A partir desta segunda-feira, o delegado Isaías Novaes, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), deve assumir o inquérito para apurar as circunstâncias da morte de Geraldo Martins de Souza Júnior, 27 anos, no último sábado, no Edifício Tamataúpe, 316, na Rua do Espinheiro, no bairro de mesmo nome. A Polícia Civil está investigando se a morte foi acidental ou proposital e se há envolvimento do crime com o uso de drogas. Por enquanto, há indícios de óbito por asfixia. Ontem pela manhã, peritos do Instituto de Criminalística estiveram no local para coletar material no apartamento.
Segundo testemunhas, a vítima estava com outros quatro homens dentro do imóvel, entre eles o proprietário, Péricles Filho, quando teria entrado em surto e tentado saltar do terceiro andar. Nesse momento, na tentativa de contê-lo, um dos colegas teria dado uma gravata em Geraldo. Uma testemunha, que pediu para não ser identificada, disse que ouviu muitos gritos vindos do apartamento. “Desde a madrugada já estava acontecendo um bate-boca, uma gritaria. Ele (a vítima) parecia estar descontrolado, querendo pular. Um dos homens estava na janela tentando impedir o salto e o outro segurava ele. Depois ouvi uma quebradeira e o silêncio”, contou.
Em seguida, dois homens foram vistos descendo com o corpo por um dos elevadores do edifício. Um deles, identificado apenas como Gabriel, contou à polícia que Geraldo era traficante de drogas e teria entrado em surto. Após pedirem socorro em um hospital, os colegas de Geraldo chamaram a polícia, que chegou ao local para investigar uma suspeita de overdose. O dono do apartamento morava no imóvel com o pai e um irmão mais novo. Moradores informaram que ele usava drogas e que o apartamento funcionaria como ponto de distribuição. O assunto já teria sido discutido em uma reunião de condomínio.
Do Diario de Pernambuco