano passado, 18 homicídios foram registrados nos Torrões. Neste ano, pelo menos cinco já foram contabilizados pela polícia no local.

Com informações do Diario de Pernambuco

Assalto, tiro, morte e muita revolta

As manchetes dos jornais Diario de Pernambuco e Aqui PE desta quinta-feira retratam uma realidade que ninguém queria ver. Mostram como a cada dia a vida tem sido menos valorizada por aquelas pessoas que escolheram o mundo do crime como seu caminho. Mais que isso, as capas dos dois jornais nos fazem lembrar que todos nós estamos passíveis de brutalidades como a que aconteceu com a mulher de 33 anos que teria se negado a entregar a bolsa ao assaltante ou simplesmente teria se assustado com a abordagem dos criminosos dentro coletivo no qual ela voltava para casa.

Foram momentos de pânico para quem estava no ônibus que trafegava pela BR-101 na noite dessa quarta-feira. Após efetuar o disparo, o criminoso teria dito ao comparsa: “bora, desce que eu matei a mulher.” Os ladrões estavam dentro do ônibus como passageiros e anunciaram o crime quando o coletivo chegou na BR. Suany Muniz Rodrigues foi atingida por um tiro na cabeça. Ela ainda chegou a ser socorrida e levada para uma Unidade de Pronto Atendimento, mas não resistiu. A família entrou em desespero quando recebeu a notícia do seu falecimento.

A polícia já iniciou as investigações para tentar chegar aos criminosos. Segundo a Polícia Militar, a vítima estava num ônibus da empresa Metropolitana, que fazia a linha Barra de Jangada/Curado IV, quando, por volta das 21h, dois homens, não identificados, anunciaram o assalto. Ao reagir, a mulher, que mora no bairro do Curado I, foi baleada no ouvido esquerdo. “Ela não quis entregar seus pertences e um dos suspeitos revidou”, contou o cabo Maurício da Silva Nascimento, do 19º Batalhão da Polícia Militar. A esperança agora é de que as câmeras de segurança do ônibus possam ter filmado a imagem dos assaltantes e ajude a polícia a prendê-los. Quem tiver informações sobre os possíveis criminosos pode telefonar para o Disque-Denúncia (81) 3421-9595.

Quando questionado sobre o que poderia ter evitado a tragédia, o motorista não hesitou ao denunciar. “É a terceira vez que um ônibus onde estou é assaltado, a primeira com morte. A polícia sabe que assaltos nesta linha não são novidades, é uma coisa sistemática. É preciso que haja mais blitze”, desabafou.

Com informações do Diariodepernambuco.com.br