Um protesto por mais segurança no Sítio Histórico de Olinda será realizado na tarde deste sábado (17). Organizado pela Sociedade Olindense de Defesa da Cidade Alta (Sodeca), o ato pedirá o fim da violência que vitimou a arquiteta e artista plástica Maria Alice Soares dos Anjos, 74 anos, uma das fundadoras do bloco carnavalesco Eu Acho é Pouco. Conhecida pelos amigos e familiares como Baixinha, Maria Alice foi encontrada morta no quintal de casa na noite da terça-feira. A polícia segue investigando o crime e a hipótese de latrocínio é a mais forte até o momento. Nessa quinta-feira, a Polícia Civil confirmou que a vítima havia prestado queixa de furto em sua residência um dia antes de ter sido encontrada morta. Também nessa quinta, o corpo de Baixinha foi sepultado em Maceió, Alagoas, onde moram seus familiares.
A concentração para o protesto que vai tomar as ruas da Cidade Alta está marcada para as 16h, nos Quatro Cantos. “Vamos clamar pelo fim dos assaltos, dos furtos e da violência que resultou na morte da nossa Baixinha, uma mulher forte, guerreira e muito querida e que foi assassinada brutalmente em sua própria casa. Pedimos que tragam flores dos seus jardins para o ato e que ponham uma faixa preta na fachada de suas casas para manifestar seu luto pela falta de segurança”, disse a nota divulgada pela Sodeca. Integrantes do bloco Eu Acho é Pouco também participarão do ato. O estandarte do bloco deverá desfilar junto ao grupo pelas ruas do Sítio Histórico.
A Delegacia de Homicídios de Olinda iniciou as investigações desde a manhã da quarta-feira. Vizinhos e pessoas que trabalharam na casa da vítima começaram a ser intimados para prestarem depoimento. As impressões digitais colhidas no vaso de plantas usado para assassinar Maria Alice podem levar a polícia aos assassinos. “As diligências estão em andamento tanto na delegacia quanto na rua. A delegada Andreia Griz, que está à frente do caso, irá falar quando a investigação for concluída. Por enquanto, não podemos informar o que está sendo realizado”, disse o delegado João Leonardo Cavalcanti, chefe da Delegacia de Homicídios de Olinda. Até agora a polícia sabe que foram levados da casa da vítima a bolsa com todos seus documentos e dois telefones celulares.
Apesar de ter informado na quarta-feira que não havia nenhum registro de queixa de furto realizado pela vítima, a polícia informou nessa quinta-feira que Maria Alice denunciou o furto de cervejas e carnes, que ocorreu no último domingo. Na ocasião, a vítima acrescentou que os furtos estariam sendo frequentes na localidade. O engenheiro Carlos Guido, 69, primo de Maria Alice, espera que os responsáveis pelo crime sejam identificados e presos. “Estamos confiantes no trabalho da polícia e esperamos que o crime seja esclarecido rapidamente. Também irei participar desse ato que acontecerá no sábado pedindo segurança no Sítio Histórico”, declarou Guido.