Três pessoas estão foragidas da Operação Última Jogada

Dos 15 mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça para a operação Última Jogada, 12 foram cumpridos, além de 18 mandados de busca e apreensão domiciliar. Três suspeitos permanecem foragidos. Estão sendo procurados um comissário, um cabo e um dono de casa de jogos.

Foto: Wagner Oliveira/DP/D.A Press
Cúpula da SDS apresentou o caso para a imprensa. Foto: Wagner Oliveira/DP/D.A Press

Das 12 pessoas presas, quatro são policiais civis e cinco são militares, sendo um delegado, três comissários, um capitão, um sargento, um cabo e dois soldados da Polícia Militar, todos suspeitos de corrupção ativa e passiva, concussão e formação de quadrilha. O nome do capitão da PM preso é Sidiney José Figueiredo Braga.

De acordo com as investigações, cada casa de jogo pagava a um policial, em média, o valor de R$ 100 a R$300 por semana para dar proteção e informar, antecipadamente,  sobre operações policiais. De acordo com a delegada Cláudia Freitas, responsável pelas investigações, um cabo da PM, um comissário da PC e um dono de casa de jogo ainda estão foragidos.

Leia mais sobre o assunto em:

Delegado preso em operação tem 29 anos de Polícia Civil

Confira a lista dos presos e dos foragidos

Os presos

Policiais civis

Marcos Pereira da Silva, 53 anos
Delegado
Ingressou na PC em 1984

Agnaldo Rodrigues de Oliveira, 52 anos
Comissário
Ingressou na PC em 1988

Antônio Carlos Duarte de Barros, 52 anos
Comissário
Ingressou na PC em 1983

Marcos Alexandre Pereira, 48 anos
Comissário
Ingressou na PC em 1987

Policiais Militares

Sidiney José Figueiredo Braga, 45 anos
Capitão
Ingressou na PM em 1990

Gilvan Pedro da Silva, 47 anos
Sargento
Ingressou na PM em 1991

Aldemir Marques de Alcântara, 50 anos
Cabo
Ingressou na PM em 1986

Ricardo Ferreira de Andrade, 46 anos
Soldado
Ingressou na PM em 1986

Josinaldo José de Freitas, 41 anos
Soldado
Ingressou na PM em 1993

Donos das casas de jogos

Carlos Roberto Marcelino de Oliveira, 34 anos
João Felipe Vieira Nunes de Lira, 30 anos
Maurício Soares Orge, 34 anos

Os foragidos

Weinert Soares Penha, 55 anos – comissário da Polícia Civil
Nazareno Santiago da Silva, 48 anos, cabo da Polícia Militar
Gilson da Silva Santos, 40 anos, dono de casa de jogos

Fonte: Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS)

Delegado preso em operação tem 29 anos na Polícia Civil de Pernambuco

Serão divulgados na tarde desta quarta-feira os detalhes do esquema criminoso descoberto após investigações da Delegacia de Polícia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos. Após um ano de trabalho, a Polícia Civil (PC) de Pernambuco deflagrou nesta madrugada a operação Última Jogada, que resultou na prisão de oito policiais. Entre os presos estão um delegado e um comissário da PC e um capitão da Polícia Militar. Eles são suspeitos de integrarem uma quadrilha envolvida com jogos de azar.

Todos os detidos foram encaminhados para a sede do Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil (GOE), no bairro do Cordeiro. Às 14h, o chefe de Polícia Civil de Pernambuco, Osvaldo Morais, dará mais detalhes sobre a operação no auditório da Secretaria de Defesa Social. Também estarão presentes na coletiva o secretário Wilson Damázio e o comandante da PM, coronel Carlos Pereira. O delegado detido é Marcos Pereira, que atualmente estava trabalhando como plantonista na Delegacia de Casa Amarela. Com 29 anos na Polícia Civil do estado, o delegado deve ser encaminhado para o Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel) ainda nesta quarta.

Todos os suspeitos foram presos por força de mandados de prisão decretados pela juíza da Vara de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos. Segundo a polícia, os PMs presos serão encaminhados para o Centro de Reeducação da PM e os policiais civis para o Cotel, ambos em Abreu e Lima. Participaram da operação 248 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. O material apreendido na operação também foi levado para a sede do GOE.