No dia 3 de maio de 2003, as adolescentes Maria Eduarda Dourado e Tarsila Gusmão, ambas com 16 anos, desapareceram após um passeio de lancha com um grupo de amigos, na praia de Serrambi, no Litoral Sul do estado. Dez dias depois, os corpos das duas garotas foram encontrados em estado de decomposição num canavial, no distrito de Camela, em Ipojuca. Nesta terça-feira faz 13 anos que as duas adolescentes foram vistas com vida pela última vez.
Um júri popular realizado no ano de 2010 absolveu os dois suspeitos do crime que, segundo a Polícia Civil, foram os irmãos kombeiros Marcelo e Valfrido Lira. Em março no ano passado, o Tribunal de Justiça de Pernambuco julgou a apelação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) que pedia a anulação do júri. No entanto, A 1ª Câmara Criminal do TJPE decidiu por unanimidade manter o resultado do júri popular.
Com isso, o advogado Bruno Lacerda, que atuou como assistente de acusação do MPPE, entrou com um recurso especial no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para recorrer da decisão dos desembargadores. O recurso ainda não foi julgado. “Ainda está na fase de exame para a elaboração do voto do ministro”, disse o advogado Bruno Lacerda.
O pedido de anulação do julgamento que inocentou os kombeiros por quatro votos contra três foi feito pelos promotores Ricardo Lapenda e Salomão Abdo Aziz, que acompanharam o caso na época, e pelos pais da adolescente Tarsila Gusmão. Para justificar a realização de um novo julgamento, a acusação apontou três pontos considerados favoráveis à nulidade, mas os desembargadores não acharam os pontos suficientes para uma anulação.
Em declaração dada em março do ano passado, Bruno Lacerda citou os três pontos. “Um advogado que atuou na defesa dos kombeiros, no início do processo era advogado de acusação contratado pela família de Maria Eduarda. Outro ponto foi a manifestação de uma jurada após o resultado do julgamento e ainda uma testemunha que não foi ouvida no processo que teria informações sobre o caso.”
A novela em torno do Caso Serrambi se arrastou por sete anos até chegar ao julgamento devido às divergências que existiram entre o então promotor de Ipojuca, Miguel Sales, falecido em outubro de 2014, e a Polícia Civil. O caso foi investigado cinco vezes, duas delas pela Polícia Federal, e em todas as conclusões os irmãos Marcelo e Valfrido foram apontados como autores do crime. Eles alegam que são inocentes.
Acho que a possibilidade dos verdadeiro(s) culpado(s) terem sido protegidos via influência e dinheiro sempre foi uma possibilidade forte.
Corretíssimo!
Nem precisaria ir tão longe pra saber que não foram os irmãos bombeiros só precisavam de bom sendo.
Todo mundo sabe que os verdadeitos culpados desse crime têm dinheiro e influências demais, para serem julgados como os demais mortais. É decepcionante, triste. Uma sensação de impotência. As famílias das meninas merecem justiça!!!! E os playboyzinhos assassinos, merecem cadeia pelo crime cometido!
Não sou especialista, mas trago informações que podem nos ajudar a refletir. Na época houve uma matéria que apontou que os corpos das adolescentes entrou em fase de decomposição muito aceleradamente. Alguns peritos explicou que houve aplicação de ácido e formol, o que ajudou na decomposição. Além disso houve extração de unhas de ambas as vítimas. Ou seja, foi algo bem profissional. E penso que os dois combeiros, sozinhos, não teriam cometido este crime da forma como se deu, dado que eles não têm condições materiais e intelectuais para tanto. Se eles o fizeram, com certeza foi orientado por alguém, há um mentor intelectual. Ou noutra hipótese foram outras pessoas que detém conhecimento para tal. Eu acho que isso está com mais “cara” de que há gente importante ou, como queiram, com as “costas quentes”. O fato é que se os combeiros agiram, não agiram só.
Onde está o Tiago que estudava na Católica?
Onde está a fita da segurança da casa?
Onde está o ex delegado dono da empresa de segurança que detinha a fita?
O que deu o laudo do IML quanto ao tiro na mão que pegou pela palma como movimento de defesa? Informação divulgada na época do crime ?
Muito dinheiro viu
Muita gente influente……
Os verdadeiros culpados, com certeza, nunca foram investigados. Existem poderes ocultos nessa coisa.