O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil já está com as imagens da câmera do Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciods) que filmaram o momento da agressão sofrida pelo jovem de 19 anos na noite do último sábado. De acordo com a SDS, as imagens analisadas mostram vários homens usando jaquetas pretas e coletes à prova de balas dentro de um ônibus, nas imediações do Náutico, em uma moto e em um carro.
O encontro entre os integrantes de duas torcidas rivais gerou mais um episódio de violência no Recife. Um rapaz que estava com a camisa da Fanáutico, torcida organizada do clube alvirrubro, foi baleado na cabeça depois de um ônibus lotado de torcedores do Sport ter passado em frente aos Aflitos e as duas torcidas terem se desentendido. Lucas de Freitas Lyra, 19 anos, foi atingindo na cabeça. Ele foi submetido a uma neurocirurgia no Hospital da Restauração (HR) e o seu estado de saúde e considerado grave.
Testemunhas afirmam que o tiro foi supostamente disparado por um homem que estava escoltando o ônibus de uma empresa que fazia linha para a Zona Norte e usava um colete amarelo com o nome apoio. Algumas pessoas dizem ainda que, além do tiro que atingiu Lucas, outros tiros teriam sido disparados. Houve corre-corre e pânico nas imediações do clube.
Com base nos relatos de pessoas que presenciaram a confusão, antes do início do jogo entre Náutico e Central, marcado para as 19h, alguns coletivos começaram a passar pela Avenida Rosa e Silva com torcedores da Torcida Jovem. “Passou um primeiro ônibus, mas esse estava com poucas pessoas. Quando veio o segundo, que estava lotado, o pessoal do Náutico começou a tirar onda com os rivais e esse segurança acabou descendo do ônibus e já veio com uma arma na mão e atirou”, relatou uma torcedora alvirrubra. Outras informações dão conta de que pedras foram jogadas no ônibus onde estavam os rubro-negros. Uma câmara da Secretaria de Defesa Social (SDS) instalada na frente do estádio pode ajudar a polícia a investigar o ocorrido. “O pessoal da Jovem não tem nada a ver com isso. Quem atirou foi o cara que estava com o colete de apoio. Todo mundo viu que ele desceu armado”, afirmou outro torcedor.
Segundo os torcedores do Náutico, os homens que trabalham na segurança dos coletivos em dias de jogos seriam contratados pelo Grande Recife Consórcio de Transportes para evitar a depredação dos veículos. A assessoria de imprensa do órgão disse que o Grande Recife não tem esse tipo de serviço. O Diario procurou a empresa apontada como a que transportava os jogadores e o segurança que teria atirado, mas não obteve sucesso. Já o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) adiantou que será aberta uma sindicância interna para apurar os fatos e que irá orientar a empresa a colaborar com as investigações.
Com informações do Diario de Pernambuco