A recomendação 003/2013, do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), publicada no Diário Oficial na última quinta-feira e que orienta sobre a atuação das polícias durante as manifestações, parece ter surtido efeito na cúpula da SDS. Pela primeira vez desde que os protestos começaram, um oficial da Polícia Militar nomeado para falar sobre o 9º Ato pelo Passe Livre e contra a repressão policial de Eduardo Campos, marcado para as 13h desta quarta-feira, no Parque 13 de Maio, garantiu que não haverá proibição de máscaras ou de rosto coberto, ao contrário do que vinha sendo defendido pelo secretário Wilson Damázio.
Damázio negou-se a falar, cedendo a vez ao coronel João Neto, diretor de Polícia Metropolitana. “A PM não quer que os manifestantes pratiquem a violência, mesmo sem o rosto coberto. Se estiverem pacíficos, não vamos impedir as máscaras”, anunciou Neto.
O oficial disse que quem estiver com bolsas, sacolas ou conduzindo algo suspeito será abordado. “Não queremos que se repita o que aconteceu no penúltimo protesto, com a queima de ônibus e destruição de bicicletas. Nem a sociedade quer. Quanto à máscara, pediremos a identificação e depois poderão colocar de volta. Existem momentos em que a polícia vai ter que usar a força de maneira proporcional para que as coisas funcionem”, destacou.
O passo atrás na repressão aos mascarados não foi a única decisão em consonância com o MPPE. O coronel também garantiu que providenciou que os PMs estarão identificados no protesto, com seus nomes visíveis. “A identificação faz parte do uniforme, costurada no fardamento. O colete balístico não tinha e a PM está corrigindo isso”, afirmou.
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