Corpo de Alice Seabra é encontrado com roupas do padrasto

Após mais de cinco horas de buscas, o corpo de Maria Alice de Arruda Seabra Amorim, 19 anos, foi encontrado no Engenho Burro Velho, km 28, da BR-101 Norte, no município de Itapissuma. Ainda nesta quarta-feira, o corpo chegou ao Instituto de Medicina Legal (IML), no Recife.

O corpo de Alice Seabra foi encontrado por volta das 15h desta quarta-feira. Fotos: Julio Jacobina/DP.D.A Press
O corpo de Alice Seabra foi encontrado por volta das 15h desta quarta-feira. Fotos: Julio Jacobina/DP.D.A Press

A jovem que estava desaparecida desde a última sexta-feira foi encontrada vestindo uma bermuda amarela e uma camisa vermelha que pertenciam ao padrasto e assassino confesso Gildo Xavier, 34, preso na noite dessa terça-feira. Alice foi encontrada sem a mão esquerda.

Curiosos e a imprensa acompanharam as bucas no canavial em Goiana e Itapissuma
Curiosos e a imprensa acompanharam as bucas no canavial em Goiana e Itapissuma

A Polícia Civil trabalha com duas possibilidades. A mão teria sido decepada pelo autor do crime ou sido alvo de algum animal. Alice também foi encontrada com uma blusa branca em cima do rosto. A jovem saiu de casa, na Estância, no Recife, para uma suposta entrevista de emprego no bairro da Ilha do Leite, acompanhada do padrasto, que era casado com a mãe de Alice há 15 anos.

Gildo saiu do DHPP pela manhã para ajudar a polícia a localizar o corpo da enteada
Gildo saiu do DHPP pela manhã para ajudar a polícia a localizar o corpo da enteada

Ele este preso na sede do DHPP, no bairro do Cordeiro, e será ouvido na manhã desta quinta-feira. À tarde (14h), a delegada Gleide Ângelo dará uma entrevista para revelar outros detalhes do crime. O local onde o corpo de Alice foi encontrado foi apontado pelo suspeito que esteve no canavial com a equipe da Polícia Civil.

Leia mais sobre o caso em:

Padrasto acusado de sequestrar Alice Seabra é preso pela polícia

Encontrado corpo que pode ser de advogada desaparecida em Bezerros

O desaparecimento da advogada Severina Natalícia da Silva, 44 anos, vista pela última vez no dia 5 de dezembro sendo levada em um carro preto por dois homens encapuzados, em Encruzilhada de São João, na cidade de Bezerros, no Agreste, pode estar perto de ser esclarecido. Um corpo de uma mulher encontrado nesse domingo em uma cidade da Mata Sul do estado deixou a polícia com fortes suspeitas de que se trate da vítima que está desaparecida.

A advogada morava só e não tinha filhos. Os familiares não têm conhecimento de possíveis inimigos nem de ameaças.

Segundo o delegado de divisão de homicídios de Caruaru Bruno Vidal, a ficha dentária da advogada foi encaminhada para o Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, no Recife, onde está o corpo, para que fosse feita uma comparação. Informações extra-oficiais, no entanto, já apontam que o corpo é realmente de Severina Natalícia.

“O resultado do laudo será apresentado nesta segunda-feira, às 14h30, na Delegacia Seccional de Caruaru. Foram tiradas várias fotos do local onde o corpo foi encontrado e colhidos alguns objetos que estavam perto do corpo. Vamos dar todas as informações nessa coletiva, inclusive, há quantos dias aconteceu essa morte”, disse o delegado.

Dias após o desaparecimento da advogada, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/PE), Pedro Henrique Reynaldo, afirmou que o caso teria ligação com a atividade profissional da vítima. Segundo Reynaldo, há 10 anos Severina atuava em causas trabalhistas, civis e previdenciárias em municípios como Bezerros, Caruaru e Riacho das Almas.

 

Polícia procura advogada desaparecida em Bezerros

O susposto desaparecimento da advogada Severina Natalícia da Silva, 44 anos, vista pela última vez no dia 5 deste mês sendo levada em um carro preto por dois homens encapuzados, em Bezerros, pode ter relação com o exercício profissional.

Foi o que revelou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/PE), Pedro Henrique Reynaldo, durante coletiva ontem na sede da instituição. Segundo ele, há 10 anos Severina atuava em causas trabalhistas, civis e previdênciarias em municípios como Bezerros, Caruaru e Riacho das Almas.

A irmã de Severina Natalícia, Maria Helena, e o sobrinho, procuraram a ajuda da OAB-PE (CRISTIANE SILVA/ESP.DP/D.A PRESS)

“Designamos dois profissionais da OAB para acompanhar as diligências da polícia”, afirmou. O caso, que está sendo investigado pela polícia de Caruaru, corre em sigilo. Ontem, uma comitiva formada por representantes da OAB e familiares pediram ao secretário de Defesa Social (SDS), Wilson Damázio, prioridade no caso.

Segundo o secretário, foi designado o delegado de divisão de homícidios de Caruaru, Bruno Vidal, para apurar o caso. “Estamos trabalhando com várias hipóteses e não podemos adiantar nada”, disse.

Segundo parentes, a advogada voltava da escola pública Nicanor Souto Maior, em Caruaru, onde é vice-diretora, em uma van. Ao descer do veículo, a poucos metros de casa, na Rua Professora Joana de Moraes, em Encruzilhada de São João, em Bezerros, testemunhas teriam visto dois homens se aproximarem e a levarem. “Ela sempre fazia o mesmo trajeto há muitos anos. Na última quinta eu a deixei de carro na escola. Foi o último contato que tive com ela”, contou a irmã, Maria Helena Silva Martins, 59 anos.

A advogada morava só e não tinha filhos. Os familiares não têm conhecimento de possíveis inimigos nem de ameaças. A irmã, a mãe de Severina, além de uma menina, menor de idade, que teria visto o momento em que a advogada foi levada pelos suspeitos, já teriam sido ouvidas.

Primeira da família a se formar em direito, a advogada teve uma infância díficil. “Minha mãe teve que quebrar pedra para conseguir pagar os estudos dela. Foi professora de escola municipal e estadual. Sonhava em ser promotora”, concluiu Maria Helena.

Do Diario de Pernambuco