Uma família pega de surpresa com a notícia da morte de um jovem e uma série de atos que levaram a muitas dúvidas. Nunca tinha ouvido falar de uma liberação de corpo tão rápida do Instituto de Medicina Legal (IML), nem de que os parentes fossem proibidos de entrar na “geladeira” para reconhecer os seus mortos. O que está por trás da morte de Samambaia é o que parentes e amigos querem saber. A polícia precisa investigar e esclarecer o que houve. Podemos estar diante de mais um caso de assassinato que passará impune pelas autoridades. Leia sobre o caso na matéria abaixo:
Do Diariodepernambuco.com.br
Amigos e familiares do estudante de Ciências Sociais da Universidade Fedeal de Pernambuco (UFPE) Raimundo Matias Dantas Neto, conhecido como Samambaia, farão uma reunião às 16 horas deste domingo para cobrar o esclarecimento sobre a morte dele. O rapaz saiu de casa na quarta-feira passada dizendo que iria comprar um notebook no Centro do Recife e desapareceu. Seu corpo foi encontrado na manhã da sexta-feira, na praia de Boa Viagem, em frente ao edifício Brigadeiro Eduardo Gomes, trajando apenas uma bermuda com a Carteira de Reservista no bolso. O caso está cercado de mistério.
A família questiona a falta de acesso para a identificação do corpo no Instituto de Medicina Legal (IML) e a liberação muito rápida. A Declaração de Óbito foi assinada pela médica legista Ana Dolores do Nascimento que identificou “asfixia por afogamento”. Irmã do estudante, Martinha Matias Dantas disse que o acesso foi proibido em duas visitas sob o argumento de que a Carteira de Reservista encontrada no bolso dele já o identificava. Segundo familiares, a perita falou que o corpo não apresentava ferimentos ou escoriações e estava com roupa. Mas na segunda tentativa foram mostradas fotos nas quais o estudante estava sem blusa, parte dos seus dreads foram arrancados, existiam escoriações pelo corpo, a bermuda estava rasgada e seu pescoço parecia deslocado.
Inconformados com a situação, os parentes do estudante foram ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Eles foram orientados pela delegada Beatriz Leite a levar um ofício solicitando uma nova perícia. Mas ao chegar no IML foram informados que a médica legista não estava. A família comparecerá ao IML na próxima segunda-feira, quando também prestará queixa na Delegacia de Boa Viagem. A irmã do estudante informou que o rapaz era calmo e não costumava dormir fora de casa. “Meu irmão não gostava de praia e nem sabia nadar. Portanto, não tinha o que fazer na praia de Boa Viagem. Além disso, ele vivia de casa para a faculdade e vice-versa”, comentou.
Este caso poderia cair no esquecimento como varios outros, mas não cairá, pois somos humanamente demais envolvidos com está vítima e educados demais para não nos conformar com mais uma atitudade de descaso pelos orgãos do Governo e Federação.